Ele disse, ela disse: Discussão palatável.
| Desfavor | Ele disse, Ela disse | 103 comentários em Ele disse, ela disse: Discussão palatável.

O tema é simples, só que não. Comida é o combustível da vida e cada decisão pode mudar seu destino. Os impopulares estão convidados a alimentar a discussão.
Tema de hoje: Frito ou cozido?
SOMIR
Frito. Evidente que existem exemplos de alimentos saborosos preparados por cozimento, evidente que preferir algo não exclui totalmente as outras opções… Mas se tiver que expressar uma opinião entre as duas coisas, tem que ser muito cara de pau para dizer algo além de frito.
Fritura é a opção menos saudável, isso já é muito bem sabido. Mas o tema não é esse, é? Estamos decidindo o que é melhor, o que agrada mais. Frito é sexo, cozido é masturbação. Masturbação é mais segura, tem sua graça, mas… não é sexo. Sexo te expõe ao risco de doenças, te deixa numa situação vulnerável, e pior de tudo: pode gerar filhos! E a analogia se sustenta ainda quando pensamos que não precisa desistir de uma coisa para ter a outra… Masturbação é saudável, sexo é arriscado. E aí, vai dizer que prefere qual? Mesmo a outra opção sendo mais segura?
Frito é mais gostoso. Você está aqui nesse mundo para sofrer? Para ficar se privando de prazeres para atrasar uma morte inevitável? Sério? Frito é mais gostoso! E olha que pessoalmente meus alimentos preferidos são quase todos assados/grelhados. Não precisa dedicar sua vida a comer só coisa frita, não precisa desenhar um pentagrama de batatas-fritas no chão e adorar uma entidade oleaginosa, basta reconhecer que entre alimentos cozidos e fritos, os fritos costumam ganhar de goleada!
As pessoas caíram de tal forma nesse discurso paranoico sobre saúde – inventado por publicitários e executivos para fazer o povo se sentir culpado sobre tudo o que come – que agora as pessoas não tem mais nem coragem de admitir o ÓBVIO de que comidas que fazem mal são mais interessantes. Fica essa negação bisonha da realidade, cidadão ou cidadã olhando para aquela merda deprimente de legumes cozidos no vapor e dizendo para todo mundo que acha uma delícia! Só para se sentir menos culpada por estar viva!
Tudo faz mal. Oxigênio vai te matar sem falta se você não conseguir se detonar antes. Viver mata. É tudo uma questão de como você vai lidar com seu tempo nesse mundo: Tem coisa que faz mal mais rápido, tem coisa que faz mal mais devagar. O discurso de vida saudável tem mais a ver com coagir o cidadão médio a fazer a economia girar. Saímos de uma época onde se podia anunciar cigarros para crianças para outra em que se pode enfiar culpa goela abaixo de qualquer um e dar um preço para se livrar dela. Tudo tática de venda. Quando o povão começa a enxergar uma, é só criar outra, e foi justamente o que aconteceu.
Desde que você se sinta uma merda por não imitar hábitos de consumo de outras pessoas, tudo bem! É só isso que interessa. Propriedades “saudáveis” de alimentos são basicamente propaganda de xampu: Quem está vendendo inventa sem dó nem pena e ninguém corre atrás para saber se é verdade. Sério, inventa-se isso e ri-se de quem compra. Sabe porque o ovo passa de vilão a herói da saúde de tempos em tempos? Porque ignoram solenemente a intenção dos cientistas que fazem as pesquisas para vender mais jornal. Os cientistas não falam se faz bem ou se faz mal, os jornalistas e publicitários que o fazem, e ninguém vai ler os estudos originais… É assim que funciona. Não quer acreditar? Divirta-se com sua culpa artificial. A minha pelo menos é orgânica.
Ser mais gostoso é um argumento sim! Frito é mais gostoso que cozido. A vida não é uma prova de resistência, quem chega mais longe não necessariamente tem recompensa maior. O que vale é aproveitar bem o tempo bom que temos. Cozidos aumentam sua vida em alguns anos miseráveis onde você vai se arrepender de não ter comido mais coisa frita.
E, porra, chegamos onde chegamos para regredir? Fritura é um processo complexo, fruto da engenhosidade humana aplicada geração após geração! Ela tem seu visual, cheiro e som próprios, coisas que nossos antepassados matariam para experimentar da forma como podemos hoje em dia. Milhares de anos de evolução para você cozinhar uma vagem e se achar muito avançado? Vai abraçar uma árvore, hippie! Preferir alimentos cozidos é cuspir na cara de quem nos trouxe até aqui.
Fritura pode te fazer mal em excesso. Assim como tudo mais… o corpo humano tem seus limites, oras. Não estou advogando que você deixe de comer alimentos cozidos, alguns são bons! Agora, renegar a fritura como se isso fosse te salvar de alguma coisa além de refeições deprimentes? A natureza é sábia, ela nos dá dicas valiosas sobre o que é um desperdício do curto tempo que temos aqui. Se parece sem graça, surpresa: É sem graça!
É só usar seu “cérebro réptil” para desarmar o golpe que é essa coisa de vida saudável: Se fosse minimamente agradável ou te fizesse uma pessoa mais feliz, você já teria notado. Tem que te empurrar caminhões de culpa goela abaixo, tal qual uma mãe condicionando a sobremesa a comer os legumes cozidos. “Frito” é mais do que escolher uma forma de preparo de alimento, “frito” é enxergar além de truques baratos para te empurrar produtos e serviços e assumir as responsabilidades pelas suas decisões. Frito é mais perigoso.
E voltando à analogia do começo do texto: Uma pessoa tem todo o direito de preferir masturbação ao sexo, mas que pelo menos entenda que para a maioria das outras pessoas não é bem assim que funciona. Frito é mais gostoso.
E no final das contas, não é isso que interessa?
Para me chamar de gordo, para dizer que prefere se empanturrar de culpa, ou mesmo para ficar revoltado(a) com minha analogia: somir@desfavor.com
SALLY
O ser humano foi desenvolvido para ter uma atração fatal por gorduras. Isso porque lá na época das cavernas, quando tinha que caçar para sobreviver, quem tinha o maior estoque de gordura no corpo era quem mais tinha chances de prosperar. Em períodos de vacas magras, como um inverno rigoroso ou uma semana de caça fracassada, quem tinha gordura estocada sobrevivia e quem não tinha morria sem reservas de energia. Sim, era uma questão de sobrevivência. E para assegurar a sobrevivência, a mãe natureza fez com que a gordura seja muito instigante ao paladar humano, justamente para incentivar seu consumo e garantir uma reserva em caso de imprevistos.
Porém o tempo passou e hoje temos fontes de gorduras mil disponíveis ao alcance da nossa mão. Não temos mais que caçar, correr e suar para obtê-las. Basta tirar dinheiro do bolso e adquirir em qualquer lanchonete, restaurante ou supermercado alimentos impregnados de gordura. Só que seu corpo não sabe disso, seu corpo continua com o bom e velho mecanismo de estoque de gordura, achando que os tempos das vacas magras podem voltar. Resultado: uma explosão química inebriante toma conta do seu cérebro quando você bota gordura para dentro, ativando centros de recompensa, fazendo com que você ame estes alimentos e os coma cada vez mais, porém sem gastar este estoque de reserva. O problema é: normalmente, não gastamos tanto quanto comemos.
Em tese, o ser humano é racional. Assim se espera. Que exista um mecanismo primitivo no seu corpo te pedindo por alimentos calóricos e gordurosos não quer dizer que você tenha que comê-los. Ciente de que é um mecanismo evolutivo para sobrevivência da espécie, você pode, em resposta, criar seus próprios mecanismos para ignorá-lo, já que ele não é mais necessário, muito pelo contrário, é prejudicial. Ter vontade é uma coisa, fazer é outra.
Gostar é uma coisa, não conseguir evitar é outra. Eu gosto de muita coisa que não posso fazer todos os dias, graças a uma decisão racional voltada para meu bem estar a longo prazo. Está claro que a rotina dos dias de hoje não permite que se coma o tanto de gordura que seu corpo “pede”, até porque ele sempre pede mais. Logo, a opção inteligente a fazer é, ciente desse padrão de funcionamento traiçoeiro, evitar gordura sempre que possível, reservando-a para ocasiões especiais. Nessa hora entra o cozido. Se puder escolher entre o frito e o cozido, escolha o cozido.
Alimentos cozidos não são necessariamente desagradáveis ao paladar. Podem não ser tão estimulantes quanto alimentos fritos, mas quem troca cinco minutos de prazer em cada refeição por uma vida de doenças e mal estar? Um alimento cozido bem preparado, temperado com azeite de oliva, ervas, alho, cebola, pimenta ou que quer que seja do agrado da pessoa, pode ficar sim muito gostoso. Não vai despertar o “frenesi” da fritura, mas, cá entre nós, se você precisa, se você troca sua saúde por esse “frenesi”, é hora de repensar na sua vida. Busque prazer de outras formas: se exercitando (no período pós-exercício ocorre a liberação de hormônios que trazem sensação de bem estar), execute hobbies que te tragam prazer, ria, se divirta. Não faça da comida a responsável pela sua cota de prazer diária. É mais fácil, mas a longo prazo custa muito caro: sua saúde. Decisão escrota para com você mesmo e para com todos que te amam.
O erro reside em esperar que o alimento cozido, se estiver bem preparado, desperte a mesma sensação de bem estar e conforto que o frito. Não, isso nunca vai acontecer, o prazer em comer fritura é um mecanismo de recompensa cerebral criado para estimular a sobrevivência do ser humano. O acerto consiste em buscar essa sensação de bem estar em outras fontes que não comida, já conhecidas pela neurociência que efetivamente podem gerar esse bem estar. Um beijo na boca, um filme de comédia, brincar com um animal de estimação…a lista é enorme e pode variar de acordo com cada pessoa. O fato é que fazer da fritura uma fonte de prazer é um perigo, pois fomos programados para “viciar” em gordura. Acaba dando merda.
Assim como pessoas racionais evitam usar algumas drogas porque sabem que o corpo humano tem uma violenta propensão para o vício nelas, acredito que também seja necessário ter um cuidado especial com o que se come. Quanto mais gordura você come, mais gordura seu corpo vai pedir. E nem todos tem a capacidade de dizer “não, agora chega”. Logo, melhor priorizar aquilo que não te vicia e que não te faz mal. Mas, o ser humano, em sua eterna arrogância, acha que para a hora que quiser. Não para. Aí bate aquele síndrome de abstinência, aquela fome da madrugada e quando a pessoa percebe, comeu uma porcaria. A pessoa aprende a funcionar usando a comida para se sentir melhor quando experimenta algum desconforto emocional (ansiedade, medo, tristeza, angústia ou o que quer que seja) e depois sofre para sair desse círculo vicioso.
A pessoa passa a funcionar assim, mesmo sem se dar conta, e depois não consegue romper esse padrão de funcionamento. Sim, é difícil romper padrões de funcionamento, é um esforço cerebral enorme e um trabalho a longo prazo. Quando se dá conta, está escrava daquilo. Não seria melhor ter a consciência de que, por ser humano, por ser falível, por ser viciável, é melhor segurar a onda na hora de comer fritura? A tentação de buscar conforto em uma comida é enorme, ou você cria mecanismos para evitar isso, ou pode acabar, em algum momento da sua vida, caindo nessa armadilha.
Paladar se condiciona. Quem se acostuma a comer grelhado alcança um patamar em que, a longo prazo, o corpo chega a recusar excesso de fritura, porque passa mal. Nós educamos nosso corpo, é escolha nossa. O que você quer, ser responsável pelas decisões ou deixar que seu corpo decida por você? É perfeitamente possível mudar esse padrão e priorizar alimentos cozidos, deixando para buscar prazer em outros lugares que não à mesa, a ponto do seu próprio corpo parar de te pedir fritura. Só depende de você. Reprograme seu corpo e seu cérebro.
Uma coisa: achei esse argumento do Somir meio supérfluo: “Tudo faz mal, viver mata, etc…” Bahh, ok, é fato vero que tudo mata, mas eu bem que preferiria optar por coisas mais saudáveis do que “acelerar” minha morte viu? Ademais, diria que a argumentação do Somir soou meio fraca neste texto! Me deu a parecer aquelas criancinhas mimadas que só dizem que “porque é gostoso” e ponto! Já a Sally, achei bem mais “racional” a argumentação dela, na medida em que concordo em muito que há uma diferença grande entre gostar e não conseguir evitar! Neste sentido, concordo também que curar certos vícios ou criar certos hábitos é tarefa mais que árdua, e, ensinar os outros desde pequeno a comer bem é uma puta tarefa!
Pois bem, mas por outro lado o Somir tocou num ponto interessante que já comentei uma vez naquele texto do “processa eu: revista jeva”: a produção científica, é, por excelência, pautada em valores e jogos de interesses! No comentário referido em questão, havia dito que fiz um trabalho em uma das minhas disciplinas analisando a discursividade de certas revistas em paralelo à movimentação econômica, e assim pude concluir que há sim certa tendênciosidade pautada em jogos de interesses. Em um nível mais aprofundado, é aquela coisa que Foucaut diz na “arqueologia do saber”: quanto mais se sabe, mais se tem poder sobre o outro, e isso se dá pelo viés das discursividades e produções de sentidos entre as coisas. Ou, trocando em miudos: quanto mais esperto tu és, mais fácil de passar a perna em alguém! haha
E, complementando: já dizia um poeta aí que conhecimento é bom mas pode ser uma arma letal também… não poderia concordar mais! xD
Adoro esse argumento de “vou morrer mesmo, tudo faz mal, então vou comer o que mais me faz mal”
nem deixe de viver, nem morra com 40 anos.
Excessos só em 1 ou 2 dias da semana.
Tem esse equívoco de não se poupar de nada “porque vai morrer mesmo”. As pessoas não contam que em vez de morrer pode ficar entrevado dando trabalho para a família.
Ninguém aqui está apregoando uma vida de 200 anos cheia de privações. O que se fala aqui é de viver bem e com sabor: o equilíbrio entre saúde, bem estar e prazer
Na boa, o pão com ovo frito numa manteiguinha é muuuito mais gostoso que ovo cozido! Mas nem tudo que é frito é bom.
Eu também acho mais gostoso, mas pelo visto existem pessoas que não gostam de fritura no mundo. Muita inveja.
Eu já sinto mais inveja de quem não gosta de doces … Não sei pra que inventaram a merda desse açucar. Muita raiva.
Também tenho inveja de quem não gosta de doces
Bem lembrado! Idem, idem…
Tenho uma opção! Ovo cozido ou pochê amassado com requeijão de bufala… E substituindo o pão por tapioca!!! Fica uma delicia!
CARACA Lichia, que fome… Eu não gosto de fritura, não sou fã de doces, mas agora vc tocou no ponto de várias coisas que eu ADORO: ovo poché, TAPIOCA (AMO!!!!!!!!) e requeijão… zzuise… Vou ter que fazer isso!
Belo texto, Somir! Adorei! Não, eu não como fritura e evito doces, mas já estou de saco cheio dessa obsessão pela saúde. A verdade é que não há ninguém saudável neste planeta. Estamos todos no corredor da morte e não temos garantia nenhuma. Até verdura pode ser cancerígena por conta dos venenos da agricultura… E a poluição dos rios e mares está afetando os peixes, e há hormônios estranhos no frango e conservantes estranhos na carne e rações estranhas para as vacas… enfim, vamos todos morrer mesmo e sermos certinhos com a alimentação não garante que não haverá sofrimento e doenças… então vamos viver com mais leveza! Amei o seu texto, Somir! <3
“Posso morrer se tropeçar e cair tomando banho e bater com a cabeça, então, vou andar de carro sem cinto de segurança, pois posso morrer de qualquer jeito”
Sally, leveza não quer dizer se entupir de fritura, mas apenas tentar não enlouquecer com essa ditadura da magreza a que estamos submetidos. O tempo todo se fala em alimentação saudável, mas será que diante de tanto agrotóxico, conservantes, hormônios para que frangos cresçam mais rápido, poluição nas aguas afetando peixes… será que é realmente possível termos uma vida saudável? Ou será que “saúde” é só uma desculpa para justificar a ditadura da magreza? Não sei se você acompanha o quadro “Medida certa” do Fantástico. Uma das participantes, Gabi Amarantos, têm exames impecáveis e todas as taxas de glicose e colesterol dentro da normalidade. Mas ela está gorda, portanto não tem saúde. Esse mesmo apresentador e especialista em “saúde” se referiu a uma jornalista magra, SEM VER OS EXAMES DELA, como “na medida certa” só porque ela é… magra! Concluo que ele é especialista em “magreza” e não em “saúde”. Dei o exemplo dele para justificar uma tendência generalizada até em profissionais da saúde. Não é apenas ele que é assim. Parece que ser magro é o único objetivo. Uma amiga minha foi a uma nutricionista e, como ela é magra, foi muito elogiada. A nutricionista não pediu exames para saber se minha amiga estava realmente saudável. E minha amiga não estava. Apesar de magra, o colesterol dela era muito alto e era pré-diabética, mas só foi descobrir isso muitos meses depois. Por ela ser magra, a nutricionista passou uma dieta leve, mas ao ir ao médico ela descobriu que precisaria fazer restrições muito mais radicais. Enfim, essa ditadura da saúde, na minha opinião, é só uma desculpa para a gordofobia. Estou defendendo gordos ou me fazendo de vítima por ser gorda? Não! Eu odeio ser gorda! Gostaria de ser magra, de usar biquíni, de viver mais plenamente sem tantas neuras. Meus exames estão todos muito bons (o que não quer dizer nada numa sociedade em que o que importa é ser magro) e eu não como fritura nunca, não bebo álcool nem refrigerante, não fumo e tento me exercitar 4 vezes por semana, mas tenho um vício em chocolate e sorvete que me causa muito sofrimento. Como muito chocolate, de forma compulsiva. E de onde vem tanto sofrimento? Da culpa. Quanto mais eu como, mais engordo e gostaria de emagrecer. Parece que comer chocolate, essa praga rica em açúcar que engorda e faz mal, é um crime. O problema é que a culpa não ajuda em nada. Parece até que aumenta a compulsão. Porque não posso comer, tenho ainda mais vontade de comer. E como eu gostaria de emagrecer, esse vício me prejudica muito. Se o puro conhecimento do que faz bem e do que faz mal ajudasse, não teríamos 50 por cento de obesos no Brasil, porque “nunca antes na História deste país” a gente teve tantos conhecimentos em nutrição e reeducação alimentar. Eu me considero realmente viciada, tenho dor de cabeça quando fico alguns dias sem ele e já saí de carro de madrugada para comprar chocolate em posto de gasolina!! Já até procurei tratamento. A psicóloga me ensinou um exercício para controlar a compulsão: comprar uma barra grande de chocolate e, no primeiro dia, comer apenas um “quadradinho”. No segundo dia, “meio quadradinho” e seguir assim até conseguir controlar a compulsão. Nem preciso dizer que logo no primeiro dia eu já comi a barra inteira, né?
Mas eu não mandei nunca mais ninguém comer fritura no meu texto, disso justamente isso: dar prioridade ao cozido e fazer da fritura uma exceção.
Batata frita é a comida predileta dos anjos!
Como você sabe?
Acho que a Claudia me conhece.
0 :-)
Um anjo de verdade jamais estaria por aqui! hahahaha
Será que eu sou a única pessoa do mundo que detesta fritura por questão de paladar? Não suporto, acho que tem gosto de queimado, cheiro enjoativo e até implico quando meus amigos comem perto de mim… Argh!
Se fosse só a questão de ter muita gordura, dava pra encarar de vez em quando, gordura não é necessariamente ruim e é importante consumir um pouquinho, pra não bagunçar os hormônios. Mas a gordura da fritura é a PIOR que existe, principalmente óleo vegetal em fritura de imersão. Pura trans!
Muita inveja de você, Paula…
Eu sou assim com doce <3
Muito difícil encontrar algo que não seja feito apenas de açúcar. E ainda trocam 'açúcar' por 'amido', não sei a quem pensam que enganam…
Enquanto isto, nos Estados Unidos… http://www.youtube.com/watch?v=u4zw99VsoMA
Mas fala sério, e eu que ainda fui atrás do arquivo e li um monte… que caralhos fazem vocês dois juntos? Acho que só aquilo mesmo, de resto vcs discordam quase que abissalmente!
(terceiro dia seguido, vamos lá…)
Quem te disse que Somir e eu ainda estamos juntos?
Supositório, nada mais. Você curtiu o macarrão com LEITE CONDENSADO ?!?!?
Eu não curti nem o macarrão nem o Fofão Loiro que o preparava.
Somir e eu não estamos juntos faz tempo…
Dava até nervoso ver ela falando com dificuldade em respirar.
Deve ficar horrendo macarrão com leite condensado e maionese. Aquela mina bota açúcar em tudo. Teve outro vídeo que ela botava açúcar mascavo no frango.
Onde estão os pais dessa criança?
Achei eles no WalMart
http://24.media.tumblr.com/tumblr_mazm5oOkVG1qdvatvo1_500.jpg
Lamentável que um ser humano faça isso consigo mesmo
Essas imagens me dão medo… Imaginem alguém falar arfando, com dificuldade até pra respirar, se sufocando com o próprio peso…
O que me mata é que só depende da pessoa, entende? Por mais que eles sempre coloquem centenas de fatores (problemas hormonais, etc etc), emagrecer depende da pessoa, apenas da pessoa.
Sally, verdade que o trigo é um dos piores alimentos?
Eu li na net que seria um alimento ácido e que por causa disso faria os ossos perderem cálcio pra equilibrar o ph. Será verdade? Se for eu tô fudido. Nada mais de pãozinho, nada mais de pizza, macarrão, sanduba… Não pode ser verdade, isso só pode ser trollada. Também o café, o chocolate, ah… se for assim vou tocar o foda-se e comer logo tudo, porque tudo faz mal e desse jeito não vale a pena. A vida é curta de qualquer jeito.
Nunca tinha ouvido falar isso do trigo. Sei que ele pode detonar dietas por causa do Glúten, comer glúten favorece o ganho de peso pois ele forma uma massa pegajosa no intestino e atrasa o trânsito dos alimentos, fazendo com que a gente absorva mais do que deveria. Mas trigo fazer mal aos ossos? Acho que é mentira.
Acho que é mentira pelo simples fato de o trigo ser, junto com o queijo, um dos alimentos mais antigos do mundo. O trigo foi essencial para a sobrevivência do homem, não seria possível fazer tanto mal pros ossos.
Bem pensado… se fizesse tão mal civilizações inteiras que baseavam sua dieta no trigo não teriam sobrevivido!
Existe a doença celíaca, que é causada por uma intolerância que algumas pessoas tem ao glúten, que está presente no trigo e em outros alimentos.
O organismo de celíacos não consegue digerir corretamente o glúten. Se estas pessoas mantiverem a ingestão de glúten, uma das consequências é que as vilosidades que revestem a parede do intestino delgado (responsáveis por intensificar a absorção de nutrientes) acabam atrofiando. Com isto, a capacidade de absorção dos nutrientes é reduzida drasticamente.
Entre algumas das consequências, por exemplo, a pessoa pode não absorver cálcio e ter osteoporose, ou não absorver ferro e ter anemia, entre diversas outras complicações de saúde.
Não há tratamento, então celíacos precisam fazer uma dieta muito rígida, parando de consumir qualquer alimento que possua glúten.
Mas aí não seria o trigo, e sim o glúten: trigo, aveia, cevada, centeio e cia. E afeta apenas uma pequena parcela da população.
O meu médico disse que posso comer 3 ovos por semana, mas tem que ser cozido. Fritura é um veneno, vcs comedores não sabem o quanto faz mal ficar botando óleo de soja pra dentro. Mesma coisa nojenta é margarina, além de ter gosto de cu ainda entope as veias e causa câncer. Bem melhor manteiga.
Margarina consegue ser mais veneno do que óleo. E você descreveu muito bem, tem gosto de cu. Gosto de cu plastificado.
Credo…
Seu médico ainda não sabe o suficiente. Ovo cozido pode de 5 a 8 por dia sem nenhum problema. Eu como 3.
8 GEMAS POR DIA???
Sim, zero problema. Esse mito já caiu.
Caiu o mito que ovo todo dia faz mal, mas… liberou oito por dia? Meu médico nutrólogo me disse que mais de três gemas por dia fode com colesterol e triglicerídios
Eu como 2 a 3. Mas já vi um estudo de quem comeu 20 por dia e melhorou de saúde.
Quem consegue comer 8 por dia? De toda forma eu prefiro não arriscar.
Oito claras pode, mas oito gemas é novidade para mim
Prefiro cozido. Mas um zóião frito com arroz, feijão e tomate de vez em quando também é bom. Evito frituras – porque costumam não me descer bem – , mas também não sou paranóico com isso…
O que seria um “zóião”?
Gíria – acho que só paulista – para ovo frito.
E se a pessoa quiser comer ovo frito com menos culpa – ou só sem fazer muita sujeira na cozinha – dá até pra tentar fazer como neste vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=VjsTTP6iEZo
Fica com gosto de sola de sapato!
Serve esta, então? http://cozinhapara2.com.br/ovo-frito-de-forno/
Aliás, você já conhece o canal deles no Youtube? Não acho que você seja lá muito chegada em coisas “fofinhas”, mas os vídeos são, no mínimo, divertidos e talvez possam até “quebrar um galho” naquele dia em que não tem muita coisa na despensa ou quando o gás acaba…
Vou tentar essa segunda. Não conhecia não, vou dar uma olhada!
Eu acho que sou caso perdido. Se eu como ovo cozido boto maionese, se for batata feita no forno jogo queijo ralado em cima. Esse post parece aquele de decidir comer gostoso ou comer saudavel. Concordo como Somir.
Porque cozido não pode ser gostoso?
O açúcar eu cortei, refrigerante cortei, principalmente a Coca pelo que li aqui no Desfavor e a Pepsi com química cancerígena. Mas a gordura eu não consigo largar. Ainda estou na época das cavernas. Ovo cozido é bom, mas frito é uma delícia!
Mas a gordura “boa” (azeite de oliva, salmão e cia) é inclusive NECESSÁRIA para o bom funcionamento do organismo. O que não pode é a gordura ruim.
Porque quem prefere lixo além de lixeiro é mau cozinheiro
AMOR POR FRITURA.Porém sei que enfiar o pé na jaca todo dia não dá certo.
Faço o seguinte: Durante a semana como pouquíssima fritura, ponderando com assados e grelhados e no fim de semana dou carta branca para tudo. O que eu quiser comer eu como e foda-se.
Como o Somir disse, para que ficar se preocupando TANTO só para adiar alguns dias/anos uma morte inevitável.
Não é para “adiar” a morte e sim para ter qualidade enquanto ainda está viva. Eu não escolho o que como pensando em não morrer, eu escolho o que como pensando em não ficar toda torta cagando em uma fralda.
Meu vô viveu uma vida extremamente saudável, era atleta e tudo até os 70. O via comendo fritura de vez em quando, quando reunia com amigos. Hoje ele está cagando em fraldas, fazendo xixi na roupa e com Mal de Parkinson. Digo, é importante tentar levar uma vida mais saudável, mas o pouco de coisa ruim que comer/beber não vai te matar, ou acelerar seu processo de morte.
Conheço gente que fumava por anos e o pulmão estava intacto como de uma criança (parece que a genética cooperou muito ai também). Como conheço gente que leva uma vida mais saudável, sem frituras, açúcar e afins e tem a saúde toda cagada.
Apoio encontrar o meio termo. Não deixo de comer nada do que eu quero, mas pensando no futuro sei que não devo me exceder mesmo. Mas nem fodendo vou sofrer pensando que se comer Mc Donalds, ou um sanduíche de trailer com muito bacon, uma vez no mês vai acelerar minha morte.
Levar uma vida saudável não é garantia 100% de um fim digno, mas aumenta as chances. Isso já deveria bastar.
Sobre seu avô… cruel deixarem ele nessa situação. Se fosse um parente meu eu já o teria tirado desse sofrimento
Passou outro dia um filme bem legal na HBO, “They don’t know Jack”, sobre a vida de Jack Kevorkian, o Dr. Morte. Al Pacino levou o Emmy de melhor ator, merecidamente…
http://en.wikipedia.org/wiki/You_Don%27t_Know_Jack_(film)
Emmy por filme? Nem sabia que isso era possível! Quero ver esse filme!
Tirado como? Temos que cuidar até o inevitável acontecer.
Olha, se um dia eu ficar cagando nas minhas calças, todos vocês são testemunhas desse pedido: eutanásia, porque manter uma pessoa viva nessas condições é sacanagem, é indigno.
Sinto grande vergonha por ter dado preferência à fritura por muito tempo, ainda mais quando a culinária dos meus ancestrais providencia um raro equilíbrio entre alimentos fritos e cozidos nos seus pratos.
Mas hoje você reviu esse conceito?
Sim, quando exames mostram coisas preocupantes no fígado, entre outras coisas…vacilo, a solução para uma vida saudável estava na minha cara. Sinto como se fosse filha do Márcio Atalla com a Solange Frazão e, ainda assim, ter perdido tempo tentando fazer as coisas da minha maneira…
Veja pelo lado bom: você foi prudente e FEZ EXAMES, coisa que nem todas as pessoas fazem. Graças a isso deu tempo de reverter a situação sem maiores danos.
Esse texto do Somir me pareceu estranhamente… Afetado. Imaginei aqueles vendedores do Polishop, com ovos fritos voando em chroma key no fundo.
É engraçado, nas discussões sobre comida sempre há uma inversão: A Sally apresenta argumentação racional e o Somir apela pros instintos.
A única ocasião em que como ovo frito é com feijão e arroz (pedreira), estranhamente gosto muito da combinação, imagino que seja memória afetiva.
Tento contornar o problema “frito vs cozido” fazendo omelete, fica ótimo com tomatinhos, queijo branco e tempero.
Uma dúvida que sempre tive: Se as proteínas sofrem desnaturação no aquecimento, isso não afetaria a qualidade dos alimentos? Já tentei pesquisar sobre, mas algumas pesquisas dizem que sim, outras que não.
Isso vale para a proteína animal?
Como a Sally disse, existem formas de dar sabor ao cozido. Colocar Flor de sal é uma.
Tudo bem que é um sal de 20 reais, mas além de ter mais de 80 minerais – coisa que não se acha fácil por aí – o sabor que é adicionado faz o preço valer a pena.
Fritura só fim de semana e olhe lá.
Nunca provei flor de sal. Vou provar!
Garanto que vai gostar. Pode também Sal do Himalaia.
Vende em loja de produtos naturais?
Eu achei em Empórios.
Vou procurar!
Eta povinho ruim de cozinha !
Nem frito nem cozido é mais gostoso. Mais gostoso e mais saudável é aquilo que foi melhor temperado. Se foi bem temperado, não é preciso fritura nem sal.
Você acha que bons temperos substituem sal?
Com certeza Sally!!
Substituem com vantagem. Se eu não tivesse a pressão baixa, iria cortar o sódio.
Mas uma certa quantidade mínima de sal é desejável, não? Não faz mal cortar completamente o sal?
Em matéria de sabor, pode colocar o que for que comida sem sal para mim fica sempre sem gosto.
Já comeu comida de hospital, Sally? É totalmente sem sal e bem ruim… No meu caso, não sei se o gosto esquisito foi também causado por alguma reação aos remédios pra múltiplas fraturas que eu estava tomando na época…
Infelizmente já comi muita comida de hospital, e o que é pior, tive que ficar meses só no líquido. Já comeu canja de hospital?
Canja ainda não… E o que houve pra você precisar ficar só no líquido?
Tumor no intestino. Tiveram que remover um pedaço considerável do meu intestino por segurança.
Êita…
Tem coisas piores…
Os alimentos já possuem naturalmente o sodio que a maioria precisa. Sou uma exceção de pressão baixa e preciso acrescentar um pouco mais do que a natureza oferece já de antemão.
Fritura só me atrai quando se trata de hot philadelphia. E mesmo assim, pude comprovar semana passada, passei um bocado mal. Não sou muito fã de ovo, mas adoro o tipo pochê e descobri que é tão saudável quanto o cozido… Então estou bem, né?
Que inveja…
O desencanto com fritura vem quando se passa mal e sua pele denuncia com pequenos presentes. A ultima vez que comi fejoada estourou um furunculo na minha bochecha…
Ainda tenho que conquistar muita coisa nesse quesito de vida saudável, Sally. Muita…
Mas já está na frente da maior parte das pessoas!
Feijoada mal feita. A da minha mãe não estoura nada em ninguém.
Olha… A feijoada não era mal feita não, tanto que comi confiando. Minha nutricionista falou que isso pode ser meu corpo acostumado à dieta. E quando falei forunculo foi o isso e mais umas espinhas internas.
*foi isso e…
Acho que eu dei “sorte” porque não curto muito coisas fritas… Não, dei sorte não. Minha mãe não me dava refrigerante nem frituras. Algumas coisas acho que eu só fui experimentar depois de “grande”. “Comida confortável” pra mim é arroz com feijão…
A única exceção é o ovo. Ovo frito com gema mole + arroz + feijão + farinha (não é farofa, é farinha) = massa que dá pra construir uma casa… Aí é só completar com um pouquinho de couve e umas rodelas de banana (de novo: crua, sem aquela casca horrível de banana “a milanesa”). Hummm fooome
Isso costuma ser determinante: o que se come na infância. Imagino como estarão, dentro de 20 anos, essas crianças que só comem merda porque a mãe trabalha muito e não tem tempo de fazer uma comida saudável.
Quem inventou o ovo cozido era um gordo arrependido.
Viva a fritura!
HAHAHAHAHAHA