Ele disse, ela disse: Irremediável.

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A medicina avançou muito no último século, foram criadas drogas para virtualmente todos os problemas de saúde do ser humano. Sally e Somir apreciam o valor dos remédios, mas não concordam quando o assunto é tomar esse remédio. Os impopulares oferecem doses de suas opiniões.

Tema de hoje: Quando se sente um mal estar significativo, vale a pena tomar remédio?

SOMIR

Calma, calma… não estou propondo uma nova revolta da vacina. Apenas uso consciente tanto de remédios quanto das inúmeras habilidades de cura que seu organismo já tem. Não vale a pena tomar remédio por conveniência. O mal estar significativo neste caso OBVIAMENTE não configura algo que ameace sua vida ou cuja prescrição de remédios tenha vindo de um médico.

Estamos falando de coisas mais sérias que uma indisposição, mas menos dramáticas que uma pneumonia, por exemplo. A chave para entender o lado correto desta discussão é entender essa faixa de problemas, doenças e moléstias em geral onde tomar remédio não é exatamente uma obrigação. Se você não for capaz de diferenciar, vai concordar com a Sally. Se for, bem vindo ao lado ponderado do argumento.

E favor não me confundir com algum desses BABACAS que pregam tratamentos alternativos. Quando for ditador do mundo, vai ter campo de concentração especial para a turma da homeopatia, dos cristais, das florzinhas e tantas outras formas de superstição travestida de medicina. A alternativa que sugiro é deixar seu corpo lidar com o problema do jeito que ele foi programado para fazer. Afinal, estamos falando de casos onde o corpo pode lutar sozinho.

Sou grande fã da ciência, mas o mercado das drogas legais ainda sim é um mercado. Palmas para os pesquisadores que se esforçam para salvar vidas, mas não acredite nem por um momento que as pessoas que comercializam essas drogas acreditam em algo além do próprio lucro. Se você cair nesse papo que precisa de drogas para resolver até mesmo incômodos passageiros, vai entrar no círculo vicioso tão comum aos usuários das drogas ilegais.

O corpo humano é acima de tudo uma máquina de adaptação. Cada vez que lida com algo novo, começa a assimilar a informação para te deixar mais preparado para uma exposição subsequente. Ei, esse é o mecanismo da vacina: Apresentar seu corpo para um agente externo para que ele aprenda a mitigar seus efeitos no futuro. Qualquer substância que você absorve passa por processo parecido.

Apesar dessa capacidade incrível de assimilação, seu organismo não é esperto o suficiente para decidir se um elemento novo merece ou não passagem livre. Tudo é ameaça, tudo precisa ser contido! Inclusive os remédios que você toma cada vez que a cabeça dói um pouco. Com o passar do tempo não parece que “rende” um pouco menos? Eventualmente você vai estar tomando dois ao invés de um. E o incômodo não vai sumir tão rápido assim… É o ciclo das drogas: Resultados cada vez menos potentes e duradouros, cada vez mais dependência… Cada vez menos capacidade de lidar com o problema.

Eu sou um adulto grande. Consigo parar as minhas piores dores de cabeça até mesmo com uma aspirina infantil. Meu corpo está pouco preparado para lidar com essas substância, ela faz um efeito poderoso. Cidadão ou cidadã fica se entupindo de remédios pesados para dor de cinco em cinco minutos e depois não sabe porque cada vez faz menos efeito… Seu corpo se adapta!

Em nota relacionada: Os antibióticos estão cada vez mais controlados nesse mundo porque uma massa de farmacêuticos amadores achou o máximo tomar quilos deles a cada gripe durante décadas! Nesse caso foram as bactérias que se adaptaram, mas ilustra como essa dinâmica de assimilação de substâncias estranhas é parte integrante da vida. Não só a nossa, mas a de toda a natureza… It’s evolution, baby.

Aposto que a Sally vai dizer que é perigoso não tomar remédios quando se sente um mal estar significativo. Afinal, pode ser algo mais sério, não? Algo parecido com uma gripe pode até mesmo ser dengue! Opa… péssimo exemplo! Se você tratar dengue como gripe pode acabar morrendo. Doenças sérias costumam começar devagar, e quem tem “sintomofobia” e não admite sequer aguentar uma dor de cabeça pode muito bem mascarar algo muito mais importante do que seu incômodo pontual.

Vejam bem, não estou dizendo para ser hippie e nunca tomar remédios, estou dizendo que eles são coisa bem mais séria do que as propagandas e a sabedoria popular te dizem. Seu corpo TEM que lidar com alguns dos problemas comuns que te incomodam significativamente no dia a dia. Você não vai querer toda sua linha de defesa flácida e destreinada na hora em que o bicho pegar de vez, não?

Incrível como fazem a coisa certa com seres muito mais frágeis como crianças, mas se esquecem de exercitar o próprio sistema imunológico depois de adultos. Pais fazem até encontros “infecciosos” para que seus fedelhos criem defesas contra algumas doenças. Mas adultos? Ah não! Adultos se entopem de drogas na primeira dorzinha… Preocupação com saúde meu ovo, é frescura mesmo.

EU faço uma coisa errada que é não procurar médico a não ser que uma ambulância me leve, mas façam o que eu digo, não o que eu faço: O sintoma está te incomodando demais? Consulte alguém que vai saber que remédio te dar. Nem vou entrar no mérito que médico costuma entupir todo mundo de remédios e tratamentos exagerados ou desnecessários. Na média você está mais seguro do que escutando a sabedoria popular ou a dica que algum amigo ou familiar te deu.

E, porra… se você for homem, aguenta feito homem!

Para demonstrar como ainda não aprendeu com aquelas dicas sobre falácias e usar uma achando que não está fazendo papel de otário(a), para dizer que o melhor remédio é o am… a cerveja, ou mesmo para me chamar de hippie imundo: somir@desfavor.com

SALLY

Atenção ao tema proposto: quando você sente um mal estar SIGNIFICATIVO, é válido tomar remédio?

Não me refiro a algo pequeno, me refiro a algo SIGNIFICATIVO, que te faz perder ou decrescer sua capacidade produtiva, sua capacidade social. Então, não me venham com esse papo de que “quem toma remédio por qualquer coisinha blá blá blá”. A grande discussão é: vale a pena abrir mão do seu bem-estar, da sua produtividade, da sua sociabilidade, apenas para não tomar remédio?

Olha, eu não sei que epilepsia emocional é essa que algumas pessoas tem de evitar tomar remédio a qualquer custo. Remédio serve para isso: para nos ajudar quando o mal-estar se torna SIGNIFICATIVO. A partir do momento em que o mal-estar te gera sofrimento e limita sua vida, porque não tomar um remédio? Está com uma dor de cabeça monstruosa e não consegue trabalhar direito? O que custa tomar um Paracetamol? Vai ser menos homem por causa disso? Está com aquela hecatombe intestinal, cagando refresco de cocô, e tem que fazer uma viagem a trabalho? Toma um remedinho tranca-cu em vez de ficar parando na estrada de dez em dez minutos para mijar pela bunda! Qual a grande desonra de tomar um remédio?

Mas não. Os Somires da vida acham que só é tolerável tomar remédio se for para salvar a sua vida. Macho que é macho aguenta mal-estar mesmo sem a menor necessidade disso. Tomar remédio para mal-estar é sinal de fraqueza? Desculpa, mas eu acho fraqueza se sujeitar a um mal-estar por ser inseguro a ponto de se incomodar em tomar um remédio. Que se dane o que os outros vão pensar, eu quero é me sentir bem! É remédio, gente, não é veneno! Pode tomar!

Esse movimento, geralmente encabeçado por criaturas do sexo masculino, de que tomar remédio é vergonhoso, vem se espalhando ao longo das décadas. Virou uma convenção social tácita que quem toma remédio é para os fracos, os fortes aguentam (e quando não aguentam mais, aceitam soluções caseiras propostas pelo Alicate e acabam no hospital…). O pior é que esses radicais anti-remédios tentam pintar a coisa como 8 ou 80: “se você ficar tomando remédio por qualquer besteira, seu organismo vai ________” (preencha com algo horrível). Não é por qualquer besteira. Uma coisa é terminar um relacionamento, não querer lidar com a dor e ficar se enchendo de ansiolítico, outra coisa bem diferente é ter que apresentar um relatório até o final do dia e não conseguir pensar direito porque sua cabeça está explodindo. Não vou admitir que joguem tudo no mesmo saco, porque são coisas diferentes.

Outro argumento comum vindo desse povo é que remédio também faz mal ao organismo. Ouvir isso de gente que fuma, que bebe, que come mal, que dorme pouco é de fazer cair o cu da bunda! Excesso de remédio a longo prazo pode fazer mal, mas um remédio usado com parcimônia quando se experimenta um desconforto significativo não vai fazer mal. Sejamos sinceros, com que frequência você tem um desconforto significativo? O que faz mal é ter desconfortos significativos regularmente e se entupir de remédio em vez de procurar um médico para descobrir sua causa e tratar, mas isso já é outra história, que por sinal, daria outro Ele Disse, Ela Disse: “só se deve ir ao médico quando se está morrendo?” – Somir responderá que sim.

O pior é que essa gentalha que se recusa a tomar remédio nem ao menos se digna enfiar o galho dentro e bancar sua escolha. Ficam reclamando, ficam de péssimo humor, ficam intratáveis e sobra para quem está à sua volta. Parece até que não existe a opção do remédio! E ai de você se sugerir que tomem um remédio, parece que está sugerindo que ele dê o cu: vai se ofender e dizer que não precisa, que não é nada grave. Não é grave para tomar remédio, para desmarcar compromisso e te paunocuzar é grave o bastante. Para essa gente, remédio só se for caso de vida ou morte, sintomas meramente incômodos, desconfortáveis, não justificam. Não parece culpa cristã? Aquela coisa de sofrimento para expurgar pecado? Vão à merda! Tendo a opção de não sofrer, promovem uma autoflagelação química contra o corpo! Qual é a necessidade disso? Mais: ainda é egoísmo sujeitar as pessoas que te querem bem a te ver sofrendo, todo ferrado.

Fico me perguntando se pessoas que se colocam nessa situação não gostam de serem vítimas. “Ohhhhh! Minha cabeça está explodindooooo!”. Toma um FUCKIN´REMÉDIO, porra! Mas não, a pessoa quer ficar toda prejudicada, mas não sem antes deixar bem claro para aqueles que a cercam o quanto ela está sofrendo. Não tomar remédio nunca significou força, coragem ou valor. Não tomar remédio quando se está na merda significa burrice, insegurança e vitimização e está mais do que na hora da sociedade colocar os “pingos nos is” e parar de passar a mão na cabeça desses dementes que optam por se sentir mal quando havia a opção de minimizar seu desconforto.

“Mas Sally, se a pessoa for tomar remédio a cada desconforto que tiver, acaba tomando remédio todos os dias e isso faz mal para o organismo”. QUEM? QUEM sente desconforto todos os dias? Só se for você, porque eu passo a maior parte do tempo muito bem, obrigada. Se a pessoa experimenta um mal-estar significativo diário ou muito frequente, está mais do que na hora de procurar um médico, outra coisa que essas anti-remédios odeiam fazer. Não misturem as soluções. Tá sentindo um desconforto recorrente: médico, exames, diagnóstico e tratamento. Sente um desconforto eventual? Remédio ou bicho fechado, você escolhe.

Tem porque uma pessoa trabalhar transtornada por cólicas? Tem porque alguém abrir mão da sua produtividade porque está terrivelmente enjoado? Tem porque alguém abrir mão de tempo com a família ou amigos porque está com uma terrível dor de cabeça? Só se a pessoa gostar de dificultar a própria vida e tiver vocação para mártir sofredor. E sim, muita gente tem. Sabe porque? Porque junto com o mal-estar vem um ganho secundário qualquer que interessa à pessoa, mas ela não tem coragem de admitir nem para ela mesma, prefere se travestir de pessoa forte que evita remédios. Qual seria este ganho secundário? Não sei, depende do caso. Pode ser que ela seja menos cobrada quando está doente, pode ser que ela seja mais bem tratada quando está sofrendo, pode ser um monte de coisa, mas uma certeza eu tenho: algum ganho secundário existe, porque ninguém aguenta um sofrimento desnecessário por nada.

Daí vem o argumento mais cagado de todos os tempos, que, apesar de patético, é exaustivamente repetido e eu não duvido que venha no texto do Somir: “Eu não gosto de tomar remédio”. Ahhhh tá… Porque eu GOSTO, eu tomo POR PRAZER, eu compro caixinha de Tic Tac, esvazio e encho de aspirina, só para ficar tomando durante o dia, por diversão! Isso lá é argumento? Só fazer o que gosta é privilégio de crianças, e mesmo assim, com algumas restrições. Pessoas adultas tem que fazer o que é melhor para elas, mesmo que muitas vezes não se goste daquilo. A pergunta proposta hoje não é “Você gosta de tomar remédios?”. Via de regra, ninguém gosta!

“Mas eu não gosto mais” (porque gente assim insiste, mesmo depois de ter o argumento ridicularizado, eles tem audição seletiva). Não gosta? E de passar mal, filho da puta, disso você gosta? Não, né? Então estamos diante de uma situação onde NADA te agrada: nem passar mal, nem tomar remédio. Considerando que nenhuma das escolhas é do seu gostar, que tal escolher aquela onde você não gosta mas também NÃO PASSA MAL? Quão difícil é perceber uma coisa dessas?

O que mais me entristece é que hoje eu sei que meus argumentos estão certos, eu sei que muitos de vocês racionalmente perceberão que meus argumentos estão certos, mas mesmo assim vão concordar com o Somir, porque é um hábito macaquito institucionalizado e enraizado nesse povo subdesenvolvido. Homem não chora, homem não usa rosa e homem não toma remédio. Vão à merda, mais uma vez!

Para dizer que só perdoa minha revolta porque eu namorei muito tempo com o Somir, para provar que também tem leitura seletiva e dizer que não toma remédio porque não gosta ou ainda para tentar esquecer o que eu disse mas não conseguir tirar o ganho secundário da cabeça: sally@desfavor.com

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Comments (55)

  • Inicialmente, eu concordei com o Somir.
    Mas depois de ler o argumento da Sally, concordo com ela. Suportar a dor ou o mal-estar até um certo ponto, beleza! Como disse o Somir, depois de um certo ponto, o organismo começa a trabalhar e tudo se resolve. Mas cara… se você não consegue levantar da cama de cólica, se não consegue olhar na cara das pessoas de dor de cabeça, o remédio TEM que entrar em ação. Porra, os cientistas e pesquisadores estudaram pra cacete pra desenvolver aquilo, remédio não é balinha ou brinquedo, mas deve ser usado quando necessário.
    Detesto tomar remédio a toa, mas quando a água bate na bunda, eu me rendo e me medico, ou, se for o caso, vou ao médico.

    • Acho que os dois estão certos em parte, se puder suportar não tome, mas se vai atrapalhar a sua vida e é também um remédio comum, que não prejudica demais seu organismo, como um analgésico, é melhor tomar.

      Mas eu acho esse papo de “não tomo remédio porque sou macho” um papo escroto, ninguém é mais ou menos macho porque suporta dor, e se mesmo assim o cara diz que não vai tomar e prefere suportar a dor, TEM que suportar a dor de boca fechada, não tomar remédio e ficar choramingando que está com dor, é coisa de mariquinha pagando de machão, e ainda por cima escrotizando o ouvido dos outros, ai eu mandava se foder, mas também tem gente fresca que sente uma dor minima e já diz que é insuportavel, e como não tem como se medir o nível de uma dor, e a pessoa vem com aquele papo de “só sabe quem tá sentindo a dor”, é frescura e desculpa pra se entopir de remédio, e o fato de atrapalhar no dia a dia também é meio que uma desculpa!

      Mas concordo com a Sally se realmente for uma coisa esporadica, e que incomoda e vai te atrapalhar, senão é exagero, a menos que a pessoa ache normal tomar algum remédio todo santo dia, mesmo sem estar fazendo nenhum tratamento prolongado.

      • “se puder suportar” – Qual é a necessidade de suportar esse desconforto? Não tem a menor necessidade de ter que suportar um mal-estar significativo!

        • Ué Sally, cada um sabe de si, se a pessoa for forte pra suportar e quiser tentar suportar, ela quem sabe, eu já tive dor de cabeça forte e não tomei remédio, mas eu estava em casa e pudia me dar o privilégio de descansar e não fazer nada até passar e não fico reclamando no ouvido de ninguém, mas se estou no trabalho e está me atrapalhando ai vou e tomo um analgésico, e como eu disse o mal-estar significativo de uma pessoa pode ser mais suportável pra outra, depende do seu limite pra sentir dor, porque do jeito que você fala até uma dor de cabeça leve já é motivo pra mandar um comprimido de paracetamol pra dentro, só pra não sentir dor nenhuma.

  • Remédios foram feitos com um objetivo, melhorar o bem-estar do indivíduo. Mas cabe a esse indivíduo ter o mínimo de inteligência para saber usar… Não tem como vir com papo de que: sou forte, eu aguento… Sou forte, realmente, mas sofrer ai já é demais, né… Quem gosta de sofrer é masoquista… Eu gosto de me sentir bem, e quando eu não me sinto, e for o caso de ter que fazer uso de remédio, eu uso sim, seja paracetamol até o vick vaporube em bastão, para desentupir o nariz!!

    • Até porque esse papo de “sou forte” não é compatível com ficar reclamando do mal estar… se é tão forte assim, vamos aguentar calado?

  • Se precisar tomo sim. Contrariada, mas tomo. Esse ano teve um único mês que tive que tomar duas vezes amoxicilina e fiz o tratamento de forma contrariada, mas fiz. E incrivel que tem diferença sim o genérico. Quem diz que não tem diferença não passou por algo similar a minha angustia… Diz ai? Duas vezes em um único mês?

    E dor de cabeça? E aquela dor fina de infecção urinária? Sem condições de esperar passar sozinha…

  • Jamorreuenemsabe

    Eu sou anti-remédio. Só tomei-os quando estive muito mal, coisa que não acontece há muitos anos.

    Quando tenho pequenos males procuro soluções naturais. Não tenho nenhuma preocupação com bactérias e cia. Se a comida cair no chão eu como, por exemplo.

    Agora, claro, se tenho uma reunião e estou espirrando por conta de poeira , eu vou tomar um anti-alérgico. Ai tb já seria demais.

    • Soluções naturais funcionam para você? Eu tenho verdadeiro ÓDIO, ÓÓÓDIO dessas coisas “caseiras”, “naturais”. Juro que eu rompo relações se vejo um amigo meu tomando florais!

          • Entendo, é um assunto polemico mesmo.
            Tenho duas amigas que são homeopatas, uma delas pediatra. Eu tendo à acreditar, mas não abandonaria um tratamento com alopatia por um de homeopatia. No máximo em conjunto.

              • O que me intriga é o fato disso funcionar absurdamente bem em crianças pequenas. Sei que criança pega placebo fácil, mas as muito novinhas?
                Vou conversar mais com essas minhas amigas.

                • Funciona igualmente bem em cachorros, que não compreendem o efeito placebo. Mas o que eu pude ver no que diz respeito a cachorros é que o DONO se tranquiliza e de alguma forma passa energia calma para o cachorro, fazendo com que ele se desloque daquele estado de estresse ou se ansiedade e acabe melhorando o que quer que tenha causado o desequilíbrio.

                    • Ah… comida saudável é sempre uma ajuda. Mas se a coisa se prolonga, tem que apelar para a boa e velha penicilina, né?

            • Olha… eu também sou adepto à homeopatia usada EM CONJUNTO com a alopatia! Quero dizer: até hoje nunca consegui curar dor de cabeça ou outro mal estar significativo apenas com “florais” e tal! Mas, em outro sentido, quando é pra harmonizar os chakras os florais ajudam e muito a longo prazo!

      • Sério Sally?
        Minha mãe acha que é índia, então, cresci tomando chás e milhares de ervas medicinais. E te digo: sendo efeito-placebo ou não, funcionam!
        Até hoje, ainda não encontrei nenhuma solução melhor para a catarreira do que leite batido com agrião e alho (apesar de por ter tomado isso na minha infância inteira a toa – pra incentivar meu irmão menor catarrento a tomar – não conseguir sentir nem o cheiro de agrião hoje em dia).

        • Existem plantas e ervas que tem propriedades medicinais, isso nem tem como negar, mas basear o tratamento nisso me dá tristeza. Tentar uma solução caseira antes como primeira opção eu até entendo, mas gente que fica SÓ nas ervas eu acho o fim da picada, tenho desprezo.

          • Minha mãe só toma remédio depois de muita briga, por ela, só existe apenas uma solução para QUALQUER mal: boldo.
            Sério, a ponto de dar CHÁ DE BOLDO pro meu irmão, que estava passando mal por conta do apêndice. Ele logicamente se revirou e vomitou; segundo ela, porque o boldo estava expulsando a doença do corpo dele. Sinto pena dele, sempre que lembro, rsrsrsrs.
            Já é uma das principais anedotas da minha família.

            • Agora tudo bem, porque vocês são adultos e podem se defender se recusando a isso, mas imagino que na infância tenha sido duro…

              • Cha de Boldo! Minha mãe tomava pra tudo! Era solução pra todas as dores e desconfortos acompanhado do mijo do diabo ® (dipirona sodica). Era de vomitar as tripas! Alias essa praga de boldo esta institucionalizada em todo lugar ou só em Sp e interior?

  • Já basta esta vida cheia de sofrimentos. Está doendo e a solução está nas minhas mãos? Remédio na dor e pronto!

      • Também senti falta quando tiraram da grade; apesar dele ser chato fora da tv, como comediante Mazzeo é muito bom. Tenho 20 anos, não preciso nem dizer que acho Chico Anísio, Trapalhões Zorra Total Praça eh nossa e outros um porre!

          • Sim, quando esta atuando ele transmite um julgamento crítico que eu admiro, bem humorado e sútil. Mas para aí, como pessoa é bem politicamente chato. Ao ponto de ir contra a própria classe de humoristas em uma polemica do Felipe Hamachi.
            Mas bom mesmo é o Leo Lins. Já te passaram os textos que ele posta no facebook dele?

            • Não… eu AMO o Leo Lins, na minha opinião ele flerta com o desastre como ninguém: tem a linha do bom senso, do bom gosto, do politicamente correto, ele SABE ONDE ESTÁ e mesmo assim ele dá um passo para frente cheio de elegância e deboche. É dessas poucas pessoas que pelo carisma infinito pode dizer qualquer barbaridade que faria a nós, reles mortais, soar como babacas, arrogantes ou infantis. Sério mesmo, eu AMO o Leo Lins!

              • Não te passaram? Olha talvez os desfavoráveis não gostem tanto assim de ti hahahaha. Não tenho facebook e não sei como funciona, mas tem alguns perfis que são abertos e qualquer um consegue visualizar. Em todo caso vou pedir pra minha irmã se ela consegue os textos e te passo por e-mail. O Gentili também tem ótimos que ta no face dele, por eles até da vontade de ter uma conta no facebook, mas vontade é uma coisa que dá e passa e os ônus são imensuráveis.

  • Começou como uma tosse. Chatinha, mas nada demais. Talvez uma reação à mudança do clima, um princípio de gripe…deixei pra lá. Mas a tosse não passava. Não era nada debilitante, era só um incômodo meio chato. Que foi se tornando mais frequente. Depois, mais intenso. O resultado? Era uma pneumonia atípica. Quando enfim fui correr atrás do prejuízo, as tosses, que começaram tão simples, se tornaram tão fortes que meus músculos doíam de exaustão do esforço de tossir. Tive febre, dor de cabeça e dores pelo corpo como se tivesse sido atropelada, fiquei dias de cama.
    Depois dessa, dar uma de durona nunca mais. Não fico sofrendo de graça, melhor cortar o mal pela raiz antes que piore.

    • Garota esperta, aprendeu a lição, ao contrário de Siago Tomir que já perdeu um órgão por causa de teimosia e continua a mesma coisa

      • Que órgão ele perdeu? oO

        Aliás, eu queria era comentar isso mesmo: na visão do Somir então tem que se aguentar sozinho a dor porque o corpo é uma máquina programada para lidar com isso de maneira natural? Bahh… então, nesse sentido, uma crise alérgica que se pa tende a virar pneumonia tende a se curar sozinha? Bah! Não dá pra engolir uma dessas não viu?

  • Anônimo (não)

    hum… digamos que tenho minha própria teoria sobre remédios.
    supondo que cada droga, cada composto químico, traga sempre no mínimo um ônus (-) para cada benefício (+), então temos que:

    a vida toda tomando remédios

    (+)(+)(+) (-)

    (+)(+) (-)

    (+)(+)(+) (-)

    (+)(+)(+)(+) (-)

    então temos que com o passar do tempo eu terei:

    (-)(-)(-)(-)

    ou seja, a soma de pequenas coisas que podem se juntar e se tornar uma grande coisa no futuro

    • Para quem toma remédio com parcimônia, seria preciso viver 700 anos para ser acometido por um efeito colateral de uso excessivo

    • Se essa “qualquer bobagem” te tira qualidade de vida, não vejo porque não tomar. O erro é de quem usa remédio como muleta, para ir empurrando com a barriga um sintoma recorrente em vez de ir ao médico tratar o que quer que seja.

  • Meu organismo é totalmente alérgico. Notei isso há anos. Não posso estar em um ambiente muito empoeirado, cheio de mofo e com algum cheiro forte que meu nariz começa a irritar e meu olho lacrimejar. Também tenho alergia a Látex, ou seja, raramente tive uma festa de aniversário com balões, e quando tive, passava longe, e como tenho alergia a Látex, também tenho alergia a maioria dos preservativos comuns. Sempre tenho que comprar o sem Látex. Se meu olho incha bastante quando fico perto de balões, imagina… Enfim.

    Tenho alergia a vários medicamentos também. O único em que confio é no Paracetamol, porque todo o resto pode ser perigoso. Houve casos em que tomei algum diferente e acabei indo ao hospital por dificuldades para respirar e a cara toda inchada, ou seja, estou com dor de cabeça? Paracetamol. Estou com dor no corpo? Paracetamol. Estou morrendo? Paracetamol… Tirando enjoos e mal estar estomacal, onde faço o uso do Sal de Fruta mesmo.

    Então… Raramente sinto um mal estar. Uma dor de cabeça acontece uma vez ou outra. O estômago me incomoda com frequência, mas é só tomar um Sal de Fruta que em segundos passa.

      • Nada. Tipo. Já aconteceu. Eu tenho uma alimentação bem saudável, o que me poupa de bastante coisa. Cólica eu nunca tive. Enjoo só quando como algo que não deveria comer. Meu estômago é muito chato.

  • Os remédios que eu deveria tomar de forma contínua eu parei há tempos, por causa dos efeitos colaterais. E de não melhorar totalmente, então na balança…

    Ainda há o da pressão alta que eu esqueço sempre de tomar ou comprar quando termina e só lembro quando meu nariz está sangrando…

    De resto… nada contra, só as vezes não tomo por pura preguiça… sim, de ir na caixa de remédios, de pegar uma água… Vivo com cefaléia, então também já acostumei… De vez em quando fica insuportável e mais forte que a preguiça.

    • Mas esses remédios de uso contínuo não são para um mal-estar eventual, são um tratamento. Eu entendo pessoas que optam por não se tratar quando o tratamento implica em algo pior do que o problema original…

      • Engraçado que o ” você não deveria tomar remédios assim…” vem de pessoas obesas, enchem os cornos de bebida ou fumantes. Dou um sorrisinho e tomo o remédio como se elas tivessem contado uma piada sem graça.

        • Pois é, gente que não se cuida, que detona a saúde muito mais do que qualquer remédio faria, vem dar lição de moral…

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