Ele disse, ela disse: Estava escrito.
| Desfavor | Ele disse, Ela disse | 67 comentários em Ele disse, ela disse: Estava escrito.

Talvez pela ressaca anti-intelectual de falar sobre o que se falou no último sábado, Sally e Somir escolhem os escritores que mais os fascinam. Além, é claro, de colocar em disputa quem escolheu melhor… Os impopulares ficam livres para escrever suas entradas na discussão.
Tema de hoje: Qual o(a) melhor escritor(a) que você já leu?
SOMIR
Lars Silmoy. Não deve ser nenhuma surpresa para quem já leu meus Des Contos que sou fã de ficção científica, da extrapolação de narrativas, contextos e personagens atuais para realidades alternativas. Sejam elas futuras ou longínquas. Claro, sem esquecer de uma fundamentação na nossa realidade e no que conhecemos sobre o universo. E favor não confundir coisas como Guerra nas Estrelas com ficção científica, fantasia é bacana, mas é outro gênero (muito embora Duna seja praticamente inclassificável dessa forma).
De qualquer forma, sempre gostei do gênero, passando por livros de autores famosos como Aasimov, Clark e Niven até mesmo pelos de ilustres desconhecidos como o que menciono hoje. Silmoy calhou de nascer na Finlândia, o que com certeza é melhor do que nascer no Brasil, mas também quer dizer que se não traduzirem a obra dele, foi-se a chance de apreciar sua imaginação incrível. Sério, finlandês não só é uma língua complicada quanto com pouca gente disposta a ensiná-la (até porque é virtualmente impossível achar um finlandês sóbrio… Ei, se você morasse na Escandinávia, acharia graça da piada!).
Lars escreveu sete livros durante seus 81 anos de vida, e como nos deixou em 2007, essa é a extensão de sua obra. E não é que ele começou tarde, é que uma das suas principais qualidades sempre foi a preocupação com a qualidade do material. O primeiro livro, “Yksinäisin Planeetta” (entenderam o drama do finlandês? Traduz-se como “Planeta Solitário”) foi publicado em 1961, depois de DEZ anos em produção. O último, “Unohdettu Vallankumous” (A Revolução Esquecida), em 1999, agora sim com preguiçosos quatros anos até ser completado.
E foi só em 1996 que um dos livros dele foi traduzido pela primeira vez para o inglês: “White Hole” (e talvez por acharem ser um livro erótico…). Sendo um sucesso de crítica, mas não de público, temos atualmente cinco dos sete pelo menos em inglês. Estou pensando seriamente em aprender finlandês para finalmente ler DIREITO os dois primeiros livros dele (tradução automática ninguém merece).
Como já disse, a atenção aos detalhes e à ciência é impressionante. Lars segue a linha de ficção científica dura (tradução fanfarrona), com uma grande dose de respeito pelas leis regentes do universo. Nada de som no espaço ou viagem no tempo para o passado. Uma das coisas mais bacanas na obra dele é como ele se adapta à evolução do conhecimento humano e vai revendo seus conceitos com o passar dos livros. Não há vaidade que se compare com o método científico!
Mas é claro que não é só isso que me faz escolhê-lo como o melhor que já li. Nunca vi alguém que respeitasse tanto a história contada como Silmoy. Tem gente que se amarra em estilo, no uso da escrita em si como ferramenta para transmitir emoções; entendo o apelo, mas nada como se deparar com um escritor tão apaixonado pelo conteúdo da sua narrativa que tudo vem naturalmente para o leitor. Você tem tantos subsídios da cena e tanta coerência no desenvolvimento da história que é como se o livro fosse uma memória sua. Que já vem cheia de significados atrelados aos elementos e não à forma de representá-los.
E apesar dos detalhes e da coerência, tem outro fator preponderante nessa representação nítida do universo ficcional dele: Não espere que alguém segure sua mão e te lembre do que é importante lembrar durante a leitura de uma das obras de Lars Silmoy. Ele manda um turbilhão de informações por página, e é sua responsabilidade notar como elas se entrelaçam e desenvolvem. É mais do que ler, é testemunhar.
Não quero entregar a história de um dos livros, mas ao ler “Shield” (o quarto livro dele, e porra, não vou traduzir do inglês!) pela primeira vez eu entendi o final da história de uma forma, afinal, eu leio de forma meio compulsiva por natureza e queria saber logo o que ia acontecer. Depois de ler um comentário (traduzido do finlandês) num fórum perdido sobre o livro em questão e não entender o que a pessoa tinha compreendido do final, li de novo, agora com calma… Estava lá o tempo todo, dicas sutis como a descrição de um olhar de desaprovação e uma porra de uma pedra caída no canto de uma sala (sério, Lars era um gênio, mas era doente com essa coisa de detalhes) davam a entender que a MINHA impressão do final fazia parte de um plano! A história verdadeira era outra!
Depois disso eu não consegui me concentrar em nada enquanto não conseguisse cópias digitais (spoiler: eu GOSTO de ler no monitor) do resto dos livros traduzidos dele, e até mesmo os não traduzidos. Realidades paralelas, mundos alienígenas, futuro-nem-tão-distante… Lars consegue ir para cada um desses lugares e pinçar deles uma história humana e surpreendente. Para imaginar o tipo de história que ele conta, é só lembrar das que eu conto por aqui. Mas adicionar talento, dedicação e compreensão da natureza humana… Se ME deixa humilde, pouca coisa não é (contradição-ção-ção).
É sobre natureza humana, mas não se rende ao lugar comum de colocar uma roupa de ET ou de robô num estereótipo de nós, macacos pelados. Em “Forty Tribes” (o penúltimo), Lars passa o tempo todo descrevendo uma civilização alienígena que REALMENTE parece alienígena; diferenças fisiológicas baseadas em condições de existência muito diferentes das nossas geram uma raça inteligente que trata distância física como tratamos dinheiro. É uma das coisas mais difíceis de se explicar para quem não leu, mas quando o estranhamento passa e as personagens ficam conhecidas e dissociáveis, tudo faz sentido. Você está em outra realidade e acaba de se adaptar a ela (eu fiquei meio claustrofóbico por mais ou menos uma semana depois de ler…). Pelo menos para mim esse é o objetivo final de qualquer obra de ficção científica: Te levar para longe e te fazer se sentir próximo.
No final das contas não é sobre escapismo, é sobre empatia. E, claro, sobre uma boa história.
Para dizer que os livros devem ser a coisa mais chata do mundo para eu gostar tanto, para dizer que indicar autor em finlandês é muito hipster, ou mesmo para arriscar um pedido de casamento meu ao dizer que também é fã: somir@desfavor.com
SALLY
Confesso que fiquei na dúvida para escolher o melhor escritor de todos os tempos. Na verdade, eu sempre soube a resposta, mas justamente por ele não ser muito popular no Brasil (e talvez no mundo) eu titubei. Para ser bem sincera, acho que ele apenas é conhecido na Argentina, e ainda assim, mais pela elite intelectual: Gatoi Moris ou, se preferirem, algum dos diversos pseudônimos que ele usa. Só fato de alguém conhecê-lo faz a pessoa subir de forma estratosférica no meu conceito, se apreciar sua obra então, faço uma reverência.
O que mais me fascina nas obras de Moris é que ele, assim como o Desfavor, não tem a menor pretensão em ser popular ou famoso. Ele apenas quer escrever, e o faz por vocação, por amor. Nunca se esforçou para divulgar seus livros, eles se sobressaíram única e exclusivamente por sua excelência, apreciado por poucos, quase que em um clube secreto elitista que não faz a menor questão de ostentar o que está lendo em rede social. Discreto, genial e blasé. Tem como não amar? Ele não se importa com a fama nem com a não fama, ele simplesmente escreve independente disso.
O primeiro livro que li dele, “Hoy es el dia mas importante de mi vida”, me marcou profundamente. Parecia que eu estava vivendo a experiência da protagonista, me angustiei, fiquei nervosa, chorei e torci, emoções que não sinto comumente lendo um livro. Sua narrativa envolvente me fez virar uma noite lendo, eu não consegui largar aquele livro enquanto não o terminei, porque não conseguia dormir sem saber como a história da protagonista ia acabar. E acaba de uma forma surpreendente, ao menos para mim. Mas chega de falar de detalhes, não quero dar spoilers, apesar de ter quase certeza de que dificilmente se tenha acesso às obras dele traduzidas para o português. Não é o tipo de autor que se ache no eMule.
Confesso que muito da minha forma de escrever vem inspirada nas obras de Moris, apesar de saber que nunca vou alcançar seu nível, procuro ao menos seguir uma linha similar: escrita simples, informal, que faça com que o leitor sinta que está conversando com o autor, que faça o leitor visualizar não apenas o que está sendo narrado, como também o sentimento do narrador. Nenhum outro escritor que eu tenha lido consegue capturar o leitor e envolvê-lo dessa forma e isso para mim é o maior dos dons. Aluísio Azevedo meu ovo inexistente! O difícil é fazer o simples, o rebuscado muita gente faz. Erudição se aprende, empatia e carisma são dons.
O livro dele que mais gostei foi “Solo necesito de una oportunidad”, apesar de ser um dos mais controversos. Ou as pessoas amam, ou odeiam. Não vou me aprofundar para não estragar a surpresa, que consiste mais na trama em si do que no desfecho, mas confesso que senti um tipo brando de inveja. Eu queria ter escrito aquilo. Pena que não fui eu, mas que bom que existe alguém no mundo que o escreveu! É o tipo de livro que quando você acaba de ler pensa “Eu sou uma pessoa melhor depois de ter lido isso”.
Acho que a melhor forma de definir os livros de Moris é: alimento para a alma. Algo que te diverte, te deixa leve, mas, ao mesmo tempo, acrescenta, instiga o questionamento, a reflexão. Um mix de coragem e doçura propositadamente camuflada, uma genialidade propositadamente disfarçada na tentativa de ser acessível. A generosidade quase que inconsciente de se rebaixar ao nível de “reles mortais” para compartilhar conosco sua escrita. Fico me perguntando se ele sabe do alcance do seu potencial. Provavelmente não, genialidade costuma trazer consigo algumas mazelas, conflitos internos e cobranças.
Confesso que chego a ser tomada por um sentimento que beira ao egoísmo. Me sinto tão privilegiada por ter descoberto sua obra e vejo como ela é exclusiva, no sentido de ser para poucos, que muitas vezes me privei de compartilhá-la com pessoas que talvez a pudessem apreciar. Uma sensação boba de que se aquilo se popularizasse eu não seria mas tão especial, não seria da elite de pessoas que o descobriram e leram seus livros. Enquanto sua obra fosse um reduto para poucos, ela me ajudaria a filtrar pessoas. Ser apreciador ou leitor de Moris seria um passaporte para ganhar a minha admiração. Besteira, hoje estou aqui desapegando dessa ideia mesquinha e compartilhando com quem quiser ler: Moris é um gênio, daquele tipo mais atraente, aquele que não se sente gênio.
Você pode estar se perguntando o que ele tem que tantos outros escritores geniais não tem. Não sei. Juro que não sei. Por algum motivo o que ele escreve me causa uma identificação profunda. Talvez um mix da sua postura, da sua escolha de vida com a genialidade da sua obra, não sei. Fato é que seus livros me causam um impacto que mais ninguém causa. Aquela coisa de você ler e, linha após linha, fazer que “sim” com a cabeça, concordar com tudo e pensar “essa pessoa estava lendo a minha mente quando escreveu isso!”. Mais do que ler mente, ele desvenda coisas que eu sentia e não conseguia organizar na minha cabeça de forma racional para perceber que as sentia. Não sei se alguém aqui já se sentiu assim durante uma leitura qualquer, mas para mim isso é o elo mais forte que liga um autor a um leitor.
A capa dos livros é, sem trocadilhos, um capítulo à parte. Eu sei que não se deve julgar um livro pela capa, mas, como se não bastasse o conteúdo excepcional, as capas são lindas! Por exemplo, a capa do livro “No te vas a arrepentir” virou estampa de um vestido meu, de tão fascinada que fiquei por ela. Mandei estampá-la em um vestido branco que eu gostava muito, mais precisamente por todo o vestido. Até hoje me param na rua para perguntar onde comprei esse vestido, isso quando não ficam olhando fascinados para o desenho. Poucas pessoas sabem, mas é o próprio Moris quem faz as capas de seus livros. Aliás, ele é multifuncional, ele participa de praticamente todos os momentos, do processo criativo, até o livro pronto.
Moris só reforça minha teoria de que tem muita coisa boa “escondida” por aí, que só pode ser encontrada garimpando muito ou por uma daquelas sortes absurdas que acontecem com a gente de vez em quando na vida. Eu tive essa grande sorte e tentei agarrá-la com unhas e dentes. O popular, o consenso, o massificado cada vez me atraem menos. Os verdadeiros tesouros estão no anonimato ou então esmagados por aqueles pretensamente populares, justamente porque não há quantidade suficiente de seres humanos geniais para apreciá-los a ponto de popularizá-los.
Então, independente de quem seja seu escritor favorito, tenha sempre em mente que assim como há muita coisa ruim, também há muita coisa boa por aí, no anonimato, esperando para ser descoberta ou mesmo em evidência, mas sem muito destaque. Seja curioso, dê uma chance aos desconhecidos, aposte. Não se deixe desanimar pela premissa que a maioria é porcaria, às vezes nasce uma flor no meio do estrume.
Esse é o texto mais enigmático do Desfavor. Li em tempo real e nunca comentei, porque achei que a trollagem dos anagramas poderia ser um divertido pseudo-desfecho que ocultaria um não-desfecho ainda mais surpreendente.
“MINHA impressão do final fazia parte de um plano! A história verdadeira era outra!”
Não sei o que é. É como aquela velha humana sensação de que há algo errado com o mundo, mas não conseguimos nem definir o que é, nem nos livrarmos da sensação de estranhamento. Já sentiram?
De qualquer forma, foi uma grande sorte conhecer esses dois autores que fizeram um pacto com o imprevisível e com a falta de autodefinição. Que são capazes de fazer um texto lindamente feminista num dia e bater nas feministas no outro. Que falam de escatologia barata num capítulo e, no seguinte, dão um show de cobertura dos protestos de junho e nos textos sobre política. Que me deixam confusa, porque um dia “me representam e verbalizam o indizível em mim”, mas no outro me causam verdadeiro asco.
Em que estante ficariam seus livros nas bibliotecas e livrarias comuns???? Os autores não se encaixam em nenhuma categoria, não seguem roteiros, nunca se ofendem, trabalham de sol a sol DE GRAÇA e não querem tarde de autógrafos. É uma gente estranha. Uma gente que não se apega a pessoas, mas sim a ideias. Uma gente que sabe que é desimportante, que não se leva a sério, que repete, nas entrelinhas ou descaradamente, que NADA NADA NADA NADA é sagrado, mas que não se vende a nenhum patrocinador.
Por ironia, foi uma blogueira famosa que me trouxe até o sebo sem sal e sem atrativos em que os autores se escondiam, depois de fazer um escândalo nas redes sociais. Eu nunca teria entrado naquele sebo se não fosse a pontada de curiosidade mórbida (Mas quem é o babaca do dia? O que disse o Judas da vez?) e tive que ler o primeiro livro mais de uma vez para entender, de tão surpresa que fiquei com a qualidade do texto e com a total falta de fundamentação das críticas. Fiquei meio confusa. Eu que nunca me perco na interpretação de um texto, me perdi completamente…. Não consegui entender a gritaria no Twitter. E quando pararam de gritar, eu já tinha achado um livro chamado Constituição e uma série de colunas que eles escreveram. O meu coração já era daqueles que minhas amigas odiaram por alguns dias e depois esqueceram quando uma nova polêmica estourou.
Mas eu não esqueci. Nunca mais eu consegui ir embora daquele sebo. Abri mão do tempo que poderia gastar em livrarias da moda para passar por aquele sebo, nos intervalos do trabalho. Eu quis ir embora muitas vezes, ansiosa por ler algo menos confuso e que me desse alívios e certezas, mas o pacto com o imprevisível me fez ficar.
De vez em quando a gente acha diamante entre anônimos.
A gente fala mal de um determinado grupo socialmente chamado de “feministas”, mas que na verdade deturpam o conceito de feminismo (a noção de que mulher não é inferior a homem). Quem prega a igualdade de direitos sem desejar a morte de todos os homens a gente defende…
Já leu Marian Keyes?
Eu acho muito ruim
Sally, concordo! Dar chance ao desconhecido é fundamental! Há muita coisa boa por aí que nem sabemos…
Pois bem, quanto à pergunta proposta… difícil responder viu? Preferiria dizer “qual livro mais me marcou”; daí sim, responderia: os demônios e os irmãos karamanzov de Dostoievski seguido de o processo do Kafka. Os dois primeiros por ter sido uma baita experiência “catártica”: foram leituras que mexeram profundamente comigo, que em certo sentido me conturbaram, me fizeram pensar, refletir e reavaliar sobre várias coisas, sobre tudo pra dizer a verdade. O processo segue na mesma linha: meio que me vi dentro daquela narrativa, me senti na pele da personagem e concordo com cada palavra daquela “argumentação nas entrelinhas” digna do Kafka.
Pena que as pessoas não arrisquem mais.
Tiago Somir e mais quem?
Sally Salerê ou Sally Somir?
Aquela mesma que já procuraram como advogada no Google.
Correção: advogadO
Veja só. Já amanheci meu dia sendo trollada pelos senhores.
Mas vou dizer uma coisa: até hoje só divulguei esses autores aí para um amigo, e é amigo amigo amigo mesmo, daqueles que eu chamaria para ser meu cúmplice num assassinato. Sou egoísta, confesso. Nunca tive coragem de divulgar link dos ~livros~ em rede social. Basicamente: “Me sinto tão privilegiada por ter descoberto sua obra e vejo como ela é exclusiva, no sentido de ser para poucos, que muitas vezes me privei de compartilhá-la com pessoas que talvez a pudessem apreciar. Uma sensação boba de que se aquilo se popularizasse eu não seria mas tão especial, não seria da elite de pessoas que o descobriram e leram seus livros.”.
Por favor, nunca mudem.
Não mudaremos, e se isso acontecer, vai ser para pior
Vou ser bem sincero, eu já tava quase clicando pra abrir o google em outra aba, a minha sorte foi que sempre gosto de ler os comentários, é como se fossem uma continuação do texto, eu leio o texto e já emendo nos comentários, e se não fosse isso ainda tava lá no Google, demorei a pescar o Anagrama.
Me toquei quando pesquisei Gatoi Moris e só achei fotos de gatos. T.T
Hahaha
Lars Silmoy e Gatoi Moris, leio todos os dias uma vez ao dia desde 2008!
S2
Vocês já leram Rubem Alves? Quanto mais o conheço mais eu fico certo que ele é meu autor brasileiro preferido (da atualidade)
Descreveu perfeitamente aquele livro da Ayn Rand também.
Sally vc viu isso:
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/mg/2014-01-26/embaixador-cosmico-pede-a-dilma-autorizacao-para-pouso-de-ovni.html
É tão bizarro que não sei nem se vale entrar na semana desfavor! hahahahahahahaha!!
Isso não é hoax?
Ai que vergonha! Eu acreditei que os autores exitissem! Estou me sentido meio burra, se não tivessem dito nos comentários que eram vocês mesmos qualquer dia a idiota aqui ia procurar pelos livros. Bem que eu achei meio estranho um argentino com sobrenome Moris. Hahaha! Eu nem ia comentar esse texto por não ter um escritor favorito.
E eu concordando mentalmente com a Sally ” ah sim, entendo esse egoísmo”. Essa parte do concoradar com tudo me lembrou de uns comentários que eu li outro dia em um dos textos, as pessoas dizendo que quase não comentavam por não ter nada para dizer…
Bom, pelo menos serviu de alerta para não acreditarmos em tudo que vemos por aí.
Sally, você não gosta do Aluisio Azevedo? Eu gostei de “O Mulato”,
Leona, eu li “O Cortiço” e quase morri de tédio. Aquele jeito descritivo, prolixo, detalhado… Não faz meu tipo!
Descreveu perfeitamente aquele livro da Ayn Rand também.
Citando os meus preferidos (SEM ORDEM DE PREFERÊNCIA):
Rubem Braga, Carlos Drummond de Andrade, Ganymédes José, Paulo Mendes Campos, Luís Fernando Veríssimo, Fernando Sabino, Aluísio Azevedo, Nelson Rodrigues, Franz Kafka, Daniel Defoe, Edgar Allan Poe…
Opa, esqueci de um importante: Lima Barreto, especialmente por “Recordações do Escrivão Isaías Caminha”…
Sally, qual(is) conselho(s) você daria para um vestibulando que deseja prestar Direito? Há algum “talento” necessário? E as dificuldades durante e após a graduação? Alguma dica (quais faculdades deve-se passar longe, por exemplo)?
Meu conselho: escolha outra carreira a menos que tenha um pai dono de escritório
Ou siga a carreira pública. Direito ajuda (e muito) para prestar concursos nos três poderes.
Estou longe, muito longe de ser uma pessoa que vai citar nomes complicados, autores raros. Me sinto até um pouco away, me cobro que eu deveria ler mais. Pq de certa forma, não sei explicar, eu leio, de tudo, o que me oferecem/indicam para ler eu leio, mas raro foram os livros que tocaram meu coração.
Amyr Klink, foi um autor que há uns três anos caiu na minha graça, e acho que esse encaixe com minha pessoa se deu pela época em que eu estava vivendo. Além de perceber que mudanças são importantes, e que imprevistos são administráveis quando se tem planejamento, o que mais me marca nisso tudo é a independência emocional. Não sei se isso é o que ele procura passar, mas consigo ver isso em seus livros. E como isso fez e faz sentido pra mim.
Jostein Gaarden, aquele famoso do Mundo de Sofia… Olha nem foi por esse livro que ele me conquistou. O Dia do Coringa, sim! Foi um dos primeiros livros de gente grande que devorei, que me prendeu e que me levou às lágrimas.
Patrícia Gebrim, livros que parecem ser de criança, ilustrados todos por ela, de leitura fácil, gostosa, e de profundidade. Uma das que me inspiram.
Fernando Rey, cubano, foi meu mestre. E Rodolfo Petrelli, Argentino, tb psicólogo. Acho que muito do que sou hj foi influenciado de maneira direta e indireta à produção de conhecimento desses dois homens.
Pra finalizar: Sally Somir e Tiago Somir
hahahaha
S2
Não só conheço Lars Silmoy e Gatoi Moris, como os leio todos os dias, virtualmente mesmo. Como a Sally disse, é “alimento para alma”.
S2
E eu doida que chegasse a hora de ir para casa procurar este povo…
:P Detesto vocês!
Nós te amamos
Hoje vendo a questão de um anúncio de emprego, vou na anunciante (que nem se anunciou) e descubro se tratar de uma revenda de perfumes de porta em porta (avon feelings). Mas isso não é nada. O pior foi ver em um cartaz o termo ESPANÇÃO no lugar de EXPANSÃO. Meus olhos! E a pessoa encarregada da seleção é o despreparo em pessoa e pelo sotaque, presumo ter um pezinho na terrinha. Tá com que não sou nenhum exemplo de cuidado, mas está bem claro que no alto tá cheio de gente despreparada e inepta. E a empresinha com representação aqui (aparentemente jogo de franquia) é essa aqui.
O texto sobre o Moris me deixou com vontade de reler “¡Drama!”, faz tanto tempo que li, não lembro muito mais do desenrolar da história. Lembro que fiquei muito investido na escrita e nos personagens que praticamente devorei a obra, e aquele final deixou meus olhos marejados.
Drama… nossa novelinha! Acho que até eu vou reler!
Eu cai… fui procurar no google, não achei nada, achei que fosse algum erro de digitação, comecei a mudar as letras, ai caiu a ficha…. Que raiva… rs
mas adora esses textos “pegadinhas” faz a gente ficar mais atenta com as informações que lemos…
Fortalece, ficamos mais espertos quando começamos a desconfiar do que lemos
caraca que ridiculo, caí que nem um patinho. me liguei só pelo comentário da Aline. muito bom!
Eu disse que a gente ia esperar vocês relaxarem para meter outra dessas…
Nhé! Mas eu tb fui direto no Google, aí deu ruim pra vcs XD
Como diria o Chapolin: “Suspeitei desde o princípio…”
Sem ordem de preferencia
-Edgar Rice Burroughs
-Isaac Asimov
-Douglas Adams
-Steve Pressfield
-Alexandre Dumas
-Christian Jacq
-Conn Igulden
Menção honrosa, por estar atualmente lendo um dos livros dele: Eoin Colfer estou lendo “Airman” ou Aviador no Brasil.
Com direito a easter eggs.
Anagramas…. essa foi muito fácil
Hahahaha
Sally e Somir parem de trolagem e divulguem o resultado do bolão.
O sentimento tem que continuar!
Facil para voce, teve gente que caiu e ainda jurou que leu…
Me desconsidero oficialmente rata de biblioteca agora, como nunca ouvi falar desses escritores? Ultimamente ando lendo muito(novamente) Lovecraft e Poe, mas nunca parei pra pensar sobre um escritor favorito, sendo boa literatura to dentro, embora tenha meus livros favoritos, de diversos escritores.
Eu pra variar aqui me sentindo uma idiota por ter caído. E só pra variar, vou culpar o dda e a dislexia.
hahahahaha
Acho que se eu falar o meu, serei repetitivo (Chuck Palahniuk).
Que fofo vocês serem os escritores preferidos um do outro!
Também achei fofo!!
Mas a história do vestido branco é verdade (com as devidas proporções e analogias hehe)??
Mais uma vez um “ele disse, ela disse” impossível de se concordar com apenas um dos lados, os dois autores que vcs citaram são muito bons.
O único problema do Gatoi Moris é que ele é meio errático na frequência de produção dos livros e alguns anos atrás até ficou um longo período sem escrever. De qualquer forma, sempre compensa a espera quando uma nova obra dele surge.
Ah, assim como a Sally, eu adoro a arte da capa dos livros do Gatoi Moris. Tem umas simplesmente geniais! É interessante ver como ele sempre consegue casar a imagem com o assunto do livro. É uma habilidade admirável.
Fico feliz que você conheça a obra dele. Seu unico defeito é mijar na pia.
Que tema interessante! Fiquei muito curioso sobre os dois autores citados, mas não encontrei nada sobre eles no Google. Vocês são as primeiras opções de pesquisa em ambos os casos…
Eu imagino que terei de reservar um tempo pra procurar pelo Gatoi Morris quando for conhecer a Argentina, mas o Somir disse que existem versões digitais dos livros do Lars Silmoy – pode, por favor, indicar o caminho para essa alma curiosa e com péssimas habilidades de procura?
Pra citar mais nomes, eu gosto bastante do David Mitchell e do Carlos Ruiz Zafón. Também tenho quase todos os livros do Palahniuk, mas não sei se eu chamaria ele de meu escritor favorito…
CLARO QUE EU NÃO ENCONTREI NADA DESSES CARAS, eles são vocês mesmos. Vão tomar no cu por me fazer sentir tão estúpido, hahaha
Hahahahahahahahahaha… Adorei a trolagem…
Estamos trabalhando para melhor atendê-los
Procura com atençao que voce acha
Anônimos. Esses são os autores que gosto. Os que ficam no anonimato. Os que ninguém conhece. Aqueles que escrevem suas histórias e as postam gratuitamente para que todos possam apreciar.
Acompanho vários sites onde autores independentes postam seus livros, histórias, contos… Sim. Há alguns péssimos, mas quando me deparo com um realmente bom, fico feliz por sempre persistir em procurar algo que me cause prazer ao ler. Gosto quando entro nesses sites e vejo autores que nem ao menos se importam em fazer dinheiro com o que escrevem. Aconteceu uma vez de um dos autores ser convidado por uma editora para publicar seu conto… Sou fã desses autores desconhecidos. Já cheguei a me aventurar no mundo da escrita. Escrevi dois livros e já estou no terceiro, planejando o quarto. O primeiro foi uma merda. O segundo foi bom, considerando o alto teor pornográfico. Estou me aventurando na ficção científica com o terceiro… Enfim.
O mesmo acontece com música. Quem pegar meu telefone e ir na seção de músicas, irá se deparar apenas com nomes desconhecidos. De todas as músicas, 90% são de artistas que quase ninguém conhece.
Entao voce deve amar a gente, ninguem “nao ganha dinheiro” tanto quanto a gente
Com certeza. Adoro trabalhos feito no anonimato. Hahahahahaha.
Eu sei que vocês primaram pela escolha pessoal, e definitivamente desencanaram do mainstream. Mas eu sou rato de biblioteca desde que nasci (de óculos) e podia fazer uma lista com centenas de autores bons, empolgantes, estimulantes. Mas com os anos acho que virei um velho chato, adorador de Proust, Conrad, Machado. Se fosse escolher só um, ficaria com Proust mesmo.
Tá certo! A escolha tem que ser pessoal mesmo, se não você está dizendo ao mundo que é o dono da verdade!