O depoimento da advogada Bruna Morato foi o mais contundente da CPI da Covid desde sua instalação, segundo vários senadores. Representante de ex-médicos que denunciaram a Prevent Senior, ela saiu do Senado com pedido de proteção a sua segurança. (…) A depoente afirmou que os administradores e médicos da cúpula da operadora de saúde se sentiam seguros para utilizar seus protocolos. Segundo disse, “a Prevent Senior tinha segurança de que não seria fiscalizada pelo Ministério da Saúde”. LINK


Normalmente não repetimos temas, mas acreditamos que não dá para ignorar a monstruosidade cometida nesse caso. Desfavor da Semana.

SALLY

Esta semana vimos o depoimento da advogada Bruna Morato, representante de ex-médicos que denunciaram práticas absurdas da Prevent Senior (empresa de assistência médica para idosos e maior rede hospitalar de São Paulo), na CPI da Covid. O que ela contou foi tão estarrecedor, desumano e absurdo que esta será uma das poucas vezes na história do blog em que vamos repetir um tema por duas semanas seguidas como Desfavor da Semana.

Basicamente, ela disse que ordens vindas do Governo, preocupado com a economia, obrigava os médicos que trabalhavam para a Prevent Senior a prescrever e divulgar tratamento precoce como algo eficiente, para que as pessoas não fiquem com medo de sair na rua e continuem indo trabalhar. O objetivo foi claramente colocado: era preciso convencer a sociedade de que era seguro sair, pois existia um comprimido para prevenir/tratar/curar covid: a cloroquina.

Vamos, por um instante, esquecer a aberração que é colocar dinheiro na frente de vidas humanas. Ainda que fosse a melhor escolha “salvar a economia”, essa dicotomia já se provou falsa: os países que lidaram melhor com a covid, sem tantos contágios e tantas mortes, tiveram menos prejuízo e recuperaram a economia mais rápido. Então, além de assassinos, são burros. Fazer para vender cloroquina e enriquecer seria canalha, fazer a troco de nada, cagando ainda mais a economia é, além de tudo, patético.

A advogada afirmou que existia um acordo com o Governo, intermediado pelo médico Anthony Wong (que, adivinhem, faleceu de covid) dando a garantia de que a Prevent Senior não seria fiscalizada por ninguém, nem mesmo pelo Ministério da Saúde ou pelo CRM. Sim, existem pessoas otárias neste mundo que acreditam que o Governo Bolsonaro cumpre sua palavra. Vai lá, faz combinado com esse governo sim, vai acabar jogado aos leões nos holofotes.

Com o declarado objetivo de encontrar uma forma de que as pessoas não tenham medo de sair de casa e continuem movimentando a economia, foi feito um pacto entre o governo e a Prevent Senior garantindo à seguradora toda a estrutura para divulgar a cloroquina como uma solução mágica: eles teriam imunidade, não seriam fiscalizados, receberiam dinheiro e poderiam implementar protocolos próprios, com medicamentos ineficazes, desde que dessem um jeito de apresentar resultados positivos do uso da cloroquina.

Também foram assegurados todos os recursos para que os resultados desse tratamento pudessem ser livremente manipulados, para fazer parecer que funcionava. Não foi a Prevent Senior sozinha, nem foi a Prevent Senior a arquitetar. A Prevent Senior foi o capanga que é pago para matar alguém que ele nem conhece por seu chefe. Tem vários culpados aí, que vão desde o Governo até o Conselho de Medicina. Todos contribuíram para que essa atrocidade fosse possível.

Durante muito tempo eu acreditava que essa atrocidade que fizeram no Brasil era para enriquecer quem fabricou a Cloroquina, pois isso, apesar de abominável, faria algum sentido: vidas humanas em troca de alguém milionário não é algo totalmente inédito no mundo. Mas parece que não.
Parece que o cerne da questão era fazer com que as pessoas não fiquem em casa, que não se adote lockdown, que se acredite não haver necessidade de isolamento social, para “salvar a economia”. Tantas vidas perdidas por um objetivo burro, que, no final das contas, acabou é estragando ainda mais a economia. Vidas perdidas, sofrimento de doentes e familiares, para nada. Ou melhor: para piorar ainda mais a situação.

As atrocidades cometidas pela Prevent Senior demandariam um texto de dez páginas. Como estão disponíveis na mídia, vou apenas dar uma rápida pincelada por cima.

Não havia preocupação em evitar contágio entre pacientes, muito pelo contrário, quanto mais gente pegasse, melhor, para criar uma suposta imunidade de rebanho. Assim, internavam pacientes de covid junto com outros sem o menor pudor, médicos sabidamente contaminados eram obrigados a continuar trabalhando contaminar pacientes que estavam internados por outras razões, muitas vezes com a imunidade comprometida e muitos outros absurdos.

Mas isso seria só o começo. Para provar ao Brasil que a Cloroquina era a solução de todos os problemas e que as pessoas poderiam sair às ruas em segurança, os resultados foram deturpados de todas as formas que vocês possam imaginar. Todas mesmo, incluindo tratamento cruel antiético e morte. O que eles fizeram, para mim, não tem qualquer diferença de um assassinato.

Para mostrar que os pacientes melhoravam, existia a seguinte recomendação: depois de um certo tempo na UTI (10 ou 14 dias) os pacientes, no estado em que estivessem, eram retirados da UTI e levados a leitos na enfermaria. Paciente em estado grave precisa de UTI, ainda assim, eram deixados com menos cuidados em uma enfermaria. Mas o pior vem agora: eram pacientes que não podiam respirar sozinhos e, ainda assim, tinham seu oxigênio reduzido nos respiradores, até a morte. Sim, isso mesmo, deixavam os pacientes morrer por falta de oxigênio.

Segundo a advogada, uma das frases que ela mais escutava era “morte também é alta”, ou seja, quando o paciente não melhorava, eles matavam o paciente, privando-o do oxigênio que o mantinha vivo e não computavam como morte e sim como “alta”, gerando resultados positivos pelo uso de cloroquina. Se você não está chocado, estarrecido, revoltado, você morreu por dentro.

Eventualmente chamavam essa atrocidade de “tratamento paliativo”, o que é muito incorreto. Tratamento paliativo consiste em proporcionar o máximo de conforto e qualidade de vida a pacientes terminais. Privar de oxigênio quem precisa respirar para sobreviver é tortura, é indignidade, é crueldade.

Também andei vendo algumas almas perdidas chamando isso de “eutanásia”. Muito incorreto também. A eutanásia se destina a acelerar um processo de morte certa e irreversível de forma digna e sem sofrimento para o paciente. Privar de oxigênio quem precisa respirar para sobreviver é matar lentamente, de forma sofrida e desesperadora. Quem, como eu, já teve algum problema sério no pulmão vai entender a que me refiro.

Os médicos que não aceitassem essa e outras práticas do mesmo estilo eram demitidos e queimados no mercado de trabalho. Muitos foram ameaçados, bem como suas famílias. Recebiam instruções que mais parecia vindas de uma seita, de um culto, onde chegavam a dizer, textualmente, que a cloroquina precisava ser vendida como “pílula da esperança”, para que todos acreditem que era possível sair em segurança, já que existia remédio para covid-19.

Além disso, os médicos eram submetidos a todo tipo de situação bizarra. Desde cantar um hino de letra questionável antes do trabalho, até ter retirada qualquer autonomia para medicar, dar alta, decidir dosagem ou curso de tratamento. E o pior: tudo isso foi feito com pacientes idosos, que normalmente são mais fragilizados, que acreditam piamente na palavra do médico, que tem o médico como uma autoridade inquestionável.

Novamente, bato na mesma tecla: não tem ninguém olhando por vocês. Presidente, Ministério da Saúde, CRM, médicos, todo mundo agiu ou se omitiu para que pacientes sejam expostos a sofrimento e morte, usados como cobaias, para um resultado mentiroso e manipulado que custou a vida de mais de meio milhão de brasileiros. SE CUIDEM SOZINHOS, sem acreditar no que lhes dizem, pois, como podemos ver, eles mentem sem escrúpulos.

“Mas Sally, como vou saber em quem acreditar?”. É fácil. Veja uma retrospectiva de tudo que a pessoa te falou e fez de março de 2020 até agora. O quanto ela acertou? O quanto de bons conselhos ela deu? O quanto do que ela falou não aconteceu? A vida desmente os mentirosos ou os fantasiosos, tudo que você tem que fazer é confrontar a fala deles com a verdade.

A pessoa em algum momento defendeu cloroquina? Não acredite nela. A pessoa em algum momento minimizou covid? Não acredite nela. A pessoa veio com qualquer história fantasiosa estilo “advogado alemão vai provar que é tudo um exagero”? Não acredite nela. Vocês têm um ano e meio de discurso para comparar com a realidade. Acredite em quem disse coisas condizentes com o que aconteceu.

Para finalizar, quero que isso fique marcado na memória de vocês: seres humanos usados como cobaias por causa de um plano BURRO de “salvar a economia” que só fodeu mais ainda com a economia. Pessoas deixadas para morrer de forma sofrida com aval do Governo e do CRM, sem que ninguém possa investigar ou intervir. Um remédio nocivo fornecido à população como uma pílula milagrosa. Alguém vai ter coragem de dizer que “isso acontece em qualquer lugar”?

Em algumas décadas, isso vai ganhar os livros de história. Vai ser um escândalo pior que o da Talidomida, pois quando os médicos prescreviam Talidomida, não sabiam que causava má-formação. Já quando os médicos retiram oxigênio de quem precisa respirar, matam paciente e computam como alta e prescrevem cloroquina, eles sabem muito bem o dano que estão causando.

Mesmo em países pobres, em ditadura ou em guerras, poucas vezes eu vi um povo ser tão maltratado e aturar isso sem se revoltar e guilhotinar a cabeça dos responsáveis. Vocês não têm ideia do quanto eu estou triste pelo Brasil.

Para perguntar se uma atrocidade nesse grau consegue escapar de punição, para dizer que vontade de guilhotinar não falta ou ainda para dizer que isso é tudo mentira de comunista e o advogado alemão vai provar que os governos exageraram ao impor isolamento social: sally@desfavor.com

SOMIR

Certeza que aconteceu como a advogada falou eu não tenho, mas se o depoimento do Luciano Hang serve de parâmetro, o governo está escolhendo suas batalhas: no caso do empresário, levou toda a tropa para causar confusão, no caso da advogada, muito mais silencioso. É como se não quisessem atrair atenção demais para esse caso. Torciam para que o Brasil inteiro ficasse falando dos barracos de Hang e os deputados e senadores governistas na CPI, o que acabou funcionando.

Muito se falou o “véio da Havan”, e a história ao redor da Prevent Senior começou a perder o fôlego. Por mais que Hang seja um desfavor, não vamos deixar seu terno verde e amarelo nos distrair. Num país sério, a averiguação de denúncias desse calibre são o tipo de coisa que trava tudo até ser resolvido. Porque é crime contra a humanidade. Não importa se atingiu cem ou um milhão de pessoas, quando a coisa chega nesse nível de crueldade, tem que ser resolvida imediatamente.

Como eu comecei o texto dizendo, não vou trair meus princípios querendo linchamento antes de uma análise criteriosa dos fatos. Até aqui tudo soa terrível para a Prevent Senior e para o governo Bolsonaro, mas parecer terrível não é crime. Crime é colocar pessoas em risco deliberadamente para realizar um plano político. As evidências vão se juntando no sentido de dizer que com a certeza do acobertamento pelas autoridades ligadas à Bolsonaro, o plano de saúde paulistano realizou experimentos e até mesmo matou pessoas para gerar um estudo defendendo a cloroquina.

Não para descobrir o que a cloroquina poderia fazer na pandemia, mas para provar que ela combatia a coronavírus. Quem tem a mínima noção de método científico sabe que não existe isso de começar um estudo para provar alguma coisa. Se você tem um resultado desejado antes de começar as análises, já está fazendo tudo errado. Se você manipula os resultados para validar suas crenças então… nada pode ser mais distante da ciência.

A diferença é gritante: se fosse o caso de uma pesquisa antiética que apresentasse os resultados reais, o problema seria a forma como ela foi feita. Crime do mesmo jeito, mas um crime muito mais passível de relativizar. A coisa vai ficando mais absurda quando percebemos que na melhor das hipóteses foi governo e plano de saúde fingindo que não estavam vendo os sacrifícios humanos que estavam fazendo em nome de interesses próprios. A Prevent imaginando que ia falir se desse atendimento correto para os pacientes de Covid (afinal, atendem a faixa etária mais atingida pela doença), e o governo Bolsonaro tentando forçar uma pílula mágica para não deixar a economia enfraquecer e estragar suas chances de reeleição.

Juro que não sei se os responsáveis realmente acreditavam na Cloroquina, se se forçaram a acreditar nela porque era uma tábua de salvação, ou se sabiam o que estavam fazendo 100% com a certeza da impunidade. A primeira opção é triste pela ignorância, a segunda é triste pela burrice, a terceira é um daqueles crimes tão absurdos que acabam em livros de história. Isso é, acabariam em livros de história caso fossem investigados de verdade.

O que pode não acontecer no Brasil. Os senadores da CPI dizem que tem um plano B caso a PGR engavete o caso, mas não sei se vão conseguir. A memória desse povo é curta e talvez uma redução na gravidade da pandemia seja o suficiente para deixarem esse assunto de lado. O que, infelizmente é até compreensível: para quem o botijão de gás a 100 reais exige que se volte a usar forno a lenha, sobra pouco tempo hábil para se ofender com casos desse tipo. E considerando como o número de pessoas abaixo da linha da miséria no Brasil aumentou consideravelmente, corremos o risco de ter uma bela pizza no final desse caso.

Quer dizer, pizza para Bolsonaro e seu gabinete paralelo, porque para a Prevent Senior as coisas estão parecendo não ter mais solução. Como disse no começo do texto, a falta de proteção dos congressistas governistas durante os depoimentos indica que estão prontos para jogar tudo nas costas dos diretores do plano de saúde se for necessário. Já abandonaram os picaretas das negociações de vacinas, não custa nada pra eles abandonarem a Prevent. Já saiu uma decisão judicial com indenização para um dos pacientes, algo me diz que muitas mais virão. Se você tem pais ou avós no plano deles, sugiro procurar uma alternativa o mais rápido possível, se ainda não o fez.

O grande desfavor nessa história está no ponto fraco da conexão entre governo e Prevent Senior. Ponto fraco pelo ângulo de provas, nessas horas a informalidade bolsonarista acaba ajudando: é tudo na base da conversa, nada fica oficializado. Se você analisa a história, começa a fazer muito sentido que o governo ofereceu ajuda para enterrar possíveis denúncias de pacientes sujeitos aos experimentos bizarros. Talvez não contassem com a CPI e as pessoas putas da vida com o acontecido vindo à frente para denunciar o que viram.

Eu aposto que o plano de saúde vai pagar caro pelo que fez, mas talvez só ele mesmo…

Para dizer que está tudo comprado, para dizer que já estão fazendo acordo com o PT nesse minuto, ou mesmo para dizer que o desfavor foi a banda de rock do diretor da Prevent: somir@desfavor.com

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Comments (16)

  • ” Parece que o cerne da questão era fazer com que as pessoas não fiquem em casa, que não se adote lockdown, que se acredite não haver necessidade de isolamento social, para “salvar a economia”. Tantas vidas perdidas por um objetivo burro, que, no final das contas, acabou é estragando ainda mais a economia. Vidas perdidas, sofrimento de doentes e familiares, para nada. Ou melhor: para piorar ainda mais a situação.”

    Pois me parece uma gigantesca briguinha de egos de quem não admite estar errado, o que é típico do nosso atual desgoverno. Na verdade, a política BR é inteira feita de briguinhas de ego e era previsível que algo assim podia acontecer.Fico enojada, mas não estou surpresa de forma alguma. O que mais me decepciona é justamente perceber que as pessoas estão dando atenção a problemas menores. Não vejo nenhuma outra saída além de ir embora do Brasil, este problema é estrutural.

  • Deixo aqui um abraço pros bolsonaristas amentais (pleonasmo, eu sei) que vem bostejar quando o assunto vacinas vem à tona. Aqueles que enchem a boca (de bosta) pra comparar erroneamente as vacinas à talidomida, sob o maravilhoso argumento (ou “arjumento”, vai saber) de que as vacinas são inseguras pois levaram menos de 15 anos pra serem desenvolvidas, além de chamarem os vacinados pejorativamente de “cobaias”. Onde será que essas cabecinhas pensantes estão escondidas agora?

    A frase “acuse-os do que você faz, xingue-os do que você é” nunca envelhece. E se aplica a gado político dos dois lados da cerca.

    • “A frase “acuse-os do que você faz, xingue-os do que você é” nunca envelhece. E se aplica a gado político dos dois lados da cerca.”

      Concordo 100%, Gui.

  • Abominável, para dizer o mínimo. Mesmo se somente metade do que a advogada disse em seu depoimento à CPI for verdade, esse caso já seria de um grau de monstruosidade tal que nos faz questionar se somos mesmo todos da mesma espécie. Inaceitável e inacreditável. Eu estava jantando diante do computador enquanto lia o texto da Sally e tive que parar quando cheguei à parte do “morte também é alta”. Não consegui mais comer. Me senti mal e perdi totalmente o apetite.

  • Eu tenho a sensação que além da alienação normal que o povo brasileiro apresenta, ele está também “anestesiado”. É tanto escândalo todos os dias que parece nada mais ser novidade ou relevante.

    À medida que essa CPI se arrasta e descobre as atrocidades ocorridas, parece que também absolutamente nada mais é feito para fins de punição, ajudando o governo com uma cortina de fumaça a cada escândalo.

    Já não se tem informação e prova suficiente para iniciarem processos contra os investigados?

    • Talento, eu concordo com a sua teoria de que os brasileiros estejam “anestesiados” por viver durante gerações entre escândalos e barbaridades diárias. Parece que depois de tanta desgraça as pessoas ficaram brutalizadas e insensíveis até chegar ao ponto em que nada mais as assusta ou tenha importância.

      • Que triste viver em um lugar onde as pessoas são “tão acostumados” com barbaridades que nada mais as choca…

  • “(…) estão prontos para jogar tudo nas costas dos diretores do plano de saúde se for necessário.”

    Os donos do plano de saúde vão poder sentir na pele o jeitinho boçalnarista de governar e se eximir de responsabilidades. Sara “winter”, osvaldo eustáquio, alan dos santos, sérgio reis e zé trovão que o digam: todos abandonados na descida e sem freio, enquanto o clã boçalnaro se fecha em copas e se isola, fazendo que não é com eles, acobertados pelos devotos enfeitiçados por milas salafraia e outros estelionatários vis. Espero, sinceramente, que essa prevent senior colapse e os envolvidos se arrebentem muito. Infelizmente não irão nem presos e nem pra rua da amargura porque eles têm o Santo Conselho Federal de Medicina que os salvam de ambas as situações. E tem gente que acha os cartéis mexicanos perigosos…

    O mais triste disso tudo é ter a certeza de que NADA vai ocorrer além de, se muito, o plano de saúde ir pras cucuias ou o faxineiro do santa margiore ser acusado de ter contaminado o ambiente em que os pacientes morreram e pegar 30 anos de cana.

    • Não sabemos.

      Minha única certeza é a de que no Brasil não se faz justiça. Mas, pode ser que, por um acaso, interesse a alguém ver o Bolsonaro punido.

      Se o próximo Presidente não for o Bolsonaro, pode ser que lhe convenha partir com tudo para cima do Bolsonaro. Vai ser por justiça? Não. Mas pode ser que ele acabe pagando um preço alto .

  • A historia é ainda pior. O governo Bolsonaro forçou a Prevent Senior a entrar nessa desventura com a finalidade de provar a todo custo a “eficácia” do pretenso Kit Covid.
    Mas também, o que esperar de um governante que quando de seus tempos de deputado, foi propor lei pra que a FOSFOETANOLAMINA fosse alçada a tratamento alternativo contra o câncer, a despeito dos estudos existentes que já mostravam na época a ineficácia de tal substância nesse tipo de tratamento?
    Mas tem uma pessoa que faz por merecer mais o peso das mortes por Covid no Brasil que o Bolsonaro e tal pessoa se chama Olavo de Carvalho.
    Para quem não sabe, ele é o mentor informal do “gabinete paralelo” e uma especie de Alex Jones (do Infowars) tupiniquim.
    O desserviço prestado pelo nucleo duro bolsonarista deveria render um impeachment do mesmo, só que isso não vai rolar porque se considera que manter um Bolsonaro enfraquecido no Planalto é mais vantagem do que tirá-lo pra deixar o governo nas mãos do Mourão.

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