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Desfavor explica: A guerra na Faixa de Gaza.

| Desfavor | | 27 comentários em Desfavor explica: A guerra na Faixa de Gaza.

Ninguém é obrigado a entender sobre tudo. Pensando nisso, o desfavor.com decidiu iniciar sua própria biblioteca de conhecimento sob a alcunha de Desfavor explica. Nessas colunas Somir ou Sally farão suas análises sobre assuntos que normalmente não teriam muito espaço num blog como este.

Quer entender mais sobre algum assunto? Sugira temas pelo e-mail desfavor@desfavor.com


A GUERRA NA FAIXA DE GAZA.

Areia, foguetes, mísseis, prepúcios e hímens. Assim pode ser definida essa disputa histórica entre dois povos para saber quem faz o melhor papel de vítima. Não é de se estranhar que os judeus estejam em vantagem.

Com o início da (ofensiva) ofensiva israelense em território controlado pelo grupo extremista (de meia-tigela) Hamas, foi posto um fim a meses de (tédio) paz. Quem está certo? Quem está errado? Conheça mais sobre esse impasse territorial e tire suas próprias conclusões:

Local:

A Faixa de Gaza é um diminuto território situado no sudoeste de Israel, faz ainda fronteira com o Egito e o Mar Mediterrâneo. Composto basicamente de areia, explosivos e barbas, tem algo em torno de 360km² de área destruída.


Tradução livre: A Gaza tira a roupa.

Nesse espaço acotovelam-se mais de um milhão e quatrocentos mil habitantes, entre refugiados palestinos, repórteres ambiciosos e estrangeiros sem nada melhor para fazer em seus países natais. Dentre esses refugiados a maioria absoluta é composta por muçulmanos sunitas.

(Não se devem confundir sunitas com xiitas, os sunitas são a maioria esmagadora dos islâmicos e não se dão muito bem com os xiitas, que por sua vez não se dão muito bem com ninguém.)

Atualmente esse território não é reconhecido pela comunidade internacional como um país soberano, mas dispõe do seu próprio governo, o da Palestina. Cargo atualmente ocupado pelo partido político (e grupo paramilitar, por sinal) Hamas.

Israel, que além de virtualmente cercar a Faixa de Gaza, também é detentor do espaço aéreo e marítimo do local, controla com mão (fechada) de ferro essa disputadíssima faixa de deserto inútil. A Faixa de Gaza é considerada território sagrado para ambos os grupos étnicos, os judeus acreditam que aquela é parte da sua terra prometida (alguém não leu as letras miúdas do contrato…) e os islâmicos acreditam que têm o direito sagrado de não conviver com os judeus.

História Antiga:

Deus prometeu para os judeus sua própria terra. Só que aparentemente Ele saiu prometendo isso para muito mais gente.


A Terra Prometida. Boa, campeões!

Segundo suas próprias crenças, os judeus são o povo escolhido. Foram escolhidos para ser perseguidos e expulsos de virtualmente qualquer lugar onde fincaram raízes. No território onde hoje se situa Israel e a Faixa de Gaza não foi diferente: Praticamente todos os impérios, reinos, principados, condados, associações de bairro e gangues de adolescentes que passaram pelo local conquistaram a terra e expulsaram uma parte dos judeus que por lá viviam.

O resultado é que quem não dá assistência abre mão para a concorrência. Depois de uma efetiva invasão e domínio do local, os árabes tornaram-se maioria na terra prometida. Ficaram por lá mais de quatro séculos até Cruzarem seu caminho com os cristãos europeus. Essa bagunça recomeça o processo de conquista e reconquista até que o Império Otomano (atuais turcos) toma o local e não abre mão nem para dar tchau.

Como essa terra não dá sorte para ninguém, durante a Primeira Guerra Mundial o Império Otomano calhou de estar do lado errado e perdendo o território para os ingleses.

(Fato curioso: Arthur James Balfur, ex-primeiro-ministro inglês, ainda quando atuava como ministro do exterior, fez uma declaração pública apoiando a criação do estado judeu. Algumas décadas depois, o fato realmente ocorreu. Mais ou menos uns quatro mil anos mais eficiente do que O primeiro que prometeu. Pontualidade britânica?)

Com o apoio inglês, os judeus começaram a voltar para a região. O que causou um certo desconforto entre a esmagadora maioria de árabes locais. Nada que um ou mais atentados terroristas não fossem capaz de resolver.

Ah, sim. Os atentados eram cometidos pelos judeus, que queriam mais agilidade no processo de definição do local onde iriam morar. Mais ou menos nessa época começou o movimento nazista na Alemanha. E a maioria árabe fazia questão de repatriar os judeus imigrantes para a terra de Hitler.

Segunda Guerra Mundial. Depois do fim do Holocausto e do salvamento do soldado Ryan, uma quantidade incrível de judeus decide sair de perto dos malucos assassinos europeus e ir para um local mais seguro, para ficar longe de guerras: O Oriente Médio.

A Inglaterra, percebendo o problema iminente decide por sua vez evitar essa imigração. Não é preciso dizer que os judeus não gostaram nem um pouco disso. Uma junta de mães judias se reúne com os líderes ingleses e os fazem se sentir tão culpados que eles entregam a região para a ONU. (Além do que seria meio que estranho brigar com os judeus depois do trabalho que tiveram para liberá-los.)

A ONU, numa assembléia dirigida por um carioca (só podia…), divide o território palestino em dois estados: O judeu e o árabe. Os árabes ficam furiosos porque tinham deixado todas suas virgens do lado dos judeus. (Tanto que até hoje eles se esforçam para conseguí-las.)

O Estado Israelense nasce com a promessa de paz para o povo judeu depois de tantos e tantos séculos de sofrimento.

No dia seguinte começa a guerra árabe-isralense.

História Recente:

Israel, agora com “a little help from my friends” chuta a bunda dos árabes para fora da Palestina e ganha a guerra. Os refugiados palestinos se espalham pela região, mas logo são expulsos dos países vizinhos, já que era muita barba e pouca virgem para oferecer aos seus acolhedores. Não podendo voltar para a Palestina, eles se reúnem no Líbano, que acabara tirando o palitinho menor na reunião da Liga Árabe.

Os palestinos resolvem seguir a moda lançada pelos judeus alguns anos antes e criam sua própria organização terrorista: A OLP.

Logo após mais uma pequena guerra de seis dias (descansando no sétimo) Israel aproveita a chance e empurra suas cercas um pouquinho mais para frente, criando basicamente a geografia atual da região.

Depois de incontáveis guerras, ataques, prepúcios cortados e hímens prometidos, o presidente da OLP, Yasser Arafat, e o presidente de Israel, Yitzhak Rabin, entram em acordo histórico de paz com um aperto de mão e sorrisos amarelos (literalmente no caso de Arafat) em Oslo, na Noruega. O acordo foi mediado por Bill Clinton, que supostamente animou as conversas de paz com um grupo de strippers virgens que não pediam gorjeta.


“Um cristão, um judeu e um muçulmano entram num bar…”

Nascia assim a Autoridade Nacional Palestina, para negociar pacificamente com Israel a forma como aconteceria a divisão.

Com o tempo, Israel resolveu dividir seus tanques ao redor do território palestino e a Palestina dividir o crânio de todos os israelenses.

A invasão:

A Faixa de Gaza é controlada pelo Hamas e povoada por refugiados das incontáveis guerras regionais, que foram concentrados ali pelos israelenses. Mas mesmo vivendo basicamente de ajuda internacional para se manter, o povo local não desiste dos seus sonhos.

Um deles é ter seu próprio programa espacial. O Hamas desenvolve a pesquisa e o teste de vários foguetes todos os dias. Supostamente para mandar seus soldados diretamente para o paraíso e conseguir aquelas tão sonhadas virgens.

Apesar dos testes iniciais desses foguetes não serem tripulados por motivos de segurança, os engenheiros do grupo extremista esqueceram-se de que tudo o que sobe tem que descer. Um lançamento mal-sucedido oriundo do território palestino que caiu em Israel foi o estopim para uma retaliação sionista.

Aparentemente ambos os lados concordam em mandar os membros do Hamas para o espaço.

Depois de atacar centros militares dos rebeldes islâmicos como escolas, hospitais e asilos, os israelenses começaram uma invasão militar por terra, cujo nome é uma piada com o material altamente ineficiente usado pelos palestinos na confecção de seus foguetes: Chumbo derretido.


“Míssil? Não… O projeto era do Sérgio Naya…”

Israel diz que está acabando com o Hamas, o Hamas diz que Israel ainda vai ter sua surpresa.
Já o resto do mundo…

Reação Internacional:

George W. Bush: “Essa pica não é mais minha.”

Barack Obama: “Essa pica ainda não é minha.”

Gordon Brown: “Aquela terra dá um maldito azar. Eles que se virem.”

Nicolas Sarkozy: “A Carla me disse que a guerra é errada. Eu que não vou discutir…”

Silvio Berlusconi: “O que o judeu disse para o negro no campo de concentração?”

Angela Merkel: “Eu já disse que nós amamos os judeus? Nós amamos os judeus.”

Mahmoud Ahmadinejad: “A culpa toda é de Israel, aposto que eles têm gays por lá…”

Hu Jintao: “Quinhentas mortes? Estourou uma granada por lá?”

Hugo Chávez: “A culpa é toda dos americanos. De alguma forma…”

Luís Inácio Lula da Silva:
“Chegou algum foguete aqui? Eu disse que estávamos protegidos.”

Moral da história:

“Não prometa o que você não pode cumprir.


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