Desfavor explica: Papai Noel.

ATENÇÃO: ESTA POSTAGEM PODE ACABAR COM SUAS FANTASIAS.

Eu sei que é estranho falar de Papai Noel em Maio, mas o desfavor não gosta de ser previsível. O bom velhinho é uma personagem pra lá de comum em nossa sociedade, em todos os níveis sociais e culturais. Quem nunca ouviu falar de Papai Noel?

Mas você entende MESMO quem é Papai Noel? Leia o texto a seguir e tire suas próprias conclusões.

UM POUCO DE HISTÓRIA.

A história de Papai Noel remete ao longínquo quarto século d.C., personificada pela figura de São Nicolau de Mira. Muito antes de alcançar o status de Santo, Nicolau (supostamente, já que faltam registros confiáveis daquela época) foi um homem de personalidade forte, que enfrentou o poder político vigente com sua fé cristã inabalável.

Nicolau teria nascido na Turquia e vivido sua vida debaixo da mão de ferro do Império Romano. Império que durante uma parte de sua vida esteve sob controle de Diocleciano. Diocleciano, por sua vez, não gostava nem um pouco da religião de Nicolau. Durante seu império, os cristãos foram perseguidos cruelmente, o que fez Nicolau ser preso por se recusar a negar sua crença em Jesus Cristo.

Com a ascensão de Constantino ao poder, Nicolau teve finalmente a chance de praticar sua fé em paz. Sua tenacidade e devoção o colocam como um dos líderes da Igreja Cristã da época. Posto que perderia em pouco tempo devido ao seu comportamento contestador e irrequieto.

Nada disso impede, contanto, que Nicolau continue suas obras em prol dos necessitados. Dentre várias outras caridades, uma se torna essencial na criação da imagem do Papai Noel: Nicolau aparentemente jogava sacolas com moedas de ouro pelas chaminés de pessoas em dificuldades. Tudo isso de forma anônima. (Não me perguntem como souberam que era ele…)

Nicolau tem como data provável de sua morte dia 6 de dezembro de 332. Mesmo após seu falecimento, relata-se vários outros momentos onde Nicolau ajudou os fracos e oprimidos. Sendo apontado como realizador de vários milagres, Nicolau vira São Nicolau de Mira e a quantidade de histórias e mitos sobre seu poder aumentam exponencialmente.

Resumo: Há muito tempo atrás, muito mesmo, um homem sobre o qual não se tem muitos registros históricos confiáveis enfrentou com coragem a sociedade por sua fé. Além disso, sua vontade de ajudar as pessoas que realmente precisavam acabava criando atritos até entre aqueles que dividam a mesma religião com ele. Após sua morte, tornou-se ainda mais poderoso e relevante na sociedade, tendo inúmeros milagres creditados a si.

Esse homem, Nicolau, foi a base para a criação de uma personagem que habita a imaginação de crianças e adultos pelo mundo todo…

A CRIAÇÃO DO PAPAI-NOEL.

Foram os europeus que fizeram a ligação entre a figura de São Nicolau e o Natal. São Nicolau se tornou muito famoso em virtude dos abundantes milagres relacionados à sua intervenção. Inúmeras igrejas construídas em seu nome, vários devotos fiéis e muita exposição. Porém, veio a Reforma Protestante e a Europa se tornou um local inóspito para a proliferação desenfreada do seu culto.

A exceção foi a Holanda, onde São Nicolau continuou com relativa fama sob a alcunha de Sinterklaas. A história de Sinterklaas foi então misturada com uma lenda nórdica sobre um mago misterioso que andava num trenó puxado por renas que presenteava crianças boas e punia as más. São Nicolau, que nunca deve ter visto uma rena em sua vida, agora pilotava trenós e julgava crianças por base no seu comportamento.

Claro que a história de São Nicolau não estava restrita só à Holanda, outros países ajudaram a divulgar e moldar o mito durantes os séculos (foram os alemães que o ligaram com o Natal), mas os holandeses são importantíssimos por um motivo: Foram imigrantes holandeses que trouxeram a lenda de São Nicolau para os Estados Unidos da América.

Lá, na terra do ainda não criado Tio Sam, a história foi tomando corpo, e principalmente, rosto. Alguns detalhes da história só foram adicionados por lá, mais precisamente num poema “Uma visita de São Nicolau”, 1822, pelo professor de literatura grega Clement Clark Moore (defensor ferrenho da escravidão, primor de pessoa). O poema era destinado a seus filhos, e para deixar a lenda mais agradável, Clement mexeu em alguns detalhes. As renas voavam, a idéia de deixar presentes na chaminé foi retomada, crianças ruins apenas deixavam de ganhar presentes ao invés de serem punidas, e ao invés de um Santo do século IV (ou um mago nórdico), um bom velhinho bonachão.

Com essa boa dose de imaginação, a lenda estava quase perfeita para virar o fenômeno que é hoje em dia. Faltava uma imagem para Santa Claus. (Santaklaas)

Imagem criada pelo cartunista Thomas Nast, para a edição de Natal de uma revista americana. A roupa vermelha com detalhes em branco e o cinto preto cobrindo a figura rechonchuda de um velhinho de cabelos brancos e bochechas rosadas caiu como uma luva no imaginário popular. Era o que as pessoas queriam ver ao se falar de Santa Claus. (Conhecido na Europa como Pai Natal.)

Resumo: Os europeus adicionaram incontáveis detalhes à lenda do São Nicolau, que se tornava cada vez mais palatável para o grande público. Conceitos como recompensar bons atos e punir os maus na época do Natal foram dando mais personalidade para o Santo milagreiro que gostava de ajudar os mais pobres a qualquer custo. Quando a lenda de São Nicolau chega a um país onde a maior indústria cultural do mundo tomaria lugar nas décadas posteriores, alguns ajustes finais são feitos. (Inclusive por pessoas desprezíveis.) Ajustes que transformam o São Nicolau em Santa Claus (ou Pai Natal, ou Papai Noel) de vez.

E uma personagem excelente do ponto de vista comercial como essa não passaria despercebida, principalmente nos Estados Unidos…

SEMPRE, PAPAI-NOEL!

Uma lenda urbana famosa é a de que a Coca-Cola teria criado o Papai Noel moderno. Não chega a ser o caso, como explicado nos parágrafos anteriores, mas não se pode negar o papel decisivo da gigante da publicidade do século passado na divulgação da marca Papai Noel.

Até 1931, não havia um padrão muito definido sobre a imagem de Papai Noel. As informações não se difundiam com velocidade naquela época. A imagem criada por Nast tinha muito potencial, mas pouca exposição. Papai Noel normalmente era verde ou marrom.

Mas uma grande campanha publicitária usando Papai Noel com as roupas idealizadas por Nast por parte da Coca-Cola consolidou a imagem do bom velhinho definitivamente. Percebendo o “hit” que tinha em mãos, a empresa manteve a personagem em todas as campanhas de Natal a partir dali. Depois, com o crescimento incrível da marca Coca-Cola pelo mundo (principalmente depois da II Guerra Mundial), nenhum país ficou livre de ver o Papai Noel alvi-rubro moderno.

São Nicolau era passado. Papai Noel era indiscutivelmente mais eficiente, quaisquer sejam as motivações de quem o divulgava. Um símbolo unificado de Natal, que estimulava o consumo e ainda criava mais visibilidade para a religião cristã? Um presentão!

Com o tempo, mais alguns ajustes finais na lenda: Papai Noel mora no Pólo Norte e tem uma enorme fábrica de brinquedos tocada por duendes incansáveis. Talvez para calar algumas crianças espertinhas que ficavam questionando porque nunca viram o bom velhinho em pessoa.

Não que isso tenha sido realmente um problema, com o incrível apelo comercial, os papais-noel se espalharam por todos os lugares, mais notavelmente em shopping centers e filmes de baixo-orçamento. Todos podiam ver Papai Noel. Papai Noel estava em todos os lugares, mas só te presentearia caso você fosse uma boa criança.

Resumo: Todos os elementos da lenda estavam lá, prontos para serem usados pelo primeiro com a visão comercial necessária para explorar a marca. Um homem que quis ajudar aqueles que mais precisavam durante a vida tornou-se uma personagem de feitos e poderes incríveis depois de sua morte, um ser que recompensa boas ações com presentes.

O que nos leva à parte conspiratória desse Desfavor Explica…

VOCÊ FOI UM BOM MENINO?

Em tese a idéia do Papai Noel é linda. Seja uma boa criança e no “aniversário” de Jesus Cristo, quem ganha o presente é você! (Parece propaganda.)

Mas Papai Noel parece recompensar mais crianças que já gozam de uma boa situação financeira. O filho de uma família miserável tende a não ser recompensado pelo bom velhinho, por mais boas ações que faça. Teria Papai Noel preconceito contra os pobres?

São Nicolau não teria. Alguma coisa saiu errada no caminho… Talvez o excesso de adendos na lenda do Papai Noel tenha causado esse problema. São Nicolau nunca disse que presentearia crianças caso elas se comportassem bem. Foi um suposto mago nórdico, fruto de outra lenda.

Além disso, ainda bem que as renas voadoras foram adicionadas. Seria complicadíssimo percorrer uma estrada asfaltada a bordo de um trenó. Mas mesmo assim, crianças que vivem em lugares muito afastados e carentes tendem a não receber presentes no Natal. Seria Papai Noel um preguiçoso?

As crianças da China, por exemplo, só começaram a ganhar presentes de Natal recentemente. Difícil acreditar que com aquele monte de gente, UMA criança pelo menos não tenha alcançado o grau de bom comportamento necessário para ganhar uma bola, que seja, nos últimos séculos. Só posso creditar esse problema ao fato dessas crianças nem saberem quem era o Papai Noel, o que o deixaria com medo de ser recebido a tiros caso entrasse no espaço aéreo nacional…

E se não bastasse, como Papai Noel consegue manter relatórios sobre as ações de todas as crianças do mundo? E ele julga bons e maus comportamentos com que base? Algo aceito no Oriente Médio pode parecer ofensivo na América do Norte. E quando a boa ação de uma criança força outra criança a cometer uma má ação? Isso é levado em consideração? Muitas dúvidas pairam sobre o senso de justiça do bom velhinho.

Seria Papai Noel tendencioso às crianças ricas e brancas que vivem em países capitalistas? Mesmo tendo sido criado com base numa personalidade que enxergava que os necessitados mereciam prioridade, ele ainda parece que só beneficia mesmo aqueles que nem precisariam de sua ajuda em primeiro lugar.

Curioso.

Resumo: É como se Papai Noel só desse bons presentes para crianças de famílias que podem comprar bons presentes. E ainda por cima ele só parece existir para aqueles que acreditam nele.

Opa! Eu acho que já sei o que isso quer dizer…

PAPAI NOEL NÃO EXISTE!

Estava na minha cara o tempo todo e eu não percebi. Apesar de ter uma rica história e uma personalidade famosa por trás, o Papai Noel atual não passa de uma amálgama de crenças, desejos e imaginação daqueles que “aumentaram um ponto”. São Nicolau deve ter sido uma ótima pessoa, devotado aos pobres e corajoso em sua fé, mas parecia cada vez melhor a medida que se distorcia sua história com elementos mágicos e teatrais.

O que é perfeitamente compreensível. Uma pessoa tem uma quantidade limitada de tempo para deixar sua marca no mundo. Um mito é atemporal. Um mito cresce e passa sua mensagem para muitas outras pessoas. Um mito pode ser explorado por aqueles que sabem se relacionar diretamente com a imagem passada por ele.

O mito do Papai Noel prega a recompensa pelas boas ações. A idéia aconchegante de que tem alguém observando o que você faz e reconhecendo o que você faz de certo na vida. Nada é à toa assim. O sofrimento, a abnegação, a coragem de manter suas virtudes sob pressão… Essa coisa de a boa ação ser a recompensa em si é linda em teoria, mas na prática é muito difícil de visualizar. Um presente resolve esse problema.

Oras, vale muito a pena passar por cima de algumas inconsistências para manter Papai Noel vivo no coração das pessoas. Principalmente no das crianças. É uma mentirinha que não faz mal a ninguém. Quer dizer, desconsiderando aquela criança pobre que não ganhou o presente que queria. Para ela nós dizemos que Papai Noel não pôde dar o presente neste Natal, mas que no próximo tudo vai dar certo.

Desde que ela continue sendo boazinha e não cobice o brinquedo do vizinho mais abastado.

Resumo: Papai Noel é coisa para crianças, que precisam de alguma “ajudinha” para continuar no bom caminho sempre que possível, para não sentirem falta de propósito em suas ações. Talvez seja nossa natureza. Mas uma coisa é certa…

Nenhum adulto em suas faculdades mentais razoáveis acredita mais em Papai Noel.

Certo?

Para me dizer que percebeu logo no título, para dizer que eu devo ter traumas por não ganhar o videogame que queria no Natal ou mesmo para falar que eu deveria esperar Dezembro para postar isso: somir@desfavor.com

FALTAM 4 POSTAGENS PARA A 200ª

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Comments (27)

  • Aproveitem e leiam “Darwin’s black box”, de Michael J. Behe. Diversão garantida ou seu dinheiro de volta.

  • Somir, desfavorzaço essa postagem. Chamar Deus de “papai noel dos adultos” é clichê demais.
    Você não acredita n’Ele? Não se preocupe, Ele acredita em você.
    Paz e bem!

  • Israel, concordo que os efeitos podem ser facilmente revertidos, mas acredito que isso não torna o método totalmente ineficaz. Na minha opinião, não deixa de ser eficaz por não ser permanente. Até porque, às vezes o que se quer é um resultado de curto prazo.

    Não sabia que diziam isso, haha. Mas eu só sei disso porque eu curso Administração e, na cadeira de Teoria Geral da Adm. I, temos Teoria das Relações Humanas, que engloba o behavorismo. E vejo esses reforços positivos sendo usados com freqüência, as metas para receber a divisão de lucros são um exemplo.

    E, Sally, teorias, principalmente na psicologia, são discutidas e rediscutidas constantemente, não sei se dá pra afirmar que alguma esteja ultrapassada.

  • Fabiane, veja bem, eu não disse que não era possível. Mas entendo agora que seu propósito é de informar e não opinar, apesar de…

    O que eu disse é que, mesmo após condicionados, esse método só seria realmente eficaz se fosse permanente, mas não é. Eu acredito que os efeitos de um simples condicionamento para a bondade podem ser facilmente revertidos pelo “mundo real”, se não tivermos bases sólidas, os princípios.

    Sobre ser psicóloga, foi uma brincadeira por conta do seu conhecimento. Dizem que, geralmente, quem tem essa curiosidade é a pessoa que trabalha na área ou é paciente em potencial. :)

  • “Nenhum adulto em suas faculdades mentais razoáveis acredita mais em Papai Noel.”

    Acredita, e como acredita. Mas “ele” tem um outro nome (bem popular). E presenteia as pessoas pós-morte, devido seu bom comportamento na terra! A premissa é quase a mesma, só mudam os nomes (e ajudantes)! hihi

    Boa Somir.

  • Israel, eu não sou psicóloga, mas o Skinner era. E é justamento por estudar esses métodos radicais que ele ficou famoso. Ele estudou as pessoas desconsiderando o livre arbítrio. E provou que o comportamento pode ser moldado sim. Não é difícil enxergar isso, mesmo não sendo instantâneo como com os cachorros.
    Se isso funciona ou não, depende tanto da pessoa como da aplicação do reforço e em que contexto isso tá inserido. Ao contrário de ti, não to dando a minha opinião, não to dizendo que acho indicado ou algo do tipo, mas que, segundo um psicólogo BEM importante, é possível.

  • Somir, vc já leu Freakonomics? Pelas suas discussões, acho que vc vai gostar das idéias do cara, ainda que não concorde com as teorias.

    Outra coisa, vc fez esse post do Papai Noel por conta da discussão sobre os ateus odiados, né? Então vc acha que a religião atrapalha e por isso o ateísmo deve ser também evangelizado?

  • Em notícia mais relacionada do que a maioria dos que comentaram aqui achariam:

    Elo-perdido encontrado!

    “Eu eu eu, o design inteligente se fodeu!”

  • Fabiane, cachorros é que devem ser condicionados (vc é psicóloga ou um prato cheio pra eles ou os dois?). Os seres humanos (ou seus filhotes) precisam entender os motivos de se fazer uma coisa e ter liberdade pra escolher. E acho que isso só funcionaria se um comportamento condicionado não pudesse ser mudado, o que não é verdade.

    Claro que está implícito que isso é apenas a minha opinião, apenas acho este o melhor caminho para meus (futuros) filhos.

    Coincidência ou não, Laranja Mecânica passou na TV sábado. :)

  • Ah, mas é tão bonitinho!…
    Eu amo Coca-Cola, adoro o Natal e o Papai Noel hohoho
    Meus pais também sempre me falaram como uma lenda, mesmo assim nunca virei uma Sally Surtada :D

  • Realmente, todo mundo sabe que Papai Noel não existe…

    Onde eu estava com a cabeça quando escrevi este texto?

    Jesus Cristo! Tem dias que nem eu me entendo…

  • Fabiane, é verdade… eu já sabia de quase tudo mesmo…Mas mesmo se não soubesse teria a mesma opinião: Foi talento e latim desperdiçado, sim. Desculpa.

    bjux Fabiane e Somir.

  • Eu contei aos meus sobrinhos que Papai Noel não existe, prometi um belo presente em troca deles não contarem aos pais que eu lhes abri os olhos.

    E ainda acho que isso deveria ter sido postado em Dezembro.

  • A única informação útil desta vez, foi desmentir o mito da coca-cola.

    Como já disseram, aparentemente, são adultos que leêm seu blog.

    O desfavor desta vez foi todo seu.

    Abraços

  • Fabiane: vou criar meus filhos no fundo do mar (que nem o Hommer) e irei condicionar o cérebro deles para entender que… quem dá presentes sou eu.
    Ora bolas, me mato trabalhando pra comprar os presentes pro velho gordo e sedentário que só trabalha um dia no ano receber toda a glória. Era só o que me faltava.

  • Márcia, não é nenhuma novidade que Papai Noel não existe. Mas o post fala mais do que isso, conta como a farsa surgiu. E isso que fez ele interessante.
    Só é um desfavor se tu já sabia de tudo que tá aí, com os mesmos detalhes e também já fez as mesmas reflexões que o texto propõe.

    A propósito, se vocês, de fato ou na imaginação, tivessem filhos, contariam a verdade ou a lenda sobre Papai Noel? Eu quero contar a verdade, mas tenho medo de que amiguinhos terroristas repulsem o piá por terem uma fé absurda no velhinho, haha.

  • Muito bom teu texto. Quando tu falou de Thomas Nast, já tava feliz em poder desmentir os sábios que dizem que a Coca-Cola inventou o Papai Noel. E tu fala disso logo em seguida, haha, amei.

    Quanto ao comportamento. O método de dar recompensa por atos bons nem sempre é furada, pode moldar um comportamento bom sim (eu disse PODE). É o que defende Skinner – um psicólogo com grande influência no behavorismo, que dominou a pscicologia entre as décadas de 40 e 60 – na teoria do condicionamento operante. Ele cita vários métodos para moldar comportamento, um deles é o reforço positivo. Que, resumindo, consiste em uma recompensa pelo bom comportamento.

  • Papai Noel não existe??
    Meu mundo caiu!!!

    Somir, escrever que papai noel não existe, que isto é golpe de marketing e tal é redundância. Crianças acreditam, sim. CRIANÇAS acreditam, ADULTOS não, e se acredita tem problema mental e isso é outro assunto.

    Desfavor é sem dúvida o meu blog favorito. Pessoas com muita perspicácia escrevem neste blog, mas hoje, falar sobre “Papai Noel” e sua veracidade foi um desfavor, desculpa.

    Abraços a todos!

  • Esse post seria mais legal no Natal, e o velho Saint Nicholas era verde, e a cor veio da Irlanda.

    Bom, ok. Papai Noel não existe, eu não sou cristã mas gosto de receber presentes. Droga, a coisa ta ficando feia, uma hora dizem que não existo, outra hora dizem que sou humana demais (natureza materialista? yah). Isso vai me causar uma crise de identidade feia daqui a alguns anos.

    Abraços, Lai~

  • Que estranho, por que vc tá pensando no Papai Noel em maio, Somir? Tá esperando ganhar algum presente especial esse ano ou não recebeu algo que queria ano passado e resolveu investigar, terminando só agora?

    Sobre usar Papai Noel na educação, acho uma furada. Muito melhor acostumar as crianças desde cedo com princípios (e exemplos!), chantagens ou promessas não são uma boa. Isso induz a uma idéia de que merecemos recompensa por fazer o que é certo. Quando a criança cresce e descobre que o mundo não funciona assim acaba virando alguém sem motivação para fazer coisas boas.

  • A figura do “Papai Noel” é útil, e não só para os ambulantes da 25 de março, mas para pais sem pulso firme que durante o ano dizem “Faça seus deveres, “não vai ganhar presente no natal”, “Coma os seus legumes, ou “Papai Noel não vai te visitar”.

    E você deveria ter postado isso no natal.

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