Des Cult: Minhas Sinceras Desculpas

Você não vai acreditar...Confesso que fui ao teatro arrastada e de má vontade. Eu não queria ver aquela peça por um único motivo: eu não gosto da atuação do ator desta peça na TV. Acho seu programa uma titica e seus personagens um desfavor. Mas fui. Fui esperando o pior, esperando duas horas de piadas sem graça onde todos se divertiriam menos eu.

Não custa lembrar que aqui a gente não se prostitui nem prostitui texto. Nunca ganhei nada de ninguém para escrever sobre assunto nenhum, nem vou. No dia em que eu aceitar um ingresso de teatro considerarei que a minha parcialidade para escrever sobre o assunto estará comprometida. Não conheço o ator e não fui com o objetivo de divulgar, criticar ou fazer propaganda. Sinceramente, fui com a intenção de dormir e nem ao menos sonhei que pudesse escrever sobre a peça.

Não poderia ter me surpreendido mais. Surpresa dupla: com o ator e com a imbecilidade da platéia, que foi muito maior do que eu pudesse mensurar. Contarei com detalhes, mas não muitos, para não estragar a proposta da peça.

Eu já estava esperando que ele entre em cena todo paramentado como um de seus personagens televisivos. Foi um alívio quando o vi de cara lavada e apenas uma calça e uma blusa branca. Foi um alívio quando ouvi sua voz normal, que diga-se de passagem, é bonita e não irritante como aparece na TV. Mas, acima de tudo, vi uma calma e segurança incomum em um rapaz de 22 anos que estava prestes a fazer o que ele ia fazer.

Ele começa a peça conversando com a platéia. Simples, humilde. Na platéia pude sentir uma impaciência coletiva no ar, como se todos estivessem pensando “Tá, tá bom, mas… quando é que a peça vai começar e você vai fazer seus personagens?”. O ator não está nem aí, ele continua falando na maior calma. Mais para frente ele diz com todas as letras que se alguém foi até lá esperando que ele faça o que ele faz na TV, perdeu seu tempo. Eu comecei a bater palmas nessa hora, mas fui contida mediante esporro.

O ator desenvolve a peça de uma forma genial. Ele faz o que ele quer, não o que o mercado demanda. Ele faz o tipo de teatro que ele gosta e de vez em quando prende a atenção da parcela acéfala da platéia (99%) com um palavrão ali, uma escatologia ali. Mas deixa claro o tempo todo seu propósito e a platéia sem perceber o segue, como filhotes de patinho atrás da mãe. Ele mantém a platéia refém, através de um palavrão aqui, uma baixaria ali, fazendo-a assistir ao que ele quer.

As pessoas ao meu lado comentam cochichando “eu não acredito que ele não vai fazer o personagem tal… eu vim só para isso”. Eu rio por dentro. O ator mostrou que é muito mais do que seus personagens burlescos de televisão. Isto o fez subir muito no meu conceito, porque ele sabe ser tudo: personagem medíocre ou bom ator. Gente que só sabe ser cult ou só sabe ser trash é igualmente medíocre. Aqueles que transitam por todos os meios e sabem interagir com todos os públicos sim são os que tem mérito. Mais: ele deixou claro que sabe o que o público quer e teve culhões de não dar.

Assim como a gente do Desfavor, o ator fazia a peça por amor. Ele não recebe um centavo por essa peça. O dinheiro vai para as pessoas que trabalham com ele no teatro. Ele vem de uma família ligada a teatro, tem amor pela causa. Quando você faz as coisas só por amor, sem interesse em uma contraprestação financeira, tudo fica mais sincero. Não que ele seja santo, ele deixou muito claro que sabe dar o medíocre a quem quer o medíocre, como faz uma vez por semana na televisão, me troca de dinheiro.

Daí você deve estar pensando: se as pessoas são babacas a ponto de consumir esse tipo de merda, não resta nada além de lamentar, certo? Errado. Resta outra alternativa escolhida pelo ator: caçoar do próprio público. A peça dele é filosofia 100% Desfavor. Ele se aproveita da idolatria do público massivamente retardado nutre por seus personagens televisivos para mantê-los reféns e fazê-los ouvir o que ele tem a dizer. Genial.

Pude perceber que no correr da peça o grau de deboche com o público que consome seus personagens de TV aumentava progressivamente. Eu estava quase subindo no palco para beijar os pés dele. O mais engraçado é que o público estava perdido, confuso, sem entender absolutamente nada mas tentando desesperadamente encontrar alguma lógica naquilo para fingir que entendeu. Afinal, só os sábios conseguem ver a roupa invisível do rei. As risadas nos momentos inadequados, os comentários cochichados e as caras da platéia me faziam ter certeza de que ninguém ali estava entendendo a real proposta da peça.

O ator prosseguiu com sua proposta, até chegar a um ponto em que burrice e a inadequação da platéia foi tanta, que o fez abrir mão da sutileza e ele disse com todas as letras o que pensava. E ainda assim a platéia não entendeu e riu. Pois é, foi isso mesmo. Ele esculhambou com a platéia, e a platéia não entendeu e riu. Foi desesperador para a meia dúzia de seres humanos pensantes presentes. Ele disse com todas as letras que as pessoas não sabem apreciar uma peça de teatro, que estão idiotizadas pela televisão e que são ignorantes o suficiente para ir ao teatro e esperar uma reprodução do que se vê na TV. Pensa que ficou cheiro de merda no ar? Nada, todo mundo riu achando que era piada.

O ator, com expressão impaciente e desolada, ainda chamou a atenção para o fato da platéia rir sempre que ele fala um palavrão, destacando que isso não é humor. E disse com todas as letras que quem ri de palavrão É BURRO. Quando ele estava se lamentando, na maior educação, que todo mundo riu quando ele falou palavrões ao longo da peça, eu, por instinto, fiz um sinal de “não” com o dedo. Por um segundo ele me olhou e lançou um sorriso maroto.

O auge foi quando ele disse que iria provar como todos os que estavam ali eram burros e ria por pouca merda e começou a imitar seu personagem mais famoso. Antes de começar disse que quem risse daquilo era BURRO. Começou a imitá-lo e todos caíram na gargalhada. Senhoras e Senhores, trollagem no teatro é possível. Meu herói!

Mas a humilhação unilateral não parou por aí. Em determinado momento ele se impacientou, colocou as mãos na cintura e disse “Vamos lá, vocês querem o que vocês viram na TV? O que vocês querem que eu faça?”. A platéia começou a gritar nomes de personagens. A medida que a platéia ia gritando, ele ia fazendo trechos dos personagens e depois dizia coisas como “Tá, e aí?” como quem diz “grandes merda fazer isso”. Passeou por cinco ou seis personagens que ele faz e quando acabou deu uma grande lição na platéia, pena que poucos entenderam o que ele estava dizendo. Adorei a forma como ele tratou com desdém seus personagens da TV.

Não vou falar mais para não estragar a peça e a proposta da peça. Quero falar agora do pós-peça, quando o ator saiu de cena, de forma pouco convencional. A reação da platéia se dividiu em basicamente duas: aqueles que, sem perceber, se assumiram burros e acharam a peça uma merda ou aqueles que ficaram com vergonha de não ter entendido nada e saíram dizendo coisas genéricas como “ele é muito doido, né?” ou então se apegaram aos quinze segundos que ele fez as imitações televisivas (com o claro propósito de avacalhar com a platéia) dizendo “Viu? Viu? Viu que maneiro quando ele fez o personagem tal?”. Só isso que eles assimilaram da peça, os quinze segundos do personagem tal.

Foram programados para ver o personagem tal e diante da mudança proposta pelo ator não souberam reajustar suas expectativas. Não souberam nem ENTENDER que seria necessário fazer esta adequação. Ficaram idiotizados, sem saber lidar com o imprevisto. Porque jogo de cintura para se adaptar e lidar com imprevistos requer um mínimo de inteligência. Infelizmente a cultura e os meios de comunicação estão tão padronizados e previsíveis que quando algo sai do esperado as pessoas não apenas não entendem como muitas vezes nem percebem. É nisso que dá ninguém inovar, as pessoas estão idiotizadas por causa do humor massificado. Desaprenderam a interpretar.

Juro para vocês que eu fiquei deprimida ao final da peça. Como pode tanta gente burra com tão alto poder aquisitivo? As pessoas são incapazes de depreender o conteúdo global (no sentido de conteúdo total) da peça e de conectar idéias. De todas as coisas interessantes que ele fez e disse o que ficou marcado na cabecinha tosca das pessoas foram aqueles quinze segundos de personagem televisivo (para o qual a platéia se programou) ou aquela piadinha escatológica ou com palavrões, contada justamente para provar o ponto do ator: a platéia é burra.

As pessoas não entenderam nada. E, ao não entender, a reação foi dizer que gostou, que achou bacana. Porque? Porque é um ator de televisão com personagens famoso, então, tem que achar bacana, afina, o cara deve ser bom, né? Se todo mundo gosta, se o programa dele tem audiência, melhor achar bom, vai que alguém te acha burro por contrariar a maioria! Gente sem juízo crítico sofre desta mazela: tem sempre que acompanhar a maioria sob pena se ser taxado de imbecil. Porque ao discordar da maioria você tem que apresentar argumentos muito bem fundamentados, caso contrário é execrado. Falo com conhecimento de causa, porque escrevo uma coluna aqui chamada “Flertando com o Desastre” destinada justamente a discordar da maioria nos mais diversos temas.

Durante a peça toda, ele oscila em diferentes tipos de estímulo que joga para a platéia, quase que em uma experiência antropológica, medindo até onde chega o grau de burrice das pessoas hoje em dia. Tal qual traficante, liberando aos poucos droga para o viciado, o ator vai dando seu recado e mantendo a platéia presa em seu relato com eventuais gotas do humor que eles demandam, coisas como “quando eu era pequeno enfiei uma escova de dentes no cu”. Assim, ele manipula as pessoas (para o bem delas, diga-se de passagem) e as faz ouvir o seu recado. Pena que ninguém entende, por mais claro que ele tenha falado. As pessoas estão retardadas, mentalmente bloqueadas e cegas a qualquer coisa que fuja de linguagem simplória de TV ou 140 caracteres de Twitter.

Momento fofoquinha mesquinha de espírito sem luz. Porque se não tivesse um momento fofoca, não seria eu. A Gracyanne Barbosa (porque pobre adora consoante?), aquela moça cuja profissão é se esposa do Belo e madrinha de bateria de escola de samba paga pelo Belo, estava na platéia, perto de mim. Em determinado momento da peça, o ator narra um encontro dele com o demônio, e ao descrever o demônio informa que ele tinha chifres, rabo e a cara do Belo. Gente, eu ri tão alto, mas tão alto… Que merda, hein? Você, mocinha que está cursando o segundo grau: ESTUDE, MINHA FILHA, se não você vai ter que se juntar com alguém com a cara do Belo para te sustentar e comprar tua maconha básica do dia a dia… ops! Falei demais. Vamos voltar para a peça que é melhor.

Confesso que hoje veria o programa de TV do ator com outros olhos, porque sei que ele sabe fazer mais, pode fazer mais e só faz aquilo porque quer. Me identifiquei. Eu me dou ao luxo de escrever sobre cocô porque sou segura o bastante a ponto de saber que posso escrever também sobre política internacional e direito. Bacana, versátil. Agora os personagens do ator na TV não me irritam mais, os encaro como deboche a toda essa massa burra que os assiste, ri e bate palminha, como focas retardadas, em suas poltronas.

Eduardo Sterblitch, suas sinceras desculpas estão aceitas. Sua peça é muito boa. E olha que em três anos de blog não me lembro de ter elogiado aberta e sinceramente quase nada. Você usou como isca seus personagens de TV para reunir pessoas e falar-lhes umas verdades na cara, com muita educação, muito charme e muita sutileza. Você fez a sua parte, se eles não entenderam, problema deles. Você contribuiu para um mundo melhor. E me divertiu por duas horas.

“Minhas sinceras desculpas”, monólogo de Eduardo Sterblitch, humorista do pânico que faz, entre outros personagens, Freddy Mercury Prateado, Ursinho Gente Fina, Cesar Polvilho, Malisa e outros. Desfavor recomenda.

Para dizer que se a gente recomenda deve ser uma bosta, para dizer que você gosta de Pânico na TV e está ofendido com o texto ou ainda para dizer que você está ofendido com Eduardo Sterblitch sem sequer ter visto a peça: sally@desfavor.com

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Comments (38)

  • Tu fala de arrogância, mas é ela personificada. Tu não és a primeira burra a se achar a única inteligente no planeta. Te falta muita humildade nesse seu “cérebro” pelo qual se vangloria tanto… Em pensar que pessoas como tu, que se acha a “única inteligente do planeta” e a “diferentona que pensa fora da caixa”, é maioria entre os mundanos. Pobre alma. ♥

  • Não iria numa peça dessa nunca, somente por se tratar de um ator do Pânico.Não assisto pânico porque acredito que ele é uma arma nociva ao que tenho de melhor:meu cérebro.Assim como não gosto do Jô, que nada mais é do que um plágio dos programas do David Letterman e Jay Lennon (dois outros idiotas).
    Entretanto, depois desse texto, confesso que gostaria de ter assistido à peça.

  • Sou meio que um fã do Eduardo. Acompanho o trabalho dele, até mesmo no Pânico, porque confio no talento dele. Percebi que ele é realmente uma pessoa sincera e humilde, sem nenhuma pretensão exagerada.
    Não vi a peça ainda, mas acredito que você esteja certa em relação ao objetivo da peça. No Twitter do Edu tinha vários RTs de pessoas reclamando da peça. E esse seu texto também foi publicado por ele no Twitter.
    Pra mim ficou muito claro.

    Gostei do jeito que você escreve, vou dar uma olhada no resto do blog (essa é a primeira postagem do blog que eu leio). Parabéns!

  • Put'z…. nunca li um "texto" tão grande no Computador!
    Mais eu adorei você realmente "abriu meus olhos"

    Eu nunca assistir a peça, sempre quiz ir, mais meus pais não me levam, e não tenho condições para pagar…

    Admito que eu sempre quiz ir assistir a peça por causa do Edu, mais sinceramente não é por causa dos personagens que ele faz, é por causa do jeito dele de ser! O sorriso e a humildade dele me conquista!

    Parabéns pelo blog ;D

  • Parabéns, Sally! Seu comentário foi preciso! Vc não estava sozinha na plateia! Mas concordo que éramos minoria (1% provavelmente). Parabéns, Eduardo Sterblitch!

  • Pela entrevista dele no Jô Soares, dá pra se depreender que, mesmo que ele faça graça e fique bêbado e tudo (sim, ele toma 2 ou 3 copos de whisky no meio da entrevista), ele é uma pessoa de fato inteligente pra caralho, com uma cultura fantástica. E é MUITO debochado, no sentido inteligente da coisa, o que sempre conta pontos no meu livro.

  • Somirrrrr,que bom que vc voltou,alguem tem que por gerencia nesse blog ne, pq ninguem aguenta Sally e a fazenda mais,aff!!!

    VIVA SOMIR!!

  • Camilla, Não vi essa entrevista, não saberia dizer. Será que essa entrevista que você viu não era uma sátira ou um deboche a alguma coisa? Não era um deboche a pessoas que se comportam assim de verdade?

    Não vi essa entrevista, não saberia dizer.

  • Anônimo do Ursinho Gente Fina, se está ligado ao Jô Soares não deveria se chamar ursinho GENTE FINA. Talvez por isso eu não tenha feito a conexão.

    Melhor seria chamá-lo de ursinho ARROGANTE ou ursinho ESCROTO.

  • Sério Somir?

    O texto estava escrito desde sábado passado, data em que fui ao teatro ver a peça.

    Sério mesmo que você quer se colocar nessa situação ridícula?

  • Eu vi uma entrevista dele no Jô e sei lá…não consegui acreditar em nada do que ele disse, até do nome dele eu duvido. Ele bebeu álcool a entrevista toda e do meio pro fim começou a ficar "bêbado", e o povo morrendo de rir. Eu cá acho que ele estava atuando…enfim.

  • A graça do tal Ursinho (pra quem não é mongol feito a maioria da patuléia, frise-se) é justamente que ele é o Jô Soares esculpido e encarnado.
    Cada vez que aparece o Ursinho na tela, estão automaticamente chamando o Jô de biba enrustida, chato pra caralho, mau apresentador e tudo o mais que você conseguir associar à figura do Ursinho.

  • "Quanto ao blog, bem, eu fiz o que pude."

    Fez sim, quebrou um acordo claro e ainda tirou onda de esperta por isso.

    Depois que tomou o troco, se fez de desentendida e colou que foi uma beleza, não?

    Mas como eu sempre digo: Concurso de vítima é um que eu sempre quero perder.

    P.S.: Texto muito bom o de hoje. O totó funcionou. Hahahahaha.

  • Anônimo, nem me fale nessa merda desse Ursinho Gente Fina.

    Meus colegas de trabalho adoravam essa merda e ficavam imitando a voz dele e gritando "URSEEEENHO GENTE FEEENA! o dia inteiro. Gritavam isso e riam sem parar, como se fosse muito engraçado.

    Eu ficava olhando séria e ganhei fama da ranzinza.

    Qual a graça desse urso que só grita o próprio nome? aff

  • Hugo, sim, a coluna é nova. Se chama DesCult e é para criticar filmes, livros, peças de teatro e coisas do gênero. Se quiser deixar sugestões de temas…

  • Rorschach,

    O clima ainda está tenso…

    Normalmente os atores levam a peça para outros estados, será que não chega por ai não?

  • Pãtz… Esse Jô Suado, pra mim, é novidade. Pra quê outra sátira do Jô se o Ursinho Gente Fina já era uma?

  • Vcs prometeram algumas reformulações no blog, algumas categorias a mais e outras a menos.

    nas que iam acrescentar estava algo relacionado a coisas que vcs indicariam de produtos e serviços. Acho que foi no inicio do ano.

  • Parabéns, Anônimo.

    Você acaba de passar atestado de pessoa culta. Você não assiste Pânico na TV.

    Quem faz o Jô Suado, sátira do Jô Soares, é o Carioca, e não o Eduardo.

    Parabéns novamente. Não ver Pânico na TV é prova de cultura e bom gosto.

    *inveja

  • Segundo texto seguido de um autor alfinetando o outro. Ou eu estou vendo coisa onde não tem.

    Como eu não sou do Rio, só me resta comprar o DVD quando sair, se a peça é tão boa assim.

  • Hmmm… Por mais que os outros personagens dele no Pânico sejam imbecis, tem um que, por sacanear redondo com um me(r)dalhão da Globo, merece respeito.

    Acompanhe: gordo, entrevado/atolado na cadeira de apresentador, peludo (barba), óculos de aro redondo, afetado (afeminado, mesmo), com os braços curtos e pouco móveis e metido a tocar bongô. Me diz se não é o próprio?

  • Natália, o que eu achei mais legal é ele não tirar um centavo da peça. Ele pega o valor arrecadado e divide com o pessoal que trabalha na montagem da peça. Muito fofo.

  • Lichia,

    Fique de olho também no DVD. Eles sempre lançam DVD da peça. Nessa que eu fui tinha três ou quatro câmeras profissionais filmando…

  • Hugo, ele não sai simplesmente esculhambando. Ele tenta apresentar uma proposta diferente e quando o público a recusa, ele prova por A + B que é medíocre.

    Tanto que ele mesmo diz na peça "Olha no me da peça! Mesmo com esse nome você veio, não posso fazer nada"

    Se te serve de consolo, ninguém entendeu nada, nem mesmo que estavam sendo esculhambados.

    De que anúncios estilo desfavor você está falando?

  • Talento,

    Mesmo que a peça não chegue aí, com certeza você encontra o DVD da peça. Mais cedo ou mais tarde os atores lançam a peça em DVD.

    Quanto ao blog, bem, eu fiz o que pude. Não se preocupe, sofreremos todos juntos na semana que vem. Vou dar o meu jeito de que a semana não seja tão sofrida.

  • Por essas e outras que eu não respeito a Glória Pires!

    ATOR que se gaba de nunca ter feito teatro, que brada que nunca fará teatro na minha humilde opinião de ATRIZ…não pode se dizer ator.

    No palco ou você é 100% artista ou 100% cara de pau… Não dá pra "fingir" o tempo todo…

    Ainda bem que nessa platéia tinham como vc disse pelo menos meia dúzia de cérebros!!!

  • Pena que aqui em Brasília já teve e perdi. Mas olhando nos sites de divulgação pude perceber pelos comentários de quem foi a mesma reação que você presenciou do público.
    Ficarei de olho, esse eu vou assistir nem que tenha que parar em Goiânia!

  • Eu acho o cara engraçado; mas comecei a perceber isso, não no panico (que não assisto mais do que é empurrado na internet, fora da tv), e sim nas entrevistas diversas, no jo, etc.

    Mas não assistiria a peça. Ofender quem foi ali pra ver o que já conhece dele? Podem ter sido boas criticas, mas acho paradoxo criticar o publico por gostar de algo que ele construiu. Se depois de um bom tempo de teatro, o pessoal continuar com esse objetivo tudo bem. Pois ele vai ter construido algo alem da tv. Até lá, chamar as pessoas de burras e idiotas… cqc, politicos e a propria internet faz com muito mais exito.

    Bola fora.

    Ps.: Isso faz parte daqueles anuncios estilo desfavor que prometeram?

  • Que alegria!
    Que felicidade!
    Coisa boa ter o desfavor de volta! :D
    Eu amo vocês, já disse isso?!
    Amo mais a Sally. Tadinha, fico pensando o que o maluco do Somir exigiu de ti pra arrumar o blog!
    É muito amor pelo Desfavor!

    Mas, enfim… Infelizmente, esse tipo de peça nunca vem pro Sul. Quando vem é pra POA e olha lá. O que fica longe pacas da minha cidade e me impede de ir. Então, não tenho muito o que comentar, afinal, nunca vi a peça. Mas acredito em ti Sally. Os personagens que ele apresenta no pânico são muito idiotas, e de fato, é um "humor" tão baixo que não é necessário pensar.

    O povo brasileiro tá mais do que acostumado com aquele som de risos que os programas editam [não sei o nome disso] para avisá-los de quando é pra rir, que quando há uma piada de verdade eles não sabem identificar.

    Brasil, um país de alienados =/

    ps.: Beijo Lichia! ;*

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