Ele disse, ela disse: Uma boa discussão.
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A atual linha de comunicação da Coca-Cola prega que os bons são a maioria. Apesar de ser mais uma mensagem publicitária vazia de uma empresa que só visa o lucro, a idéia expressada divide as opiniões dos donos do blog. Ele atribui uma certa razão à expressão, ela atribui a opinião dele ao excesso de Coca-Cola nas veias…
Tema de hoje: Os bons são a maioria?
SOMIR
Sim. E essa é uma discussão antiga entre eu e minha CARA. Sempre digo para ela que pessimismo exacerbado é tão ilógico quanto otimismo cego. A realidade dificilmente é tão extrema feito nossas opiniões.
Vale ressaltar que temos que definir de forma realista os “bons” da frase. É tentador adotar uma postura cínica e pintar essa bondade de forma caricatural, tal qual as propagandas da marca gostam de fazer. Vamos deixar a imagem mental de hippies cantando em roda num campo florido de lado, por favor. Ser um dos bons, no contexto em que essa idéia se apresenta, é basicamente ter um conjunto de atitudes e idéias “médio” que preze pela coletividade.
Porque a questão é justamente essa: A coletividade. Quando você age de acordo com a idéia de que não está sozinho nesse mundo, tende a tomar decisões muito mais próximas da noção de bondade. Ajudar alguém tem implicações sociais poderosas, tatuadas em nossas mentes por milênios de sociedade organizada. Somos seres humanos, somos seres sociais.
E eu não estou reeditando a furada teoria do bom selvagem. Não é exatamente a humanidade que nos faz agir de forma altruísta, é a necessidade gerada por não vivermos sozinhos nesse mundo. Você PRECISA levar em consideração o que os outros querem para viver minimamente bem. A empatia é uma das maiores ferramentas (se não a maior) para existir uma sociedade tão complexa como a nossa.
Desde a mais tenra infância, o ser humano treina e treina sua habilidade de imaginar o que outros seres humanos estão pensando. Crianças diferentes não criam amigos imaginários mais ou menos na mesma idade à toa: É justamente a empatia dando seus primeiros sinais de amadurecimento. Com o tempo o amigo imaginário se torna uma infinidade de pessoas com as quais seu cérebro vai se ocupar durante a vida. (E sim, essa é uma das bases neurológicas da religião…)
Digo isso porque precisamos entender, para começar a conversar sobre isso, que a empatia é um dos blocos básicos pelos quais se constrói uma mente humana. E a empatia não te dá muitas desculpas para causar danos a outrem. Mesmo uma pessoa de pouca instrução e trato social é capaz de entender o resultado de suas ações em outras pessoas. Claro que não vai ser uma ideia tão complexa quanto alguém mais bem “formado” pela vida, mas é uma noção rudimentar que já permite uma conclusão lógica de que ser bom é mais fácil que ser ruim. Ser altruísta é mais simples que ser egoísta. Criar inimigos e obstáculos em sua vida é aumentar a complexidade da sua existência.
E é justamente aqui que a maioria das pessoas começa a discutir comigo. Infelizmente fica complicado seguir, porque vai bater de frente com outro bloco básico de formação da mente humana: A forma tendenciosa como valorizamos mais NOSSOS esforços do que o dos outros. Quando eu digo que a resposta “orgânica” para a vida em sociedade é tratar bem os outros, parece que tira o valor das atitudes nobres que a pessoa tenha tomado durante sua vida. É mais gostoso imaginar que nós somos os faróis de bondade num mar de egoísmo, mas não é a verdade.
Por incrível que pareça, acreditar que os bons são a minoria É a postura confortável. Sequência (i)lógica pra lá de comum: Se os outros estão errados, eu estou certo. Se eu estou certo, eu estou seguro. Saia da zona de conforto e comece a usar sua memória sem a tendência de auto-valorização.
De todas as pessoas que você conhece, a maioria te deu motivos para acreditar que são ruins? Você já não conversou com muita gente discutindo como “os outros” são podres, mas vocês não? Você tomou mais atitudes danosas para os outros do que ajudou?
Você acha que a sociedade humana estaria de pé se a maioria estivesse nesse mundo só de sacanagem? Já se tocou da complexidade INCRÍVEL que é viver numa cidade com água encanada, energia elétrica e outros serviços básicos? Se a humanidade fosse essencialmente egoísta, não se passaria nem mesmo da primeira reunião de homens das cavernas. As pessoas se ajudam, se cuidam, trabalham em prol de objetivos comuns. Empatia em ação.
Pense, criatura, pense. Você deve sair de casa todos os dias e lida com muita gente. A maioria é boa. A maioria não vai sair do caminho habitual para te ferrar. Ei, se precisar, a maioria tende a te ajudar. Se você perguntar o caminho de algum lugar para um transeunte, pode apostar que 99% vai te indicar com o melhor do seu conhecimento. Se você tropeçar na rua, bem capaz de aparecer alguém e te ajudar a se levantar. Evidente que não podemos esperar que as pessoas se coloquem em risco para proteger um estranho, mas fora isso, existe uma tendência bem palpável das pessoas fazerem a coisa mais altruísta.
Mas eu sei que você está pensando em todas as coisas horríveis que fica sabendo. Todas as crueldades que humanos cometem com outros humanos. Difícil de imaginar um mundo onde os bons são a maioria se tem crianças sendo espancadas por sádicos por aí. Mas aí entra outra tendência de memória: Você se lembra mais das coisas ruins. É normal. O foco em desgraça é reflexo da necessidade de manter “frescas” as memórias que podem nos avisar de perigos. É mais fácil lembrar daquele cretino que te fechou do que as várias e várias pessoas que já te deram passagem numa rua movimentada. Registra-se o que mais se assemelha ao perigo. Não deixa de ser uma vantagem evolutiva.
A mídia sabe disso. Os jornais praticamente só mencionam coisas ruins. Você NÃO vai dar a mesma atenção para uma manchete sobre um homicídio horrível e uma pessoa ajudando um cego a atravessar a rua. Desgraça vende. Sem contar que a destruição é mais… notícia do que a construção. Um maluco precisa de apenas uma metralhadora e alguns minutos para destruir a vida de centenas de pessoas. Isso é muito mais notícia (mais urgente) do que alguém criando um centro de tratamento de viciados e salvando a vida de outras centenas no decorrer de alguns anos.
Eu mal vou ter espaço para escrever isso, mas só para registrar: Confundir ignorância e FALTA DE ESCOLHA com ruindade é uma coisa horrível. Muito bonito a pessoa que escreveu aquele texto do Pedrinho me soltar que as pessoas são naturalmente ruins…
Para dizer que eu sou um idealista panaca e outras dessas defesas bobas de quem prefere ser especial a ser racional, para reclamar que meia dúzia de pessoas ruins dentre as milhares que você tem acesso provam que a maioria é ruim sim, ou mesmo para perguntar se Sally é ruim (não, é teimosa mesmo…): somir@desfavor.com
SALLY
Os bons são maioria? Sinto muito informar que não. Boa tentativa da Coca-Cola de empurrar esse slogan idiota goela abaixo de seus consumidores, adoraria que fosse verdade, mas não é.
Preciso provar meu argumento? Olhem para o mundo em que vivemos, parece mesmo que os bons são a maioria no estado em que chegaram as coisas? Os que se fingem de bons (e alguns enganam até a eles mesmos) são maioria. Os que se acham bons (mas não são) são maioria. Os bons de verdade não são maioria.
Os bons DE VERDADE são minoria quase extinta. Os bons MESMO, aqueles que se comportam de forma exemplar mesmo quando não tem ninguém olhando, mesmo quando ninguém vai saber, mesmo quando não terão qualquer benefício com isso… estes bons são minoria.
O que tem muito por aí é babaca querendo pagar de bom. Estes são maioria absoluta. Gente que adora tirar onda de bondade mas se colocar uma câmera no seu rabo 24h por dia e filmar tudo que fala e faz, os atos com certeza acabarão contradizendo seu discurso. Tá me achando pessimista? Tá me achando azeda? Então faça o seguinte exercício: pense em quantas pessoas verdadeiramente boas você conhece e depois pense em quantos filhos da puta escrotos você conhece. Quem é maioria?
Sinceramente, muito me admira o Somir tendo tanta fé na humanidade. Acho que é mais amor pela Coca-Cola do que qualquer outra coisa. Tente lembrar de quantas coisas boas já fizeram para você. Pensou? Agora pense quantas coisas escrotas, mesquinhas, filhas da puta e egoístas já fizeram com você. Quais são maioria? Vale lembrar que no comercial, “os bons” estão bebendo Coca-Cola. Talvez fosse melhor mudar o slogan para “Os burros são maioria”, porque não tem outro nome para chamar quem bebe esse desentupidor de pia com gosto de remédio, que de quebra, ainda faz mal para a sua saúde.
Não vamos confundir as coisas. Eu acredito no poder da bondade. Eu acho que quem vive sacaneando os outros acaba se fodendo pela lei do retorno, mais cedo ou mais tarde. Eu acho que vale a pena fazer o bem mesmo sendo minoria e que ser minoria não é motivo para desistir, muito pelo contrário, é motivo para tentar mais do que nunca ser bom. Mas nada disso apaga que os bons são minoria. Eu não gosto que seja assim, eu não quero que seja assim, mas as coisas são como são, não como a gente queria que elas fossem.
Às vezes me parece que o fato de falar as coisas como elas são faz algumas pessoas pensarem que você gosta que elas sejam assim. Conseguir ver a verdade não quer dizer automaticamente concordar com a verdade. Conseguir ver a verdade é apenas um primeiro passo para modificar essa verdade. Se eu achar que a verdade é algo menos desagradável, a realidade não se transforma só porque eu passei a me enganar. Muito pelo contrário, enquanto eu me enganar, as chances de algo mudar diminuem.
Tem que ver também qual é o conceito de “bons”. Porque o meu conceito de “bons” é extremamente exigente. Isso é muito pessoal. Tem gente que basta não bater, não matar e não roubar já acha a pessoa boa. Para que eu inclua alguém como “bom” tem que ter caráter, ética, palavra, coerência e outros predicados. Quero dizer que não basta apenas não ser um tremendo de um filho da puta para ser considerado “bom”. Defeitos todos temos, mas nem todos somos sem caráter, sem ética, sem coerência…
E se você está pensando que os maus são apenas uma minoria com poder, que o povão no geral é muito bom, pense novamente. É mulher ficando com namorado da amiga, é sócio passando a perna em sócio, é pobre roubando de pobre, é prestador de serviços mentindo e enganando, é gente derrubando colega no trabalho, é gente fazendo fofoca destrutiva da vida dos amigos… é tanta merda que não caberia nem nos três anos de blog! Não são apenas os políticos e empresários que fazem merda, o povo também faz. Só que quando o povo faz ninguém fica sabendo, pois seu potencial lesivo é pequeno, afeta só os envolvidos.
Até os espíritas, os religiosos que eu considero mais otimistas, que dizem que estamos aqui para melhorar e evoluir. Que a Terra nada mais é do que uma “punição”, um “mal necessário” para a evolução. Pois é, os bons de verdade já cumpriram sua missão aqui e raramente dão as caras de volta, só em situações excepcionais. Até os espíritas admitem que por aqui só tem sangue ruim, salvo honrosas exceções. Vai ver os bons estão mesmo em um mundo melhor do que este, porque aqui o que eu vejo é pobreza, desigualdade, maldade, doença, guerra, sofrimento, ambição e cobiça. Claro que de vez em quando se vê a bondade pura, mas, repito pela milésima vez, ela é minoria.
Olhe à sua volta. Você vê bondade na maioria das pessoas? O mais perigoso desse argumento dos bons serem maioria é o conformismo que traz embutido: os bons não maioria, então, no fim, tudo vai dar certo. Alimenta uma esperança FALSA. Os bons não são maioria porra nenhuma e se a gente não tiver plena consciência disso e não começar a arregaçar as mangas para reverter esse quadro, a coisa vai ficar ruim para o nosso lado.
Em que mundo fantasioso e cor de rosa alguém tem que viver para acreditar que os bons são maioria em um lugar onde crianças morrem de FOME, em um lugar onde praticamente uma mulher é estuprada por minuto, pessoas torturam pessoas, onde pessoas matam umas às outras por motivos ridículos, onde infidelidade é regra nos relacionamentos, onde espancam mulher e criança dentro de casa, onde a maior parte das pessoas se entorpece com substâncias lícitas ou ilícitas para poder suportar suas vidas… onde acontece tudo isso e muito mais! Se os bons são maioria, porra, eles estão escondidos em algum lugar. Alguém me avisa onde é que eu quero morar por lá!
O ser humano precisa melhorar MUITO. Estamos aqui tentando, mas somos falhos, corrompidos, egoístas, nocivos (muitas vezes até com nós mesmos). Não vamos nos enganar. Os bons não são maioria. Bom não é aquele que pratica mais o bem do que o mal no cômputo geral, bom é aquele que, por seu caráter, é incapaz de praticar certas coisas ruins. Quantos de nós tem essa trava ética que impede de cruzar uma linha da maldade? Poucos.
É mais confortável e menos assustador pensar que os bons são maioria, mas eu prefiro viver em uma verdade incômoda do que em uma mentira super confortável.
Obs: Eu considero Somir um dos bons
Sally, você ainda acha que o Somir é um dos bons, depois do que ele fez com o blog? Ai, meus olhos!!!
Como minha vó dizia : a oportunidade faz o ladrão.
fuck bush, morei dois anos no japao. E la se o povo e 'bom na maioria', isso nao e por conta da essencia deles. Longe disso. Se voce nao se enquadra, torna-se um dos piores lugares para se viver, apesar do conforto material. O povo so nao e mais sujo porque la e muito caro voce querer sair do que esperam de voce, em termos sociais e profissionais. Ai todo mundo posa de bom. E as leis funcionam, claro.
suellen
Os bons são maioria? Depende. Se bom for aquela pessoa ovelhinha que nem fede nem cheira, talvez sejam maioria sim.
Porém se bom for aquele cidadão perfeito, que segue todas as leis, realmente não são maioria.
Agora Sally, você está focando mais no Brasil. Tem países no mundo que sem sombra de dúvida os bons são maioria. Mas por aqui pelo Brasil tá difícil.
Sally:
Assim como 50 se calam quando recebem troco a mais, outros 50 não se dão ao trabalho de falar de troco a menos dentro de uma faixa de uns poucos por cento. O ser humano é muito comodista pra caralho de montão à beça, branquinho não move uma palha pra porra nenhuma. Lei do mínimo esforço rules!
O Somir bebe coca cola e ainda por cima é a zero com mais adoçante e química, piorou a situação dele! É por isso que fica achando o mundo uma maravilha. Eu confesso que quando tomo uns refri também acho a vida bela, mas só até o copo ficar vazio, depois eu volto a realidade.
Nossa, adoro os elogios discretos que um tece ao outro…
Somir chama Sally de "minha cara", será que ele quis dizer "cara metade"?
Sally diz que net é um mar de merda onde, ás vezes, bóia um diamante…Como ela o conheceu (casado) pelo orkut ele é o diamante dela?
kkkkkkkkkkkkkk
Não pude deixar de comentar…
Aline, eu também lembro desse episódio.
"- Phoebe, você sabe que a abelha morre ao te picar, não é?"
Helena, é isso que acontece no dia a dia: ganância, ambição, covardia, sacanagem, desonestidade…
Tanto é que quando vemos uma coisa verdadeiramente boa ela nos espanta e vira até notícia de jornal: "motorista de táxi devolve carteira cheia de dinheiro"
Porra, isso deveria ser A REGRA e não a exceção que estampa página de jornal!
Dess,
acho que para tirar proveito para si próprio o ser humano não é apático não, muito pelo contrário, é muito malandro!
Aline, eu lembro desse episódio, onde ela vai a um parque e deixa uma abelha picá-la!
Não sei se eu concordo com isso. Já fiz boas ações que eu sabia que iriam me foder e não fiquei nem um pouco contente com o resultado. Tudo bem, no fundo tinha o conforto de saber que estava fazendo a coisa certa, mas a frustração de não conseguir fazer a coisa errada era bem maior.
Hugo, concordo com você. Não tem quase nada que preste na internet. É um mar de merda onde de vez em quando se acha um diamante boiando. Muito de vez em quando.
Anônimo, isso pode dar uma boa postagem, vou dar uma olhada com calma.
Kelly, mesma resposta de cima.
As pessoas são apáticas para reivindicar seus direitos, mas para fazer malandragem, para tentar se dar bem, para passar a perna, são espertas e hiperativas.
Anônimo da apatia,
discordo muito de você.
As pessoas podem ser apáticas para questões políticas ou para reivindicar seus direitos, mas na hora de passar a perna nos outros, de trair, de dar golpe, de tirar proveito, todo mundo é super esperto e super atento.
Dá o troco errado, a mais, para 50 pessoas em uma banca de jornal. Me diz quantas vão devolver o dinheiro.
Mari, dá até medo de pronunciar a palavra "ética" nos dias de hoje. Ela está perdendo totalmente o sentido e temo que uma nova definição de ética venha por aí.
Hugo, você acha mesmo que o que você faz de ruim não afeta a coletividade? Discordo, acho que sempre afeta alguém, caso contrário não seria considerado algo "ruim"
Bionicão,
O que faz mal é se iludir a respeito do ser humano achando que a maioria são boas pessoas. São pessoas inocentes como você que quando se desiludem e cai a ficha de que o ser humano é uma merda que correm para as portas da Universal.
Eu convivo muito bem com o fato de estar cercada por uma maioria de fdp medíocres e ainda procuro tirar proveito disso. Força pra você também por concordar com o Somir!
Rorschach, tem muita gente que pratica boas ações com frequencia, mas com o objetivo de reduzir a culpa pelas maldades que faz. Estas pessoas para mim não são boas, porque seus motivos são mesquinhos, egoístas e errados.
Quem é bom por medo de um castigo divino ou por medo de ir ao inferno ou por uma trava social qualquer não é verdadeiramente bom, é apenas um fdp sob controle!
Bem, vivemos em uma situação onde fazer a coisa certa requer comprometimento, fazer o errado é vantajoso e se omitir é facíl. E a maioria das pessoas são ordinárias, gananciosas e covardes.
Sally win!!!
Somir este teu texto "fábula das abelhas" tem fundamento, porém ser bom diz a respeito dé ser ético, e não apenas a ser funcional.
HIPOCRISIA + APATIA + OMISSÃO = MAIORIA!!!!!!!
poxa, a Sally argumentou até com a dotrina espírita…SIM, e a definição mais sintética do nosso mundinho é: PRISÃO-HOSPITAL-ESCOLA (isso tudo junto e ao mesmo tempo para cada um)
DESS
Lembrei de um epsodio do friends aonde a rachel fala pra pheobe que ninguem faz uma boa ação sem ter alguma coisa em troca. Vc ou fica feliz, ou fica se sentindo bem…
Harison,
Fiquei estarrecido com as imagens que postou do bate papo.
Não posso acreditar que hoje em dia alguem AINDA ENTRE NO BATE PAPO UOL.
(rs)
de boa, não espero ter conversas muito sadias pela internet, onde usam nicks, avatares e anonimidade em geral pra se expressar. Salvo uns por ai.
gostaria de pedir que vocês fizessem uma postagem contra o preconceito sobre as origens e raças das pessoas, porque presenciei um exemplo disso no Bate-Papo Uol. podem fazer por favor?
aqui estão dois trechos das conversas:
http://img585.imageshack.us/img585/9310/preconceitoe.jpg
http://img189.imageshack.us/img189/2839/preconceito2.jpg
Obrigado!
Harison, diretamente de Contagem – MG. =)
Sem comentarios.Concordo com o anônimo . Maioria APATICA com certeza
Falsa dicotomia.
A maioria da humanidade não é boa nem má. A maioria da humanidade é A-PÁ-TI-CA.
Assim como quase ninguém age para bem, quase ninguém age para mal. O normal é a O-MIS-SÃO. Tropece na rua: assim como dificilmente vão te chutar a cabeça, também é 0,0001% de quem passa que vai se mexer para te dar uma mãozinha.
"Quantos de nós tem essa trava ética que impede de cruzar uma linha da maldade? Poucos."
Acho que vc chegou perto do aspecto mais importante, Sally!
Separar o mundo em bom e mau, certo e errado, dentre outras dicotomias é uma forma muito rígida e bitolada de ver as coisas. Acho que dá uma sensação de que eu posso obter controle das coisas definindo-as assim.
Mas quando você fala de ÉTICA, aí sim mudamos o ponto de vista, pois ética vai além desse certo e errado.
Acredito que o maior problema aqui é se avaliarmos a insatisfação e a falta de qualidade dos relacionamentos interpessoais com a influencia e grande desfavor do mundo capitalista que vivemos. As pessoas se isolam, e em contrapartida cobra dos outros solidariedade. Se frustram quando o outro não atende as suas expectativas. Acha que se o outro está a favor dele mesmo, está contra mim.
E isso dá pano pra manga…
Em suma, acho que poucas pessoas investem em se relacionar de maneira saudável, e se eu invisto nisso, precisarei cuidar de mim também, assumir minha responsabilidade nessa história!
O Somir está sentimental hoje, mas está certo. O que eu faço de ruim quando as pessoas não veem e que não as afeta, ou o que penso não define o mundo que é definido atraves da itneração entre as pessoas e essa interação geralemtne é boa, senão seria o caos.
Parte da polêmica vem da pergunta em si: O que é ser bom? O primeiro problema é definir o que é SER BOM.
Estou certo que a bondade predomina no mundo. A sociedade é resultado da soma de milhões de atitudes de pessoas, e a maior parte dessas atitudes é positiva.
Quando se considera que a pessoa para ser boa não pode dar nenhum vacilo e tem que ser perfeita, coloca-se um ideal impossível de ser atingido.
Portanto, a esmagadora maioria das pessoas tem atitudes positivas a maior parte do tempo. São pessoas normais, que também pisam na bola, mas que na maior parte do tempo são boas.
O raciocínio do Somir faz muito sentido. Não vale a pena socialmente ser do mal. E o ser humano aprende isso cedo.
O mundo é um lugar complicado, onde muita gente ainda sofre muito. Mas isso já foi muito pior; na história humana o mundo sempre foi um lugar inóspito. A evolução da civilização vai lentamente melhorando as coisas pois o homem prefere vivre em paz na maior parte do tempo.
A gente ainda vai acabar vendo a Sally entrando pra Igreja Universal…essa descrença no ser humano torna a pessoa muito solitária…Força Sally !!
Concordo com a Sally.
O Somir fala sobre a empatia, mas todos nós, com a exceção dos psicopatas e sociopatas, sentimos empatia. Desde o estuprador, até o dono de uma corporação que explora crianças na África até o cara que cozinha sopas pada os sem-teto. A empatia é algo subconsciente, nós não escolhemos ter empatia. Já as decisões morais, entre o certo o errado, entre fazer o bem e fazer o mal, são decisões conscientes. A capacidade de sentir empatia, na minha opinião, não caracteriza alguém como bom.
Continuando sua analogia ao trânsito, a mesma pessoa que te deu passagem no último cruzamento, pode atropelar uma velhinha na próxima esquina.
A maioria das pessoas faz mais más ações do que boas ações, de forma consciente. Até porque, boas ações são mais difíceis de serem feitas porque, por definição, envolvem sacrifício para o bem dos outros. Nem que seja sacrifício de tempo, em fazer algo para os outros.