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Fragmentos.

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| Somir | | 77 comentários em Fragmentos.

A postagem de hoje vai me fazer ser chamado de vagabundo, na melhor da hipóteses. Por ter um tempo muito limitado para escrever os textos, qualquer distração é fatal. Hoje eu distraí fuçando em textos antigos (alguns de 2008 e 2009) que tinha começado, mas não terminado. Todos só dessa época de desfavor. Vou ser cara de pau e postar só alguns deles. Sem terminar mesmo. Podem xingar, mas eu acho divertido. E teoricamente, é postagem!

Importante: Não editei porra nenhuma.

FRAGMENTO 01: Somir Surtado: Eles e nós.

Escala de nerdice: Pois então… hoje não é uma tema nerd, mas foi escrito por um… Deve contar alguma coisa.

Quando estou com ataques revolucionários, costumo dizer que a sociedade moderna e as instituições são apenas uma desculpa esfarrapada para manter quem está no poder… no poder. Milhares de anos de história documentada humana (documentada “daquele” jeito na maioria dos casos…) nos mostram que essa dinâmica entre opressores e oprimidos é tão recorrente que faz parte da natureza humana.

Não é uma constatação sobre justiça ou eficiência, é uma constatação por si só. Eventualmente algum grupo ou instituição acaba ganhando poder e influência suficiente para dominar pessoas, mesmo que de forma indireta.

Recentemente eu conversei com outra pessoa que disparou um argumento parecido. Não estou falando sobre o “comunista de bar óbvio” que sempre está disposto a resolver todos os problemas do universo depois de algumas cervejas. Esses todos nós já escutamos várias vezes durante nossas vidas.

O que me chamou a atenção foi a construção da idéia, sem objetivo de transformá-la num trampolim para a exibição da solução pré-definida. Eu me reconheci ali. O alerta mental para ignorar baboseira ideológica repetida desligou e eu pensei numa pergunta.

Uma que nunca ouvi de quem já me ouviu falar sobre isso:

“Quem está oprimindo?”

Não vociferei a questão porque já me conheço e sei que enquanto rumino uma idéia a parte do meu cérebro que aprende com discussões entra em recesso. O assunto continuou normalmente, mas eu continuei pensando.

Sim, eu já tinha algumas respostas na ponta da língua para a pergunta, mas parando para analisar melhor, não eram boas respostas porque poderiam ser resumidas a uma só coisa: Quem oprime quer conquistar ou manter vantagens.

Desde as religiões endeusando ignorância e pobreza até os políticos valorizando o desgosto popular pela sua função.

NOTA: Não sei mais para onde pretendia ir com esse…

FRAGMENTO 02: Somir Surtado: Variações cambiais.

INSERIR ILUSTRAÇÃO

Um assunto que vem me chamando muita atenção recentemente é flutuação do valor do Euro nas bolsas asiáticas. Nos últimos pregões, a taxa cambial regulada pelos bancos centrais de economias em desenvolvimento apresentou um padrão interessante do ponto de vista da economia de larga escala, principalmente no que tange as commodities. E é sobre a importância do entendimento dessas mecânicas econômicas que eu pretendo tratar hoje. Não se preocupem, eu tenho dados e gráficos para exemplificar as teorias.

Não podemos deixar de mencionar a forma quase orgânica que o mercado assume em momentos de dificuldade financeira. Você pode perceber claramente por este gráfico que enquanto os preços das ações sobem, a tendência da variação cambial é alterada instantaneamente:

INSERIR GRÁFICO

O índice Dow Jones é relevante para esta discussão apenas se considerarmos a eficiência das novas políticas cambiais. Não podemos esquecer também da relevância do fato de uma boa parte das pessoas que começaram a ler este texto já desistiram dele. E é exatamente este o meu objetivo com esta introdução. Por algum motivo você ficou suficientemente interessado no desenvolvimento da idéia, ou percebeu que eu não estava falando sobre absolutamente nada e quis ver aonde este texto chegaria.

Esse tipo de curiosidade é um excelente filtro para que eu consiga me comunicar com um tipo de público que vai entender sobre o que eu vou falar. O gosto pela introspecção, pelo desenvolvimento – muitas vezes exagerado – de uma idéia. Não foram poucas as vezes na minha vida que eu me vi estupefato pela falta de interesse de outras pessoas de adquirir mais conhecimento e, principalmente, mais pontos de vista sobre o mesmo assunto.

Pensemos agora sobre algo simples como uma gota d’água caindo sobre um plácido lago. A quantidade de informações que podem ser retiradas de algo banal assim é de deixar qualquer pessoa minimamente racional embasbacada pela complexidade e beleza existente em cada pequeno momento da natureza. Consideremos agora como vários artistas já trabalharam com essas noções.

INSERIR IMAGEM DE PINTURA

Jean-Pierre Bertrand, pintor francês do século XVIII, foi um dos primeiros a captar a emocionante essência de um pequeno movimento natural. Percebam como a imagem reflete toda uma gama de significados. Percebam como eu fiz a mesma coisa de novo e mais pessoas já devem ter desistido do texto. Ótimo, era exatamente o que eu tinha em mente. Agora que estamos com um público bem definido, vamos logo para o objetivo do texto.

NOTA: A ideia era boa. Não sei porque nunca segui em frente…

FRAGMENTO 03: POP! Mix

Óbvio que vocês sentiram saudades de mim. Não precisamos passar por toda essa breguice de dizerem que quase se mataram esperando pela verdadeira (Ú-NI-CA) diva deste bloguezinho, né? Não precisamos, mas eu quero! Tratem de me elogiar nos comentários.

Para quem não sabe, eu passei os últimos meses num campo de trabalhos forçados no Uzbequistão. Conheci um rapaz muito simpático pela internet, vocês sabem que Somirazinha aqui é esperta, mas ele prometeu que casaria comigo. Eu sou humana, tá? Bom, para encurtar a história… Era um esquema para atrair mulheres brasileiras com o objetivo de explorá-las sexualmente. Depois de dois meses sem nenhum cliente, me mandaram quebrar pedras. Hmpf!

ISSO NÃO IMPORTA! O que importa é que eu voltei e os números tatuados no meu pulso estão cobertos por uma fadinha super colorida agora! Somir, ao invés de se solidarizar, me obrigou a escrever algumas colunas para o desfavor em troca do pagamento da minha estadia provisória no chiqueiro que ele chama de casa. E eu não perdi tempo! Já criei a mais nova seção do desfavor: POP! Mix.

Mas o que é o POP! Mix? O que falta de verdade neste blog é algo INTERESSANTE. Se deixar o nerd falando de viagem no tempo e a maníaca falando de baleias assassinas, os gatos pingados que acessam isso aqui vão acabar tentando se enforcar nas próprias tripas!

E NADA mais interessante do a vida das celebridades, não é mesmo? Claro que eu sou uma mulher de conteúdo e vou falar sobre muito mais coisas… Como moda e beleza. E cuidado comigo, porque eu sou venenosa. Vamos para as notinhas de celebridades da semana?

NOTA: Até hoje não entendo como a Somira fez sucesso… Mas eram outros tempos.

FRAGMENTO 04: Não Deleta Eu!: Cocadaboa.

Pra começo de conversa, já aviso que não tenho experiência nesse campo de falar positivamente sobre… qualquer coisa. Então, durante a escrita deste texto, utilizarei uma coleira que me dará choques a cada vez que eu começar a criticar o site em questão. A intensidade dos choques pode causar dificuldades de memória e com isso há uma possibilidade de eu negar a autoria da coluna futuramente.

Nunca me perguntam em quem eu me espelho para escrever neste blog, por isso nunca precisei dizer que meus heróis da internet são Maddox (http://maddox.xmission.com/), Dick Masterson (http://www.menarebetterthanwomen.com/) e Mr. Manson. Este último é o criador e atual pai relapso do blog que me fez achar blogs algo interessante: Cocadaboa. (http://cocadaboa.com/)

O BLOG

Proposta: “Orgulho de ser polêmico.”

NOTA: Eu realmente não sei elogiar. Não consegui continuar… Mas o pouco que escrevi foi de coração.

FRAGMENTO 05: Manual Desfavor: Escrever feito gente.

Você acha que as pessoas não te levam a sério na internet? Tem a sensação de que o que escreve frequentemente te leva a virar motivo de piada? Morre de vergonha de expressar suas idéias? Acha que suas opiniões não vão ser entendidas?

O motivo pode ser a sua dificuldade de se expressar pela escrita, caro desfavor! Se você percebe que escreve muito mal e isso está te atrasando nessa era de comunicação visual, você já fez a parte mais importante: Reconheceu o problema.

Este manual se propõe a ensinar bem mais do que regras gramaticais, hoje eu pretendo ensinar muitas pessoas a parar de passar vergonha no campo da escrita, ou, escrever feito gente só para variar. Depois de vários anos trollando pessoas com imensas dificuldades de entender e expressar idéias simples, consegui fazer uma pequena lista dos problemas mais comuns (dos quais eu tiro sarro) na comunicação virtual:

1 – Escreva idéias, não palavras.

Releia até entender o significado. Posso te garantir que é justamente esse o problema da maioria das pessoas que não são analfabetas, mas soam como tal. Comunicação humana, em qualquer meio, é a simples transmissão de idéias entre um cérebro e outro. Isso parece uma bobagem óbvia, mas não é o que se percebe na prática. Palavras, desenhos, sons e tudo mais que usamos são formas de compensar o problema de que ninguém consegue ler mentes.

Quando falamos de escrita

NOTA: Ah, a ironia… Bônus: foi escrito antes da reforma ortográfica (ou pelo menos antes de eu me importar com ela). “Idéias” pride.

FRAGMENTO 06: Flertando com o desastre: Relativamente criminoso.

Ou: Mata, mas não estupra!

Eu sou da opinião de que um crime não justifica o outro. Pelo menos não numa sociedade funcional… A idéia é que cada um de nós é responsável pelo o que faz, salvo algumas exceções relativamente bem definidas pela lei.

Não é meu objetivo falar do aspecto legal, já que meus conhecimentos técnicos sobre o assunto se resumem a não dar uma de pobre e dizer que vou processar todo mundo. A questão aqui é apontar uma espécie de insanidade coletiva explorada dia após dia em nossa sociedade (e sobre isso eu TENHO conhecimento técnico…): A noção de que existem crimes iguais ou piores que assassinato.

A crueldade humana surge nas mais diversas formas, são tantas formas de violência e tortura física e psicológica possíveis (e acredite, quase todas já foram postas em prática pelo menos uma vez) que temos algumas “linhas-guia” para definir como corrigir (mentira, punir) as pessoas que causam danos a outros seres humanos.

Existem penas específicas para tratar o grau de violência (novamente, física e psicológica) do crime cometido. Um murro no nariz de uma pessoa no meio de um briga de trânsito não é a mesma coisa que matar e esquartejar um desafeto habitual… Estou no campo do óbvio aqui: Existem graus de “ofensa”, existe diferenciação entre o que é pior e o que é MENOS pior nesses casos.

Agora, algumas formas de violência mexem de tal forma com a cabeça das pessoas que toda essa noção de classificação de crime vai para as cucuias… Eu sei que é um território arenoso, mas talvez o melhor exemplo da inversão de valores

NOTA: Não lembro por que desisti desse. Sabendo para onde eu ia com esse assunto, ia ser BACANA a reação do público.

Porra, já ficou grande demais. E eu só explorei uns 10% dos textos de uma das pastas de textos do desfavor. Se vocês gostarem dessa ideia cretina de postar textos que morreram no berço, eu posso fazer mais (porque tem MUITO mais… eu não menti quando disse que tinha um monte desses há alguns anos atrás.) E, claro… se vocês acharem horrível, já sei o que fazer quando quiser irritar.

Para dizer que eu estou ficando cada vez melhor em enrolar para fugir de punição, para dizer que isso só tem graça se eu for famoso, ou mesmo para dizer que eu tenho que completar algum deles: somir@desfavor.com


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