Ansiedade é uma reação humana voltada para nossa sobrevivência. Quando algo considerado um risco faz disparar um alerta e entramos em estado de ansiedade. O corpo se prepara para lutar ou fugir, secreta uma série de substâncias que nos deixam prontos para lidar com o perigo.

É muito útil e provavelmente nos trouxe até aqui, nos dando mais ferramentas para sobreviver e driblar todos os perigos com os quais a raça humana já cruzou. Porém, para ser funcional, deve ser excepcional: só em caso de perigo. E, cada vez mais, por dezenas de motivos que não caberiam neste texto, um grupo de pessoas parece viver constantemente nesse estado excepcional, o que altera sua bioquímica e seu comportamento de forma preocupante. Desfavor explica: Transtorno de Ansiedade Generalizada. TAG para os íntimos.

Talvez seja uma das doenças mais difíceis de diagnosticar nos dias de hoje. Convenhamos, todo mundo sente ansiedade em algum momento, pois o atual modelo social nos pressiona além do aceitável. O grande pulo do gato é perceber quando isso se torna patológico e quando a pessoa precisa de ajuda por esta ansiedade estra de fato fora de lugar e atrapalhando sua vida de forma significativa. Nesse caso, medicação pode ser necessária.

Antes de qualquer coisa, volto ao mantra que sempre costumo entoar em qualquer postagem sobre problemas neurológicos/psiquiátricos: remédio não é tratamento, remédio é contenção. Se toca o alarme de incêndio o correto é apagar o incêndio e não silenciar o alarme. E este incêndio só se apaga com terapia, muitos anos de terapia, não para “curar” nada e sim para que a pessoa consiga lidar com a situação de uma forma menos nociva.

Então, por mais que medicamentos sejam necessários para fazer uma contenção inicial ou para ajudar a dar os primeiros passos de uma mudança interna, eles sozinhos não resolvem nada, muito pelo contrário, até prejudicam, pois dão a falsa sensação de que está tudo bem, fazendo com que alguns pacientes até abandonem a terapia. Só que não dá para tomar remédio para sempre, então, a pessoa tem que estar preparada para o tranco de quando a medicação for suspensa.

Vamos ao assunto em si. O que diferencia uma pessoa que sente ansiedade de uma pessoa com Transtorno de Ansiedade Generalizada? Bem, nem os médicos chegam a um consenso para esta resposta, então, recomendo que você não leve a ferro e fogo o que eu escrever aqui. Use apenas como um indicativo para sinalizar que talvez, TALVEZ, você possa sofrer desse transtorno e procure um médico especializado para um diagnóstico mais confiável.

Transtorno de Ansiedade Generalizada ocorre, basicamente, quando seus pensamentos fazem um motim na sua cabeça e ganham vida própria, te tornando escravo deles. Você não manda mais nos seus pensamentos, eles é que mandam em você. Eles aparecem quando querem, quantas vezes querem, sem que você tenha qualquer controle. Geram mal estar, sofrimento, exaustão e uma vontade muito grande de se anestesiar para ver se essa hiperatividade mental que escraviza para.

Uma das principais características do portador de TAG é se preocupar demais com tarefas simples que não deveriam gerar nenhum estresse. Mas, vamos lá, o que seria “se preocupar demais”? Se eu tenho que dar uma palestra amanhã, é normal um nervosinho hoje, uma pequena dificuldade para dormir. No caso do TAG, são tarefas comuns, do dia a dia, que se repetem esporadicamente e mesmo assim transtornam a pessoa. Exemplo: ter que ir ao banco no dia seguinte para pagar uma conta. Não gera perigo, não gera risco, não influencia o futuro da pessoa. Mesmo assim, causa mal estar.

E o transtorno é além de uma lembrança eventual durante o dia. São pensamentos ansiosos que se repetem muitas vezes por dia, causando mal estar quando surgem, deixando de lembrança fadiga, cansaço mental e tensão. Sugam a pessoa para um turbilhão de possíveis desdobramentos, de preocupações descabidas e questionamentos que não calam.

Nem só de preocupação vive o TAG. Também podem surgir expectativas excessivas, apreensão. Algo pequeno inflaciona na cabeça da pessoa e ganha uma importância desproporcional. O cruel é que, seja na preocupação, seja na expectativa, o portador de TAG sabe racionalmente que aquele fato não justifica aquela reação mental desmedida, e ainda assim não consegue ter controle sobre seus pensamentos e os sentimentos que eles lhe provocam, ou seja, sobre as sensações físicas de mal estar que eles lhe causam. A resposta mais comum é tentar se isolar do máximo de todos os estímulos possíveis para tentar silenciar esse descontrole mental.

Estes pensamentos ansiosos são praticamente diários e recorrentes, se fazem presentes por longos períodos. Entenda-se como “longos períodos” mais de mais de seis meses. Então, não é uma fase de pensamentos preocupados por causa de uma cirurgia ou uma viagem que caracteriza o TAG. É o mal estar elevado a ponto de prejudicar o rendimento diário por tarefas rotineiras. É uma preocupação, um barulho, um estresse que nem mesmo o portador de TAG entende o motivo, apenas está lá e ele não tem como controlar. Ele apenas sente, ainda que se parar para pensar, perceba que não faz nenhum sentido. Sente e não consegue evitar.

E aí vem outro ponto complicado: prejudicar o rendimento de uma pessoa é um conceito traiçoeiro. Dá a entender que quem tem TAG não consegue fazer nada da vida a não ser saborear sua ansiedade. Não é por aí. Pessoas se adaptam às piores condições. Uma pessoa que sofra de TAG vai sim conseguir produzir, porém muito menos e com menor qualidade do que renderia se estivesse em um estado mental calmo e assertivo. Surge mais um problema: se a pessoa viveu a vida toda ou longos períodos com TAG, será que ela tem a consciência de que poderia estar rendendo dez vezes mais? Será que ela sabe que existe um outro jeito de ser? Muitos não, se acostumam a viver nesse estado de sofrimento, de freio de mão puxado, acham que a vida é assim e ponto e nunca descobrem ser portadores de TAG.

Um erro comum é comparar a produtividade de uma pessoa com TAG com a produtividade de outra pessoa. Para avaliar com precisão o quanto isso prejudica o rendimento, deve ser comparado o rendimento do portador de TAG com seu rendimento se não existisse essa ansiedade. É um exercício mental simples que qualquer pessoa pode fazer: se você não fosse ansioso, o quanto mais renderia, seja pela produtividade, seja pelas escolhas de vida?

Outro sintoma comum é dificuldade para pegar no sono, o que nos coloca em mais uma cilada: quem nunca? Hoje em dia insônia é uma realidade em mais da metade da população em algum momento de suas vidas. O que se pode tentar citar como diferencial é que no TAG a pessoa não dorme por uma dificuldade incrível de “desligar” sem que exista um grande evento que justifique.

Sempre muitos pensamentos na cabeça, alguns trágicos e preocupantes, antevendo o que precisa ser feito, o que pode dar errado. Então, se você perdeu o emprego e está com dificuldades para dormir, ok, é esperado. Mas se não há nenhum evento novo ou significativo na sua vida e ainda assim você não desliga e fica ruminando pequenas coisas e antevendo problemas futuros, hora de acender uma luz de alerta.

Mais um sintoma: um perfeccionismo autodestrutivo. É muito comum que pessoas que sofrem de TAG tenham uma mentalidade obsessiva patrulhadora de seus atos. Estão sempre tentando antecipar erros que podem eventualmente cometer e, que ironia, justamente esse pavor de cometer erros os acaba levando a… cometer erros! O desespero por evitar erros é tão patológico que cega e faz com que tomem as atitudes mais bizarras e descabidas por simples medo de errar. O medo que tem de fazer papel de bobos lhes gera um mal estar enorme.

Justamente por essa revolta de pensamentos anárquicos que a pessoa não consegue controlar, há uma grande dificuldade em manter um foco de atenção. Como na média as pessoas precisam trabalhar para sobreviver, os portadores de TAG encontram seu jeito de tentar calar ou ao menos diminuir essa tsunami imprevisível de pensamentos, nem sempre com as estratégias mais saudáveis.

Por isso, quase sempre são vistos como “esquisitos” (se forem feios) ou “excêntricos” (se forem bonitos) pelos que os cercam, apenas um olhar mais atento percebe o sofrimento e a luta pela qual passam diariamente, identificando uma patologia e não uma excentricidade. Muitos se encarregam de esconder da família e amigos como se sentem, vivendo uma vida fraudulenta em silêncio e se convencendo de que as limitações impostas para tentar calar os pensamentos são, na verdade, fruto de escolhas suas por outros motivos.

Há uma forte tendência à compulsão. Esses pensamentos obsessivos que invadem a mente do portador de TAG contra sua vontade, acabam gerando uma série de comportamentos compulsivos. E da compulsão para o vício é um pulo. O que faz o vício não é o objeto para o qual se direciona e sim o uso que se faz dele. Existem pessoas que usam cocaína de forma recreativa sem nunca se tornarem dependentes dela e existem pessoas que se viciam em coisas socialmente permitidas como trabalho ou pornografia. A ansiedade patológica pode levar a um comportamento compulsivo e, ainda que portador tente se livrar dele, na maior parte das vezes acaba trocando um vício pelo outro: larga cigarro e fica viciado em chiclete, larga chiclete e fica viciado em chocolate e assim por diante. Nesse caso específico, o problema não é o vício da vez e sim a compulsão way of life.

Não é incomum que a tensão causada pelo excesso de pensamentos incontroláveis e o medo acabe refletindo na forma de tensão muscular. Manter a musculatura retesada constantemente é comum, como punho ou maxilar cerrados de forma constante, podendo inclusive causar dores em decorrência dessa tensão. Também podem sofrer de problemas digestivos em função do constante estresse em que vivem. O corpo fala com você, se você não escuta, bem, você é um otário arrogante.

Outro sintoma comum é uma irritabilidade quando algo não sai conforme o planejado (para atenuar os pensamentos sem controle) que, aos olhos de pessoas comuns, parece desmedida, levando a crer que o irritado é um mimado que quer tudo do seu jeito. Só o portador de TAG sabe o inferno que sua vida vira se aquilo não for do seu jeito, acredite, de mimados eles não tem nada. Essa irritação é desespero mesmo.

Após muito tempo funcionando desta forma “escravo dos próprios pensamentos”, a pessoa com TAG compreende que não tem controle da sua mente e, mais cedo ou mais tarde, vai passar maus bocados por causa dela. Isso gera outro efeito terrível: o medo do medo. A pessoa começa a sentir medo do que os pensamentos vão fazer com ela a seguir. Medo de não conseguir se portar de acordo com o que socialmente se espera, medo de dar vexame, medo de ser mal interpretado ou chamado de maluco, medo de ser desmascarado e perceberem que não é um indivíduo tão funcional como os outros, mas, acima de tudo, medo de onde uma mente imprevisível e incontrolável possa leva-lo. É exaustivo viver assim.

Quando a coisa sai realmente do controle, seja por muito medo do medo, seja por uma enxurrada violenta de pensamentos que incapacitam a pessoa para convívio como se espera, podem surgir ataques de pânico. A pessoa paralisa, não interage de forma adequada, se confunde na hora de se expressar, causando ainda mais transtornos para sua vida. Tudo isso acompanhado de uma sensação física repentina de medo que pode durar vários minutos, com sintomas que podem variar desde aperto no peito, taquicardia, suor, náuseas, mãos geladas, tontura, fraqueza e dor no estômago.

Por tudo isso, é comum que as pessoas com TAG se isolem e evitem ao máximo interações sociais, principalmente com estranhos, que os julgarão se eventualmente seu comportamento sair de controle, sair do socialmente esperado. Uma festa, por exemplo, que é uma vitrine de gente, onde todos se olham e se avaliam, pode assustar mais do que falar em público em uma palestra, pois ao palestrar ele pode se preparar, sabendo exatamente o que precisa dizer, sem interagir com ninguém, o que dá segurança. Na festa isso não é possível, é no improviso. E no improviso pessoas com TAG se saem muito mal, por mais que passem horas do seu dia tentando antecipar o que pode dar errado. Por isso, pessoas com TAG tem muita dificuldade em relacionamentos amorosos, em fazer novos amigos e em progredir no trabalho se sua profissão depender de socialização.

Um grande problema do TAG é que ele acaba flertando com outras patologias. Não raro a compulsão que ele gera se exacerba e vira TOC. Não raro o mal estar dos pensamentos chega a um ponto que chama uma depressão. Não raro a obsessão por não errar e falhar causa tanto medo que leva a um medo patológico de contato social. Não raro o ruído causado por inúmeros pensamentos incontroláveis leva a alguma modalidade de déficit de atenção.

E o pior é que em vez de procurar ajuda, muitos portadores tentem a adequar sua vida a seus medos, restringindo cada vez mais sua rotina, vivendo uma vida escondida, empobrecida, muitas vezes por acreditar que esse comportamento é uma peculiaridade deles, algo inevitável. Ninguém gosta de cogitar que esteja doente, que tenha fraquezas. Muito menos quem tem como característica se cobrar perfeição. Muitas vezes a forma de calar, ainda que temporariamente seus pensamentos são álcool, drogas, ou qualquer outro comportamento utilizado de forma nociva como vício, por não saber que é uma doença que tem tratamento.

Esse transtorno tem mais do que o dobro de incidência em mulheres, sendo mais raro em homens. O diagnóstico é basicamente clínico, ou seja, uma conversa franca do paciente com o médico. É recomendável que o médico passe um bom tempo conversando com o paciente, algo em torno de uma hora (pelo menos), pois o TAG pode ser facilmente confundido com Síndrome do Pânico, TOC ou fobia social. Desconfie de um médico que dá um diagnóstico express em quinze minutos.

Uma pessoa que sofre de TAG sempre terá problemas com ansiedade, se a expectativa é se livrar dela, já fique sabendo que não vai acontecer. O que muda é a forma como se lida com isso. Aos poucos o paciente vai retomando as rédeas da sua vida. Há relatos de ótimos resultados (obtidos através de exames de imagem) em pacientes que praticaram meditação budista, cuja finalidade é, dentre outras, acalmar a mente e aumentar o controle das emoções em relação aos pensamentos.

O caminho escolhido para tratamento é muito particular, cada qual encontrará o seu, desde que admita que tem uma doença e acredite que tem potencial para lidar de outra forma com a situação. Melhor encarar de frente o problema e trabalhar nele do que viver uma vida de restrições escravo de uma mente ansiosa.

Para dizer que clima de carnaval não combina com psiquiatria barata, para dizer que seu problema é justamente o oposto, não pensar ou ainda dizer que não leu mas acha que sofre de TAG: sally@desfavor.com

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Comments (45)

  • Excelentes informações.

    Esse negocio de diagnosticar em cinco minutos é um problema recorrente aqui no Brasil. Um descaso. Alem disso, existe mafia entre médicos e farmacêuticos. Só não posso postar a fonte agora. Li isto num jornal impresso local.

    Obrigado, Sally! Posso ajudar alguem com sua pesquisa. Ate mesmo posso precisar dela um dia.

  • Gostei muito desse texto, Sally. Já fui diagnosticada com transtorno de ansiedade e depressão. Fiz terapia, tomei antidepressivo e remédios pra dormir por seis meses. Depois parei o tratamento.Não chega a ser TAG, mas me identifiquei em muitos pontos ao longo do texto. E já passei pra um amigo que com certeza tem esse transtorno.

    • Deve dar uma sensação de conforto saber que todas aquelas dificuldades monstruosas que a pessoa acreditava ter por “ser um merda” ou “não ter força de vontade” tem uma explicação científica e independem totalmente da pessoa que se cobrava tanto…

  • “Então, por mais que medicamentos (…), eles sozinhos não resolvem nada, muito pelo contrário, até prejudicam, pois dão a falsa sensação de que está tudo bem, fazendo com que alguns pacientes até abandonem a terapia. ”

    A maior dificuldade é fazer entenderem que é necessário a terapia… Se eles só abandonassem tava ótimo!

    Mas discordo da sua parte final, Sally! Dá pra perceber uma pessoa com TAG às vezes em 5 minutos! Mas precisa de um médico que conheça o transtorno, que olhe o paciente e que faça as perguntas certas. (Preciso colocar o recado “não estou generalizando e sei que são exceções”?)
    O difícil é entender o background, e aí precisa de muuuuitas horas!

    • Perceber em cinco minutos ok, mas dar um diagnóstico definitivo que muda a vida da pessoa e prescreve medidação? Sei lá, eu não aceitaria em cinco minutos não… Até para entender se tem necessidade de medicação, a conversa deve ser longa.

      • Mas um diagnostico definitivo pode demorar muito mais do que só 1 hora… a questão é perceber o sofrimento!
        E “perceber em 5 minutos” não significa “consulta de 5 min”, mesmo porque só a discussão da medicação já leva uns bons 30 minutos…

        Acho que falamos a mesma coisa de formas diferentes!

          • A maior parte dos diagnósticos se dá por reconhecimento de padrão. Vc soma pessoas desestimuladas, trabalhando em locais que não gostam, recebendo pouco por muito trabalho, e que, excluindo psiquiatras e médicos que gostem de saúde mental, ODEIAM os “pacientes psiquiátricos”, e é fácil: tá triste? Fluoxetina. Ansioso? Diazepam. Seu filho não presta atenção na aula? Ritalina. Ouvindo vozes? Ihhhh, isso aí não é comigo não, vai lá pra fila do psiquiatra esperar uns 2 meses pra começar a controlar…

            10 minutos é a consulta de luxo (perto das de 5 habituais), e o médico ainda se sente O Patch Adams…

            Mas mudando a perspectiva, sabia que o tempo médio das consultas no Reino Unido é de 7 minutos? Com consulta, medicação, exames e o paciente saindo satisfeito?
            Quando o mesmo médico te atende 50 vezes, às vezes não é necessário muito tempo pra fazer um excelente atendimento e diagnosticar muita coisa!

  • [OFF]

    Sally, viu que o livro do Pilha já está indo para a terceira edição, e também para a Europa e México?
    Aposto que agora você não passará aquele sufoco todo para encontrar ele nas livrarias.

  • [OFF]

    Sally, tu PRECISA fazer um descult CBM com o clipe Ta tranquilo Ta favorável do MC Bin Laden. Tem material pra pelo menos umas 8 páginas! O texto tem tudo pra virar uma obra prima porque é pior do que todos os clipes das maravilhas juntos.

      • Pois é… começa com gastrite, logo vou ficando com dor de cabeça e meio surda… depois o estomago vai piorando, minha voz se altera… até que eu decida fugir, ir pra longe ou desligar o telefone na cara!!

    • Eu tenho crise de vontade de meter a mão nas fuças de gente burra e/ou ignorante! E lido com esse tipo de gente all the time. Magina a ansiedade em que não fico! :-(

  • Querida Sally:

    Desculpe-me pelo IMENSO off-topic, mas eu não poderia deixar de lhe mostrar isso (pode até figurar como um dos Desfavores da semana):

    http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2016/02/1736333-museu-do-amanha-apresenta-avarias-40-dias-depois-de-sua-inauguracao.shtml

    Por que é que eu não me surpreendo, hein? E esse tal de Santiago Cavalatra aí num é um fulaninho que é superestimado no mundo da Arquitetura mas que tem um histórico de projetos malajambrados / incompetentes / inacabados / calotes?

    Abração!

  • Outro dia minha mãe me ligou preocupada, avisando para eu não engolir um brinco que ela tinha esquecido em cima da mesa, próximo a um lugar que costumo sentar. rs

      • Não. Ela que ficou preocupada com a hipótese do brinco pular no meu prato e eu engoli-lo sem querer.( Pode isso ? )
        Meu irmão já foi diagnosticado com TAG e TDAH, minha irmã tem TOC (em tratamento) e minha mãe deve ter uma mistureba.

        Eu acho todos muito esquisitos, mas não são caladões. Pelo contrário, falam bastante e se irritam muito, muito fácil. Qualquer problema é um problemão e se não tiver problema criam algum problema . É um martírio vê-los se martirizarem.

  • Sally, quando você fez terapia, como escolheu a linha terapêutica?

    Isso importa, ou o que interessa é se o profissional é bom e tem empatia com o paciente, não importando a linha?

    • Eu acho a linha importante sim. Queria ir na raiz dos meus problemas, entender e resolver, por isso fugi de algumas linhas como a comportamental, que na minha opinião te adestra feito um cachorro. Dá uma pesquisada e escolhe a que mais atende aos seus desejos ou converse com profissionais, normalmente a entrevista inicial não é cobrada.

      • Também acho a linha importante, já que, dependendo do “problema” que tu quer resolver, determinada linha não é lá adequada. Eu fujo da clássica freudiana, pra mim funciona melhor a Junguiana e a transpessoal.

        • Só por curiosidade, por qual motivo?

          A freudiana ortodoxa é realmente de fazer cair o cu da bunda, mas hoje quase ninguém a aplica. O que predomina é uma base freudiana adaptada, modernizada e com remix de outras coisas, bebendo um pouquinho de outras fontes.

          No final das contas, uma coisa é mais fundamental: a energia entre paciente e terapeuta. Se não houver um sentimento de acolhimento pelo paciente, uma confiança, uma relação construída entre ambos, o paciente não aguenta o tranco das porradas que vai levar. É um tipo estranho de relacionamento.

          • Concordo contigo que deve haver sim uma energia entre paciente e terapeuta.
            Bom, foi por motivo de adaptação mesmo, foram as linhas que mais me identifiquei pra poder pensar em certos problemas: Jung e toda aquela coisa dos arquétipos e sombra da personalidade me ajudaram bem a entender muito e profundamente sobre coisas minhas que nem eu estava sabendo antes como lidar.

            • Sally não entendo muito de terapia, nem sabia que existiam linhas de terapia, vou pesquisar mais a fundo sobre isso.

              • Pesquisa sim, e se ficar na duvida, faz uma primeira consulta, um bate papo sem compromisso, com profissionais de linhas diferentes para que eles mesmos te expliquem a proposta.

  • Gostei muito do texto!!!!!

    Tomara que incentive muita gente a procurar ajuda.

    Eu nunca tinha ouvido falar de TAG até uma pessoa próxima ser diagnosticada. A mente humana é cheia de bugs estranhos….

      • Em algumas delas se encaixa, sim. Não todas. É uma pessoa sociável. Não se isola. Mas as descrições da compulsão, do descontrole mental e do medo do medo foram certeiras. Exatas.

        O psiquiatra não receitou medicamentos para minha amiga. Apenas terapia e exercícios físicos. Por enquanto.

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