Skip to main content

Colunas

Arquivos

Últimas notícias.

Últimas notícias.

| Somir | | 3 comentários em Últimas notícias.

Desde a última terça-feira, a internet mundial está refém de um vírus de origem desconhecida, apelidado de Disinfo. Os maiores afetados são os sites de conteúdo factual, sejam eles enciclopédias ou portais de notícias. O Disinfo parece afetar prioritariamente notícias escritas, substituindo de forma aleatória palavras e fontes de informação, modificando significados e links sem nenhum objetivo aparente.

Existem relatos que as notícias e fatos descritos na internet podem estar sob modificação constante há pelo menos dois anos, por discrepâncias encontradas em serviços de arquivamento de páginas da web. Comparações com arquivos impressos de diversos meios de comunicação sugerem diferenças consideráveis entre datas e acontecimentos relatados na versões físicas e digitais, inclusive na variação do tempo. A mesma notícia pode ser encontrada com dados discrepantes na versão impressa arquivada fisica e digitalmente, assim como variações consideráveis entre os arquivos digitais mantidos por terceiros.

Informações conseguidas com especialistas encarregados de analisar o funcionamento do “MindF”, codinome popularizado na internet, sugerem que o vírus funciona de uma forma ainda mais complexa das teorizadas inicialmente. O vírus parece atacar até mesmo a construção do discurso jornalístico, substituindo os principais elementos de credibilidade num texto por afirmações vagas, tornando a imensa maioria das notícias disponíveis online indiferenciáveis de boatos em sua estrutura argumentativa.

O uso de frases confusas e excessivamente longas também foi percebido como um dos principais elementos de reorganização contextual segundo aqueles que foram expostos ao material. O objetivo do vírus aparentemente é tornar extremamente complexa a comunicação humana factual em geral, tornando os russos os principais suspeitos do desenvolvimento e distribuição do código pela internet.

Há relatos também de conclusões sem fundamento sendo adicionadas ao conteúdo disponível na internet. Muitas delas contraditórias, dentro de um mesmo texto. Os chineses negam a responsabilidade pelo ataque cibernético global, mas especialistas ouvidos pelo jornal encontraram diversos paralelos entre o vírus atual e o “Confuce”, vírus com funcionamento parecido lançado na grande rede há quatro anos atrás. A versão anterior conseguiu causar alguns problemas, mas foi rapidamente desativada num esforço conjunto dos maiores players do mercado de informação digital.

A teoria com mais suporte entre especialistas em segurança online é que o “Disinfo” tenha por objetivo esconder informações consideradas estratégicas pelo governo americano após um imenso vazamento de e-mails e documentos de suas agências de inteligência no mês passado. A tática parece ser gerar desconfiança global sobre a veracidade de quaisquer informações armazenadas na internet, de forma a ter o benefício da dúvida em qualquer análise sobre as milhões de páginas de informações confidenciais lançadas na rede.

O vírus já está causando grandes problemas diplomáticos entre nações como Índia e Paquistão, que já estão sob estado de alerta nuclear após declarações de guerra ainda não confirmadas. Existem relatos de várias explosões na fronteira entre as Coreias, inclusive com fotos e vídeos amplamente divulgados na internet. Equipes de reportagem diferentes relatam início de movimentos de guerra de ambos os lados, enquanto outras mostram que a fronteira está em paz. O que aumentou a preocupação sobre as capacidades de manipulação do vírus “MindF”. Se fotos e vídeos podem ser alterados em tempo real, a transmissão digital como um todo pode estar comprometida.

Governos de vários países já estão reativando suas bandas analógicas para distribuição de informação através da TV e Rádio, tentando acalmar a população. Infelizmente, mantém-se a dúvida sobre a forma como as notícias divulgadas nesses meios foram pesquisadas. Se a informação veio da internet, já pode estar comprometida. Se veio de canais de TV ou sistemas de distribuição digital, igualmente. Recebemos relatos de leitores que até mesmo vídeos feitos por seus celulares estão apresentando palavras e opiniões diferentes das que se lembravam ao gravar, isso sempre depois de passar o vídeo pela internet.

Aumenta consideravelmente nas redes sociais o medo de que o vírus chinês “Confuce” tenha funcionado perfeitamente quando lançado, mascarando seus efeitos com as notícias sobre sua desativação por uma força-tarefa internacional. Outros internautas sugerem que o vírus russo criou a notícia sobre o vírus chinês, pois não se lembram de qualquer menção ao “Confuce” na época em que é atribuído seu lançamento. O grupo de pessoas culpando o vírus americano ainda é o maior, mas fica cada vez mais difícil apontar se os vazamentos das agências de inteligência americanas realmente aconteceram.

O que sabemos é que não se pode confiar em nenhuma matéria online, e não se sabe por quanto tempo as informações foram manipuladas. E isso obviamente é do interesse de quem lançou o vírus, pois a frase acima é uma das únicas que consistemente está sendo mantida na memória de quem escreve e nas suas exibições online.

Para dizer que foi só um texto normal meu, para dizer que aposta que foram os americanos, os russos e os chineses, ou mesmo para dizer que foi uma excelente notícia: somir@desfavor.com


Comments (3)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Relatório de erros de ortografia

O texto a seguir será enviado para nossos editores: