O novo super poder.

Alguém aí ainda lembra dos BRICS? As cinco letras definem o grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que estava destinado a tomar o mundo com suas economias em franco desenvolvimento. Há pouco mais de uma década atrás, uma nova ordem mundial se desenhava. Hoje em dia, o tema não é mais tão popular. A verdade é que os últimos anos estão nos indicando que na verdade, só três letras vão aproveitar esse status de super potência mundial, consegue adivinhar quais?

E, U e A. Nem toda a empolgação com a ascensão dos países emergentes foi suficiente para desmontar a dominância dos Estados Unidos. Popularizou-se a ideia de que pelo menos a China teria condições de vir e tomar o protagonismo mundial dos americanos, mas se começarmos a analisar o que acontece no cenário geopolítico atual, podemos fazer a previsão que as próximas décadas só vai reforçar o domínio dos EUA sobre o mundo. A lógica de tudo isso é relativamente simples: eles tem cada vez menos interesse no que acontece para fora de suas fronteiras, e se preparam muito melhor que todo mundo para o futuro.

Vamos voltar um pouco no tempo para estabelecer a ideia: no final da Segunda Guerra Mundial, os EUA eram o único país já rico que não estava completamente estourado pelos esforços de guerra dentro de suas fronteiras. Protegidos pelos oceanos durante o conflito, foram explodir terras alheias e voltaram para uma casa arrumada. Como já é de conhecimento de muitos, os EUA estavam indo bem antes da guerra, mas tornaram-se o gigante que conhecemos depois dela.

O plano foi investir pesadamente no comércio global. Comércio muito baseado em mover produtos pelos oceanos. Mesmo com a tecnologia atual, a imensa maioria da economia mundial é transportada em imensos navios cargueiros. Todo o resto é muito mais caro. E para que essa economia funcione, as rotas de comércio precisam estar protegidas; no meio do oceano a maioria das leis de quase ou nada servem. Em tempos antigos, cada país protegia os seus da melhor forma e torciam para seus navios conseguirem chegar em seus destinos. A pirataria corria solta, especialmente contra aqueles que não tinham força o suficiente para proteger suas importações e exportações nos longos caminhos necessários. Até por isso gerava-se um efeito em cadeia nas nações mais eficientes no comércio marítimo no passado, e os ingleses são um excelente exemplo disso: com uma marinha muito poderosa, conseguiam proteger melhor seus negócios e manter a economia fluindo.

O que reforçava muito o poder econômico dos países que conseguiam ter poderio militar nos oceanos e fazia todos os outros brigarem pelas migalhas que sobrassem. Pois bem, depois da Segunda Guerra, os EUA aproveitaram a imensa estrutura militar marítima que tinham e sugeriram o seguinte: nós patrulhamos os oceanos, vocês patrulham os soviéticos. Naquele tempo, conter o avanço da União Soviética era prioridade absoluta para os americanos, e valia a pena até deixar o resto do mundo brincar de comércio seguro em troca de aliados. Muitos acham que o poder militar americano é baseado em soldados e tanques, mas a área na que eles são absurdamente superiores a todos os outros exércitos do mundo é justamente a marinha. Sabe qual a maior força aérea do mundo? A americana. A segunda? A marinha americana. Sim, os navios de guerra americanos tem mais aviões a disposição do que todos os outros países do mundo em suas forças aéreas.

Durante as últimas sete décadas, ninguém chegou nem perto de ameaçar o poder americano nos mares e oceanos. E os EUA continuou investindo pesado nessa área justamente para manter esse controle, com ou sem guerras. Isso gerou a vantagem que eles precisavam para vencer a Guerra Fria, mas obviamente teve resultados no comércio mundial: todo mundo depende da marinha americana para proteger os navios cargueiros passeando pelos oceanos, de continente em continente. Por tabela, globalizamos. Todos podem participar, desde que sejam amigos dos Estados Unidos. Um dos últimos que perceberam o valor dessa amizade foram os chineses.

Zeros à esquerda economicamente até poucas décadas atrás, acenaram para os donos dos mares que estavam ficando mais dóceis. Foram aceitos no comércio mundial. Vimos então a China virar o monstro que virou, e principalmente pela via dos mares, ninguém importa e exporta mais que eles. Foi nesse oba-oba que todo mundo começou a dizer que os chineses iriam dominar o mundo. O problema é que por mais dinheiro e influência que eles consigam projetar nos EUA, os mares ainda não podem ser deles. E não porque os americanos vão explodi-los se começarem a se aventurar mais por águas internacionais, e sim porque falta a estrutura para policiar os oceanos. É basicamente 70% do planeta. Precisa de muita experiência, mão de obra especializada e gastar alguns trilhões para chegar lá.

Não é à toa que até mesmo um Donald Trump consegue deitar e rolar em cima dos chineses. A estrutura de poder montada no século passado meio que define a viabilidade do comércio mundial hoje em dia. Não foi um tweet moleque do presidente americano que acalmou a Coréia do Norte, foi uma conversa dura com o presidente chinês nos bastidores. E como o homem laranja não tem limites, já tinha provado para os chineses que ia até o inferno pelo seu ego e ia botar a teste o quanto o resto do mundo conseguia peitar os Estados Unidos. Alguém se lembra daquela história de guerra comercial entre americanos e chineses de alguns meses atrás? Sumiu porque na hora do vamos ver, os chineses amarelaram (ha).

Quando disseram que dariam muito poder para um maluco, eu sempre imaginei que eram as bombas atômicas. Mas não, são os navios militares defendendo os oceanos. Tenho certeza que Trump vai ganhar toda discussão que tiver com outros países na base do grito mesmo (CAPS LOCK!) porque o poder quase todo está em suas mãos. Quase todo por um motivo ainda: os Estados Unidos não podem dar uma de criança mimada e parar de defender os oceanos por enquanto porque ainda dependem muito de estabilidade nas águas internacionais. Petróleo, alimentos e tudo mais que o resto do mundo pode oferecer. Como não tem ninguém realmente a altura para disputar o poderio militar, sobra basicamente a necessidade deles de comércio.

E é aí que a coisa fica complicada para o resto do mundo: os EUA estão tremendamente próximos de basicamente não precisar mais do resto do mundo. Pelo menos pelas próximas décadas. A produção interna de petróleo deles aumentou tanto com novas tecnologias que logo logo vão começar a exportar mais energia que consomem. Eles ainda tem uma das terras mais ricas e aproveitáveis do mundo, em vastas quantidades. Uma indústria cultural que se basta, inovação tecnológica e mão de obra suficiente graças aos latinos (os chineses estão ficando cada vez mais caros). Não é juízo de valor se isso vai ser saudável para o país, mas uma constatação. Na próxima década, os EUA vão ter essa escolha, e como a eleição do próprio Trump demonstrou, o povo de lá parece estar inclinado a dar de ombros para o resto dos países.

E dela, um cenário possível é o país decidir não ser mais a polícia do mundo. Não porque colocaram a mão no coração, mas porque não vale mais o esforço. Se os EUA não precisarem mais proteger a Arábia Saudita pelo petróleo, o Oriente Médio explode em questão de meses. A Europa não tem saúde financeira e militar para resistir uma crise de energia (a União Europeia não tem petróleo sobrando). Os países asiáticos vão passar muito aperto para continuar exportando tanto quanto faziam (spoiler: base da economia de quase todos eles). Com o comércio internacional menos seguro, a estabilidade dos tempos atuais tende a virar uma série de guerras pelo vácuo de poder.

E se você acha que a Rússia pode aproveitar a chance… eles nunca foram uma potência naval. Apesar do litoral imenso, precisaram roubar um pedaço da Ucrânia na cara dura para ter um porto viável (o resto fica congelado boa parte do ano, e sim, esse é o motivo da anexação da Crimeia). Os russos podem se dar bem de forma limitada, aumentando o poder sobre a Europa na exportação de energia, mas os mares nunca foram deles, e provavelmente nunca serão. A China também vai sofrer se os EUA cansarem de proteger os mares: dependem imensamente de um comércio que passa pode onde não conseguem projetar poder militar ainda, e fizeram uma série de besteiras econômicas na sanha de crescer sem parar que já estão cobrando a conta. Um colapso econômico chinês mata a capacidade de continuar investindo na marinha e assumir o espaço deixado.

A Índia não tem sequer economia ou projeção de poder naval para aproveitar a chance, talvez consigam controlar melhor sua região próxima. A África do Sul consegue estar pior que o Brasil, não, sério… eles estão vivendo o Lula deles, e o Lula deles faz o nosso parecer um cordeirinho. Falando em Brasil, preciso explicar porque nós não vamos ocupar nenhum espaço extra nesse mundo novo? Pior, como o Brasil depende horrores de exportação, principalmente na única área em que desafiamos os EUA – o agronegócio, mares inseguros tem toda a cara de uma crise imensa por estes lados.

E eu nem vou mencionar profundamente a questão da população: dos países ricos do mundo, um dos raros que ainda tem jovens o suficiente na sua pirâmide populacional para pagar as contas dos aposentados são justamente os EUA. De novo, foram protegidos pelos oceanos: porque os imigrantes que pegaram são os latinos, que mesmo no seu pior, são bem melhores do que a Europa está acumulando…

Tudo que os americanos tem que fazer são contas: uma hora deixa de ser lucrativo se meter em guerras alheias. Eu ainda acho o Trump um maluco, mas o maluco leu essa situação de forma exemplar. Ele percebeu que a história de BRICS ou de China dominando o mundo era balela, e está pagando pra ver. Trump é um pagador de blefes em série a essa altura do campeonato, e não precisa nem chegar perto do botão das bombas atômicas para fazer TODOS os outros países do mundo calarem a boca. Apesar de todas as palhaçadas, líderes mundiais (espertos) continuam levando oferendas para ele, tentando segurar por mais alguns momentos essa fase de estabilidade marítima criada pelos americanos nos anos 40 do século passado. Porque sem isso, temos umas boas três ou quatro décadas de caos anunciado no nosso caminho.

Pessoas espertas perguntarão: mas se eles sempre tiveram esse poder, por que ficaram tão sossegados nas últimas décadas? Bom, eu não disse que acho o Trump maluco mesmo vendo lógica no que faz à toa. Os presidentes americanos que vieram antes tinham a mesma noção das coisas, mas se faziam de sonsos para não escalar os ânimos no mundo. Peitar todo mundo ainda tende para o lado dos EUA, mas costuma ser mais inteligente e seguro exercer seu poder sem precisar ficar berrando o tempo todo. Gente segura não fica fazendo alarde do “tamanho do seu botão” por um bom motivo: a vida é mais segura se você não ficar fazendo inimigos. Trump teria o mesmo poder que tem agora sem fazer esse circo todo. É engraçado ver ele tendo ataque de pelanca no Twitter? Não nego que é. É o caminho mais inteligente? Não, nem um pouco. O poder dos americanos foi construído espertamente controlando recursos e gerando dependência do resto do mundo, e isso demorou quase um século para ficar pronto. Eles fizeram uma poupança para o futuro. Trump pode quebrar o ciclo agora, gastando esses recursos. Novamente, não é esperto, mas estavam prevenidos ATÉ para ele. Bem jogado, EUA. Bem jogado…

E se você está cagando para política internacional ou história (tarde demais?), fica aqui uma conclusão que pode te ajudar a se planejar para o futuro: o mundo não mudou. Só nos contaram uma historinha para chinês dormir.

Para dizer que quem é ruim se constrói sozinho, para me chamar de colonizado (raios!), ou mesmo para dizer que faltou brasileiro por lá: somir@desfavor.com

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Comments (28)

  • Mas e essa história de bolha das bolhas por causa da impressão de moedas, que o dólar está derretendo, que está chegando uma crise pior do q a de 2008 , reset financeiro … os eua continuaram de boa ?

  • E se considerarmos os ativos intangíveis, não apenas por eles mesmos, mas pela sinergia que geram com investimentos tangíveis (automação industrial, impressoras 3D, inteligência artificial, etc.), os americanos podem ficar mais do que sossegados.

  • Curioso você ter abordado esse tema, ele se parece muito com o que estou estudando para a prova…
    Muitos estudiosos explicam o fato do Brasil ser reconhecido por seu soft power (seu poder de barganha no cenário internacional ser através da conversinha), enquanto que os EUA, tem usa do hard power (beligerância). Existem muitas explicações para que o Brasil tenha deixado de lado o hard power é justamente um cenário internacional pouco conflituoso, estávamos longe do epicentro das primeira e segunda guerras mundiais e nutrimos (a partir da República) um sentimento de cordialidade fronteiriço com os nossos vizinhos. As forças armadas brasileiras, eram mais direcionadas para o uso interno, vide ditadura e as ocupações militares. Há outros motivos para o insulamento militar brasileiro, mas deixa quieto. O que eu quero dizer é que caso os EUA deixem livre os mares, creio que ainda que de forma precária outras potências exercerão o poder deixado no vácuo, e estimule o Brasil sair de isolamento tão criticado pelos estudiosos. Se isso será bom para o país já são outros 500 (eu acho que vai ser ruim economicamente, mas quem sou eu para achar alguma coisa?).
    Continue escrevendo, Somir, foi uma ótima leitura!

  • Sinceramente, para mim, BRICS sempre foi o sinônimo de vários países bunda, com gente mal educada, semi-alfabetizada, com egos gigantes, que resolveram fazer um clubinho e mostrar a língua pros países de verdade. Mas eu posso ser apenas meio amarga….

  • ( ͡° ͜ʖ ͡°)

    Eu não acharia ruim uma mudança de hegemonia não, a sociedade ocidental anda me cansando um pouco… Sempre os mesmos discursos decadentes e superficiais, sem nada pra acrescentar.

  • DSVS (GF ou Mercosul, termine a UNILA !!!!!)

    * Ainda espero que diminuam-se o$ e$trago$ “neste resto de mundo”; até porque tem que “sobrar algo” do Canadá e México para a Copa (sedes trinacionais) 2026, a Alemanha (em si) ainda “meio que $abe $er terceira via” com a Rússia, saíram os acordões UE-Canadá + UE-Japão, talvez cheguemos a um UE-Mercosul, Uruguai ainda tem um (dos) apelido(s) de “Suíça das Américas”…

    *****

    Qualquer tentativa de prever o século XXI que não comece com o reconhecimento da natureza extraordinária do poder norte-americano está fora da realidade.”

    +

    Quando vieram, os baby boomers marcaram uma mudança nas relações entre pais e filhos. Quando saírem, também vai ser assim.”

    ( George Friedman, fundador dos inteligentes STRATFOR // “Os próximos 100 anos” : tradução de Gabriel Zide Neto, 2009)

    • Eu acredito que o mundo seja bem resistente como entidade geral. Pode vir um caos com os EUA dando de ombros para a ordem que criou, mas mesmo que tenhamos muitas guerras e problemas por décadas, alguém vai sair vitorioso da briga. Alguém sempre sai.

      E aí, talvez os EUA fiquem animados para voltar para o playground. Nada como um desafio, não?

  • Somir, isso é a mais pura verdade. O que me preocupa, contudo, é o que estão fazendo com as novas gerações, americanas ou não, seduzindo-as para um mundo global, sem fronteiras e no qual os EUA teriam que se culpar por ser tão poderosos. Era o chauvinismo de Obama, e poderia ser o de Hillary.

    Quem não garante que vão tentar fazer essa pataquada de novo, hein?

    • Sim, é um cenário possível. Mas a gente ainda não viu a geração lacração chegar na maturidade e assumir posições mais conservadoras por… terem mais a perder. Eu desconfio que assim que forem os investimentos deles na reta, a doutrinação dos professores universitários fique um pouco mais distante na memória… mas, como eu disse, não duvido mesmo.

      Só que mesmo assim… no final das contas, eles só caem se quiserem.

  • Gostei bastante da leitura, mas discordo pontualmente sobre a China. Acho que eles ainda não estão assim tão fora do jogo. Penso que eles anteviram esse mesmo movimento, inclusive a tendência dos EUA de se insularem em si mesmos. Perceberam que não tinham chance em montar uma estrutura marítima em escala global e por isso mesmo apostaram em duas frentes: (i) o controle absoluto do mar do sul da China; e (ii) o comércio por terra via Nova Rota da Seda. Ambas, principalmente a segunda, apostando as fichas no comércio envolvendo o Oriente Médio e a Europa, passando justamente pelo porto anexado da Criméia.

    • As ilhas de areia são um começo no jogo marítimo, não nego. Mas mesmo assim, projetar poder nessa escala é insanamente difícil. A China não vai ter superávit de energia tão cedo (se é que vai ter), e vai precisar viajar até o Oriente Médio pelo petróleo. Talvez consigam mesmo estabilizar sua área contra guerras, mas se tomarem uma invertida dos EUA no comércio marítimo global, a crise vem com força.

      E sim, bem lembrado o projeto imenso que estão fazendo para conectar Ásia e África com a Europa. Mas pelo o que eu entendi, era mais para desenvolver as áreas (e ter onde continuar investindo) do que propriamente para mover insumos e produtos pela região. Estamos falando de viagens de milhares de quilômetros por terra… não me parece eficiente. Eu imaginei o projeto para manter a indústria de construção civil rodando mais do que qualquer outra coisa. Você vê de forma diferente? Como uma espécie de plano B?

  • Opa, coluna nova?
    O que posso dizer desse texto: Galvão, eu já sabia!
    Na área acadêmica muitos estudantes e até professores superestimam o poder da China e admito já ter acreditado nisso por um tempo devido a uma overdose de teses e palestras.
    A humanidade é cíclica. Eventualmente a hegemonia dos Estados Unidos vai ser quebrada e dar lugar a outra, mas não será tão cedo e pode causar um aftermath que não quero estar vivo pra ver.
    Podemos até contar o soft power aqui, a maior parte do mundo estuda Inglês desde a escola, somos bombardeados por celebridades, vocabulário, cultura e referências americanas no entretenimento e na internet.
    E a China? O que um cidadão médio sabe além de Jackie Chan, pandas e “pastel de flango”? Se mencionar a Índia as pessoas só vão se lembrar daquela novela lá. Claro que saber um idioma asiático e tentar a vida por lá pode ser vantajoso (tenho amigos trabalhando no sudeste asiático e não pretendem voltar), mas pra quem esperava uma revolução e que deixaríamos de ser quintal dos EUA, foi mal.

    E estudantes de esperanto devem ter ficado triggered com isso.

    • Eu estava cansado de colocar todos esses textos de política internacional no Flertando com o Desastre (não é) ou no Somir Surtado (que eu nem sei mais para que serve). Coluna adicionada. Veremos se vinga.

      E sobre a China, não quero dizer que o país é um fracasso em geral, e sim que as expectativas eram tão irreais por falta de percepção das bases do poder mundial (e eu acreditei muito nisso até estudar mais sobre o tema) que vai parecer um fracasso. É o hype matando mais um.

      • “E sobre a China, não quero dizer que o país é um fracasso em geral”
        Nem eu, mas há muita gente que só pela birra com os Estados Unidos engrandece demais um suposto rival que, se quisesse ser hegemônico, ainda tem muito caminho pela frente.

  • Nada de novo no front, pelo menos por enquanto. Parecia que as coisas iam mudar e acabou que não mudou nada de verdade. Apesar de tudo, os EUA vão continuar dominando o mundo por mais algumas décadas sem que ninguém consiga superá-los. Tudo graças a uma mega-estrutura que montaram para si próprios desde o século passado capaz de resistir até mesmo às grandes cagadas históricas de seus presidentes e aos maremotos econômicos internacionais. E, pra variar, o Brasil ainda vai continuar sendo um sub-nitrato de pó de nada no contexto global…

    • O Brasil simplesmente não tem poder real para fazer esse tipo de diferença no mundo. A única forma que eu vejo do país pegar um atalho para a relevância é a própria ideia de poder mudar rapidamente.

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