Gênero maldito.

Durante esses 12 anos, eu sempre percebi uma diferença entre as reações que eu e a Sally causávamos no público, especialmente as reações negativas. Mas era um pensamento em segundo plano, normalmente explicável pela forma mais acessível que ela escreve e escolhe seus temas. Mas, isso não contava a história toda… e eu devo admitir que demorei tempo até demais para perceber que ela ser mulher tinha muito mais a ver com isso do que eu presumi inicialmente.

Como o texto de ontem revela, existe sim o fator de ser mais agressivo(a) contra mulheres porque mulheres normalmente são mais passivas por terem menos armas para lutar de volta. Não digo só fisicamente (embora muita gente só respeite homem por medo de levar porrada), mas também no aspecto da troca de ofensas: mulheres recebem menos incentivos desde pequenas para bater de volta. A pessoa que abusa de mulher o faz com alta confiança da impunidade. Mas isso não é novidade: desde que o mundo é mundo o ser humano tem essa tendência de atacar quem acha mais fraco. Curioso como agressividade e covardia andam de mãos dadas, não?

Seja como for, eu não começaria um texto só para lidar com essa premissa. Eu quero ir mais além, num terceiro nível de explicação dessa diferença entre o número de “inimigos” e perseguidores que Sally e eu tivemos nesses últimos dois anos. O primeiro é uma questão de personalidade na escrita: eu normalmente sou criticado por ser confuso ou chato, o que não gera reações muito passionais mesmo. Sally é muito mais profissional de botar dedo na ferida. O segundo está no parágrafo anterior, existe uma tendência de gente com problemas mentais de descontar sua frustração em quem julga mais fraco, e o simples fato de ser mulher já a coloca muito mais no alvo do que eu.

Mas, existe um terceiro motivo. Um que não pode ser dissociado do fato de eu ser homem: eu sempre recebo respeito de homem quando falo ou escrevo. Homens e mulheres podem ter personalidades inflamatórias, homens e mulheres podem ser percebidos como fracos em dado momento, mas existe algo na postura masculina que influencia pesadamente na forma como as pessoas reagem ao que você diz. Eu finalmente entendi o mansplaining.

É aqui que eu me revelo um aliado infiltrado do feminismo e digo que tudo é opressão e critico o patriarcado? Não, calma. Vamos estabelecer umas coisas primeiro: o fato de eu ser um crítico da forma histérica, egoística e contraproducente que a “indústria da lacração” lida com questões sociais não significa que eu ignore a existência delas. O mundo tem problemas com machismo, racismo, homofobia, intolerância, etc. Evidente que tem. Não é só porque uma balofa de cabelo azul escreve bobagens na rede social que eu magicamente me torno o oposto de tudo o que ela defende só de birra.

Então, vamos ao mansplaining: em termos simples, é o hábito de muitos homens explicarem coisas óbvias para mulheres, muitas vezes de forma condescendente, como se elas precisassem de desenho para entender. Eu passei anos vendo isso aqui nos comentários do Desfavor que discordavam da Sally e mesmo assim, foi só muito recentemente que começou a me chamar atenção. E quando eu vi, não consegui mais “desver”.

Se você é homem, deve estar pensando que não lembra das pessoas agindo assim com a Sally. Se você é mulher, está rindo da minha cara e dizendo “dãããã”. Bom, vamos lidar com ambos os públicos. Primeiro as damas: é complicado perceber. Mulher já está tão acostumada que nem muda a expressão ou acusa o golpe quando acontece, e homem não é conhecido por notar nuances no comportamento feminino. Quando eu fui falar com a Sally para perguntar se essa minha percepção recente tinha fundamento, eu escutei a risada dela vinda de outro país… pelo visto eu estava um tanto quanto atrasado.

E só para não arriscar angariar simpatias: não me desculpo por nada. Eu faço pouco da inteligência alheia de ambos os sexos consistentemente desde criança. Meu mansplaining atinge homens que é uma beleza. Mas, pra falar a verdade, provavelmente um pouco mais as mulheres, o que eu pretendo corrigir a partir de agora. Se a sua vocação na vida é ser um arrogante que presume Q.I. negativo nos outros até ser provado o contrário, pelo menos que seja um escroto igualitário. Ah, já me sinto uma pessoa melhor…

Homens, perdão pelo desvio. Vamos voltar à conversa: parece que eu estou achando cabelo em ovo que nem feminista, né? A Sally aguenta mais chatos reclamando porque ela provoca mais e esse povo tem menos medo de mulher. Esse papo de mansplaining é que nem “microagressão” e esses outros termos de gente que não cresce e quer viver numa bolha de aceitação e concordância… certo? Eu devo ter comido alguma coisa estragada e estou com diarreia lacradora…

Não. Primeira coisa que vou dizer: não estou dizendo que a Sally é uma coitada indefesa sendo abusada pelo patriarcado. Ela aparentemente cagou e andou para essa gente mala esses anos todos e até tirou sarro da minha cara por ter tratado o tema como uma grande descoberta. Mulheres adultas já estão bem vacinadas contra isso em média. Não precisamos tratar isso como um dramalhão. É só uma oportunidade de enxergar algo que estava debaixo do nosso nariz o tempo todo, e que possivelmente pode te levar a ter mais sucesso (amoroso, profissional, amizade, família, etc.) na convivência com mulheres.

Esquece a gorda do cabelo azul. Presta atenção no Somir aqui. Você nem precisa achar mulher burra (em geral ou em casos específicos) para cair nessa armadilha. É isso que os lacradores que popularizaram o termo não conseguem explicar e trava toda a ideia válida por trás de mansplaining. Provavelmente nem eles entendem. Se você não está de sacanagem, não trata uma mulher aleatória como uma burra só porque ela é mulher. E, oras, é muito normal explicar as coisas para os outros para manter uma conversa. Só faltava ter que tratar toda mulher como se fosse uma gênia e telepata só por causa de uma hashtag de lacrador!

Mas como eu disse antes, não deixe o lacre te cegar para a realidade. Fazemos algo muito mais sutil do que os ridículos exemplos de maltratar mulher por esporte que sempre usam para falar dessas coisas: esperamos menos de mulheres. E quando coloco no plural, não estou falando só de homens, muita mulher faz isso sem perceber também.

Vamos aproveitar a memória recente das eleições americanas para usar um bom exemplo: muitos homens e mulheres tratam a mente feminina como um “swing state”. Aqueles estados que votam num partido ou no outro de acordo com cada eleição. E ao mesmo tempo, tratam a mente masculina como um estado republicano ou democrata. É como se a mulher sempre estivesse no limiar de mudar de opinião, basta fazer a campanha certa.

Parece uma bobagem, mas se você for ver o tipo de crítica que eu e a Sally recebemos aqui no Desfavor, vai começar a perceber também: quando discordam de mim, ou vem um argumento direto no tema ou uma ofensa ou deboche rápidos para acabar logo com a discussão. Quando vem para a Sally, é normalmente algo como “você não está vendo as coisas direito”, “você ainda vai pensar diferente”, ou ofensas e desabafos mais emocionais com o objetivo de fazê-la balançar (o que é uma proposição hilária para quem a conhece, boa sorte aí!).

A Sally, na cabeça dessa gente, é moldável. Eu sou inflexível. Digo mais, a minha opinião pode ser a coisa mais abjeta para a pessoa, mas ela nunca deixa de me permitir tê-la. Já com a Sally, a coisa fica estranhamente dissociada, há um grande período de negociação inicial. Primeiro vão pelo caminho que ela não pode ter essa opinião, como se fosse só tirar essa visão das coisas dela que o resto está bem, quando percebem que ela não vai se conformar a essa ideia de que mulher muda de opinião com qualquer pressãozinha, a reação fica mais escrota imediatamente.

Mulher acaba idealizada como um ser que se adapta aos desejos de quem fala com ela. E muita gente se dói bastante quando isso não acontece. “Mas isso que é mansplaining então?”, você pode se perguntar. Não, mansplaining foi só um termo relativamente popular que eu usei para entrar nesse tema muito mais complexo. Querer explicar coisas que se presume óbvias para mulher é tipo a droga de entrada para esse mundo de achar que a mente feminina é uma geleia eternamente moldável. Não é nem mais nem menos que a masculina em condições parecidas de autoconfiança e inteligência.

O problema comigo é a minha opinião, o problema com a Sally é ela ter a opinião. Se você é homem, vai ler os comentários de gente brigando com a Sally em qualquer texto mais polêmico dela, vai ficar claro feito o dia. E se prepara, porque você vai começar a se assustar com a frequência disso no dia a dia. Vai se pegar fazendo isso. E agora eu vou dizer que é nossa responsabilidade respeitar mais a mulher na sociedade e…

Não. Você respeita os direitos humanos básicos de todo mundo como é o pacto social e mais do que isso só para quem faz por merecer. O que eu estou dizendo é que faz bem perceber isso, são opções a mais que você tem na sua vida. Não só pode tratar melhor mulheres no campo intelectual (a cada dia que passa mais mulheres estão em cargos de poder, por esforço pessoal ou lacração, fica a dica) como pode parar de se enganar sobre mulheres que conhece e erroneamente acha que pode moldar ao seu gosto. Elas tendem a não gostar de conflito e raramente podem vencer uma briga física, mas isso não quer dizer mente fraca.

E eu sei que alguns de vocês estão pensando que mulher usa isso ao seu favor para manipular os outros num falso senso de segurança e/ou esperança, e é verdade. Claro que usam. Se vai aguentar qualquer otário com Q.I. de termômetro explicando coisas óbvias e achando que vai convencê-la de qualquer coisa, que tire algum proveito disso também. Foi o que eu disse sobre informação: use como achar melhor. Mas entenda que aquela opinião que você detesta é dela mesmo e é complicado mudar assim como é complicado mudar em homem.

Mas já são muitas tangentes para um texto só. O ponto aqui é que existe sim uma diferença entre os “amigos” feitos por mim e pela Sally que vai além dos motivos óbvios e tem raízes profundas em preconceitos sobre os sexos. Opinião de homem é final e ele paga o preço por ela à vista com desconto. Opinião de mulher é cobrada com juros e correção, porque a tendência é acharem que dá para investir na mudança da opinião dela, e quando descobrem que o investimento foi furado, vem a putez.

Foram 12 anos vendo isso, e eu só percebi há pouco tempo. Eu nem ia escrever sobre isso por achar que foi lerdeza minha e só minha, mas a Sally me disse que se eu só saquei isso agora com exemplos diários ao vivo por mais de uma década, com certeza mais homens se beneficiariam do conhecimento.

Bônus egoísta: o triste para mim é que eu sempre achei que minhas respostas eram matadoras e desanimavam meus críticos, ou, que talvez eu fosse um ser tão fora da curva que o ser humano médio simplesmente não me entendia… mas pelo visto acabo de ser mais uma vítima do patriarcado. Mas não chorem por mim, com certeza é melhor do que ser mulher. Oinc.

Para me chamar de lacrador, para dizer que eu vou ter mainsplainar melhor, ou mesmo para dizer que acaba de ver e não vai mais conseguir deixar de ver (bem vindo ao clube): somir@desfavor.com

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Comments (26)

  • Opa!O Somir demorô, mas chegou!!
    Bem vindo ao Pink club, querido, estamos aqui faz tempo e esperando os demais.
    Abs

  • Somir, uma dúvida, para fins de curiosidade, mesmo: lembro que algumas vezes você disse que a Sally era a mulher mais machista que você conhecia (ou algo nesse sentido) – afirmação com a qual eu discordo, só pra constar. Com essa tua evolução de pensamento, que é bem perceptível ao longo dos últimos anos, imagino que você tenha repensado também essa afirmação, né? Sempre achei a Sally meio injustiçada em relação a isso…

    Parabéns a ambos por mais um aniversário de Desfavor, fico grata por ter este local de leitura com tanto conteúdo de excelente nível!

    • Me deu o que pensar sim… de uma certa forma, chamar de machista tinha um componente de “elogio por vias tortas” que vem dessa mesma base do texto: quando uma mulher se destaca com suas atitudes e opiniões fortes, é promovida para homem. Mas também é uma questão do meio: eu queria passar uma informação sobre ela num texto escrito para estranhos, foi o jeito que eu achei de me expressar naquele momento. Na vida real, até pelos muitos anos de convivência, eu não penso nela como machista, feminista, fascista, comunista, taxista… é a Sally. Só tem uma.

      Se a gente está falando de feminismo moderno histérico, Sally é pior que o Bolsonaro (me mata de orgulho). Se estamos falando de feminismo no sentido original de fazer valer igualdade de oportunidades (oportunidades, não resultados) entre homens e mulheres, aí ela não é nem um pouco machista.

  • O engraçado é que até em um texto seu sobre essa questão, a maioria dos comentários foge ao assunto abordado, o descrédito ao pensamento feminino também se aplica quando um homem expõe o fato.
    Feliz 12 anos!!! Obrigada por cada conteúdo! Amo vocês!

  • (NumIntendoNada)Ana94

    Deixa eu ver se eu entendi.
    Seu amigo Everaldo chega em você e fala que vai gastar 300bolsocoins num FIFA. “Mas o jogo (que é praticamente idêntico ao anterior) vale realmente tudo isso? Não é melhor baixar piratão num console destravado? Ah, que seja. Olhe só esse veado querendo comprar merda da EA, é um fudido mesmo! Deixa ele, né. Cada um gasta com o que quiser.”
    No dia seguinte, vem sua amiga Eufrásia. Ela quer gastar bolsocoins no Astral Chain. “Como assim ela quer comprar jogo? Own, que fofo, muié (que acha que é) gamer. Mas ela entende a diferença entre um Switch e um celular? Não, porra. Mulher nem curte videogame! Ela deve mesmo confundir o Switch com um celular. Ah, é mesmo, ela tava saindo com um carinha gamer semanas atrás… Provavelmente tá apaixonada ainda. Daqui meia hora ela desiste disso de games. Aliás, Astral Chain é algo tão agosto de 2020. Com certeza ela deve querer comprar achando que ainda é um jogo da moda. Não, ela pelo menos sabe o que é um Hack ‘n’ Slash? Ela por acaso já jogou algum clássico? Se sim, manda ela me citar a cor da cueca do protagonista da versão que saiu duas gerações atrás. Quero ver se ela gosta de jogos mesmo. Quê, ela não sabe? Claro que ela não ia saber. E ela tá indo muito na vibe dessas attwhores do Youtube que só jogam Nintendo. E todo mundo sabe que só mulher, criança e sojado curte Nintendo! Eu sabia que era só pra chamar atenção, não sou gado porra!!! O quê? Eufrásia ficou muito puta comigo? Deve ser TPM. Ou falta de orgasmo. Dá chocolate pra ela.”

    • Na verdade, o que você está mencionando se chama gatekeeping, querida.

      Meu lado troll queria ficar só com essa piada, mas o lado nerd impera: muito bem lembrada essa parte, que na essência a mesma coisa. Curioso que existe um efeito contrário também: espera-se tão pouco da mulher média que basta saber o nome de uma personagem do Senhor dos Anéis que ela vira a “mítica mulher nerd”. Aí fica parecendo na cabeça dos outros homens que estão todas fazendo isso por atenção. Alguém perguntou para a coitada se ela queria ser considerada nerd?

  • Ah, eu já recebi machoexplicação de homens e mulheres igualmente. Acho que na verdade eu que tenho cara de idiota mesmo.

  • O argumento que os nichos da machosfera costumam usar é que mulheres são coletivistas e vão na onda da multidão por programação evolutiva, de inconscientemente buscarem provedores e temerem ser abandonadas por agirem diferente do status quo. Por isso votam em políticos de esquerda, ou criam leis se forem políticas, que prometem infinitos assistencialismos, aumento de impostos e interferência estatal até pra piscar. Essa coisa de “mulheres que se dizem independentes mas se casam com o Estado” virou até meme nesses nichos. E pra reforçar eles mostram um mapa projetando como as eleições dos EUA seriam se só mulher pudesse votar, quase tudo azul.
    Além da generalização que pode ser facilmente refutada com a existência de várias mulheres defensoras da liberdade econômica, eles não levam em conta uma coisa: pink tax. Mulheres pagam mais caro por vários produtos apenas por serem voltados ao público feminino.

    • O interessante é que se você troca mulher por pobre nessa lógica, continua funcionando. O famoso erro de que casualidade não é causalidade.

  • Eu nunca reparei nisso porque achei que era uma constante na sociedade como um todo, pelo menos no Brasil é repleto de analfabetos funcionais que precisam de muitas explicações e instruções, independente de a pessoa ser homem ou mulher.
    E arrogância vem de ambos os lados também. Acha que sabe tudo, se mete em tudo, mas a princípio eu presumo que a pessoa é apenas bem-intencionada porém sem noção, deus me dibre viver a vida paranoica que todo mundo ao meu redor é um sociopata que quer me oprimir, me maltratar e me estuprar.

  • “A pessoa que abusa de mulher o faz com alta confiança da impunidade. ”
    O que são aqueles inúmeros casos de caras que saem na porrada com homens que estavam agredindo mulheres na rua, então?

  • Texto lindo, Somir! Pra mim tá pau a pau com o “Mea Culpa”, outro texto excepcional!

    Nesses 11 anos (cheguei aqui em 2009) fico muito impressionada como eu passei a me identificar mais com seus textos, quando no início eu tinha vontade de ler só os da Sally! Acho que todos evoluímos nessa década!

    Bem, tudo isso pra elogiar este texto e parabenizar pelos 12 anos de blog!! Obrigada por toda a dedicação e trabalho duro pra trazer conteúdo de TANTA qualidade pra nós, meros impopulares!
    Que seja eterno enquanto vcs quiserem!

    • Nesse tempo todo mundo (que faz por onde) evolui. Meus textos começaram se parecer mais com os da Sally, os da Sally mais com os meus, e ambos mudando nessa relação.

      Obrigado pela parceria nesses anos todos!

      • “Meus textos começaram se parecer mais com os da Sally, os da Sally mais com os meus, e ambos mudando nessa relação.”

        E, com isso, todo mundo aqui sai ganhando. Vocês dois e os Impopulares.

  • Hoje em dia o mansplaining foi substituído pelo fé nas malucas! Eu tenho bem mais medo de tretar com mulheres. Elas surtam, depois se fazem de vítimas e os gados todos passam pano.

    • Por isso que eu falo de respeitar quem merece. Gentalha tem dos dois gêneros, e gentalha só quer levar vantagem em tudo. Quando a gente trata mal gente que presta por causa da gentalha, todo mundo perde.

    • Esse “fé nas malucas” acaba abrangendo homens também, pois a cultura atual encoraja as pessoas a agirem feito descompensados emocionais (até rende um dinheirinho pro chorão dependendo do caso), como aqueles vídeos virais de pessoas, homens e mulheres, chorando descontroladamente ao ver na TV anúncio de que o Trump havia sido eleito presidente…

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