Bloqueio da realidade.

Estamos em temporadas de reality shows, e a internet fica ainda mais estúpida que o normal. Sally e Somir não acreditam que o tema tenha alguma validade atual dentro do Desfavor (tirando aquela vez que o Pilha participou), mas discordam sobre o quanto uma pessoa deve se manter distante do tema no resto da vida. Os impopulares votam.

Tema de hoje: é válido bloquear palavras-chave sobre reality shows nas suas redes sociais?

SOMIR

Sim. Eu já fui mais combativo em relação ao tema, brigando e discutindo com as pessoas que gostavam, hoje em dia que tenho uma visão bem mais serena: não encha o meu saco que eu não encho o seu. Se eu tenho ferramentas para evitar que informações que considero inúteis poluam meu consumo diário de mídia, eu as uso. Eu fico feliz focando no que me interessa, você fica feliz focando no que te interessa.

Isso é fruto da experiência. Quanto mais você vive, mais percebe que um gosto ou outro não definem o quanto você pode gostar de uma pessoa. Você detestar alguma coisa que ela adora, e vice-versa. Relações de trabalho, amizades e até mesmo namoros e casamentos podem funcionar muito bem, obrigado, com algumas diferenças de interesses. Aliás, podem até ser mais valiosos, afinal, é uma pessoa que te traz pontos de vista diferentes e te ajudam a enxergar mais sobre o mundo.

Então, eu digo com confiança que já passei da fase de ser o chato anti-reality show. Quer ver, veja. Não quer, não veja. Desde que você não esteja tentando impor seus gostos, está tudo bem. Esse é o argumento da não-interferência, uma das bases da defesa do ponto de vista que assumo hoje. É válido bloquear essas palavras-chave porque tudo bem ter interesse ou não em alguma coisa, a humanidade só funciona do jeito que funciona porque trocamos informações e vemos coisas por ângulos diferentes.

Mas esse não é o único argumento, eu também quero falar sobre o que se perde por bloquear essa parte da cultura popular brasileira. Se tanta gente gosta, se depois de sei lá quantas edições os realities continuam atraindo tanta atenção, faz sentido achar que existe algum valor em estar por dentro do assunto, não? Não é bacana estar totalmente alienado sobre o que tanta gente se interessa. São muitas referências e possibilidades de aproximação que tem seu valor na nossa vida social, certo?

Pois bem… é aqui que eu subverto essa lógica: o que você realmente está perdendo por não acompanhar reality shows? Para responder isso, vamos pensar primeiro no que faz desse tipo de programa o sucesso que é. No começo achávamos que era apenas a curiosidade do ser humano sobre o ser humano. Uma coisa mais voyeur, derivando prazer da ideia de observar sem ser observado. No mundo todo, os reality shows explodiram em popularidade, mas hoje em dia o formato não é mais o titã de audiência que já foi. Na verdade, o único Big Brother que ainda é um fenômeno social é o brasileiro. A Fazenda é um clone com mais subcelebridades.

E isso acontece por um motivo: a experiência de quem está fazendo em focar nos pontos que mais interessam o cidadão médio, a narrativa que gera possibilidade de “fofocar” sobre as pessoas presentes, a sensação de prazer do cidadão médio ver gente mais maluca que eles, e especialmente, a “loteria” de popularidade que tanto faz parte dos sonhos de um povo majoritariamente pobre.

Rapidamente, os idealizadores desses programas entenderam que precisavam usar a edição para criar histórias saborosas para os espectadores, e que quanto mais descompensados e populares os participantes, maior o potencial de sucesso. O brasileiro médio gosta de ver outro brasileiro médio lutar por atenção e ganhar. Não existe nenhuma necessidade de buscar pessoas interessantes além da sua beleza física, narcisismo ou descontrole emocional. Virou uma ciência, e ano após ano os recrutadores continuam acertando.

Agora, o que isso tem a ver sobre esse meu segundo argumento? Tudo. Um reality show é um conjunto de cenas editadas para criar conflitos entre os participantes e pessoas sem nada para dizer conversando sem parar. É previsível como um desenho para crianças pequenas. É repetição com coisas brilhantes chacoalhando na tela.

Eu não preciso ver nenhum minuto dos reality shows populares no Brasil para saber o que está acontecendo: pessoa A acredita que pessoa B é falsa, pessoa C sente atração por pessoa A, pessoa B fica bêbada e beija pessoa C… e combinações disso. Não é óbvio? Pessoas mais complexas do que esse combo de desconfiança, promiscuidade e alcoolismo simplesmente não são selecionadas. Os programas são montados para gerar as mesmas tensões vez após vez: pessoas inseguras e narcisistas são embriagadas uma ou mais vezes por semana até brigarem ou fazerem sexo. De preferência ambos.

Vai me dizer que precisa acompanhar esses programas para saber que assunto elas vão gerar? Claro que não. Eu tenho certeza que fico meia hora no meio de uma roda de fãs de BBB conversando como se estivesse vendo o programa todo dia antes de ser desmascarado. As pessoas escolhem um bêbado narcisista para torcer e ficam vendo a mesma porcaria se repetir por semanas. É sempre a mesma coisa. Se você tem a mínima noção de que tipo de história empolga o cidadão médio, sabe o que os editores dos realities vão fazer todas as semanas.

É uma novela com diálogos horríveis. Como eu já disse, cada um que se divirta com a bobagem que quiser, a minha bobagem normalmente é relacionada com esporte. E qualquer pessoa minimamente inteligente pode me enganar por vários e vários minutos dizendo que se importa com bobagens de esportes. Ninguém precisa ver jogo ou comentarista para saber a lógica do mundo esportivo: é sempre a mesma merda. Jogador vai bem ou mal, time vai bem ou mal, alguém faz alguma bobagem… e repete isso pra sempre.

Reality show é a mesma coisa, não é a minha bobagem, mas é uma bobagem repetitiva do mesmíssimo jeito. Eu já sei o que vai acontecer, eu posso presumir o que já aconteceu. Você não perde absolutamente nada bloqueando eles da sua vida. Talvez se você for um adolescente muito protegido pela família possa ter uma noção de como as pessoas são vazias em média, mas pra quem já teve alguma experiência de vida? É a mesma coisa que ver futebol, só assiste quem acha graça em ver a mesma coisa seguidas vezes.

E você não perde nenhuma informação nova deixando de ver. Se você não tem interesse e sabe tudo o que está acontecendo sem ver, pra que ficar sofrendo? Bloqueia e quando alguém vier falar sobre isso, diga: “aquela moça fica estranha quando bebe, né?”, e deixa a outra pessoa completar o assunto. Funciona 100% das vezes.

(bônus: se te perguntarem que moça, diga “aquela da tatuagem”)

Para dizer que eu aprendi a ofender com doçura, para dizer que prefere ficar alienado a tudo mesmo, ou mesmo para dizer que adorou o truque para fingir que assiste: somir@desfavor.com

SALLY

É válido bloquear palavras-chave que dão acesso a informações de reality show de suas redes sociais?

Não. Por mais que seja odioso, por mais que você não assista, faz parte da cultura popular. E estar completamente alheio à cultura popular é algo muito arriscado de se fazer, pois, de uma forma ou de outra, em algum momento, ela vai te impactar.

Desfavor tem 13 anos de idade. Nunca fizemos uma única postagem dedicada a BBB. Isso significa que nós ignoramos com sucesso ao menos 13 edições do programa. Perceba que vocês estão falando com pessoas que sabem como ignorar um reality show. O problema é: o mundo não é essa bolha do Desfavor.

A construção que fazemos da sociedade está cada vez mais baseada na nossa pequena bolha de convívio. Achamos que o que vemos e recebemos de conteúdo e opinião corresponde à realidade. Todo santo dia vejo pessoas se ferrando, fazendo escolhas erradas e tomando atitudes desconectadas da sociedade por causa dessa desconexão com a realidade.

Mais do que ficar deslocado em um bate papo informal, se alienar do que acontece no principal evento televisivo brasileiro é se alienar de questões que estão sendo debatidas pelo país e da forma como a população as encara. Ninguém quer saber o que os ignóbeis que estão lá dentro pensam, mas é prudente entender como a sociedade brasileira está se posicionado (ou se reposicionando) sobre determinados assuntos.

Esse “eu quero que se foda o mundo” só funciona se você não viver no mundo. Para quem ainda vive no mundo, o entorno é importante sim. Você não precisa ceder a o que pensa a maioria, mas deve sim compreender como pensa a maioria, pois isso pode te ajudar (e muito) a tomar melhores decisões.

Vivemos em sociedade. Entender como essa sociedade pensa e se comporta é sim essencial para determinar nosso comportamento – não para seguir a manada, mas para entender qual é o melhor caminho para você. É mais ou menos a mesma lógica da coluna “Ei, Você”: estamos interessados no conteúdo em si? Claro que não. Mas estamos interessados em saber como a sociedade está lidando com esses assuntos, pois isso nos afeta diretamente.

A construção da sua vida, dos cuidados, das estratégias, das abordagens, do planejamento, tem que levar em conta o contexto social. A menos que você more em uma caverna no meio da montanha, que não deve ser o caso, pois você está lendo um conteúdo online. Não tem como ignorar a sociedade, pois você faz parte dela e, muitas vezes, as escolhas da maioria te são impostas e te afetam.

Felizmente eu vivo em um país onde há mais de uma década que não é feito um Big Brother, por causa da baixa audiência e, ainda assim, eu estou atenta às notícias do Big Brother Brasil, pois isso pode afetar diretamente meu trabalho: se um assunto virar pauta nacional eu preciso entender em que contexto isso aconteceu e como isso pode impactar meu trabalho e o comportamento no geral.

Infelizmente vivemos em uma sociedade onde o que acontece em um reality show altera a realidade, logo para estar conectados com a realidade é preciso ter alguma noção do que se passa lá. Não digo assistir o programa, isso é de gosto pessoal, digo não impedir que assuntos que ganham status de trending topic cheguem até você.

Em um país onde participante de reality chega a Deputado Federal, em um país onde o conceito de um crime é revisto depois de uma conduta em reality show, em um país onde ideal de beleza muda por causa de participante de reality show, fica óbvio que esse tipo de programa influencia muito além das fronteiras da televisão.

Eu acho legal que seja assim? Óbvio que não. Isso muda alguma coisa? Óbvio que não. Só sai merda de lá? Só sai merda de lá. Mas essa merda que sai é incorporada pela sociedade, então, não adianta fugir, em algum momento ela vai te alcançar. Melhor que não seja de surpresa, melhor que você entenda o que está acontecendo, em que contexto surgiu e como isso impacta seu entorno.

Dá inclusive para tirar proveito das imbecilidades ditas ou feitas em reality show. Dá para entender como isso está reverberando e tirar proveito. Um modismo de roupa ou acessório? Venda na sua loja. Uma questão virou consenso social? Faça sua marca reforçar essa ideia. Ninguém precisa ser vítima de um conteúdo desagradável, todo mundo pode se colocar na posição de observar uma oportunidade e tirar proveito dela.

Como eu disse, você não precisa assistir ao reality. Eu não assisto Big Brother mas eu sei quais são as questões principais que são discutidas nesta edição – e consigo antever algumas consequências antes que elas aconteçam. Ninguém morre por ver passar uma ou outra informação, no geral, inclusive, são bastante engraçadas.

É aquela velha comparação que eu sempre faço: se você não gosta do que vê refletido no espelho, não adianta bloquear o espelho. O reflexo continua ali, mesmo que você não o veja. A realidade continua sendo aquela, mesmo que você não leia sobre ela.

É importante compreender seu entorno, como o brasileiro médio pensa, o que é modismo, o que está sendo discutido. Por mais que seu entorno seja desinteressante, chato e até burro, nunca se esqueça: no Brasil, eles são maioria.

São eles que determinam os rumos do país. Então, não faz sentido viver em uma bolha de erudição que te seja agradável, pois cedo ou tarde a realidade vai bater à porta. Você não pode viver com base em você mesmo, no seu querer e nos seus gostos. Simplesmente não é viável.

Assim como não é viável viver apenas para agradar a sociedade e se encaixar nos padrões impostos. Percebem que são os dois lados de uma moeda inviável? Deixar que a sociedade dite tudo que você faz ou querer impedir que a sociedade dite qualquer coisa que você faz. Utopias. Melhor entender qual é a realidade e como ela te afeta.

Meu ponto é: você não pode fugir das imbecilidades que reality shows plasmam na realidade. É mandatório: eles vão afetar a sua vida. Mais fácil entender o que está acontecendo e tirar o melhor proveito que puder disso, nem que seja rindo de Memes.

Talvez você seja um privilegiado, uma pessoa que trabalha com pesquisa científica ou contabilidade, que não depende de nada social para executar seu trabalho. Mas, a média da população acaba sendo impactada pela discussão da vez. Uma merda que mudanças sociais sejam construídas com base em comportamentos de reality show, mas essa é a realidade no Brasil – e não adianta dar as costas para a realidade.

Para dizer que Arthur Aguiar traiu foi pouco Maira Cardi, para dizer que Jade Picon vai ficar rica fazendo publi de esparadrapo ou ainda para dizer que Tadeu Schmidt deveria voltar para os cavalinhos: sally@desfavor.com

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Comments (20)

  • Super válido bloquear palavras-chave sobre reality show. Não me acrescentam nada e faço questão de não assistir.

  • Dependendo do meu humor e se não me encheram o saco suficiente para que eu pegue ojeriza absoluta do assunto, até consigo ver do que se trata e tirar uns baratos. Você nem sempre pode escapar de desgraças, então é bom entrar no Leo Lins mode se puder.

    • A vida é curta demais pra ficar tentando “fazer o social”, melhor se juntar a pessoas com quem você tem afinidade e gostos parecidos.

  • Eu trabalho com pesquisa científica. Que sorte!!! Obrigado São Isaac Asimov pela graça alcançada. Agora todos clicando no biscoito.

  • Fico com o Somir, que resumiu o meu modo de agir com a frase: “não encha o meu saco que eu não encho o seu”.

  • “Em um país onde participante de reality chega a Deputado Federal, em um país onde o conceito de um crime é revisto depois de uma conduta em reality show, em um país onde ideal de beleza muda por causa de participante de reality show(…)”.

    Fiquei curioso. Seria possível um Desfavor explica sobre essas situações? Sei que o tempo é meio curto e entendo se não for possível.

    Obrigado.

    • Seria possível se eu soubesse explicar por qual motivo brasileiro coloca ex-BBB como Jean Wyllis como Deputado Federal, mas eu mesma não consigo entender…

      • Pois é, Sally… Há certas coisas que não dá para compreender mesmo. E também há outras sobre as quais nós nem devemos perder nosso tempo pensando a respeito. Se a gente tentar entender o que se passa na cabeça da BMzada, corre o risco de enlouquecer ou de só passar muita raiva…

      • Critério de elegibilidade pro Brasileiro Médio – estar famoso naquele momento ou jogar no time pra quem torce. Um dos melhores exemplos da história foi aquele concurso do SBT, “O Maior Brasileiro de Todos os Tempos” em que eles tiveram que mudar o peso do voto popular porque o topo da lista estava abarrotado de cantores de sertanejo universitário, atores de novelas da Globo da época, BBBs e jogadores de futebol (procurem por Dedé do Vasco).

        Aliás, tenho certeza que se refizessem esse concurso hoje o topo estaria tomado por youtubers, aleatórios do TikTok, influencers de rede social e daí pra baixo.

      • Na verdade, digo mais sobre as revisões legislativas (ainda que seja em outros países) e culturais. Fiquei curioso

        E só de Jean Willys: brazuca vota em famoso lacrador. Se Felipe Ne(fas)to se candidatar a um cargo legislativo, ganha.

      • Branca de Neve Pornô

        Jean Wyllys foi eleito na raspa do tacho em 2010, se é que você não sabia, sendo que na época teve 13 mil votos, um número de votos que em outra legenda não seria suficiente para elegê-lo.
        Entrou alavancado pela boa votação do Chico Alencar na ocasião.

  • Isso que o Somir disse no texto dele sobre o fato de que tanto as conversas sobre BBB quanto as sobre esportes seguirem sempre um mesmíssimo clichezento, raso e previsível “roteiro” é a mais pura verdade. Felizmente, as poucas pessoas que ainda são de meu convívio não vem puxar assunto comigo sobre BBB, mas é mesmo perfeitamente possível enganar os incautos fãs desse troço e fingir algum interesse simplesmente soltando aqui e ali algumas poucas frases feitas genéricas em qualquer bate papo sobre o assunto sem que ninguém perceba. Já pensava assim faz tempo. E eu até já usei desse conhecimento para fins profissionais!

    Explicando: na época em que trabalhei em sites de esportes, eu e a diminuta equipe tínhamos que escrever muitas matérias por dia sobre jogos de futebol das mais variadas divisões e competições por todo o país mas sem poder ir aos estádios – por questões de logística e de verba – e utilizando os poucos recursos que então nos estavam disponíveis como ouvir as ainda incipientes rádios online, assistir pay-per-views pela TV e, em casos mais problemáticos, telefonar periodicamente para radialistas locais para nos mantermos a par do que acontecia em certas partidas. Com as informações que colhíamos, escrevíamos com os jogos rolando e cada matéria tinha que ficar pronta e ser posta no ar segundos depois do apito final.

    Para conseguir dar conta, eu desenvolvi um método baseado na repetitividade das situações típicas que acontecem no futebol. Mentalmente, eu já tinha montada de antemão uma estrutura para um texto sobre um jogo qualquer fracionando o primeiro e o segundo tempo em “pedaços” de 15 minutos, os quais ia “recheando” com o relato do que de mais relevante tivesse ocorrido – gols, cartões, bolas na trave, etc. – dentro desses períodos. E para tal, me bastava recorrer ao meu “banco de dados” particular de três ou quatro chavões cabíveis para descrever esses lances. Bom vocabulário à parte, as frases feitas do meu “banco de dados” eu aprendi muito antes de entrar na faculdade, graças aos anos em que, ainda garoto, lia a revista Placar e vários cadernos de esporte. Os textos não ficavam enfadonhos para quem os lia, diziam com clareza tudo o que precisava ser dito e ainda eram facilmente “convertíveis” em grandes complicações para o formato clássico que naquele tempo ainda era utilizado em jornais impressos.

  • Concordo com a Sally, inviável se alienar e vamos aproveitar pra rir dos memes da vez.
    Tirando o famoso por ser ex marido da barraqueira ex global, eu não conhecia nenhuma dessas “personalidades”.
    Talvez seja válido bloquear depois que acaba… lembram da tal Juliete aparecendo em tudo… teve dias que eu achava que ia aparecer a cara dela quando eu abrisse o microondas de casa. Desagradável.

  • Só sei que é engraçado ver alguns conhecidos que na década passada, no auge daquela moda “não sou como os outros”, “not like other girls” e o Não Faz Sentido do Felipe Neto, detestavam esse programa e hoje em dia acompanham quase religiosamente.

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