Cérebros cancelados.

A partir desta terça-feira (8), não haveria mais estrogonofe no Bar da Dona Onça, no Centro de São Paulo. O tradicional prato — que está entre os mais pedidos, aliás, com cerca de mil preparos por mês — deixaria de ser servido no cardápio do restaurante localizado no Copan. A razão? A origem russa da receita, que foi adaptada por aqui e se tornou um prato tão popular na dieta dos brasileiros. LINK


Será que só a gente está vendo essa insanidade? Não é possível. Desfavor da Semana.

SALLY

Esta semana vimos diferentes formas de “repudiar” a invasão da Ucrânia. Algumas foram úteis e de fato conseguem gerar algo significativamente bom, mas a maioria se mostrou completamente inútil ou até nociva. Esse é o desfavor da semana: não as ações em si, mas a burrice e falta de compreensão do ser humano do que são medidas úteis e do que não.

Vamos começar pelo óbvio: tem gente hostilizando russos. Vizinhos, colegas de trabalho e até conhecidos. A menos que seu vizinho seja o Putin, você é um completo imbecil se está hostilizando alguém pelo simples fato de ser russo. Russos e ucranianos são povos irmãos, quase todo russo tem um amigo ou um parente próximo na Ucrânia, acredite, eles não devem estar felizes com essa guerra.

Não é como se o povo russo tivesse escolhido pegar em armas e marchado voluntariamente para matar o vizinho. Essa invasão foi um ato de um homem: Vladimir Putin. Hostilizar um russo é como chutar o um cachorro pelo fato de um lobo ter atacado uma criança. Qualquer ato hostil a civis russos é de uma ignorância sem limites.

“Mas eles deveriam derrubar o Presidente, pois isso que está acontecendo representa um risco mundial”. Eu te devolvo a mesma premissa então: vocês, brasileiros, derrubaram o Presidente quando ele impôs uma condução equivocada da pandemia? Isso gerou um risco mundial, gerou uma nova variante (Gama ou P1 ou de Manaus) que causou milhões de mortes pelo mundo.

E aí? Você gostaria que alguém hostilizasse brasileiro por esse motivo? Com o plus que vocês podem protestar de boa, o russo que protesta vai para campo de trabalho forçado ou é sumariamente assassinado pelo governo. Então, menos, bem menos na cobrança. Esse excesso de rigor para com os outros e infinito auto perdão consigo mesmo é simplesmente inaceitável.

Outro exemplo clássico de imbecilidade que viralizou foi adotar medidas inúteis como se estivessem fazendo uma grande coisa. Exemplo: um restaurante que deixou de servir estrogonofe (fazendo uma divulgação panfletária disso) por causa dessa guerra, com a justificativa de que é um prato russo e estariam boicotando a Rússia. Me diz, qual é a utilidade disso? No que isso ajuda, contribui ou acrescenta?

“Mas Sally, você queria que ficassem de braços cruzados?”. Não, eu queria que fizessem algo útil. Por exemplo, em vez de abolir o estrogonofe, poderiam acrescentar um prato da culinária ucraniana e destinar toda ou parte da arrecadação com a venda desse prato para os refugiados da guerra. Posso te dar outras cem ideias de atitudes úteis se você quiser. Abolir um prato no cardápio só serve para uma coisa: comprovar a falta de cognição dos donos do restaurante.

O problema é que as pessoas não querem ser úteis ou ajudar, elas querem lacrar. E quem quer lacrar só pensa na própria imagem, estão tão focados em ficar bem com o público que sequer questionam a utilidade do que estão fazendo. A utilidade é melhorar a imagem da pessoa ou do estabelecimento, às custas do sofrimento alheio.

E isso, para mim, é pior do que não fazer nada. Não fazer nada é se omitir, fazer isso é explorar uma desgraça para ter algum ganho, ainda que seja em imagem. Quem explora desgraça alheia em proveito próprio (mesmo que o proveito não seja diretamente financeiro) eu classifico como “filho da puta”. Mas, ao que tudo indica, tá permitido fazer isso. O importante é posar de boa pessoa.

Tem também as proibições grotescas, que geram retrocessos. Por exemplo a Universidade Bicocca, localizada em Milão, na Itália, cancelou um curso sobre a obra do escritor russo Dostoiévski. O sujeito morreu em 1881, não tem qualquer relação com essa guerra. Atacar livro é coisa da Idade Média. E, se você já leu Dostoiévski, sabe que proibir seus livros te aproxima de Putin, não te afasta dele. Mas o lance é ser contra tudo que vem da Rússia, né? Putin, estrogonofe e Dostoiévski, é tudo a mesma coisa.

Deveria estar bem claro na cabeça das pessoas que essa não é uma guerra “da Rússia”, é uma guerra de Putin. Não é justo punir o povo e toda uma cultura pela decisão de um homem. Sim, eu sei que toda punição aplicada acaba afetando o povo por tabela, mas isso só se justifica se ela tiver algum impacto positivo: desencorajar a guerra ou ajudar quem está sofrendo com ela.

A atitude da FIFA, que foi muito comentada, é um exemplo disso: a Rússia foi sumariamente eliminada da Copa do Mundo e o que seria sua vaga, ficou com a Polônia. Os atletas têm culpa? Não, provavelmente muitos são contra essa guerra, mas é uma forma de repúdio público da atitude russa que impacta, por ter repercussão mundial. Tira status do país, tira dinheiro do país (os patrocinadores estão todos indo embora) e emputece a população, que tende a ficar chateada com a pessoa que causou isso, o Putin. Então, ainda que não seja de todo justa, tem um propósito.

Aí vem gente e diz “Ain mas em tal e tal caso a FIFA deveria ter feito o mesmo e não fez”. Beleza, que fosse cobrado que ela faça no caso tal, e não que deixe de fazer agora, pois o que ela está fazendo tem utilidade sim. O mesmo vale para todas as marcas e empresas que estão deixando a Rússia. Elas vendem em países que cometem o mesmo erro? Pressionem para que parem de vender nestes países, em vez de criticar o fato delas saírem da Rússia.

Quão baixa está a cognição das pessoas, quão cegas elas estão por melhorar sua imagem e serem admiradas, que não percebem qual é o parâmetro, qual é o norte, para tomar uma atitude válida? Pergunte-se: “Como isso que eu pretendo fazer ajuda a coibir a guerra ou reduzir o sofrimento de quem está nela?”

Não ensinar Dostoiévski ajuda a coibir a guerra ou reduzir o sofrimento de quem está nela? Não. Um restaurante deixar de servir estrogonofe ajuda a coibir a guerra ou reduzir o sofrimento de quem está nela? Não. Posar de biquini com a raba ao sol e hashtag #StopWar ajuda a coibir a guerra ou reduzir o sofrimento de quem está nela? Definitivamente não.

Se uma atitude não ajuda a coibir a guerra ou reduzir o sofrimento de quem está nela, a pessoa está usando um conflito para se promover. E isso é vergonhoso. Pode ser socialmente aceito, mas, ainda assim, não deixa de ser baixo e vergonhoso. Melhor não fazer nada do que explorar o sofrimento alheio.

Eu sinceramente não sei o que entristece mais: pensar que a burrice é tanta que nem percebem que estão fazendo algo inútil ou pensar que sabem e o fazem mesmo assim para tirar proveito. Ambas as hipóteses são péssimas e só provam o que a gente vem falando faz tempo: o brasileiro é um povo egoísta, autocentrado e sem um pingo de empatia pelo outro. Lamentável.

Para dizer que pessoas de outra nacionalidade também estão cometendo esse erro (apontar o erro do outro não diminuí o seu), para dizer que quando o poderoso Restaurante do Zé cessar o estrogonofe a economia Russa colapsa ou ainda para dizer que tem usina nuclear com falha na refrigeração e a gente está falando sobre proibir estrogonofe: sally@desfavor.com

SOMIR

É por isso que não podemos ter coisas boas. O ser humano médio parece ter entendido dessa história toda de guerra na Ucrânia que o “conceito genérico de Rússia” é um vilão que precisa ser combatido. Eu até perguntaria o que deu na cabeça das pessoas, mas eu acho que não deu nada. É falta de hábito e capacidade de pensar mesmo.

Mesmo com todas as possíveis razões que possamos encontrar para entender o lado de Putin e sua turma, isso não muda o fato que estão sendo tremendos filhos-da-puta ao invadir um país e começar a bombardear população civil. Sim, eu entendo que se deva repudiar a atitude do governo russo, mas o que isso tem a ver com o russo médio e a cultura do povo?

Pode-se argumentar que é uma forma de passar uma mensagem, mas eu não consigo entender qual quando não afeta diretamente o poder russo. Usamos o exemplo do restaurante paulistano porque ele demonstra com precisão essa mentalidade falha: é uma atitude com zero repercussões úteis para a causa que se diz defender. Todo mundo sabe que o Putin não vai nem saber que isso aconteceu. E se por uma aleatoriedade do destino souber, só vai revirar os olhos em desdém.

Todo mundo sabe que é isso que vai acontecer. Eu não estou dizendo que quem está “cancelando” os russos é absolutamente retardado ao ponto de achar que estão incomodando de verdade o governo russo, mas estão fazendo isso do mesmo jeito. É vontade de tirar proveito de uma situação: não impacta em nada a não ser na imagem projetada para pessoas próximas. Vai chamar de outra coisa que não exploração de tragédia? Pra vocês verem como essa mentalidade é estúpida: até mesmo o Mamãe Falei foi mais útil para os ucranianos fazendo meia dúzia de coquetéis Molotov enquanto estava por lá.

Eu até entendo grandes empresas tentando causar desconforto no povo russo em geral, mas até um certo limite: empresas focam em lucro, ninguém está arriscando falência ao sair de uma economia relativamente fraca como a russa. Cheira mais a truque publicitário do que realmente engajamento na causa da liberdade. Meio como os EUA dizendo que vão deixar de comprar petróleo russo… não era nem 1% das importações do produto. Consigo admirar muito mais a Alemanha, que realmente depende dos russos para ter energia e está indo bem além do que seria confortável. E mesmo assim, ninguém realmente isolou os russos nas commodities que eles vendem mais barato e em maior volume.

Longe de mim dizer que o mundo todo é obrigado a sofrer por causa dos ucranianos, eu acho válido pagar um pouco aqui para ajudar um povo sendo atacado, mas ter limites é natural. Mas a narrativa ao redor dessa guerra está com o mesmo cheiro estranho do papo de sustentabilidade: governos e grandes empresas fazem o mínimo que são obrigados a fazer (e às vezes nem isso) enquanto fazem campanhas para conscientizar o cidadão médio. “Eu não vou parar de jogar veneno nos rios, mas vou te dizer que você pode fazer sua parte não dando tanta descarga”.

Da mesma forma, governos e grandes empresas ao redor do mundo estão jogando pra torcida: “eu não vou parar de comprar petróleo e gás russo, não vou me arriscar indo lutar na guerra, mas vou te dizer que você pode fazer sua parte cancelando a Rússia”. E o cidadão médio vai lá “ajudar” no esforço cancelando Strogonoff e Dostoiévski.

E se fosse só esse truque, o grau de estupidez seria mediano para a humanidade. Só que nesse caso a coisa fica muito pior: o cidadão médio começa a achar que tem que lutar uma “guerra ideológica” contra a pessoa que nasceu na Rússia. Se você procurar exemplos de sucesso desse tipo de mentalidade na nossa história, não vai achar. Não se ataca um povo por causa de seus líderes, especialmente no caso de um sistema autocrático com eleições de fachada feito o russo.

Qualquer russo com mais de dois neurônios vai te achar um babaca por rejeitá-lo por causa do seu presidente. Qualquer russo com menos de dois neurônios vai ficar com ódio de você. Pessoas mais simples não entendem sutilezas geopolíticas, elas começam a achar que estão sendo injustiçadas (e estão), o que as leva a nutrir sentimentos bem negativos por aqueles que os isolam ou maltratam. Não tem dessa de entender que é um imbecil agindo junto com a manada, vão se achar atacados de verdade.

E o que acontece num país que começa a enxergar estrangeiros como agressores? Mais democracia e liberdades pessoais? Não. Aumenta o desejo por líderes fortes que podem os proteger dos inimigos. Hitler pegou os alemães na raiva de estrangeiros pós Primeira Guerra Mundial e na noção de que estavam sendo atacados por judeus. Putin está com a faca e o queijo na mão para reforçar seu status de defensor do povo russo com tantos exemplos de cancelamento ridículo acontecendo ao redor do mundo.

A humanidade deveria abrir os braços e acolher os russos que estão querendo acabar com o domínio de Putin, mas está escolhendo isolá-los junto com milhares de bombas atômicas. O que pode dar errado? O russo médio é tão culpado pelo Putin quanto você é pelo Bolsonaro. Aliás, menos, porque o russo não teve muita escolha sobre o Putin. A cultura russa, então, é completamente inocente nessa história toda.

Cancelar os russos é uma das ideias mais cretinas que a humanidade já teve. E nem se pode dizer que foi uma surpresa, a cultura se espalhou de tal forma que o cidadão médio já acha normal impor seus desejos sobre o outro com a ameaça de rejeição social. O que claramente não tem como funcionar contra um povo inteiro! É lógica simples.

Mas, lógica simples foi cancelada faz tempo, pelo visto.

Para dizer que vai me cancelar por chamar seu cancelamento de estúpido, para dizer que com o preço da carne fizeram bem, ou mesmo para dizer que ninguém presta: somir@desfavor.com

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Comments (14)

  • Esse “cancelamento”, além de ridículo, não resolve absolutamente nada. É coisa de militantezinho que quer posar de engajado mas é bunda mole demais pra ir de fato à luta ou ao menos fazer alguma coisa que seja realmente útil.

  • Até a fala do Arthur doval ajudou a Ucrânia. Já tem vários Brasileiros médios juntando dinheiro e pesquisando pacotes turísticos(pagos em 36, 72 vezes) para o Ukrania assim que a guerra acabar para fazer em sua própria “Tour the Blond” e poderem assim finalmente comer “Deusas loiras refugiadas pobres” com cu rosa/vulva rosa que parecem modelos, capas de revistas, meninas de camarotes VIP de balada em SP que jamais dariam bola para eles em solos tupiniquins.
    Finalmente o brasileiro médio moreninho, de 1,70m, barriga de chopp, dentes escuros e encavalados vão finalmente poder comer a tão sonhada deusa estilo Paniquete. Estou até pensando em abrir minha própria agência de turismo pra lucrar em cima deste nicho de mercado.

    Imagina o lucro direito e indireto que isso não vai gerar para a Ukraine?

    • Os caras já faziam isso bem antes dessa guerra. Conheço um que casou com uma mulher pobres do leste europeu (e olha que moro no cu do Brasil). O cara fez um intercâmbio para a Alemanha e conheceu uma romena por lá (não é da Ucrânia mas já serviu). Branca, alta e loira. A razão segundo ela mesma disse pra casar com um brasileiro foi que ela não aguentava mais viver na fazenda e na pobreza. Sim, isso é horrível mas é a realidade. Inclusive a primeira vez que ela comeu sushi foi aqui.

  • Cancelar tudo o que é russo para “protestar” contra a guerra foi uma das histerias coletivas mais burras que eu já vi. Putin criou um discurso de alegações de “russofobia” para justificar censura às redes sociais e imprensa estrangeira ou independente, o que os cidadãos médios ocidentais fazem? Vão lá e tornam realidade a tal da “russofobia”. Muito bom, fizeram exatamente o que ele tinha planejado. Se bem que depois da maneira que a pandemia foi tratada, essas burrices coletivas nem deveriam nos surpreender mais…

    • Álcool é álcool. Falando nisso, vão reclamar do preço do álcool no posto mais do que estão reclamando daquele filme de cinco anos atrás do INTOCÁVEL.

  • Nosso estrogonofe deve ser tão diferente da receita típica russa que eles devem considerar uma blasfêmia, devem até ter agradecido que estão parando de servir

  • Esse tipo de coisa só mostra como o ser humano médio, o normie, é mais sádico do que gostamos de pensar, basta haver uma “justificativa moral” pra poderem exibir seu sadismo.

    Acho que a única coisa que o Ocidente “”livre”” tem melhor que essas ditaduras que fedem a mofo é a internet mesmo. De resto…

    • Falando em “democracia”, bem, o Facebook consegue ser pior que sua contraparte russa VK, cuja conta de Putin estaria aqui.
      Lá ocorre um exaustivo silenciamento da liberdade de expressão, num nível que se hoje descobrissem os males causados pelo cigarro, arriscava de se proibir anúncios falando quanto a isso por questões de interesse comercial. Mesmo matérias críticas tratando quanto a questões importantes referentes ao Coronavírus foram tratadas como Fake News por não estarem em publicações da mídia mainstream que ostenta o selo azul, como se isso desse alguma credibilidade para o colocado.
      A empresa META, que reune Facebook, Instagram e Whatsapp é conhecida pelas suas políticas abusivas que usam da posição privilegiada para coibir ações por parte de países em favor de questões de privacidade, além de se aproveitar da política do zero-rating para efeitos de concorrência desleal, sendo que a patrulha por parte de milícias virtuais, a sobre-exploração do narcisismo com a distorção da percepção no que diz respeito a aparência física e a exposição de números celulares para praticas possivelmente daninhas do ponto de vista comercial são problemas graves que comprometem as três redes, sendo que um ataque cibernético em larga escala a tal rede seria algo que viria bem a calhar.
      Isso sem contar o grande número de estelionatários que usam simulacros de páginas de empresas idôneas para aplicar golpes financeiros, coisa que a partir de anúncios no Instagram é inclusive mais difícil de perceber que no Facebook.
      É curioso notar que um dos pretensos grupos nazistas teria em seu nome o nome de uma cidade RUSSA relativamente próxima a fronteira ucraniana, o que me leva a conjecturar a possibilidade de que esta na verdade seria uma guerra de conquista que usa o fantasma do nazismo para tentar se justificar frente a mídia ocidental, sendo que boa parte dos grupos da esquerda dita progressista seriam alvos fáceis de tal golpe.
      Se isso for um fato, isso é um passo que já vinha sendo desenvolvido desde a época da crise de 2014 na Ucrânia, não sendo obra apenas de Putin, como também de sua rede de contrainformação com base tanto na Rússia como no país vizinho.
      É fato que teve um país que fazia parte dos domínios da Rússia czarista que contou com o apoio dos nazistas no passado e este país é a insuspeita Finlândia. Inclusive as dificuldades que a União Soviética teve no início daquilo que chamamos por Segunda Guerra Mundial na tentativa de reconquistar territórios em tal país foram fator determinante na mudança de lado por parte do governo nazista, que inicialmente tinha acertado um pacto de não-agressão contra os soviéticos ocupando com os mesmos a Polônia no seu front oriental.
      Me parece bastante provável que o Kremlin tomou a decisão de invadir a Ucrânia no atual momento foi aproveitando-se justamente do fato de os americanos terem entregado os pontos no Afeganistão e de já há muito terem se retirado do Iraque, aproveitando-se das dificuldades que os mesmos teriam para efeito de recrutamento de militares no atual horizonte “pós-covid”.

  • É hilário como a cultura do cancelamento cresceu tanto que atingiu as relações internacionais dos governos do mundo. Isso está além do ridículo, não dá pra levar esse mundo à sério huahuahuahua

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