Dopamina.

O que te motiva? Se você respondeu coisas como “dinheiro”, “fama”, “sucesso” ou “poder”, respondeu errado. Este texto vai te explicar o que te motiva e como lidar melhor com isso. Desfavor Explica: Dopamina.

Quando falamos em Dopamina automaticamente pensamos em uma substância responsável pela sensação prazer, mas essa definição não é a mais correta. Dopamina é responsável pela motivação em busca do prazer. É um neurotransmissor, isto é, um mensageiro químico, produzido nos neurônios dopaminérgicos, cuja principal finalidade é manter a pessoa motivada a fazer alguma coisa.

Sabe aquela coragem que você tira do fundo da alma para chamar uma pessoa para sair? Ou aquela preguiça que você vence para ir comprar algo gostoso para comer? É a Dopamina que te move. Sem Dopamina, o prazer continua existindo, mas não há mais motivação para buscar esse prazer. Sem a Dopamina, aquele bolo delicioso está na geladeira, mas você não tem força/vontade de levantar para pegar.

A Dopamina nasce da expectativa de uma recompensa, não da recompensa em si. Um exemplo clássico (e bastante explorado) são os jogos de azar. Se o grande barato fosse ganhar, ninguém perdia as calças no Cassino. Quando a pessoa aposta tudo que tem, ela o faz movida pela expectativa da recompensa. É por isso que muitas vezes uma pessoa fica fissurada em conquistar outra pessoa e quando consegue, meio que “perde a graça”

O bem-estar da recompensa, aquele que você sente quando morde um pedaço de bolo gostoso, é proporcionado por outros hormônios (como serotonina e endorfina). Por isso, não é correto dizer que Dopamina é “hormônio do prazer”. Seria mais correto dizer que é o hormônio que nos motiva a buscar pelo prazer.

Pronto, em meia página você já sabe tudo que precisa para a gente começar de verdade este texto: estamos usando a Dopamina de forma errada, estamos bagunçando com a química do nosso cérebro e nos colocando em situações de sofrimento e dependência. E nós vamos te dar ferramentas para fazer diferente.

A informação essencial para entender esse texto e o funcionamento do seu corpo é: nosso corpo trabalha com dois tipos de Dopamina, a de disparo Tônico e a de disparo Fásico. Vamos explicar com calma, mas já te adianto que entendendo esse mecanismo de funcionamento, você saberá tudo que precisa para parar de bagunçar sua química cerebral.

Imagine uma banheira, com uma torneira sempre aberta, que a enche lentamente, e um buraquinho no fundo, por onde a água também escoa lentamente. Quando essa banheira enche até transbordar, a torneira automaticamente se fecha e só abre novamente quando a banheira esvazia. A meta é que a banheira esteja sempre cheia, sem transbordar.

Essa torneira, que está constantemente aberta com a intenção de deixar a banheira cheia, é a Dopamina Tônica, fabricada constantemente pelo organismo. A banheira cheia significa motivação, bem-estar, empolgação, alegria de viver.

Agora imagine que você pode jogar um balde de água dentro dessa banheira, para dar um boost, para enchê-la mais rápido. É uma baldada que gera sensações positivas, já que a banheira cheia é sinônimo de motivação e empolgação. É uma forma de acelerar o processo e, portanto, é extremamente gratificante. Esse balde de água é a Dopamina Fásica, que obtemos com estímulos externos que ajudam a liberar dopamina.

Só que tem um porém: lembra que a gente falou que quando a banheira enche, a torneira automaticamente se fecha? Isso é um processo cerebral chamado de “Down Regulation”, onde o cérebro ajusta quantidades, para que não ocorra falta ou excesso.

Isso significa que jogar um balde aqui, outro ali, esporadicamente, é uma boa, mas ficar jogando balde de água a toda hora vai fazer com que a torneira, aquela fonte constante, pare de funcionar – e só volte a funcionar quando a banheira começar a esvaziar, ou seja, quando você ficar bem desmotivado e sem ânimo.

Nos primórdios da humanidade, esse mecanismo funcionava muito bem: o ser humano tinha lá sua cota de motivação pingando todo dia, de forma constante e, eventualmente, quando era necessário para sua sobrevivência, um up na motivação era muito bem-vindo. Por exemplo, quando estava com fome e precisava andar quilômetros e arriscar a própria vida em uma caçada ou quando precisava passar bastante tempo esfregando dois palitos para fazer fogo. Era um recurso de sobrevivência útil.

Porém, nos dias de hoje, com tecnologia e demais modernidades, é muito fácil conseguir os chamados “estímulos dopaminérgicos”, e normalmente eles são usados não como um boost para fazer um esforço extra, mas sim para conseguir uma sensação boa de forma natural – e geralmente desmedida.

São estímulos dopaminérgicos comer gordura, álcool, pornografia, sexo, drogas, compras, café, esportes radicais, internet, nicotina, uma fofoca, curtidas na sua foto em redes sociais e muitos outros estímulos da vida moderna que fazem jorrar Dopamina Fásica. E, metendo cada vez mais Dopamina Fásica para dentro, temos cada vez menos Dopamina Tônica. Ao não produzir mais (ou produzir pouca) Dopamina Tônica, ficamos reféns de estar sempre em busca de Dopamina Fásica para encher a banheira.

Nós estamos bagunçando nossa Dopamina e causando a nós mesmos uma infinidade de consequências negativas, entre elas diversos problemas mentais como depressão, e físicos, como obesidade. Ao bombar essa fonte externa de Dopamina, estamos matando nossa produção interna, responsável por manter os níveis de Dopamina dentro do desejável e estáveis.

Quer um sinal bastante relevante para saber se você está bagunçando sua Dopamina? Observe se você precisa sempre estar fazendo alguma coisa (acessando internet, comendo, falando com alguém no WhatsApp, etc). Se sim, provavelmente você está constantemente em busca de um shot de Dopamina – e isso pode estar fazendo mal para o seu corpo e para a sua mente. Estudos indicam que a cada meia hora, em média, pessoas recorrem a algum estímulo dopaminérgico. E isso não é nada saudável.

E a tendência é que seja cada vez mais fácil conseguir um boost de Dopamina extra, jogando baldes e mais baldes para encher logo a banheira de água, pois publicidade, mídia e redes sociais tem total consciência desse mecanismo e o usam a seu favor. Basicamente, quando você quer que alguém consuma algo, apela para o estímulo dopaminérgico. Spoiler, sempre dá certo. Dá certo em massa. E nem estou fazendo campanha contra nada, apenas te alertando para a necessidade de entender o funcionamento, para não utilizar de uma forma nociva, já que estímulos para isso não vão faltar.

É bom, gera uma sensação boa, gostamos de fazer, mas… se a gente ficar enchendo a banheira artificialmente, a torneira que a deveria manter a banheira constantemente cheia para de funcionar e nós passamos a ficar dependentes desses estímulos externos, do balde de água, para ter a quantidade desejável de Dopamina no corpo. Isso nos escraviza, nos rouba tempo e energia

Isso, repetido habitualmente, cria um vício: quando a Dopamina cai, a gente se sente mal e procura estímulos externos (jogar um balde de água para encher a banheira). Ao procurar cada vez mais estímulos externos, cada vez menos nosso corpo produz Dopamina Tônica. E isso, meus queridos, além de levar a um desequilíbrio no corpo, leva a coisa pior: o vício em conseguir fontes externas de Dopamina.

Todo vício é ruim, toda dependência é nociva. E este vício, como qualquer outro, também demanda cada vez mais para conseguir o efeito desejado: o que se usa hoje para conseguir Dopamina, em algum tempo não será suficiente e você precisará de mais estímulos. E mais, e mais… entende onde isso pode acabar?

Por exemplo, se hoje ver uma foto de mulher pelada aumenta sua Dopamina, em algum tempo não vai ser mais suficiente. Você migra para vídeos, que, em algum tempo não serão mais suficientes. Daí a pessoa vai ter que procurar por vídeos bizarros ou coisa pior, sempre em busca de mais uma dose de Dopamina. É como o drogado que no começo usa a droga para se sentir bem e, depois, precisa usá-la (em quantidade cada vez maiores) apenas para não se sentir mal.

Além de ser algo que escraviza, também prejudica a vida social da pessoa, uma vez que, quando uma mulher pelada não é mais o suficiente para te motivar, dificilmente você vai conseguir ter um relacionamento funcional. E, como seu corpo parou de fabricar a Dopamina Tônica, se você não ficar jogando a Dopamina Fásica o tempo todo, vai se sentir mal, desmotivado e compelido a procurar por mais Dopamina Fásica.

E aqui está o pulo do gato deste texto. Duas coisas que você tem que memorizar e levar para o resto da vida: 1) Mesmo que você não jogue Dopamina para dentro, seu corpo vai fabricá-la e equilibrar as coisas novamente, é só você dar um tempo e segurar a onda de ficar um período em privação e 2) Dá para encontrar outros estímulos dopaminérgicos que sejam bons para sua saúde física e mental, usando-os com moderação. Isso ajuda a equilibrar sua vida, obtendo um pouco ali, um pouco ali, de forma mais saudável.

Então, essa sensação de “eu tenho que” (acessar rede social, tirar selfie, fumar um cigarro, comer um chocolate, olhar pornografia, tomar um café ou qualquer outra coisa que eleve sua Dopamina) é temporária e passa. É só segurar o rojão, seguir em frente, que o corpo se encarrega de jogar Dopamina e equilibrar a situação.

Parece óbvio, mas, como todo viciado, quando a pessoa está na fissura para conseguir mais uma dose, ela pensa que se não conseguir, vai se sentir feito um lixo para o resto da vida. Não vai. Vai passar. E, sabendo que vai passar, é mais provável que você consiga resistir e não fazer uso excessivo de estímulos dopaminérgicos.

A outra solução é buscar Dopamina em algo que seja mais saudável e que te faça bem. Por exemplo, praticar alguma atividade física que gere prazer pode ser tão dopaminérgico quanto fumar um cigarro ou beber álcool. Mas, para isso, é preciso que a atividade física (ou, qualquer que seja o substituto) seja algo que proporcione prazer. Pensar em fazer aquilo tem que te gerar uma expectativa de recompensa.

Tem um experimento que ilustra isso muito bem: ratinhos de laboratório adoram correr naquelas rodinhas, para se exercitar. Mediram os níveis de dopamina de ratinhos que se exercitavam e eles estavam altos, aumentavam com esse estímulo.

Mas, se você amarrasse um rato no outro, de modo que se um resolvesse correr, o outro tinha que correr junto, apenas o ratinho que tomava a iniciativa de correr (ou seja, aquele que queria fazer aquilo) teve a Dopamina aumentada. No outro, a Dopamina despencou absurdamente. Então, não é tanto sobre a atividade em si e sim sobre querer muito fazer algo.

E, para encontrar novas atividades que proporcionem prazer, você tem que se obrigar a experimentar coisas novas. Isso dá trabalho, normalmente as pessoas ficam resistentes. Por qual motivo vou ter o trabalho de experimentar coisas novas, procurar, testar, se eu sei que fazendo x, x e y eu fico feliz? Por ser um vício. Por isso te fazer mal. Por estar fodendo com toda a química do seu cérebro.

Se fosse tão fácil todo mundo fazia. Quem não quer substituir cigarro por atividade física? O problema é que o mecanismo da Dopamina funciona de forma cruel. Apenas para fins didáticos, vamos imaginar uma “escala” de Dopamina: 10 ela está cheia e você está muito motivado e feliz, 0 ela está no seu nível mais baixo e você está desmotivado e infeliz.

Pois bem, vamos imaginar que sua Dopamina está no nível 5. Você sente necessidade de aumentá-la através dos estímulos dopaminérgicos de sua preferência, que você sabe que funcionam, mas que são nocivos para seu corpo. Um cigarro funcionaria joinha e jogaria sua Dopamina de 5 para 10.

Mas, em vez de sucumbir a esse desejo, se você vai fazer uma atividade nova na expectativa de receber uma “recompensa”, mais Dopamina. Se por uma infelicidade essa atividade te desagradar e não gerar a recompensa esperada, não é que sua Dopamina não sobe e continua em 5: ela cai. E cai muito, fazendo você ficar ainda pior. Se antes você era um 5, agora você será um 1. E esse 1 é sofrido. Ser um 1 quando podia ser um 10 é sofrido.

Por isso quando nossas expectativas são frustradas ficamos tão putos. Não é que deixamos de ganhar algo, é que além de não ganhar perdemos. Nossa Dopamina vai para o chão e, de alguma forma, sabemos disso pois nos sentimos um lixo. Uma situação que você sabe que vai te fazer sentir um lixo desperta fúria, raiva e irritação.

Por isso as pessoas têm tanta resistência em tentar coisas novas e preferem ir no certo, pois alguma vez já devem ter tentado e foi extremamente frustrante. A vida é assim, meu povo. Se você quer parar de destruir seu corpo e bagunçar com a química do seu cérebro, pode ser que precise amargar um período de menos Dopamina.

Entenda uma coisa: nosso cérebro só é estimulado por coisas nas quais ele vê uma recompensa. Se você quer aumentar as chances de se engajar em qualquer atividade (dieta, exercício ou até passar em um concurso) você tem que relembrar ao seu cérebro constantemente da recompensa. Se a recompensa não for visualizada (e você não sentir que é uma recompensa), provavelmente vai te faltar motivação.

E eu dei a sugestão de atividade física como substituto apenas para fins didáticos, pois não adianta ficar viciado em atividade física, isso é péssimo para química cerebral e para o seu corpo também. Sabe aquela pessoa que parece viciada em colocar o corpo a prova? Começa a fazer trilha, depois isso não basta e ela começa a escalar, depois isso não basta e ela quer escalar o Everest, pular de paraquedas e saltar de bungee jump. Não é sobre o estímulo dopaminérgico em si e sim como nós o utilizamos.

No pior dos mundos, pode acontecer da pessoa ficar tanto tempo buscando estímulos externos que, quando por algum motivo não pode mais fazê-lo e se depara com a carga de Dopamina natural do seu corpo, ela não é mais o bastante. A pessoa passou anos dando baldada de Dopamina o tempo todo e a pessoa aprendeu que bem-estar é aquela dose altíssima de Dopamina. Nesse caso, é preciso uma grande reeducação mental, pois não é viável passar uma vida disparando Dopamina de forma artificial no seu corpo.

Cada um de nós possuí um nível médio de Dopamina natural, nascemos com ele. Alguns tem mais Dopamina naturalmente (são pessoas mais motivadas, mais produtivas), outros possuem menos Dopamina (são menos motivadas, menos proativas), por isso não é saudável se comparar com outras pessoas que dão conta de fazer isso ou aquilo. Cada um tem seu tempo, cada um tem sua produtividade e querer mudar isso na marra vai custar muito caro, definitivamente não vale à pena.

Para completar o combo de danação da sociedade moderna, descobriu-se que estresse mata neurônios dopaminérgicos (produtores de dopamina), ou seja, se a pessoa passa boa parte da vida estressada, ou passa por um período de grande estresse, seu corpo passará a produzir menos dopamina dali para frente. A banheira nunca estará cheia naturalmente, inclusive, pode ser que pingue pouco e ela fique bem vazia.

Se esta era uma pessoa que já tinha níveis naturalmente baixos de Dopamina, isso pode ser um grande problema. Há quem acredite que esse é o principal motivo para que vejamos a atual epidemia de depressão, (entre outros problemas de saúde). O corpo já não era um bom produtor, daí a pessoa vai e quebra a fábrica com estresse. Por isso, nunca encare estresse como algo inerente à vida ou inevitável. Tem que evitar sim. Ele pode causar danos irreversíveis que vão prejudicar sua qualidade de vida para sempre.

Esse é um dos motivos pelos quais de tempos em tempos temos textos relembrando a importância de cuidar da sua mente, de buscar ferramentas para viver melhor, sem tanto estresse: o dano pode ser permanente. Por sinal, tudo que diz respeito à química cerebral pode ser irreversível: são portas que, uma vez abertas, dificilmente alguém vai conseguir fechar.

Uma pessoa com depressão pode manejar isso muito bem e ter uma vida normal, mas ela sempre será propensa à depressão, é algo que provavelmente vai demandar cuidados para o resto da vida. Então, pare agora e repense sua vida.

A mensagem deste texto é: não bagunce sua química cerebral, uma hora o dano pode ser permanente. Evitem ao máximo usar estímulos dopaminérgicos como droga, resistam ao impulso viciado do corpo e tenham em mente que, se parar de dar boost de Dopamina externa, o corpo vai se encarregar de fazer um reequilíbrio. Você não precisa desses estímulos externos constantes, é apenas um vício e, como todo vício, te faz mal.

Da mesma forma, fazer o chamado “jejum de Dopamina” é igualmente desaconselhado. Ficar isolado, sem estímulo algum, para que depois os estímulos comuns tenham um impacto maior é desaconselhado. Vamos resumir: manipular para mais ou para menos a Dopamina do seu corpo é desaconselhado. Não mexa com a química do seu cérebro, pode dar problema.

Estou dizendo para nunca mais abrir redes sociais, nunca mais beber, nunca mais fazer algo? Não. Estou dizendo para não usar como um viciado, como gratificação, como forma para camuflar problemas ou questões, como meio para se sentir bem. Esteja bem naturalmente, sem depender de estímulos externos, caso contrário você vai acabar causando danos irreversíveis ao seu corpo e a à sua mente.

Agora você sabe como funciona. Agora você tem as ferramentas. Cuide bem do seu corpo e da sua mente.

Para dizer que você para na hora que quiser, para dizer que escolhe não acreditar em nada disso para não parar de alimentar seus vícios ou ainda para dizer que é por essas e outras que pessoas procuram por estímulos cada vez maiores, como colar o cu com superbonder: sally@desfavor.com

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Comments (8)

  • Nossa, será que estive viciada em atividades físicas sem saber anos atrás? Absolutamente precisava fazer HIIT e musculação com muita frequência, prestava mais atenção a quanto aquilo me desafiava do que ao efeito estético no meu corpo. Depois, notei que ficava mais propensa a instabilidade emocional e até tive uma crise de ansiedade quando precisei faltar a academia.
    Mantive uma rotina maluca de exercícios durante a quarentena e só parei por ter lesionado os joelhos. Tive de passar alguns meses sem atividade alguma além de fisioterapia e leves caminhadas para parar de sentir dor, e foram meses bem difíceis. Mas passaram, e hoje tenho uma relação muito mais saudável com exercícios.
    A única desvantagem é que minha fome foi quase toda embora junto com a musculação e agora estou um pouco mais magra do que gostaria de estar… mas deve ser melhor resolver isso do que uma bagunça de dopamina, não é?

    • Atividade física gera bem-estar, é esperando que a pessoa que faz atividades regulares e para sinta falta dessa sensação. A questão é: você dependia de determinada atividade física para estar bem e ser feliz? Se sim, talvez fosse um problema, caso contrário, tudo normal. Independente da situação, acho que você já tem tudo sob controle!

  • Isso de haver dois tipos de dopamina, a de Disparo Tônico e a de Disparo Fásico, é novidade para mim. E, pelo que li, o segredo para não bagunçar a nossa química cerebral é o mesmo que também se aplica a muitas outras coisas da vida: um tripé que consiste em parcimônia, bom senso e equilíbrio. Ah, e como informação nunca é demais, já estou espalhando o link deste texto para todo mundo que eu conheço; porque a quantidade de gente com problemas sérios relacionados a isso que há por aí é assustadora.

    • É preciso entender que nosso corpo foi projetado para uma finalidade, se a gente der um uso muito discrepante (ex: ficar sedentário só comendo e vendo tv) teremos problemas. É preciso aprender a fazer bom uso do corpo e balancear isso com a sua realidade.

  • Texto muito informativo. E fazer “jejum de Dopamina” seria mais ou menos como praticar o tal do “No Fap”? Afinal, pessoas que se masturbam compulsivamente também estão sempre “jogando baldes de Dopamina Fásica” em suas “banheiras” (orgasmos). Mas esse prazer que sentem tende a ser capaz vez mais efêmero e menos intenso, ao mesmo tempo em que a vontade de buscar estímulos reais (nesse caso, sexo de verdade) diminui até cessar completamente. E tanto o jejum de Dopamina” quanto o “No Fap” seriam formas radicais de tratar vícios que bagunçam a química cerebral, sendo, portanto, desaconselhaveis. Estou certo?

    • O “No Fap” não se justifica. Masturbação não é nociva de forma alguma (a menos que seja um vício, ou seja, algo que se a pessoa não fizer ela fica mal, fica disfuncional). O problema maior é o estímulo que se usa para a masturbação. Se for a sua imaginação, não acontece nada. Mas se forem estímulos muito frequentes como fotos, vídeos, fatalmente a pessoa vai ter que procurar coisas cada vez mais explícitas, mais diferentes, mais impactantes, gerando esse mecanismo viciante e provavelmente atrapalhando a vida real da pessoa.

  • Eu precisava ir pra academia pra ficar sarado e pegar todas as minas e os caras que eu quiser, isso seria a recompensa, mas mesmo assim eu não tenho ânimo.

    • Você está cuidando do seu corpo direitinho? Dorme pelo menos 8 horas, se alimenta bem, não fica jogando baldada de Dopamina Fásica o tempo todo? Tem uma série de fatores que são essenciais para que seu corpo tenha um mínimo de condições de se exercitar.

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