Desfavor Explica: Serial Killers.
| Sally | Desfavor Explica | 184 comentários em Desfavor Explica: Serial Killers.

Nossa semana comemorativa prossegue. E já que é para falar de mundo cão, falemos de sua face mais difícil e problemática. Bonitos, sedutores, bem articulados, convincentes, manipuladores e socialmente admirados, porém, nas horas vagas, matam. Desfavor explica: serial killers.
Serial Killer, ou Assassino em série, é um criminoso que comete homicídios de forma regular observando determinado padrão, compelidos por motivos pessoais. Na maior parte das vezes são classificados como psicopatas ou portadores de alguma patologia, como por exemplo uma psicose. Mas isso não quer dizer que eles necessariamente aparentem estes desvios, frequentemente se escondem entre nós e ninguém percebe do que são capazes. Pior: frequentemente eles se destacam entre nós e algumas vezes exercem até cargos de chefia.
Geralmente se dividem em serial killer psicótico, aquele que escuta vozes, tem alucinações e mata no meio de um delírio sem muita noção da realidade ou do alcance daquilo que está fazendo e serial killer psicopata, que sabe muito bem o que está fazendo, agindo por maldade, crueldade. Este tipo psicopata costuma ter uma habilidade social muito grande, pois passou a vida toda tentando perceber o comportamento esperado pelos outros para simulá-lo. Costumam ser pessoas muito sedutoras à primeira vista, bem articuladas e inteligentes. É muito fácil distingui-los em ação: o psicótico não tem a menor preocupação em acobertar o que faz, ele está transtornado pelas alucinações. O psicopata costuma planejar e acobertar seus atos. Como os psicopatas são a regra geral, focarei neles.
As escolhas dos serial killes sempre tem um denominador comum, seja a vítima, seja o local do crime, o motivo ou o modo como o crime é cometido. Os assassinatos seguem um padrão, que nem sempre é detectável com facilidade, principalmente quando o criminoso é inteligente (e a polícia não…). E, vamos combinar, se ele conseguiu matar quatro ou cinco vezes sem ser pego, deve ser inteligente. Como eu disse, a grande maioria são psicopatas, ou seja, pessoas incapazes de sentimentos morais como culpa, remorso e compaixão, o que facilita seu trabalho, pois lhes permite uma frieza e um distanciamento peculiares. Vejam bem, nem todo psicopata mata, mas quase todos os assassinos em série são psicopatas.
Essa propensão a se tornar um psicopata e assassino em série pode se manifestar desde a infância, razão pela qual muitos concluem que exista um componente genético que, quando combinado de forma desfavorável com a questão social, pode fazer aflorar esse comportamento. Os psicólogos gostam desse termo: combinação de fatores. Aparentemente ninguém nasce “condenado” a ser um serial killer por causa de sua genética assim como nem todos os que sofrem traumas e abusos acabam obrigatoriamente virando assassinos em série. Ocorre basicamente quando neguinho já nasceu meio transtornado e alguém vai e sacaneia forte chutando o pau de uma barraca que nunca foi muito estável. Junta a fome com a vontade de comer e algo se desequilibra, se quebra, se caga. E depois que esse algo se caga, grandes chances da pessoa estar cagada para sempre.
Alguns comportamentos podem indicar uma tendência para futuros problemas, como por exemplo a chamada “Tríade de MacDonald”. Não, comer hambúrguer não vai te tornar um assassino, o nome veio do estudioso que primeiro catalogou os denominadores comuns aos psicopatas em sua infância: John Marshall MacDonald. Esta tríade consiste na coexistência de três comportamentos na infância: fazer xixi na cama em idade onde isso já não é mais considerado normal, incendiar ou destruir coisas alheias e maltratar animais de estimação. Estes comportamentos não são uma sentença de sociopatia, são apenas um denominador comum que costuma estar presente na vida dos assassinos em série. Digamos que seja uma placa de atenção que todos os pais deveriam saber ler. Em tese, os primeiros sete anos de vida seriam os mais cruciais para estar atento a este tipo de comportamento e à formação da personalidade da criança.
O serial killer normalmente atua sozinho e seus assassinatos costumam ter algum tipo de “assinatura”, alguma marca em comum que deixa em todos os seus crimes. Pode ser a escolha da arma, pode ser um objeto que deixa no local, pode ser qualquer coisa que ligue o crime a ele. Normalmente eles sentem algum prazer ou compulsão por planejar meticulosamente seus atos, de modo a cometer o crime e ainda dar uma trolladinha na polícia deixando um easter egg, uma informação indireta. Um deboche: ele assina a merda que fez e fica feliz da vida que ainda assim não conseguiram prendê-lo. Isso eleva sua auto-estima e lhe dá sensação de poder.
A maior parte dos assassinos em série aprende a conviver socialmente, muitas vezes simulando sentimentos como compaixão e empatia, por perceberem que é isso que se espera deles. Observam a reação dos outros ao longo dos anos e emulam uma condizente com a situação, mais ou menos o que homem faz com mulher no primeiro encontro: enganam fingindo serem bacanas e só depois de um tempo é que você percebe que aquela gentileza toda era só encenação. Ao longo dos anos podem ficar muito bons nisso. Justamente por fingir sua vida toda, são excelentes mentirosos. Enganam pessoas próximas como esposa e mãe, porque não enganariam a gente?
Uma curiosidade: Os EUA, que são responsáveis por pouco mais de 5% da população mundial, são os maiores produtores de serial killer de todo o mundo. É dos EUA que saem 84% dos assassinos seriais. Parece uma sociedade saudável para você? Parece um bom lugar para mandar seu filho fazer “intercâmbio cultural”? Já que eles são os maiores produtores e autores do termo “serial killer”, nada como beber da fonte e ouvir a definição deles. Segundo o FBI, tecnicamente, são necessários três requisitos para que alguém possa ser chamado de serial killer: 1) quantidade de assassinatos (devem ser mais de três) 2) diversidade de cenário (os assassinatos devem ocorrer em locais diversos) 3) tempo entre eles (que pode ser de horas, dias ou anos – é o chamado “colling-off period”)
Por mais subjetivo que isso seja, após muito estudo conseguiu-se traçar algumas tendências dos assassinos em série. Claro que em matéria de ser humano, tudo é possível, nada é matemático. A existência de tendências não excluí a possibilidade de exceções. Mas a regra geral é um bom ponto de partida. Por exemplo, um serial killer tende a matar pessoas de sua etnia. Se for branco, mata branco. Seus motivos geralmente são de cunho psicológico e na cena do crime quase sempre há manifestações ligadas a sadismo e/ou questões sexuais. Um exemplo clássico, que virou referência de livro didático, foi o caso de um serial killer que sofreu sérios maus tratos na infância e depois de adulto matava mulheres cuja feição lhes lembrasse à sua mãe. É um exemplo bem básico, normalmente são mais sofisticados do que isso.
Ao que tudo indica, nos estudos feitos com assassinos em série, o assassinato em não costuma ser o desejo principal do criminoso e sim um meio para alcançá-lo. O que eles buscam, direta ou indiretamente é poder, é ter o poder de cruzar a linha do proibido. A sujeição de outra pessoa, o medo que lhe causam. De alguma forma torta isso lhes dá um reforço na auto-estima, lhes dá uma falsa sensação de autoridade, de estar no controle, no comando. Frequentemente a morte das vítimas está mais associada a um desejo de humilhá-las do que propriamente de tirar suas vidas. A recompensa não é financeira, é emocional. É como se, de uma forma muito torta, ele “virasse a mesa”. Durante a infância ele estava no papel de vítima, agora é ele quem dá as cartas. Redenção na forma de crime. Não é bem uma escolha, é um mecanismo doentio de uma mente abusada combinado com um destrambelhamento genético qualquer.
Por favor, não me decepcionem. Saibam interpretar o que vou dizer. A análise criminológica indica que assassinos em série costumam estar inseridos em um determinado padrão. Evidente que existem exceções, porém também existe um perfil que costuma ser mais recorrente entre serial killers: a maior parte são homens, jovens, brancos, com inteligência acima da média, costumam atacar mulheres e cometem seus crimes antes dos 30 anos. Não estou dizendo que todos são assim ou que todos os que tenham esta característica sejam assassinos. Estou dizendo que, dentro os assassinos em série, estas são as características mais recorrentes.
Os mecanismos psicológicos que fazem uma pessoa meio borderline com uma infância difícil virar serial killer são complexos demais para serem tratados em poucas linhas, ainda mais por uma leiga como eu. A grosso modo, como eu disse, são mecanismos onde ele revive os abusos sofridos, só que desta vez na condição de agressor. Porém nem sempre se trata de mera repetição: se apanhou bate, se foi estuprado estupra. Muitas vezes é bem mais complexo.
O numero de mulheres como serial killers é muito inferior ao de homens. Aproximadamente 10% dos assassinos em série são mulheres e seus métodos geralmente são menos violentos, como por exemplo o uso de veneno. São mais discretas, por isso mais difíceis de apanhar. Há uma teoria que defende ser proporção se serial killers homens e mulheres a mesma, com a diferença de que as mulheres dificilmente são incriminadas. Dizem ainda que a “assinatura” (a marca que a identifica no crime) da mulher serial killer é a mesma a vida toda, não muda, enquanto que a do homem poderia sofrer pequenas mudanças ao longo dos anos. Não gosto muito dessas generalizações, mas, em todo caso, até no crime mulher é mas fiel do que homem.
O ponto forte do serial killer é sua aproximação. Na maior parte dos crimes não se constata qualquer sinal de luta nas vítimas, mesmo quando elas não conheciam o assassino. Daí se depreende que o serial killer tem um abordagem pacífica e inspira confiança. As habilidades sociais dos assassinos em série são tão impressionantes que durante seu julgamento família, amigos, cônjuges, vizinhos e conhecidos sempre depõe a seu favor atestando que nunca houve qualquer indício de que ele poderia fazer algo assim. Dificilmente agem em grupo, no máximo contam com eventual ajuda de uma namorada ou namorado, mas como regra agem sozinhos mesmo.
A primeira vítima de um serial killer abre uma porta que não se fecha mais. Não há relatos de alguém com esta tendência que tenha conseguido parar após de seu primeiro assassinato. Depois que matam uma vez é como se disparasse um gatilho e é praticamente certo que ele voltará a matar novamente, provavelmente para o resto da vida. Mesmo sabendo que em algum momento serão pegos, eles simplesmente não conseguem parar. Param quando morrem ou quando as circunstâncias os obrigam, como por exemplo, quando são presos. Mas a compulsão fica latente e é possível que se ele sair de lá vinte anos depois volte a matar caso se depare com seu perfil de vítima.
Quando um assassino em série pratica diversos homicídios sem ser pego, é comum que comece a deixar cada vez mais pistas, para tornar o jogo cada vez mais perigoso (ou porque no fundo querem ser pegos, não sei). Com o tempo, o intervalo entre as mortes tende a diminuir, a medida em que o assassino vai pegando a prática. Após cometer o assassinato, ele volta automaticamente à sua rotina normal. Não esboça qualquer reação perceptível, é capaz de aparentar total normalidade. É o que chamam de “slip back”. A vida segue como se nada.
Se você está se relacionando de alguma forma com alguém que acredita ser um serial killer, saiba que ele não vai parar. Está fora de seu alcance escolher parar. Quando a pessoa se deparar com uma nova vítima que se encaixe no seu perfil, ele vai voltar a matar. Afaste-se e se possível denuncie. que o assassino vai pegando prática.
Para piorar a situação, eles geralmente tem uma vertente meio subcelebridade, que deseja se afirmar por fama ou algum tipo de notoriedade, alimentado pela industria cinematográfica e da mídia que insiste em dar uma aura de glamour a serial killers. Não tem que dar espaço para esse tipo de criminoso. Não quero dizer que não se deva noticiar, quero dizer que não se deva noticiar O criminoso. Atualmente a criminologia discute se a exaltação da mídia poderia ser um terceiro fator desencadeante desta psicopatia, além de alguma questão genética ou abusos na infância. Em conjunto ou de forma separada, a glamurização pode ser passível de desencadear um processo que desperta o desejo de promover assassinatos em série. Tudo aponta para o sim. O que seria uma doença comportamental ou genética caminha para ser também uma doença social. Depois ficam dizendo que mídia não prejudica ninguém, que “lê quem quer” ou “Vê quem quer”. Negativo. A mídia afeta e adoece a sociedade.
Na década de 70 o FBI criou um setor específico para estudos comportamentais voltados a desvendar serial killers. Desde então vem desenvolvendo estudos com assassinos em série tentando encontrar denominadores comuns entre todos e entender seu modus operandi. Hoje, esta pesquisa é o que há de mais sólido sobre serial killer e é muito interessante, quem puder ler, recomendo. Foi graças a ela que conseguiram capturar o que teria sido o maior serial killer americano, Henry Lee Lucas, que matou cerca de uma pessoa por semana de 1975 e 1983. Sim, ele passou oito anos matando uma pessoa por semana sem ser pego. *penando no que Alborghetti diria ao ler isto
Segundo estudos realizados não apenas nos EUA mas também na Europa, o número de assassinos em série vem crescendo vertiginosamente desde a década de 70. Porém, há quem conteste dizendo que não cresceu nada, que apenas tem mais gente no mundo, então tem mais assassinatos também, sem contar que hoje com a tecnologia disponível é mais viável relacionar assassinatos entre si que antigamente não seriam relacionados. Quando você consegue identificar o DNA da cena do crime tudo fica mais fácil. Entretanto, o entendimento majoritário é que sim, o número de serial killers vem crescendo.
O serial killer mais famoso da história talvez tenha sido Jack o Estripador. Não matou muito, pouco mais de dez mulheres, mas nunca foi preso, e olha que tinha bastante gente caçando ele e ele próprio chegou a mandar cartinha para a polícia. O serial killer que mais matou foi o indiano Thug Behram, estrangulou 931 pessoas, entre 1790 e 1830. Ele usava uma faixa amarela e branca para quebrar o pescoço das vítimas (teoria: o vizinho dele ouvia Zeca Pagodinho no volume máximo e essa música maldita o inspirou). Na categoria feminina a recordista é Erzsébet Báthory, uma nobre polonesa do século 17 que matou aproximadamente 600 mulheres.
Quem faz faculdade de direito em algum momento vai ter a oportunidade de estudar uma matéria chamada Criminologia, uma ciência que estuda os crimes, a criminalidade e os criminosos. Recomendo a todos, mesmo a quem não está fazendo faculdade de direito. Se puderem se inscrever nessa matéria não vão se arrepender, é muito interessante. Do ponto de vista criminológico, há muita polêmica em torno da sua classificação do serial killer psicopata: doente mental? Louco? Anormal? Normal?
No direito brasileiro, compreender a mente do criminoso é fundamental, pois para aqueles que sabem o que estão fazendo e podem se comportar conforme aquilo que a sociedade espera deles existe a cadeia, em tese, para ressocializá-los. Para aqueles que não tem a capacidade de se portar como se espera ou não sabem o que estão fazendo, existem as Medidas de Segurança, ou seja, um tratamento que se dá a gente dodói da cabeça que por mais que você tente ajudar não é capaz de mudar. Então, o tipo de pena que a pessoa vai sofrer depende da compreensão do seus atos e da capacidade de se portar conforme esperado.
A coisa mais comum é que serial killers aleguem insanidade mental ao serem presos, mas a perícia criminal atesta que apenas 5% sofrem de alguma insanidade mental no momento do crime. Geralmente esses do tipo psicopata sabem bem o que estão fazendo, tanto é que tomam os devidos cuidados para não serem flagrados. O fato de ser mentalmente doente não quer dizer que ele não seja punível. Questão muito complicada, que, mesmo se respondida, acaba trazendo uma nova controvérsia.
Psicólogos costumam afirmar que um psicopata nunca vai se tornar uma pessoa normal, não há cadeia ou reflexão que o melhore, até porque ele não sente culpa, não se arrepende. No máximo ele vai aprender a simular o comportamento que se espera dele. Sim, ele se importa em ser preso, mas por razões egoísticas: ELE vai perder a liberdade. Mas não vai sair de lá melhor, inclusive são recorrentes os casos onde são liberados e voltam a matar seguindo os mesmos padrões. Logo, o que fazer? Tranca na cadeia, e como diz o Grande Mestre D´Alborga, paga comida, paga cobertorzinho por anos, para depois soltar e ele retomar de onde parou? Ao que parece, prender não adianta, porque ele não tem a capacidade de mudar, vai prender para que?
No caso de pessoas doentes, que precisam de tratamento médico em vez de prisão, a punição seria a aplicação de uma medida de segurança, com direito a internação por quanto tempo seja necessário. Aplica medida de segurança e interna? Mas, se a ciência não pode curá-lo, se não existe remédio, vai internar para que? Como se cura algo para o qual a psiquiatria e a psicologia já bateram o martelo e disseram não ter cura? Faz o que? Devolve para a rua? Ou paga para sempre a comida e cobertorzinho?
Complicado. Estamos sem opções. Mata? Abre esse precedente e permite que algo subjetivo como uma psicopatia dê carta branca para um Estado falho e corrupto matar um ser humano? Precedente perigoso. Amanhã podem dizer que eu ou você somos psicopatas. Faz lobotomia e o mantém morto-vivo abrindo outro precedente perigosíssimo de retorno às penas corporais? Mata? Aceito sugestões, porque eu não sei o que pensar. Povo da psiquiatria e da psicologia principalmente. Faz o que?
Acabou a era da criminalidade sócioeconomicamente motivada. A maioria esmagadora dos crimes hoje é causada pela necessidade de poder do criminoso.
Daqui de minha parte eu ainda gosto mais é de dinheiro. Mas só do meu.
Aposto que Sally ficaria muito feliz se acontecesse isso (ou não):
http://jesusmanero.blog.br/bomba-papa-bento-xvi-sera-assassinado-ainda-esse-ano/
Eu li essa notícia. Ficaria muito feliz mas isso está fantasioso demais para ser verdade…
Psicopatas normalmente se ‘entediam’ com facilidade exatamente pela falta de emoções: como não tem capacidade de reagir emocionalmente às situações, nada realmente os satisfaz. No caso dos assassinos, o ato de matar descarrega uma ‘adrenalina’ momentânea – depois que terminam seu ‘entretenimento’ e tudo volta à normalidade, cedo ou tarde tornam a matar porque o efeito é similar ao de uma droga. Alguns podem até achar alguma outra ‘distração’ entre um assassinato ou outro, no entanto cedo ou tarde voltam a matar. Há dois ótimos filmes austríacos sobre assassinos seriais que retratam os dois estilos citados no texto: ‘Angst’ (caso do psicótico-esquizofrênico, que tem compulsão por matar e sofre de alucinações constantes – o ator fez um trabalho excelente) e ‘Funny Games’ (o original, não o remake, sobre dois amigos psicopatas que, por diversão, enganam famílias em férias e as envolve em jogos doentios antes de matá-las).
esse caso se assemelha ao Funny Games: http://convulssion.wordpress.com/2011/12/17/the-maniacs-dnepropetrovsk/
Eu achei o Funny Games no Youtube completo
Vou tentar encontrar esses filmes!
Eu não tenho muita paciência pra ver filmes muito sérios, nem de psicopatas. O máximo que eu assisto é Dexter, assim mesmo porque é variado e sempre tem algum toque de humor.
Maria, vou começar a ver Dexter, porque todo mundo está elogiando muito. Dexter e Criminal Minds
Dexter meio que vira água com açúcar depois que se assiste a Angst, Aftermath ou Irreversível haha. Mas pra quem aprecia humor (negro), o Funny Games tem bastante.
Além do mais, a definição dada de psicopata como pessoas que se caracterizam “pelo desprezo pelas obrigações sociais e por uma falta de consideração com os sentimentos dos outros.” E que “são geralmente cínicos, manipuladores, incapazes de manter uma relação e de amar. Eles mentem sem qualquer vergonha, roubam, abusam, trapaceiam, negligenciam suas famílias e parentes, e colocam em risco suas vidas e a de outras pessoas.” Esta descrição pode se aplicar também a muitas pessoas tidas como “normais”, isto é, não consideradas, psiquiatricamente, como doentes; se aplicando muito mais a um tipo de MAU caráter, como o de muitos políticos corruptos e mentirosos, do que propriamente de um doente. Ou seja, não é uma descrição que defina, claramente, os que são psicopatas dos que não são. Porém, o conceito de maldade, como foi visto acima, cumpre bem esta tarefa, já que só podemos atribuir o conceito de maldade a alguém com saúde mental perfeita. Isto não quer dizer que um psicopata não possa praticar atos maus, e na verdade muitos o praticam; o que se questiona aqui é que sua doença, impossibilitando-os de abarcarem as exigências do conceito de maldade, os impede de serem configurados como pessoas más.
Ademais, creio também que há problema na relação entre doença e psicopatia, posto que a ideia usual de doença é tida sempre como um elemento exterior que não pertence ao próprio ser do portador, e que o degrada, como as doenças provocadas por vírus, bactérias, poluição, má alimentação, etc., ou mesmo algumas doenças mentais e cerebrais, mas que não pertencem a própria essência do portador, como então poderíamos aplicar o conceito de doença a ocorrências genéticas sem cairmos em erro; como é o caso da psicopatia, se esta faz parte do próprio ser; o mesmo ocorre também com a síndrome de down, ou com outra forma genética. É por este mal uso do conceito de doença que a psiquiatra Ana Beatriz define, como foi visto acima, a psicopatia como a “doença da maldade”. Então, seguindo este raciocínio, se a psicopatia é a doença da maldade, o psicopata então é a própria doença? Creio ser, antes de tudo, um erro lógico e ontológico, melhor seria dizer que o psicopata ou outra forma qualquer de mudança genética, não é um doente, mas sim uma nova forma genética, que pelos padrões usuais são indesejadas.
Bosco, uma nova forma genética muitas vezes é encarada como doença. Mudanças genéticas frequentemente são classificadas como doença, tais como Síndrome de Down e tantas outras…
Sally,
Nova ‘forma genética’? Como assim?
No comentário anterior o Bosco disse “melhor seria dizer que o psicopata ou outra forma qualquer de mudança genética, não é um doente, mas sim uma nova forma genética, que pelos padrões usuais são indesejadas.”
Eu não acho que o fato de ser “uma nova forma genética” exclua a doença. Justamente é uma doença por ser uma “anomalia” genética, como tantas outras que são encaradas como doença. Ele está preocupado, entre outras coisas, em não ferir os sentimentos dos parentes do psicopata com termos pejorativos.
Quanto a psicopatia é preciso fazer uma ressalva: o conceito de maldade é um conceito filosófico e jurídico, NÃO PSIQUIÁTRICO; é base, por exemplo, para definirmos atos criminosos; e apenas alguém com pleno conhecimento de sua maldade, com plena liberdade de escolha entre a bondade e a maldade, e pleno de valores morais poderia ser chamado de mau; e pelo visto não é o caso dos psicopatas. Tornando-se um equívoco a atribuição de “mau” a um psicopata, já que este conceito (maldade) depende de três características que me parecem não estarem presentes na própria definição de psicopatia, pois sabemos que:
Para que alguém seja considerado mau, torna-se necessário que este alguém tenha pleno conhecimento de seus atos e de sua maldade. Por isso não se pode chamar de maldade os atos violentos que por ventura um doente mental possa causar durante um surto de loucura. Também é necessário, para que o conceito de maldade possa ser corretamente aplicado a uma pessoa, que tal pessoa possa ser capaz de se decidir entre a bondade e a maldade. Por isso também não se pode chamar de mau a alguém que cometeu um ato mau, forçadamente, ou por ignorância; que não teve a liberdade de optar entre os valores de bondade e maldade, para que sua maldade possa ter sido intencional. Como o caso de alguém que usou de violência como autodefesa para manter-se vivo. E, finalmente, o conceito de maldade exige que a pessoa denominada de mau, seja portadora de sentimentos humanitários, haja visto que optamos entre a maldade e a bondade com base em tais sentimentos, ou melhor, maldade e bondade são correlativas. Estas exigências quanto ao conceito de maldade, parecem não combinar com o conceito de psicopatia – pelo menos com o conceito usual -, embora alguns psiquiatras, como Ana Beatriz, em seu livro Mentes Perigosas – o perigo mora ao lado, chegue, erroneamente, a denominar a Psicopatia como “doença da maldade”, já que, como pessoas isentas de sentimentos humanitários, como são definidos, os psicopatas não poderiam, com base em sentimentos humanitários, se decidir entre a bondade e a maldade. O psicopata, como portador de uma doença mental, e determinado implacavelmente por esta, não possuiria também a livre escolha entre bondade e maldade, ou, em outros termos, em optar entre ser ou não ser psicopata, ou ainda em outras palavras, em optar entre possuir ou não possuir a “doença da maldade”, uma vez que tal doença é tida como incurável. E, finalmente, como consequência destas duas últimas, ele seria incapaz de ter PLENO conhecimento de sua “maldade”, ou, possivelmente, da diferenciação entre maldade e bondade, ou pelo menos em um grau maior de consciência. Embora muitos afirmem o contrário, dando como exemplos, casos graves de crimes cometidos por psicopatas, em que estes usam de vários artifícios para driblar a lei, provando com isso terem pleno conhecimento de estarem fazendo algo errado. Mas estes ao driblarem as leis, não provaria seu pleno conhecimento de estarem fazendo algo errado, mas antes apenas se desvencilhando de um obstáculo para melhor cometer seus crimes? Isto é, o psicopata não relacionaria o driblar a lei com a maldade (posto que não possuiria a noção de maldade), mas sim com o driblar um obstáculo para melhor efetuar seus crimes.
Bosco, eles são maus, mesmo que não tenham a capacidade de compreender sua própria maldade…
A questão é que, é claro que os psicopatas causam problemas, inclusive assassinatos, disso não se discuti, mas o que eu fiz questão de tocar é que ainda é uma área cheia de erros de interpretação, e principalmente mal uso de determinados conceitos, como os de maldade e doença, mesmo quando é usado por importante profissionais da área, como a psiquiatra Ana Beatriz , pois como eu disse o conceito de maldade não pertence a psiquiatria, e quando é usado, fatalmente, gera erros.
Não acho que exista controvérsia alguma sobre isso na sua argumentação.
A questão da maldade é colocada porque se trata de um livro para leigos. Não é fácil escrever sobre um tema assim para leigos. A palavra que melhor dimensiona o comportamento de psicopatas para os leigos é “maldade”.
Tá legal, aceito seu argumento, mas bem que ela, Ana Beatriz, deveria ter mais cuidado com esse termo, pois ao mesmo tempo não é agradável a uma mãe de um psicopata ouvir tal comentário, e são por esses comentários que o termo se desgastou e tornou-se obsoleto; hoje é chamado de Transtorno de Personalidade antisocial. Quanto a relação de doença ao T. P. A, espero que seja revisto e mude, bem como sua relação a outras formas genéticas também. Os “doentes” ganhariam bem mais em respeito, e a medicina daria um passo a mais em direção ao progresso.
Nossa, Sally! Adorei o texto, com certeza vc já deve ter lido “Mentes Perigosas, o psicopata mora ao lado” da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva. Um livro que inclusive eu indico muito para as pessoas, acredito que todos deveriam ler, homens e mulheres.
Como eu já te disse, não é a minha área, mas são pessoas que devem ser mantidas sim em isolamento, longe do convívio em sociedade. Mas isso não quer dizer, aí vem o meu posicionamento, por mais caro que seja, veja bem, se os gastos deveriam ir para escolas hospitais que é um aspecto bem mais complexo que só hospitais, no caso, as especificidades de doenças, remédios caros, doenças raras, por que não um complexo de cuidado aos sociopatas? Por mais desagradável que seja admitir isso, assim como temos nossa responsabilidade nos impostos que pagamos, isso inclui a responsabilidade ao fim que será dado a essas pessoas.
De fato não existe tratamento, e digo mais, não é aconselhável que fiquem em grupos, pois por mais que atuem sozinhos, unidos eles crescem em perversidades. Como aquele provérbio Chinês, só que na velocidade cinco: “… Se dois homens vêm andando por uma estrada, cada um com uma idéia, e, ao se encontrarem, trocarem as idéias, cada um vai embora com duas idéias.”
A sua informação é certa Sally, usam a terapia, o conhecimento adquirido como arma para manipular o outro.
Um ponto essencial que encontrei naquele livro que citei acima, que a princípio parece um livro de autoajuda, mas me surpreendeu porque não é um manual de sobrevivência, Foi o fato da psiquiatra afirmar que a arma mais poderosa para nos defendermos dessas pessoas é o AUTOCONHECIMENTO. A pessoa que se conhece dificilmente vai permitir a entrada dessas pessoas manipuladoras em sua vida, pois em algum momento ela percebe que tem algo errado. Outro ponto, que achei legal ela citar foi o “não querer mudar o que não pode ser mudado”, eu sempre falo, precisamos sempre, até com a nossa mãe, definir limites de responsabilidade entre vc mesmo, e a pessoa que se relaciona com vc. E isso só é possível quando a gente se conhece.
Ah… vc viu o e-mail que te mandei?
Não, vou abrir já já e ainda hoje te respondo!
Adoro todos os livros da Ana Beatriz Barbosa Silva. O “Mentes Inquietas” é o livro mais claro e preciso sobre DDA. Ela escreve de forma simples e didática.
Além do autoconhecimento, acho que SEMANCOL também ajuda. O que se passou na cabeça daquelas BARANGAS abordadas pelo Maníaco do Parque dizendo que elas eram lindas e tinham perfil de modelo para topar entrar no mato com ele e fazer algumas fotos? Gente, não tem espelho em casa não? Discernimento, meu povo, discernimento!
HAHAHAHA
Já respondi seu e-mail!
Eu vi!!!! Respondi tb.
Você está no Rio? Cuidado, restaurantes como o Sushi Leblon estão fechando as portas, algo estranho acontecendo. Movimentação estranha após anuncio da greve da polícia.
Palhaçada, hein? Pqp…
“Venha viver com medo, venha ao Rio de Janeiro”
Piadinha que corria na época aqui em SP…diálogo entre o doidão e sua candidata a modelo…
– Ai Francisco, to com medo de entrar nesse mato aí, tá escurecendo…
– Ce ta cum medo? E eu que vô te que voltá sozinho???
Olha, francamente, pode soar meio Rafinha Bastos, mas aquele bando de mulher HORRENDA jamais poderia acreditar na possibilidade de se tornarem modelos. Porra! Nunca viu uma capa de revista não? Um outdoor publicitário? Não perceberam a discrepância entre o que estampa a revista e o que viam no espelho? Inaceitável. Prêmio Darwin para elas.
Sally. O texto ficou muito legal, parabéns.
No entanto, parece que há um problema em um dos seus dados. “O serial killer que mais matou foi o indiano Thug Behram, estrangulou 931 pessoas, entre 1790 e 1830.”
O Thug Behram não matou ele próprio 931 pessoas. É sabido que ele estrangulou muita gente, mas não chega nem perto de 100 pessoas, mas como era chefe de uma seita que cometia assassinatos (e os presenciava), ele foi responsável por 931 mortes. No entanto, apenas ser responsável por um número absurdamente alto de mortes não faz dele um serial killer por si só. Como ele matou, com suas próprias mãos, aproximadamente 100 pessoas, sim, ele é um serial killer. Mas não o maior de todos. O maior matador (com mortes comprovadamente feitas por ele) até hoje é o Luis Garavito, com score 138, da Colômbia!
Abraços!
Hudson, eu li que ele esteve diretamente envolvido em todas as mortes. Legalmente, ele matou. Não precisa matar com as próprias mãos para ser considerado o assassino de alguém. As mortes estavam motivadas por sua compulsão ou eram cometidas ao acaso?
Se for considerar o número de assassinatos cometidos exclusivamente pelo serial killer com suas próprias mãos, o vencedor não seria o Henry Lee Lucas?
Legalmente falando, acho que você está certa. Mas para poder dar um diagnóstico psicológico ou psiquiátrico, os parâmetros legais não entram em pauta. Então, nesse sentido, o Behram não seria o mais fodido dos caras.
Com relação ao Henry Lee Lucas, esse cara é um mistério. Ele foi indiciado por 189 mortes, mas não sei quantas de fato conseguiram provar. A grande merda da história dele é que, até onde eu sei (via internets da vida, e alguns livros que já li), ele levou a polícia à vários locais com corpos de pessoas assassinadas enterradas, mas não havia nenhuma outra evidência de que ele realmente as tenha matado. Ele confessou, inicialmente. No entanto, vários anos depois, ele escreveu uma carta retirando a confissão inicial, dizendo que queria apenas chamar atenção e fazer sucesso. Bom… caso ele realmente tenha matado as 189 pessoas, ele é sim o rei da cocada preta dos assassinos.
Hudson, quando eu li a história do Henry Lee, eu presumi que se ele sabia onde estavam os corpos enterrados, era bem provável que ele os tivesse matado.
Pergunta de leiga: se um conjunto de pessoas assassina em série com objetivo de alimentar algum tipo de ritual de seita, são serial killers? Porque essa me parece ter sido a forma de atuação de Charles Manson e sua “Família” e ele é descrito como serial killer…
Sally, de fato o termo SERIAL KILLER (ou assassino em série), não é uma classificação nosológica da Psiquiatria ou da Psicologia. Portanto, a forma de se classificar é bastante variável. No entanto, independente da linha de pensamento, há um conjunto de fatores comumuns em todas as áreas que estudam criminalidade e psicopatologias relacionadas à criminalidade: Matou mais que três pessoas, voluntariamente, em situações “corriqueiras” (então exclui-se guerra, etc), adotando um certo modus operandi, já pode ser considerado um assassino em série. Claro que sempre tem os Bônus Desfavor para elevar a categoria do sujeito, no sentindo de alocá-lo em pontos mais altos de uma escala de doença e bizarrice. Alguns dados técnicos. Aparentemente, 86,5% dos serial killers apresentam o chamado transtorno de personalidade anti-social. Aproximadamente 87% apresentam transtorno de personalidade sádica, e metade dos assassinos em série possuem o chamado personalidade esquizóide. Para você que curte o assunto, vale a pena dar uma lida no DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), e no mais recente DSM-V, sobre os transtornos de personalidade. Se você quiser ir ainda mais afundo nesse tema (transt. da personalidade), tem um livro que você pode curtir muito, e que foi um dos que eu mais gostei de estudar, chama-se Manual de Transtornos da Personalidade, de um pesquisador Espanhol chamado Vicente E. Caballo. Simplesmente foda. Tem um trabalho muito legal que sintetiza várias pesquisas sobre serial killer, que é o livro “Personality disordered patients: treatable and untreatable” (American Psychiatric Press, 2006), de um cara chamado Stone.
Bom, agora respondendo a sua pergunta, eu acho que sim, se um conjunto de pessoas assassina em série, eles todos serão assassinos em série. Se eles fossem líderes de uma cultura de massa que tivesse como traço o assassinato de pessoas, para qualquer fim, ai já seriam assassinos contumazes, e não mais assassinos em série.
O tema é muito interessante né? Agora, só falo uma coisa: Ana Beatriz Barbosa Silva é picareta com P de palhaça sem vergonha. Escreve muita coisa errada conceitualmente, tira dados de debaixo do suvaco (quase nunca cita as fontes, e tenho a sensação que ela inventa algumas estatísticas), e é uma aproveitadora que sabe ganhar dinheiro com áreas que vêm cada vez mais ganhando interesse do público geral. Ela é quase um Augusto Curi de saia, só que diferente porque ainda, eu disse AINDA, não escreve o gênero auto-ajuda.
Bom trabalho!
Hudson, a intenção dela não é escrever livros técnicos, será que ela não escreve assim para conseguir se fazer entender para leigos?
Inventando estatísticas (ou pelo menos não citando as devidas referências), e escrevendo conceitos errados? Isso não é divulgação científica, isso é desfavor pseudo-científico. Quer um exemplo de profissional de alto nível que escreve de forma interessante, simples, para divulgar coisas da ciência atingindo um público leigo com coerência e qualidade? Só procurar os livros da neurocientista Suzana Herculano-Houzel. Ela escreveu algumas obras muito legais, tais como “O cérebro nosso de cada dia”, dentre outros. Abracos.
Vou ler, esse assunto me interessa muito!
Juro que pelo texto, minhas contas deram algo em torno de 420 mortes. Mas claro que um número desse seria muito difícil de se confirmar.
Sou uma pessoa que (infelizmente) pode opinar com um certo conhecimento de causa. Lembro-me de uma conversa que tive com meu pai,quando era ainda muito nova,em que ele me explicava a situação de uma certa pessoa de nossa família (prefiro não citar qual seu papel nela). Ele me disse que um médico inclusive a havia diagnosticado e dito a ele para tomar muito cuidado. Mas, como vc bem explicou,Sally,pessoas assim se tornam mestres na arte de simular,a ponto de não acreditarmos que sejam mesmo assim. O que posso dizer é que passei muitos anos de maus-tratos e humilhação por causa dessa pessoa,mas qqr um q vê d fora jura q é incapaz d fazer mal a uma mosca. Citarei como exemplo d seus feitos o fato de passar anos a fio matando meus animais,pelo que entendo,pela sensação de poder em me causar sofrimento, e pelo orgulho d sentir q não seria descoberta. Pq,exatamente como vc explicou, era algo q fazia,inclusive deixando pistas,mas s aproveitando do seu status dentro da nossa família para s acobertar. De fato, levei anos,e perdi muitos animais,até juntar as peças e descobrir o q acontecia.
Sei também q essa pessoa esteve envolvida no prejuízo e sofrimento de outras pessoas, e que inclusive esteve envolvida em encomendas de assassinatos, inclusive com testemunhas desses fatos. Mas é exatamente como vc disse: qqr um q não saiba jura q é um amor de pessoa. O q posso dizer é q é um grande alívio p mim não ter mais q conviver com essa pessoa. E q , para o bem da sociedade, o mínimo q s deve fazer é isolar gente assim,p impedir q causem mais sofrimento. Por tudo o q pude aprender com essa experiencia, são pessoas q dificilmente conseguem parar com esse tipo de comportamento. Arrisco-me dizer q é impossível
Parece cena daquele filme “Anjo Malvado”
Imagino o tamanho da revolta por saber que é culpa da pessoa e saber que ninguém acreditaria, pois a pessoa é meste na arte da dissimulação.
Eu também acredito que essas pessoas não tenham jeito, sejam incapazes de melhorar e de estar aptas para convívio social. Cedo ou tarde acabam mal, pois ninguém engana todo mundo o tempo todo. Ou acabam presas, ou acabam mortas, quando cruzam com alguém como eles.
Parabéns por ter conseguido superar uma experiência tão traumatizante. Não é qualquer um que consegue.
Adorei o texto, Sally, ele é claro e com muitas informações relevantes, todos deveriam mesmo saber mais sobre esse fenômeno (também não me decido quanto a ser doença/escolha/safadeza). Sou psicóloga e já li alguns livros e outras publicações sobre psicopatia/sociopatia e, apesar disso tudo, não tenho respostas para as perguntas que você levantou.
É complicadíssimo definir um caminho bom e justo para todos. Quando a polícia descobre e prende um assassino em série, por exemplo, a nossa vontade é que haja uma forma rápida de tirar essas pessoas do nosso convívio, mas, como você mesma e outras pessoas disseram nos comentários, no Brasil o sistema penitenciário falha terrivelmente na ressocialização dos presos comuns, no caso de tentar fazer um trabalho diferenciado com os psicopatas abriria brechas para maneiras injustas de punir ou então viraria um ‘hotelzão’ (cobertorzinho e coisa e tal). Mas a solução proposta pela Larissa é realmente interessante e deveria poder ser estendida a todos os presos: utilizar a força de trabalho deles para algo útil para o resto da sociedade.
Você disse: “Quando um assassino em série pratica diversos homicídios sem ser pego, é comum que comece a deixar cada vez mais pistas, para tornar o jogo cada vez mais perigoso (ou porque no fundo querem ser pegos, não sei). ” Na minha opinião é bem isso mesmo, a cada crime eles vão sendo mais e mais ousados, porque por mais que queiram se safar, o prazer de serem apreciados, de detalhar as atrocidades que fizeram enfatizando a incompetência da força policial é grande demais para ser totalmente descartado.
Esse é um assunto pelo qual me interesso bastante, gostei muito do desfavor de hoje.
Jac, como psicóloga, me tira uma dúvida: porque você acha que os psicopatas despertam tanto fascínio nas pessoas?
Não sou psicólogo (nem psicopata, ha!) acredito que é como já falaram aqui, ficou associada a idéia de serem inteligentes, de primeiro mundo, no Bostil só tem BBB e gripe suina kkkkkk, então nunca que vai ter um caso psicopático atraente. Brasileiros tão mais preocupados com a falsa grávida de Taubaté, com a Luisa que já voltou do Canadá, com o teatro de estupro no BBB e com os prédios desabando no RJ. Pensando bem é até melhor ser caipira.
Se você somar à burrice da população a burrice da polícia, nunca teremos um caso estilo CSI, e se tivermos, não saberemos.
Crime aqui é pedrada, facada, tiro e estupro. Bem mundo-cão mesmo, sofisticação zero. No dia em que alguém inteligente resolver começar a matar com um plano bem bolado, elimina metade da população antes da polícia pegar.
Não sei Sally, talvez pelo fato de os seres humanos serem atraídos por tudo que beira o sobre-humano, a possibilidade de ser notável (Shakespeare achava esse desejo a coisa mais comum). Existe uma opinião (não me atrevo a escrever teoria porque não lembro a fonte) de que somos “fascinados” por informações e detalhes de grandes tragédias, chacinas, golpes e da fofoquinha do dia-a-dia, isso porque gostamos de saber que existe alguém em situação pior (ainda que momentânea e ligeiramente) que a nossa.
Jac, faz sentido. Terrível que o sofrimento alheio nos conforte, o ser humano pode ser mesmo uma bela porcaria em algumas ocasiões…
Pois é, eu também me surpreendo com a nossa capacidade de perverter as coisas.
Sally, esse setor de estudos comportamentais criado na década de 70 pelo FBI seria a B.A.U. (behavioral analysis unit)? Talvez você conheça um progama da CBS, Criminal Minds, ele é parcialmente baseado no trabalho dessa unidade e mostra casos e teorias muito interessantes.
É sim, Jac. Nunca vi Criminakl Minds, mas estou morrendo de vontade de ver! Assim que tiver um tempo vou começar a ver!
Não vai se arrepender! É meu programa preferido (daí a puxação de saco!).
Tema de interesse para a Sally: http://celebridades.uol.com.br/noticias/redacao/2012/02/09/luciano-huck-consegue-suspender-acao-na-justica-por-cercar-de-boias-sua-casa-em-angra.htm
E o Processa Eu contra o Huck, sai quando?
Outra quente aqui, envolvendo a parada do DESBATISMO.
E se a moda que está sendo ditada pela Igreja Católica americana chegar no Vaticano? MEDO!
Marciel, em breve nós mostraremos a eles que estão redondamente enganados. Aguarde.
Oba! Eu quero me desbatizar!
Em breve. Estamos preparando uma bela surpresa para vocês.
Aquilo é um secador de cabelo? Tipo no batismo eles jogam água e pra desbatizar seca??? Eu achei muito engraçado! Tem que ter certificado e tudo. Eu iria aderir a parada, quero meu crachá!
@teu, aguarde.
Teremos certificado sim. Todos serão devidamente desbatizados. Em breve.
Sai quando eu juntar material suficiente, até agora só vi escrotices patrimoniais. Quero uma bela baixaria, estou trabalhando nisso.
Bom, prefiro pagar um pouco mais de imposto para que mantenham o cara preso PARA SEMPRE. Prefiro gastar com comidinha e cobertorzinho do que soltar o cara, ou apelar para pena de morte. Pena de morte é um assunto que sempre vai dar o que falar, e pra evitar mimimi de gente cu, mete uma prisão perpetua. Sei que nada é tão simples, mas não entra na minha cabeça como eles soltam depois de alguns anos, uns caras que só foderam a sociedade PRA CARALHO. Vamos gastar mais? Sim, mas não deve ser um custo tão absurdo que a unica forma é colocar Psicopatas, ladrões assassinos de volta às ruas. Não entendo mesmo
bel, se você parar para pensar, 30 anos, que é o tempo máximo que uma pessoa não-doente da cabeça pode ficar presa no Brasil por um crime é muito tempo.
Na verdade, gente encrenqueira pode ficar ainda mais tempo, porque se cometer crimes dentro da prisão durante esses 30 anos (encrenqueiros não costumam sossegar, ainda mais em um ambiente desses) acaba sendo maior a sua estadia, graças às novas condenações.
Por exemplo, entra com 30 e supostamente sai com 60. A gente pensa que não é nada, mas se você passar 30 anos nas condições desumanas da cadeia você chega aos 60 (se chegar) como se tivesse 120.
é verdade, o cara pode sair muito debilitado fisicamente e mentalmente para sair fazendo oq fazia antes, mas quem garante ne?
O ideal é que uma pessoa psicopata seja tratada como doente mental e fique cumprindo medida de segurança pelo tempo em que for um perigo à sociedade e não na cadeia, assim não corremos esse risco!
Algo nada a ver: http://www.youtube.com/watch?v=QlfMsZwr8rc
Meu projeto penitenciário seria mais ou menos assim:
Primeiros seria definida a pena de prisão do cidadão em tempo total. Podendo ir até perpétua é claro, esse papo de 30 anos do Brasil é ridículo. Quando o cara fosse preso, teriam vários graus de detenção e isolamento. Dependendo do crime também seria definido em qual nível ele iniciaria a pena, a partir de seu comportamento poderia melhorar de nível ou piorar, mas o tempo de pena seria o mesmo.Vou apenas exemplificar:
1 – Cela individual, acesso a livros, TV, pátio de exercícios, pode receber visitas ( não íntimas). Tem que trabalhar.
2 – Tudo parecido com o de cima, com menos tempo de entretenimento e visitas e cela coletiva. Se quiser ir para o nível 1 tem que trabalhar por um tempo pra ganhar o direito.
3 – Cela coletiva, sem privilégios, só pode sair da cela pra comer e banho de sol.
4 – Solitária com banho de sol sozinho, separado dos demais num espaço de 1m2
5 – Solitária sem qualquer privilégio, come na cela, caga ali mesmo.
6 – Solitária estilo gaveta do IML, quando quer comer fica de bruços e come que nem cachorro, quando quer cagar vira de costas e caga no buraco da cela. Fica como opcional aqui as gavetas serem uma acima da outra e os presos mais FDP pegarem as de baixo…
Ou seja, é uma meritocracia, cumpriu as regras, foi bonzinho, ganha mais conforto, fez merda se fode…
Escreve um Desfavor Convidado com detalhes do projeto para a gente. Nunca se sabe quem está lendo, pode ser que alguém se interesse de verdade.
se permite uma sugestao: algo que ocorre nas febens japonesas e o prisioneiro ficar o dia todo em silencio. Quem abre a boca, vai para a solitaria.
Suellen, isso não se aproxima um pouco te tortura não? Sei lá, me soa como cerceamento sensorial. No final das contas isso não deixa a pessoa ainda mais revoltada?
pode. Por isso eles so usam nas febens mais com menores que assassinaram dolosamente. Basicamente, a ideia e que, ja que a vitima ja nao tem mais voz, o menor passe seu tempo de internacao sem a dele. Mas as internacoes, mesmo nesses casos, raramente passam de um ano, em reformatorios com video-game e quadras de tenis ate…
Bem, pelo menos foi isso que vi no documentario da nhk.
Qual é o caráter punitivo de passar um ano mudo jogando video-game???
Hahahahaha!
Tenho a impressão de que o Somir iria gostar de ser preso nesse lugar… Não acha?
Com certeza! Ninguém poderia ficar conversando com ele e enchendo seu saco e ele poderia jogar video-game!
Pois é, ser mudo jogando video-game é algo que eles já são e fazem fora da cadeia…hahahahahahah
HAHAHAHAHA
Sallyta, aqui no Brasil temos o caso do Chico Picadinho, o qual, se não me engano, estava para ser libertado e aí estava a grande dúvida, libertar para deixar ele retomar sua vida de crimes ou mantê-lo no hospício em que está internado?
Acho que a Record fez uma matéria sobre ele, na qual o mesmo questionava que a “medida de segurança” imposta se tornaria uma prisão perpétua…
Difícil dar uma solução.
Talento, medida de segurança nunca será prisão perpétua, porque de tempos em tempos a pessoa é reavaliada para saber se tem condição de ser liberdada.
Se algum dia desconbrirem uma forma de controlar ou curar psicopatas, quem sabe?
O problema é que muitos conseguem enganar até mesmo profissionais especializados e acabam soltos.
Eu acho que se existe a probabilidade de que volte a cometer crimes não tem que ser solto.
Ou então, uma perpétua, numa penitenciária de segurança SUPER máxima.
Sim, mas aí tem a questão de que custa muito caro e isso também gera um pouco de revolta quando se pensa que esse dinheiro poderia ir para escola e hospital. É uma questão sem solução, eu acho.
O que é mais caro para a sociedade, pagar para isolar o cara e proteger a sociedade dele ou lidar com os custos financeiros e emocionais dos assassinatos que comete?
Devolvo a pergunta: o que é mais caro para a sociedade, arriscar estas mortes e ter mais ensino de qualidade para as futuras gerações ou trancar de forma eficiente estas pessoas e comprometer a qualidade de ensino futuro?
Acho que estas pessoas tem que ser isoladas do convívio social, independente do custo. Não é uma opção.
Também acho que tem que trancar, estava só provocando. Mesmo porque com 36% de carga tributária o que não falta é dinheiro, prisão de psicopata x escolas não é uma realidade…
Ok, mas dá revolta o quanto se gasta com eles. E se um dia chegarmos à triste realidade de mais gente presa do que solta, vai ficar inviável…
Psicopata é tipo doente com morte cerebral, não adianta deixar vivo porque não tem cura.
Os nossos impostos foram feitos pra os políticos roubarem e não pra sustentar criminoso.
O problema é que se abrir uma brecha para o Estado matar alguém, ainda mais quando é com base em um requisitos subjetivos, abrimos uma porta perigosa que pode ser usada de forma incorreta e comprometer toda a sociedade.
Sally,
Infelizmente, pra essa gente psicopata, SÓ MATANDO. Aí, já não vira apenas questão de justiça, é questão de segurança pública e de sobrevivência das outras pessoas. Ainda mais sendo hj em dia, mais fácil para a galera psiquiatra detectar um destes qdo pego.
O problema é abrir essa porta e começar a permitir que um Estado (principalmente um como o nosso) tenha o poder de matar…
É, Sally, mas algo tem q ser feito, nem q o cara tenha q ficar o resto da vida preso, quebrando pedra preso em uma bala de canhão, sei lá… O q não pode é soltar o cara(ou ‘a’ cara), pq uma pessoa dessas é um perigo para TODA a sociedade.
Concordo plenamente
Você pode estar confundindo termos.
Assassino contumaz é aquele que mata repetidamente seguindo um padrão de vítimas e tempo. Na maioria das vezes, se ele tem alguma “marca” é pelos processos psíquicos que desencadearam sua psicopatia (como no seriado “Dexter”, sabe?). Sim, eles podem ser esquizofrênicos, mas a maioria sofreu algum trauma bem específico que alterou sua capacidade de socialização e de integração com o mundo.
Sociopata é algo bem diferente. Sociopatas não são seres humanos pela definição “artística”, digamos assim: são desprovidos de emoções (logo, não sentem empatia, culpa, remorso, a socialização é apenas o meio para atingir seus objetivos…), impulsionados apenas para objetivos específicos. Como as regras sociais, para eles, significam apenas que, se não forem meticulosos podem perder sua liberdade, eles agem conforme for. Matar é algo que fariam sem problemas, tomando cuidado para não serem pegos. É quase impossível diagnosticar um sujeito como sociopata sem ter algum indício forte (como ele ter matado alguém e somente simular remorso), então dizer sobre seu número real é meio tolo.
Um sociopata pode ser um assassino contumaz? Possível, mas improvável. Seria como ganhar na loteria e ser atingido por um raio na cabeça, mas sofrer apenas queimaduras superficiais.
E sim, existem estudiosos (a maioria da psicologia ou psiquiatria) que afirmar que pode ser possível que psicopatas sejam re-integrados à sociedade, mas nunca ouvi falar de nenhum dizendo que o mesmo pode ser feito com sociopatas (dado a dificuldade de se lidar com isto – pois não classificaria algo desprovido de emoções como humano – é difícil dizer o que fazer). O problema desses estudos é que não dão chance dele ocorrer, mesmo quando o indivíduo está encarcerado. Aí é fácil dizer que não tem como ressocializar.
Esqueci o que mais ia falar sobre isso.
—
Psicopatia: qualquer distúrbio de ordem psíquica. Estou usando da terminologia de dois psiquiatras norte-americanos, depois verifico o nome e escrevo.
De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), sociopata e psicopata são sinônimos.
Foi o que eu disse no texto: a maior parte dos serial killers é psicopata e não sente culpa. Uma minoria é movida por outros transtornos, como alucinações.
O CID precisa de várias reformulações. Essa diferença na terminologia que usei é usada por psicólogos e psiquiatras há décadas. Um belo exemplo é que, somente depois de décadas onde quase todo os países não tratavam homossexualidade como doença, o CID removeu-o da lista de doenças psíquicas.
E nisso concordei contigo.
Mesmo que se ignore o CID-10, a principal diferença entre psicopata e sociopata é basicamente na origem da desordem, o sociopata adquire o disturbio a partir do meio social. Mas isto ainda é muito controvertido. Muita gente diz que o resultado é basicamente o mesmo.
Pouca diferença faz a origem, ambos podem se tornar criminosos perigosos.
Que ambos se tornam problemáticos não há dúvida, mas disse aqui que utilizo a terminologia que já é empregada na psicologia e psiquiatria há décadas. Por isso fiz a diferenciação.
Mas o que mais se martela é que o sociopata possui um distúrbio neurológico, portanto impossível de tratar. A empatia está ligada às conexões e sinapses cerebrais, então quem não as tem funcionando corretamente não vejo como teria qualquer influência social (afinal, não nutriria o desejo de ser socialmente aceito).
Mas você concorda que ambos, sociopata e psicopata, podem facilmente se tornar assassinos?
Em algum momento discordei? O.o
Meu ponto aqui é outro: Não há chance de ressocialização do sociopata, não há tratamento, não há nada. E poucos Estados do mundo produzem estudos sérios e competentes sobre o tema. O que fazer com eles?
“Um sociopata pode ser um assassino contumaz? Possível, mas improvável. Seria como ganhar na loteria e ser atingido por um raio na cabeça, mas sofrer apenas queimaduras superficiais.”
Não me parece improvável nem raro que um sujeito desprovido de emoções se torne um assassino contumaz
Eu disse “assassino contumaz” conforme diz a literatura sobre o tema, e não um assassino. Existe diferença, Sally. Recomendo ler um pouco mais sobre o tema.
Sim, achei que estava implícito, pois o texto trata de assassinos contumazes
o fato é que os livros de criminologia dizem o oposto. É muito mais comum que observemos esse tipo de conduta em um sociopata do que em pessoas ditas normais.
Você estudou os tratados de psicologia/psiquiatria ou direito? Se estudou o segundo, percebe-se porque do erro.
Criminologia supõe-se ser um misto de ambos.
Na verdade, tem bem mais disciplinas envolvidas, mas no Brasil o enfoque é só nestas áreas. Uma pena.
E quando pessoas, multidões até, seguem um psicopata no cometimento de crimes?
Acredito que muçulmanos sejam pessoas tão conscienciosas, amorosas e sociáveis quanto nós quando a religião não está em discussão.
Só que muitos deles submetem suas consciências a sua fé e aceitam qualquer arbitrariedade que sua religião previr. Por exemplo, quando uma mulher é acusada de adultério e ela é sentenciada à morte por apedrejamento. Ou a monstruosa extirpação do clitóris. E quando indagadas dessa monstruosidade, acabam por culpar o ‘criminoso’ e não sua lei draconiana. Por mais que sejam pessoas calorosas e amorosas até, sua fé suplanta em muito sua consciência.
Ou então quando centenas, milhares de pessoas, em sua maioria, fazem a mesma coisa ao acreditar em líderes psicopatas, aderindo sem restrições a seus cultos. Os seguidores de Shoko Asahara praticaram durante anos atrocidades contra pessoas comuns, policiais, juízes, suas (próprias) famílias, culminando com o ataque com sarin ao metrô de Tóquio em 1995, para ‘liberá-las de um karma ruim’ causado pelo cotidiano de suas vidas comuns. O louco ensinava que tanto o assassino quanto o assassinado teriam suas almas beneficiadas com isso. E, seguindo essa crença, até mesmo médicos perpretaram o ataque ao metrô, com total consciência dos danos que causariam às pessoas que juraram tratar.
Enfim, a questão é que, ao seguir um psicopata, quando você abre mão de seu senso crítico, de sua inteligência, e entrega sua consciência a um lunático desenfreado, você age e pensa como ele e se torna a extensão de sua mente psicopata.
Mesmo que seja por algumas horas apenas: exemplo disso pode ser encontrado no clássico experimento feito em 1961 pelo cientista Stanley Milgram, que mostrou o quanto as pessoas ignoram a própria consciência quando recebem ordens de uma autoridade.
Na época, Milgram concluiu que não havia problema algum em arranjar mão-de-obra para campos de concentração nos EUA.
(Esse estudo foi recriado no ano passado, 50 anos após a experiência, e foi ainda mais assustador
http://www.youtube.com/watch?v=eFl7Pb0k-Qo)
Lembrei do Charles Manson e “A Família”.
Psicopatas são carismáticos, eles tem o poder de recrutar pessoas com facilidade.
Interessante o assunto, vou estudar mais sobre o tema.
Sinceramente? Na minha opinião, os imbecis/influenciáveis que seguem os ditames de assassinos ou psicopatas podem se matar à vontade em rituais de suicídio coletivo igualmente bestificados. Prêmio Darwin agradece !
O engraçado é que eles demoram anos para perceber que fizeram uma merda. Li várias entrevista com os membros da “Família”, a seita do Charles Manson. Estão presos por décadas e só agora começam a perceber o tamanho da bosta que fizeram.
Ainda assim: desperdício de oxigênio!
Concordo.
A mente humana é foda.Mas geralmente os sociopatas em geral tem algo a ver com a infancia as vezes cruel. EU li algo sobre alguns, e tomo como exemplo o THEODORE ROBERT BINDY, ele era inteligente bem sucedido, ele iniciou uma serie de assasinatos brutais, com mulhres parecidas com a mãe, assim tipo fisico cabelos igual,parecidas fisicamente.A mãe dele, segundo o que li odiava ele.
Ele confessou ter matado umas 30 mulheres.Mas tem serial de todo o tipo é so assistir (CRIMINAL MINDS) no AXN e se deleitar lá com as mentes criminosas. Sinceramente eu prefiro uma boa noite de sexo ahahahahahahahaha.
Li que o seriado favorito de assassinos no geral é CSI, porque eles meio que aprendem a tomar certos cuidados. Nunca vi Criminal Minds, vou dar uma olhada!
A questão é complexa, mas ainda penso que pagar cobertor e comida é mais válido, por questões de princípio (o Estado não deve matar pessoas) e por segurança, já que mesmo alimentado e sob abrigo estatal, presume-se que a sociedade está pagando para não conviver com ele.
Alexandre, fiquei me perguntando o quão incorreto seria criar uma ilha com condições básicas de sobrevivência como casas e alimentos e jogá-los ali.
Manda suprimentos estilo Lost, atirando via para-quedas e deixa os elementos em uma sociedade própria. Isso seria horrível ou utópico?
Seria perfeito Sally, deixa os caras lá, se quiserem se matar foda-se, se quiserem viver terão que plantar, construir abrigo etc. Toda vez que tem rebelião em presídio e nego toca fogo em colchão penso nisso, se tivessem que morar ali mesmo sem nada depois duvido que iam fazer a merda.
Dúvida moral: até que ponto teriamos o direito de fazer isso?
O Estado tem o direito de segregar?
Claro que tem Sally, é uma das razões para aceitar viver em sociedade, se não tiver esse direito prefiro viver na barbárie e matar o FDP que eu achar que é psicopata.
Não acho que o Estado tem o direito de segregar um indivíduo, retirando-o do convívio social sem a possibilidade daqueles que o amam terem acesso a eles a à informações quanto ao seu bem-estar e segurança.
Quando falo isso, estou pensando nos infratores/criminosos RECUPERÁVEIS. Ao pensar nos demais, volto ao instinto vingativo de jogá-los num ringue com navalha na mão e deixa “brincar”.
O X da questão é dar PODER AO ESTADO para DECIDIR quem é recuperável e quem não é. Sempre existe a possibilidade de cometerem um engano ou aceitarem um suborno pra SUMIR com alguém sob falsas alegações…
Exatamente
Pois é… algo tipo Alcatraz, só que mais dramático – porque pensei em BBB? Porém, não podemos lidar com condições ideais, o que temos a oferecer (e muito mal) são presídios e, neste caso, isolá-lo absolutamente não é uma escolha, mas uma condição que respeita a integridade de quem está de fora. Como o próprio texto diz, @ cara é incorrigível, não tem tratamento. Matá-l@ não é moral (se bem que no Brasil isso vale menos que um cacho de banana), mas contê-l@ é, infelizmente, um ônus que a sociedade teria que lidar. Perdemos essa.
Há quem defensa fazer uma lobotomia para tornar a pessoa inofensiva e devolver para a família, assim cada um banca e alimenta seu psicopata. Mas me parece perigoso dar esse poder ao Estado…
Porra! Sacanagem! Imagine as hipóteses a seguir:
1) Se a família não tem culpa alguma no desenvolvimento psicopático do indivíduo – Imagina ter que cuidar, alimentar, limpar e conviver com um psicopata lobotomizado em casa! Isso não é pena pra ele, é CASTIGO pra família. Neste caso, não houve culpa do familiar no desenvolvimento desta aberração (psicopata).
2) Se a família, ou algum ente familiar especificamente, contribuiu para destruição do caráter do criminoso e/ou abusava do indivíduo, levando-o a crescer com uma visão doentia do mundo – Neste caso, reintegrá-lo naquele ambiente, debilitado e incapaz de se defender é crueldade demais, até pra ele! Devolver a “vítima primária” ao seu algoz, incapaz de se defender, também é foda…
Loser-loser situation.
Uma pessoa com lobotomia é capaz de sofrer?
Uma pessoa assim, creio, pode sentir dor física. Logo, pode sofrer.
Sofrer maus-tratos físicos, ser subjugada, destratada, descuidada (em outras palavras, privada de cuidados necessários como higiene) etc…
Acredito que possa sofrer a sensação de humilhação…
Confesso que não consegui ler até o fim aquele livro da Ilana Casoy sobre Serial Killer. Sou uma tonta medrosa que ficava apavorada com as histórias e não conseguia dormir ou ficar sozinha em casa. O elemento perturbador conseguiu vencer até mesmo minha curiosidade.
Você disse que os Estados Unidos são responsáveis por 84% deles, minha teoria é de que outros lugares também produzem vários desses assassinos mas a polícia teria menor capacidade (principalmente tecnologica) de identificar como tal. Não falo em numeros absolutos, porque 5% da população é gente pra caramba! não seria justo comparar com um país menor, falo em termos proporcionais.
E outra, na China e India (que tem muito mais que 5% da população), o apego aos direitos humanos por parte das autoridades é quase nenhum, iriam se preocupar com umas mortes aqui e ali? eles tem tanta gente morando e morrendo lá… o que é uma pessoa a menos por semana? se a familia denuncia o desaparecimento eles não iriam mobilizar tantos recursos para buscas e investigações, devem ter coisas mais urgentes por lá.
Eu concordo totalmente que a organização da sociedade americana é uma estufa para familias desestruturadas foderem com a infancia dos filhos e isso é determinante para terem mais sk que os outros paises, mas acho que 84% é muito.
Daniele, uma tem que ser levadas em consideração: serial killer que mata muito sem ser pego tem que ter um mínimo de inteligência. Não sei se eu vejo esse povo KKKKK GRIPE SUÍNA! conseguindo planejar e executar crimes meticulosos. Países onde os moradores não desenvolvem muito sua cognição e inteligência produzem assassinos burros, que matam o outro na facada no meio de uma briga de bar.
Até acredito que existam mais serial killers no Brasil do que a nossa maravilhosa polícia consegue detectar, porém não muitos. Infelizmente este povo não tem QI nem capacidade de planejamento e organização para fazer algo assim.
Também achei isso sobre os USA, que outro país com população tão grande tem um polícia tão sofisticada quanto o FBI? No Brasil morrem mais de 50 mil pessoas por ano assassinadas, acho que nem 5% dos casos tem o assassino identificado, aqui é o paraíso dos SK, não são pegos nunca.
Eu sou suspeito pois admiro pra cacete os americanu, tem seus defeitos mas é um país fudido. Não é a toa que são a potencia que são com uma qualidade de vida alta para a maioria da população.
Não vejo serial killer agindo no Brasil. No máximo tem aqueles assassinatos em massa, de neguinho dando tiro em vários ao mesmo tempo.
Sally, a Ilana Casoy tem um livro chamado Serial Killers made in brasil e relata alguns casos, sendo um deles um cara que na década de 70 matou várias mulheres e está solto desde 2001 e inclusive deu entrevista depois de solto com rosto escondido e dizia ter mudado na cadeia e estar arrependido.
Quando li o livro a única coisa que consegui pensar é como podem esconder a identidade de um cara desse, já que tem o nome dele mas é um nome super comum e todos os outros casos relatados tem fotos dos assassinos, mesmo de dois que eram da década de 20 e dele só tem um desenho tosco que parece com qq homem “comum”
Rafaela, de dois um: ou não era do tipo psicopata e sim do outro que mata em função de alucinações ou então está mentindo e não mudou porra nenhuma.
Esse é o problema de não tratar psicopata como doente mental: ele cumpre a pena e é tratado como se tivesse cumprido sua dívida com a sociedade e tem até identidade protegida. Psicopata deveria é ter asterisco tatuado na testa…
Além da burrice e imediatismo (poucos suíços são chegados num planejamento, especialmente financeiro) tem o elemento “mídia” daqui que tb é diferente. A mídia noticia muito mais uma morte de intocável do que N mortes de “comuns”. Basta ver quanto tempo noticiaram a menina da janela e quanto tempo noticiaram as mortes (e estupros) dos adolescentes de Goiás.
Carol, não poderia concordar mais com você. A importância e a repercussão do crime no Brasil dependem da vítima. Uma vergonha isso. A indignação do povo também: quanto maior a identificação com a vítima, maior a indignação. Somos todos seres humanos, caraleeeeo!
“a maior parte são homens, jovens, brancos, com inteligência acima da média”, se não me falha a memória, só existiu um único serial killer negro.
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Existe uma coisa chamada: transtorno de personalidade anti-social.
Não quer dizer todos que possuem isso vão se tornar serial killers, mas todo serial killer possui isso. Tudo depende de um estopim ser aceso, o ambiente, como você mesma citou.
(Existem alguns casos em que o serial killer sente remorso, ele deseja ser capturado, por vezes até se auto mutila como punição, enviam cartas ao FBI dizendo “Por favor, me parem”, estes possuem comorbidade com outros transtornos, como o Transtorno Dissociativo de Identidade, ou o esquizóide. Também pessoas com esses transtornos, não necessiariamente se tornam assassinos.)
(Aproveitando… o texto para o Desfavor convidado, sobre transtorno de personalidade borderline, falta apenas revisar, enviarei logo, acho que vai gostar)
…
Acredita-se que existam bem mais casos de serial killers no Brasil, mas nossa polícia não trabalha com inteligência, então muitos não são relacionados, classificados.
E eu acho muito anormal as pessoas se interessarem tanto por isso, não vou negar que gosto de Dexter, Criminal Minds e filmes como Seven, mas conheço quem coleciona até material em jornais sobre isso. Parece glamourização, acho que tem gente que gostaria de ser… só porque na TV parece legal. (Acho que tem mulher que até gostaria de dar para um…)
Deja, não raro vemos cartas de mulheres de todo o Brasil se declarando para serial killers ou psicopatas que ganharam notoriedade na mídia. Basta ficar famoso, DE QUALQUER FORMA, que já tem uma palhaça chegando junto. Impressionante.
Concordo com você: a maior parte tem transtorno de personalidade e não sente culpa, mas existem alguns, sobretudo os que são movidos por alucinações, que tem a capacidade de sentir culpa e querem ser parados. Uma vez eu vi um preso que cumpriu sua pena e fez um pedido pouco comum: não queria sair, queria continuar preso. Ele disse que se saísse voltaria a matar. Soltaram mesmo assim e dez dias depois ele estava de volta, matou duas criancinhas.
O famoso Chico Picadinho, que queriam libertar, disse que ao sair iria voltar a matar. O Bandido da Luz Vermelha não queria sair da cadeia, o que aconteceu quando saiu? Tentativa de assassinato, acabou sendo morto.
Isso entra na questão do que fazer com eles… eu acredito em pena de morte.
Deja, o problema da pena de morte é que abre um precedente perigoso e o Estado passa a poder matar qualquer um que ele considere como psicopata. Você tem dúvidas que, dependendo de quem olhe, você e eu podemos ser classificados como psicopatas?
Não é seguro dar tanto poder ao Estado.
Mas Sally, não funciona em alguns estados dos USA? Básicamente pena de morte para homicídios comprovados e a população carcerária iria ser reduzida, fim da bolsa cadeieiro, sem chances do animal voltar a atacar.
Sim, li o post anterior sobre o tema…
Defina “funciona”
Eu não acho que funcione não. Eles fazem, mas na minha opinião não funciona.
Até 2008, em Minas Gerais haviam 5 sociopatas diagnosticados, e estavam encarcerados (3 na capital).
Então a classificação brasileira decidiu ignorar a CID-10, mas até onde eu sei, psicopatas e sociopatas são sinônimos.
Palavras do diretor de psiquiatria prisional do Estado. Se é o caso, escreva para ele e confirme ou não os dados.
O que? que sociopatas criminosos são raros?
Não, que foram diagnosticados 5 e estão no sistema carcerário mineiro.
Sally, você está realmente com dificuldade de entender o que escrevo ou quer cutucar?
Estou realmente com dificuldades. Eu entendi você dizendo que achava improvável que ele vire um assassino e que existem poucos presos.
Sim, existem poucos que foram diagnosticados e estão presos. Na maior parte dos casos, o diagnóstico ocorre após a prisão ou durante o julgamento.
E Assassino contumaz possui traços tão característicos que é como se ele “expulsasse seus demônios” com a morte. Um sociopata não tem esse vínculo emocional para tal.
O fato do sociopata não criar vínculo com os outros não quer dizer que ele não tenha sentimentos em relação a ele mesmo. E são estes sentimentos que alimentam com crimes em série.
Ao menos isso me foi ensinado na faculdade.
Errado. A noção de que ele possa ter “sentimentos” só seria válida se os mesmos não fossem ligações sinápticas (i.e., se a emoção ficasse – como crianças e religiosos acreditam – no coração).
O máximo que se pode dizer é que eles querem luxo. Não necessariamente nutrem algum desejo de cobiça, inveja ou o que seja. É um campo bem nebuloso para estudo, mas algumas coisas (poucas) já se sabe a respeito.
Monjh, não raro psicopatas experimentam acessos de fúria, nutrem desejos de vingança por quem os encarcerou o sentem raiva de quem frustra seus planos. Como podem não ter sentimento algum?
Sally, mais uma vez: se falo de sociopatas (uma psicopatia específica), não digo de seres dotados de emoção. Se você fala de quem tem acesso de fúria, eles não tem como serem sociopatas (aliás, até tem, mas a “escala de sociopatia” é tão… subjetiva… que parece mais uma maneira de se dizer “é, não sabemos quase nada”).
Monjh, quais seriam os conceitos de “emoções” e “sentimentos”? São sinônimos?
Nunca vi serem diferentes.
A psicologia faz essa distinção. Emoções todo mundo tem, até bichinhos. A pessoa SENTE algo, há uma REAÇÃO a algo. O sentimento seria essa emoção devidamente classificada e mais ou menos racionalizada.
Não consigo conceber uma pessoa sem emoções, a menos que ela esteja em coma.
Certo, entendi seu ponto. Então seria desprovidos de sentimentos. Graus elevados de sociopatia* podem levar a uma apatia forte.
*Ainda me dá asco o termo “grau de sociopatia”. Ô coisa estranha!
Sem sentimentos eu consigo visualizar.
Só não entendo como é que as pessoas não se dão conta facilmente que se trata de um sociopata, porque, no caso, acredito que essas pessoas sejam, por exemplo, incapazes de chorar.
Aí mora a questão: argumenta-se que tais seres* sejam capazes de perceber que as emoções fazem parte do “cerumano” e aprendem a simulá-las desde cedo, de forme a aparentarem ser como qualquer pessoa. Assim como um bom ator chora como se seu pai tivesse morrido de verdade, um sociopata chora como se sentisse arrependimento.
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*Mais uma vez, não vou chamar de humano um ser sem sentimentos.
Fingir que chora é uma coisa, chorar é outra. Em algum momento, quem está perto deve perceber algo de anormal. Por melhores que eles sejam, não se consegue enganar todo mundo o tempo todo.
Consegue. Os menos talentosos podem não conseguir, mas há os que conseguem…
Psicopatia e sociopatia NÃO são sinônimos.
Estou bem longe de ser especialista no assunto, mas gosto de psicologia (na época do vestibular, pensei seriamente em cursar essa faculdade, mas desisti porque envolveria incursões no cérebro humano e eu tenho muito asco de, quiçá, pensar nisso…) e em várias, os autores diferem e tipificam esses “transtornos de personalidade”.
Sobre o tema, especificamente, eu li a obra “Mentes Perigosas – O psicopata mora ao lado” de Ana Beatriz B. Silva. Confesso que esperava mais profundidade científica no livro, mas logo percebi que a produção era voltada ao grande público (leigo) e, mais, era voltada a ALERTAR o público quanto à existência/reconhecimento/distanciamento de indivíduos psicopáticos.
Mas o livro traz algumas informações bastante relevantes, como o alerta de que (salvo engano) 6% da população é composta por indivíduos psicopatas – com total distanciamento emocional e outras características peculiares – sendo que uma minoria destes irão se tornam assassinos. A MAIORIA ESMAGADORA dos psicopatas são PREDADORES SOCIAIS, ou seja, se utilizam das emoções humanas (que estudam, aprendem e imitam) como instrumento de manipulação, golpes, fraudes etc. Isso explica porque tantos são alçados a altos cargos, posições sociais elevadas e profissionais de destaque… Essa parte da leitura, por si só, já valeu a compra do livro.
Qual seria a diferença entre psicopata e sociopata, na prática?
Sallyta, prefiro deixar um profissional da área responder.
Apesar de que, a única psicóloga que pintou nos comentários, “Jac”, não se aprofundou no tema.
Mas eu não saberia diferenciá-las devidamente. Sei que não são a mesma coisa pois já li isso em diferentes publicações. Dificilmente na área biológica você vai encontrar “sinônimos”, as doenças e transtornos têm definições e categorias bem definidas.
O que eu li sobre a diferença seria quanto à origem do transtorno: o do sociopata teria origem social. Mas na consequencia, ambos se assemelham.
Se alguém puder me indicar um bom livro que os diferencie, eu agradeço!
Gosto bastante de psicologia e pretendo cursar a faculdade, porém, ainda assim, sou bem leiga. Entretanto, até onde eu sei, e pelas coisas que já li e vi sobre, não há diferença de comportamento entre sociopatas e psicopatas, ambos tem basicamente as mesmas características citadas nos seus textos: amorais, manipuladores, incapazes de sentir, ausência de consciência, narcisismo, e etc. E ambos são produtos daquela harmoniosa combinação de fatores: predisposição genética, problemas cerebrais e traumas de infância.
O que acontece é que alguns lugares dizem que em determinada época houve uma pequena confusão de termos, de onde originou-se o termo “psicopata” para se referenciar “erroneamente” a pessoas que matam compulsivamente e que apresentam os traços típicos de sociopatia (serial killers). Ao meu ver, esta seria a teoria que me parece mais plausível, tendo em vista que qualquer lugar ou pessoa que tenta apontar alguma diferença válida entre psicopatas e sociopatas acaba em uma teoria reduntante, desastrosa e confusa que muitas vezes elucida ainda mais que ambos os termos, na verdade, se referenciam a mesma coisa basicamente.
Porém, de acordo com essa confusão de termos que eu acredito que de fato ocorreu, depreende-se que todo psicopata é sociopata, mas nem todo sociopata é psicopata. Alguns sociopatas saciam-se apenas emulando consciência e sentimentos e manipulando as pessoas para seus fins egocêntricos, sem a necessidade de matá-las. Porém, em caso de serem descobertos ou então colocados contra a parede, não se intimidariam com a idéia de matar alguém, aliás, provavelmente seriam as primeiras pessoas a se prontificar a fazê-lo, uma vez que não sentem de fato. A diferença é que alguns sociopatas podem não sentir a necessidade de fazer isto, têm outros objetivos e métodos para compensar seus transtornos, enquanto o psicopata vê no assassinato a resposta para seus problemas ou então a saciedade para suas compulsões. Mas minha opinião é que, baseada no que li: ambas são pessoas com o mesmo transtorno de personalidade, porém com maneiras diferentes de lidar com ele.
Chelsea, nos meus livros também tem exatamente essa explicação: que antigamente se dizia serem coisas separadas mas modernamente já se aceitou serem o mesmo, com a única diferença que o sociopata adquire seu comportamento do meio social, sendo as consequencias basicamente as mesmas. No CID-10 são tratados como sinônimos e no Google também.
Mas questões subjetivas como essa sempre permitem a criação de diversos entendimentos e parece que hoje em dia se faz uma distinção novamente, à qual eu realmente não consigo compreender.
Hum, como assim se adquire apenas a sociopatia do meio social?
Até onde sei, ambos acontecem por causa daqueles três fatores… E aí, pra mim, entendo os traumas de infância como o fator “social” que interfere na criação de um sociopata/psicopata, mas isso no caso de ambos.
Chelsea, conversei com três psiquiatras diferentes: um forense, um clínico e um pesquisador. O que eles me disseram é que no sociopata o meio social é o preponderante para ele descaralhar (ok, não usaram esse termo). Não sei se eles contam abuso dos pais como fator social, pelo que entendi, abuso na infância é uma categoria a parte.
O assunto é mais controvertido do que eu imaginava, tem muitos psiquiatras afirmando que sociopata e psicopata são a mesma coisa e que, tal qual o sociopata, o psicopata também não tem sentimentos.
Entenda “a morte como um ritual” para os Serial Killers.
A questão é, porque escolhem justamente a morte como meio para realizar esse ritual…
“Sabe, tem alguma coisa na lâmina, dar o corte… Quando ela, ela, ela entra… Ela, ela abre, e vira um corte… E… e… e vendo isto, a… a… a sensação… Bom… Talvez eu tenha ficado viciado nisso…”, Tommy Lynn Sells.
(http://en.wikipedia.org/wiki/Tommy_Lynn_Sells)
Algumas pessoas escutam CD do Fábio Junior por prazer, outras assistem novela por prazer, outras matam por prazer. O ser humano é um cocô.
Outras comem cocô por prazer. O ser humano é… indefinível !
Nem fala nisso, lembro da Veronica Moser e de como perdemos nosso status de blog oficial dela com a mudança…
Foi lembrando dessa época que postei o comentário acima. Eu descobri que coprofilia existia pelo Desfavor… Que merda!
Literalmente…
Sally, acho que seu texto Mitos Juridicos 4 ficou perdido na mudança..
Ihhh… mais um texto para o Somir recuperar…
Deixa o psicopata perdido no meio da selva Amazônica, coloca um GPS nele e deixa ele usar seus dons especiais ate achar o caminho de volta ( O risco de ser devorado por algum animal selvagem é maior). Depois que encontrar ( SE encontrar) ,o coloca em outro lugar mais longe. haha
Cris, contanto com a mãe natureza full time também é uma das piores penas que me vem à cabeça…
Não tem nenhum Tilikum pra alimentar por ai, não? Seria útil…
Quem dera o Brasil tivesse orcas. Animais bonitos, em cores básicas. Brasil não tem animais preto e branco como orcas e pinguins, até os bichos são bregas: araras, lobo guará, Tuiuiu… tudo bicho feio, brega e colorido
HAHAHAHAHAHAHA
Até os animais são carnavalescos nessa terra…
Bichos feios e mal proporcionados. Coisa horrenda aquele tamanduá-bandeira. Coisa medonha o bicho-preguiça. Porque não podemos ter animais estéticos como os outros países? Tem que ser essas porras coloridas, exóticas e tropicais?
Cara, tô chokito de novo, A missão!!
A gente sabe que existem coisas perversas no mundo, mas quando se lê algo assim…arrepia até o último fio de cabelo.
Na minha pobre opinião, para os casos onde se foi detectado que o cara não tem mais concerto e recuperção…acho que a prisão perpétua é a melhor indicação. Porque por pior que seja o traste, não sou a favor a pena de morte. Isso além de tudo, é o caminho mais fácil para um cara desses….
De verdade, se ele está preso e ferrado forever, não acredito que ele se importe em morrer…deve até dar uma risada pavorosa no momento crucial.
Outro ponto é…quantos casos já vimos de pessoas que foram condenadas a morte e depois descobriram que era inocente.
Também não concordo que seja dado cafezinho e cobertor….
Acho que se o cara é capaz de trabalhar, tem que colocar essa criatura para ralar o dia inteiro para merecer comer. Se não trabalha não come. Como nós ué?? O governo e nem ninguém nos dá cafezinho e cobertor se não trabalhamos.
De preferência, colocar para trabalhar com algo que vai beneficiar pessoas do tipo de perfil que eles difrutavam matar.
Não sei…mas acho que esses caras deveriam ralar o dia inteiro, com o mínimo de privilégio ou direito e viver uma vida lixo…
Sei lá…pagar o preço sabe…nem que esse preço seja eterno.
Larissa, das soluções, parece uma das menos piores. O que se critica é que custa muito caro manter um sujeito desses preso, porque geralmente ele deve ficar isolado (se não começa a manipular o resto e armar rebeliões) e frequentemente dá trabalho por ser inteligente e recrutar pessoas.
No Rio, se gasta mais de mil reais por mês com cada preso, sendo que ninguém tem cobertorzinho. Vivem em celas abarrotadas onde tem que fazer revezamento para dormir (porque simplesmente não cabem todos deitados ao mesmo tempo). Dormem no mesmo chão onde defecam e urinam. A coisa é terrível mesmo, poderia passar vinte linhas narrando os horrores.
Sim,seria possível pegar essa gente toda e colocar para trabalhar, sobretudo em obras públicas. MAS… isso significaria o fim das contratações superfaturadas, então ninguém faz. Acredite, o preso quer trabalhar, primeiro para sair daquele inferno onde se encontra, segundo porque a cada 3 dias trabalhados ele cumpre um dia a menor de pena. Mas ninguém permite que eles trabalhem.
A questão penitenciária aqui no Brasil é revoltante.
Eu gostaria de ler 20 linhas narrando tais horrores.
Leila, tem um texto antigo narrando as barbaridades que acontecem em delegacias e presídios. Mas, se quiser ainda mais detalhes, procura os relatórios das comissões de direitos humanos apurando a situação carcerária. Deixa Guantanamo no chinelo!
A dica foi pra Leila, mas vou aproveitá-la… Valeu, Sallyta!