Desfavor Explica: Sobrevivência na Selva.
| Sally | Desfavor Explica | 82 comentários em Desfavor Explica: Sobrevivência na Selva.

Não é segredo para ninguém o quanto eu odeio a proximidade com a natureza. E justamente para impedir que a maldita natureza tome um de vocês da gente, Desfavor te ensina como sobreviver se por uma infelicidade qualquer você se encontrar perdido no meio desse aglomerado de vegetação e animais cafonas. Desfavor Explica – Manual de Sobrevivência: Selva
Se viu perdido no meio da selva? Parece ridículo, mas o primeiro conselho é não fazer nada enquanto ainda estiver em pânico. Isso porque as chances de fazer merda são enormes. Pessoas apavoradas não tomam boas decisões e pessoas com medo, involuntariamente costumam andar em círculos. Logo, se você está com medo, sente e a bunda no chão e procure se acalmar, caso contrário são grandes as chances de que você ande em círculos sem sair do lugar e apenas gaste sua energia em vão. Tudo que você precisa é se tranquilizar, é perfeitamente possível um ser humano sobreviver por semanas na selva se conseguir comida, água e um bom refúgio para dormir.
Depois que se acalmar, avalie a situação e veja quais são suas melhores chances. Por exemplo, se você foi para no meio do mato por causa de um acidente aéreo, a recomendação padrão é que se mantenha perto dos destroços, pois existe grande probabilidade que se descubra onde o avião caiu e se comece a busca de sobreviventes por ali. Mas avalie a situação como um todo: se há risco de explosão (vazamento de combustível, por exemplo), se há corpos que estão entrando em decomposição (e atraindo predadores) ou qualquer outra situação que te coloca em risco, o melhor é bater em retirada. Não se desespere se o resgate não chegar no mesmo dia, estudos comprovam que a demora média é de quatro dias. Especialistas recomendam que só se abandone o local do acidente após OITO dias sem sinal de resgate.
Não saia antes de pegar tudo que pode ser útil. Coisas como uma bússola, fósforos, uma lanterna, um celular (mesmo que no momento esteja sem sinal), um sinalizador, facas, canivetes, instrumentos cortantes, kit de primeiros socorros, água mineral ou o que mais você puder carregar. Se houver bagagem de outros passageiros, revire. Antibióticos valem ouro, geralmente seus nomes terminam em INA e, se você puder escolher, manda ver na Ciprofloxacina, que é um dos mais fortes que tem. Procure bons calçados para proteger seus pés de insetos, umidade, pedras e cia. Tente achar um calçado resistente e, se possível, impermeável, pois pés molhados começam a criar feridas e dificultam sua caminhada.
Antes de sair andando, tenha em mente uma coisa: seu corpo vai passar por severas privações. Não vai ter a mesma quantidade habitual de água e comida, portanto, você não pode exigir dele o rendimento habitual, caso contrário vai acabar exausto e doente. O ideal é que se trabalhe em torno de 60% da capacidade do corpo e que a cada hora de caminhada se realize um descanso de 15 minutos. Três coisas serão fundamentais para se manter vivo: ÁGUA, COMIDA E SONO, para isso você vai ter que focar em encontrar uma fonte de água potável, encontrar o que comer e aprender a fazer uma fogueira para sobreviver a uma noite cheia de predadores. Ande de dia e descanse de noite. Sempre monte acampamento antes de anoitecer, pois no período noturno você vai ser presa fácil. Outra recomendação de especialistas: nas primeiras 24h, todo mundo em jejum para poupar comida (menos crianças e feridos) e não fazer economia de água, isso porque existe um sério risco da água embalada evaporar com o tempo, logo, poupar não vai adiantar muito.
Supondo que esperar o resgate não seja mais uma opção, o ideal é que um grupo mais forte saia para buscar ajuda enquanto outro fica e espera. Mas vamos trabalhar com a pior das hipóteses: só tem você. Para começo de conversa, se for possível, tente localizar um riacho, um córrego, um rio ou qualquer porcaria de fonte de água. Isto porque eles sempre desembocam em algo maior: um grande rio, um lago etc, e as populações costumam construir cidades próximas a fontes de água. Então, para achar gente, seu melhor indicador é a água. Sem contar que uma fonte de água potável é essencial para sua sobrevivência e isso te impede de andar em círculos. Ande em paralelo com o riacho até ele desembocar em algo maior. Siga o fluxo. Se quiser e puder deixe inscrições em tronco de árvores dizendo o dia e a hora que passou por ali, para o caso de alguma equipe de resgate passar pelo local te procurando.
Caso não haja nenhum tipo de água corrente para te orientar, a situação fica mais difícil. Procure fazer alguma marcação bem visível a cada cinco ou dez metros pelos lugares por onde você passar, assim, se você passar uma segunda vez saberá que está andando em círculos. Você pode quebrar um galho, riscar o tronco de uma árvore ou deixar qualquer outro sinal que não seja facilmente removível. Não se engane, mato é tudo igual, é muito fácil se perder no meio do mato. Também é recomendável que você use um pedaço de pau ou uma vara como um cajado, para sondar o terreno logo à sua frente (se afundar, não pise), ajudar a se equilibrar e até mesmo afastar animais que estejam camuflados à sua frente, como cobras. O barulho também espanta alguns animais indesejados e se tudo ficar pior, pode ajudar na sua defesa. Se sentir um buraco, nunca meta a mão , é uma loteria que não vale a pena.
A prioridade durante todo o processo será manter seu corpo íntegro. Ele é o instrumento que vai viabilizar sua sobrevivência. Feridas, picadas de inseto, alergias… tudo pode ser uma porta de entrada para uma infecção. Procure se manter o mais limpo possível, se puder, tome banho mesmo sem sabonete em qualquer riacho. Se não for possível, lave pelo menos mãos, pés, axila e virilha, se manter limpo evita infecções. Também tome cuidado de se proteger do sol da melhor forma que for possível. Se estiver em uma região como a Amazônia, onde há jacarés, cobras e outros predadores aquáticos melhor não mergulhar. E sempre antes de vestir as roupas, sacuda tudo, isso pode te poupar da picada de algum bicho.
Se não houver forma de lavar suas roupas, deixe-as expostas ao sol por algumas horas. Evite levar as mãos à boca ou a regiões onde exista mucosa, como os olhos, por exemplo. Comentário escroto, porém necessário: depois de fazer suas necessidades fisiológicas, é indispensável que você se limpe, mesmo que seja com folhas. Aliás, faça-as longe do local onde você está acampado e longe da sua fonte de água potável. Quão longe? Quão longe você quiser que seus predadores procurem por você. Se possível, dê a sua cagadinha e depois um pulinho em um rio ou cachoeira para um banho. Procure estar sempre o mais coberto possível, para evitar queimaduras solares e picaduras de insetos. Caso não exista essa possibilidade, cobrir as partes do corpo expostas com lama refresca e repele insetos. Não subestime os insetos, estatisticamente, em florestas tropicais eles matam mais do que animais grandes. Se experimentar febre, tome os antibióticos ou remédios que tiver à mão o quanto antes.
Caso você não tenha água mineral disponível e tenha que beber água de um rio, comece por um pequeno gole e veja como se sente. Se passar mal não insista. Existindo a possibilidade de ferver a água, é recomendado. Você também pode usar roupas para “coar” a água e retirar impurezas. Se a falta de água potável persistir, existe uma triste opção, digamos, uma última opção, para se hidratar: enfie água no seu fiofó. O intestino é capaz de absorver água e as chances de uma contaminação são menores. Não se preocupe, ninguém nunca vai saber. A fonte mais segura de água potável costuma ser água de chuva, que pode ser armazenada em recipientes ou levada à boca com ajuda de folhas. Está na merda profunda, vai morrer, não tem uma gota de água de forma alguma? É com pesar que te informo que você pode beber sua própria urina. Há relatos que se deixar esfriar fica menos insuportável. Água salgada nunca, não vai te ajudar, só vai acelerar sua morte.
O corpo humano pode sobreviver em caráter emergencial com apenas meio litro de água por dia. Não custa lembrar que algumas frutas como Coco e Melancia são boas fontes de água e alguns bambus e cactos tem água no seu interior, você só vai descobrir abrindo. Caso você não consiga encontrar água, procure por pegadas de animais no chão, na selva as estradas são os rios e as pegadas de animais. Geralmente elas levam a uma fonte de água ou de comida. Existem formas rudimentares de dar uma purificada em água suja, como por exemplo espremer limão ou misturar com café.
Comida. Via de regra, frutas e animais de cores fortes são venenosos. É um aviso da mãe natureza: “Não me coma”. Se encontrar frutas já mordidas por animais, pode comer sem medo, o que não é venenoso para eles provavelmente não é venenoso para você. Observe o que os animais estão comendo. Evite vegetais que tenham pelos, gosto amargo ou seiva leitosa, eles são grupo de risco. A menos que você seja muito habilidoso, não vale a pena perder tempo e energia caçando animais, as chances de sucesso são pequenas. Mais fácil se alimentar de frutas e raízes. Se for possível, passe tudo pelo fogo ou ferva antes de comer. Só recorra a animais se a coisa se estender por vários dias e você sentir que seu corpo está ficando fraco.
Talvez depois de alguns dias você sofra com a privação de sal, que não costuma estar disponível em selvas e florestas ou de proteína. Sua ausência pode causar um desequilíbrio no seu corpo que começa a dar sinais através de vertigens. Nesse caso, sua melhor fonte de sal dentro da sua nova realidade é o sangue de mamíferos. Boa sorte, vale tudo. Só não se esqueça de tirar as tripas do animal antes de cozinhá-lo. Só não é recomendável ingestão de carne ou sangue crus, pois podem transmitir toxoplasmose e outras coisas piores. Cozinhe a carne cortada em pedaços com o sangue do bicho e bola para frente. Passarinhos e tartarugas, bem como seus ovos, costumam ser mais fáceis de caçar, fica a dica para os principiantes. Mas em hipótese alguma coma sapos, apenas rãs. A principal diferença entre sapos e rãs é que o sapo tem pele rugosa e a rã tem pele lisa. Se for comer lagartos ou jacarés, atenha-se à cauda. Com sorte, no período noturno você consegue pegar um tatu com as suas mãos: quebre a carapaça do Fuleco e jogue em uma panela com água fervendo.
Supondo que você queira pescar (peixes são uma ótima fonte de proteína), saiba que os melhores horários são de manhã cedo e no final da tarde e o melhor local será nas partes onde a água for mais profunda. Se houver aves aquáticas na redondezas, observe onde elas estão sobrevoando, pois é lá que os peixes estão se concentrando. Qualquer coisa dura pode virar um anzol: um pedacinho de osso pontiagudo, um prego ou até um dos itens do canivete. Peixes são muito burros, não precisa se grandes sofisticações. Uma linha pode ser substituída por um barbante, lã, um fio ou qualquer outra coisa do tipo. O ideal é que se coloque uma isca animal no anzol: um pedacinho de carne, de víscera etc e se jogue na água. Mas se isso não for possível, alguns fios coloridos ou pedacinhos de pano que tremulem na água podem render boas esperanças. Comer o peixe cru está proibido. Tem que tirar as escamas e as vísceras.
Na hora de parar para descansar, você deve tomar alguns cuidados. Evite árvores caídas ou troncos na horizontal, eles são o refúgio favorito de animais como cobras e escorpiões. O ideal é parar no período da noite, quando os predadores estão ativos. Refugie-se em um abrigo, qualquer coisa com um teto, seja ele natural, seja ele feito por você. Caso você tenha que montar o seu abrigo, escolha uma clareira, um local aberto. Isto por dois motivos: em uma clareira você pode ver o céu, podendo ser visto caso o resgate passe por ali e em uma clareira você tem certeza de que galhos ou troncos não vão cair na sua cabeça. Uma das principais causas de mortes em florestas é essa: galhos e troncos caindo nas pessoas. Se for dormir, tente improvisar uma “cama” que te mantenha ao menos alguns centímetros elevado do solo com folhas, palha ou o que mais puder encontrar. Se não for possível, cave uma canaleta ao redor do seu abrigo, assim, se chover, a chuva não chega em você. Ao final do dia e à noite é o período onde muitos animais entram em atividade e não os queremos por perto, certo? Desde os pentelhos mosquitos até coisas maiores como felinos carnívoros, todos podem ser espantados por uma fogueira.
Eu espero de coração que você tenha conseguido fósforos ou um isqueiro. Caso não tenha, se prepare porque fazer fogo não é algo tão fácil como se retrata nos desenhos. Esfregar dois pauzinhos na horizontal não vai criar fogo, o ideal é que você crie uma base de folhas secas, estopa, feno ou algo bem inflamável, coloque um graveto na horizontal no meio das folhas secas e o outro na vertical, encostando por cima no horizontal, formando um ângulo de 90°. É um “L” onde um graveto encosta no outro. Daí você gira o graveto que está na vertical por entre as mãos, esfregando uma mão na outra o mais rápido que puder, como quem esfrega as mãos para se aquecer. No começo um graveto vai criando um furo no outro e vai sair apenas fumaça, mas uma hora o fogo vem.
Como a fogueira é parte crucial da sua sobrevivência, vamos falar de outras opções. Se você tiver acesso direito a raios solares muito fortes, pode usar um óculos, um vidro, binóculos, uma lente de máquina fotográfica ou coisa do tipo para tentar fazer fogo: mantenha a lente parada, direcionada para as folhas secas e se o raio solar for forte o bastante, depois de um tempo elas pegarão fogo. Mantenha a fogueira acesa até a noite. Se estiver chovendo e tudo estiver molhado, há grandes chances de encontrar folhas secas dentro de um formigueiro, mas não meta a mão! Cutuque com um graveto até tirá-las de lá. Também é possível conseguir fogo batendo determinados tipos de pedras contra um pedaço de metal e deixando as faíscas caírem nas folhas secas. Um recurso um pouco mais McGyver é usar baterias ou pilhas e um bombril (lã de aço ou fio elétrico fino) ligados aos polos da bateria ou das pilhas. Um último recurso é tentar obter fogo através do calor, por exemplo, esfregando uma tira de couro na madeira até aquecê-la bastante. Demora, mas funciona.
Se possível, faça esta fogueira em um buraco, pois se bater um vendo as chamas não voam em você. De tempos em tempos tem que alimentar a fogueira para que ela não morra: se quiser mais fogo jogue folhas secas, se quiser fazer fumaça jogue folhas verdes. Se conseguir fazer fogo com facilidade, fica uma dica: faça três fogueiras, pois três é um código universal para socorro. Pode ser alguém passe, veja uma fogueira e ache que são apenas alguns hippies acampando, mas se observar três, as chances de perceber que você precisa de ajuda são maiores. Nunca abra mão da fogueira, uma das principais causas de morte de pessoas que se perdem na selva é a hipotermia. Mesmo que aparentemente não esteja frio, a temperatura vai cair. Quase 70% das mortes de perdidos na selva acontecem nas primeiras 48h e de hipotermia, não queremos você nesse índice: mantenha-se seco e aquecido Quando for embora, apague a fogueira para evitar incêndios.
Vamos supor que o pior aconteceu. Você deu de cara com um animal desagradável. Um pot-pourri rápido da melhor forma de se safar: no caso de cobras a regra é que se não mexer com elas, elas não vão mexer com você, mas, se por uma infelicidade a cobra surtar e te atacar não a puxe, aperte a base da sua mandíbula que ela vai soltar. Sugue o lugar da mordida e cuspa diversas vezes. Preventivamente, pancada forte quando a cobra se aproximar resolve o problema. No caso de grandes felinos, já fique avisado que não adianta correr, porque eles correm mais do que você. Também não adianta subir em árvores, porque eles o fazem igualmente melhor. A sua melhor chance é tentar espantar fazendo barulho para o bicho se assustar: um sinalizador, gritos, vale tudo para sobreviver. Caso seja um urso, coisa improvável no Brasil mas bem provável nos EUA, o recomendado é se fingir de morto. Deite de costas, estirado e com as mãos na nuca (assim você protege as áreas vitais) e espere. Talvez ele te pise um pouco, mas ursos não tem interesse em comer presas mortas. Sangue frio, permaneça imóvel. O resto dos animais é bem menor do que você, pode partir para a porrada usando o pedaço de pau que você tem nas mãos.
Caso você se depare com uma tribo indígena, saiba que via de regra eles são pacíficos. Só não pode tentar dar uma de malandro para cima deles. Trate-os com respeito. Se deixe ver, mas não se aproxime muito. Espere que eles se aproximem de você, para que não se sintam ameaçados. Especialistas recomendam que você se aproxime da aldeia e se sente em uma posição humilde. Não faça movimentos bruscos nem empunhe nada que possa parecer uma arma. Quando eles te ajudarem, procure recompensá-los com algo para mostrar boa-fé e nunca, nunca mesmo se meta sexualmente com as mulheres da tribo. Se por um azar forem agressivos com você, use qualquer coisa que seja desconhecida a eles (um eletrônico, um sinalizador, etc) para intimidá-los. Eles tem um pouco de receio do desconhecido.
Se você avistar pessoas, helicópteros, embarcações ou qualquer indício de resgate é muito importante que se faça ver. O mais eficiente seria um sinalizador, uma pistolinha que quando disparada propaga uma fumaça. A fumaça branca é mais eficiente à noite e a preta de dia. Se não tiver um sinalizador, acene, grite e até mesmo escreva um pedido de socorro S.O.S no chão com pedras, riscando a areia, com mijo, com o que for. “S.O.S” é um pedido de socorro universal, qualquer ser humano compreenderá, apesar de ser uma sigla que em inglês significa “Salve nossas almas” (“Save our souls”), é mundialmente difundido. Você pode até tentar se fazer ver com o reflexo da luz solar em um espelho ou jogar corantes de marcação (um saquinho presente na maior parte das aeronaves e embarcações) que tinge a água. Apitos ou qualquer coisa que faça barulho também são boas tentativas, bem como sinais luminosos com uma lanterna. Faça sua parte, as chances de ser notado são grandes.
Só por precaução, se você se perder em um deserto, seguem algumas dicas rápidas: de dia durma e se proteja do sol, só ande à noite. A melhor forma de se proteger do sol é se esconder atrás das sombras causadas pelo relevo ou pedras. Se o calor estiver muito forte, você pode cavar um buraco e se proteger nele, debaixo do solo a temperatura é mais amena. Por mais calor que esteja, não tire a roupa se estiver exposto ao sol, ela te protege mais do que você imagina. Proteja sua cabeça com tecido, nem que seja amarrar uma camiseta. Beba o máximo de água que puder e se ela estiver racionada, evite fazer uma refeição, pois o corpo usa água na digestão. Em vez disso, coma em pequenos bocados. Uma fogueira à noite vai ser crucial para a sua sobrevivência, já que a temperatura costuma cair muito. Se preciso for, faça uma fogueira ainda durante o dia, para usar os raios solares como fonte (ver a técnica do óculos já citada).
Torço para que vocês nunca precisem de nada disso, mas as chances de sobrevivência mais do que dobram se a vítima alguma vez na vida tiver lido qualquer coisa relacionada a estratégias de sobrevivência, mesmo que seja pela tranquilidade que isso lhe gera. Então, melhor prevenir. Semana que vem, como aumentar suas chances de sobreviver a acidentes aéreos.
Engraçado… aqui neste texto, no caso de picadas de cobra, está mandando: “Sugue o lugar da mordida e cuspa diversas vezes.” (19. parágrafo). E neste texto:https://www.desfavor.com/blog/2018/01/primeiros-socorros-picada-de-cobra/
“Nem pense em chupar, espremer ou drenar de alguma forma a área da mordida, não funciona, o veneno já está na corrente sanguínea da vítima, fora do seu alcance.” (20. parágrafo)
Se você estiver na selva, perdido, sem nada ou ninguém perto, sugar e cuspir é a única coisa que pode ser feita. Provavelmente não vai funcionar, mas é a única coisa que pode ser feita em uma situação assim. Já se falamos de uma mordida de cobra em condições normais, é pura perda de tempo chupar e cuspir, quando a pessoa pode ser socorrida de formas mais eficientes.
É mais ou menos como pó de café ou pólvora para fechar uma ferida: se você está sozinho no meio do mato, só resta isso. Provavelmente não vai adiantar. Mas, em um Desfavor Explica sobre feridas, o conselho jamais será algo precário como tacar pólvora e riscar um fósforo.
Um exemplo – exagerado e ficcional – do que seria “algo precário como tacar pólvora e riscar um fósforo.”: https://www.youtube.com/watch?v=IgspbZ0oOOI
Acho sensacional a variedade de temas q vc aborda! Sempre interessantes e úteis. Muito amor por vc sally!
Não é mérito apenas meu não, eu consulto especialistas antes de escrever os textos. Estou sempre muito bem amparada, não tenho esse conhecimento todo não…
mas vc escreve e posta aqui. Muito amor por toda a equipe então !
Sim, eu corro atrás dos profissionais que vão me orientar em cada texto, e vou te falar, as vezes passo uma vergonha danada devido às perguntas que tenho que fazer. Tipo o texto sobre objetos no cu… faltou muito pouco para o proctologista me mandar para a puta que pariu! hahaha
hahahahahaha imagino vc explicando pro procto: “é pra um blog q eu escrevo, doutor. não, eu nunca fiz isso. não, tb não pretendo fazer. nao, não vou pra puta que pariu.”
Nem a pau que eu conto para alguém que eu escrevo o Desfavor! A explicação ficou ainda mais difícil…
é off mas tenho certeza que a Sally vai se divertir com isso
http://www.espn.com.br/noticia/376171_jornal-insatisfeita-com-opcoes-alemanha-vai-construir-seu-proprio-ct-na-bahia
Eu ri
Uma coisa útil para quem vai fugir pro mato ou visitar lugares miseráveis é um canudo-filtro chamado LifeStraw:
http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/filtro_completo_em_um_canudinho.html
Devem ser raríssimas as chances de sobreviver à queda de um avião, não?
Pelo menos esses grandes comerciais…
Nem tanto, Meg. 80% dos acidentes acontecem quando se está decolando ou pousando, então, a queda é menor
Mamis perdeu um colega de faculdade no time de rugby uruguaio que caiu nos andes, ele morreu na queda… mas num país do tamanho de um ovo como o Uruguai, 25% do país devia ter algum conhecido naquele avião.
Sally, vc leu alguma coisa sobre chances de acidentes derivados das turbulências?
Me sinto meio culpada por achá-las totalmente divertidas. As pessoas geralmente entram em pânico, mas eu acho o ‘maior barato’.
Um vôo sem turbulência pra mim, é um vôo sem emoção. (sei que não devo ser muito normal por isso… rs)
O avião está preparado para passar por turbulências! A maior parte dos acidentes são na decolagem e no pouso, não tem relação com elas
Fica tranquila, nada demais. Turbulência não derruba avião. Ponto.
A propósito, um dado curioso: a maioria das mortes ocorridas em decorrência de turbulência severa ocorre com passageiros sem cinto que batem a cabeça no teto!
https://www.desfavor.com/blog/2013/12/desfavor-explica-sobrevivendo-acidentes-aereos/
A gravidade dos acidentes não está relacionada tanto com a altura, uma vez que o avião, ainda que perca os motores, pode planar. Na grande maioria dos casos, o que determina a gravidade é o nível de controle que a tripulação consegue manter da aeronave (exceto num tipo específico de acidente, conhecido como CFIT) e no local disponível para um pouso forçado.
Vcs ficam aí comprando smartphones MP 60, 100, 8000…
Android e outros sistemas operacionais drenam pra kct a bateria!
Eu até tenho um desses, mas não abro mão do meu dumbphone básico que a bateria dura uma semana sem carregador. Dá até pra me acharem nos destroços antes do meu cel descarregar :P
Isso se o seu celular não derreter, molhar ou ficar inutilizado de alguma outra forma, né?
Uma pessoa normal (de classe média pobre) que nunca vai viajar de anvião nem de navio precisa decorar essas dicas? Existe algum meio de se perder no meio do mato sem ser de avião ou de navio? Seria fazendo uma trilha, mas eu odeio natureza, eca! Então acho que desse mal não padeço.
Mas hoje existem passagens aéreas mais baratas do que de ônibus! Eu já viajei a menos de cem reais A IDA E VOLTA de avião!
Aliás, eu tenho certeza que se algum dia acontecesse alguma coisa inesperada eu morreria rapidinho.
Não pense assim, as pessoas que sobrevivem são as teimosas, as tinhosas que batem boca com Deus e gritam “É O CARALHO QUE VOCÊ VAI ME MATAR, SEU FILHO DA PUTA!”
Pra vc, Sally S3
http://www.youtube.com/watch?v=GbAN5g0MUpU
Debra “Fucking” Morgan – “Dexter” music video
Eu curtia a boca suja da Deb…
Dicas sempre úteis!!!
Algo interessante para qualquer um é sempre carregar consigo em viagens um manual pequeno de primeiros socorros (eu que trabalhei com um socorrista sei bem o quanto é bom), você nunca sabe quando precisará, seja em uma viagem curta, seja na selva.
Eu ando com essa porcaria na bolsa ocupando espaço e nunca precisei. Porém, tenho certeza absoluta que no único dia em que tirar da bolsa, vou acabar precisando, por isso continuo carregando esse troço.
Tem em aplicativo pra celular? Seria mais fácil de carregar.
Como carregar kit de primeiros socorros em aplicativo para celular???
Meio arriscado por conta da bateria do celular descarregar fácil, mas mais fácil de ter com vc em qq ocasião (decorar os ensinamentos na fila do banco ou consultório médico, pode ser mais útil que ler revista de fofoca).
Pra Android eu achei alguns gratuitos, e tem até pra ataque zumbi!
Acho que vale à pena. Lembrei pq eu sempre baixo algumas coisas como ‘lanterna’, mapas e alguns kits úteis.
Peraí… tem manual pra como se defender de um ataque zumbi? Pode isso gente? bahh!
Tem sim, faz tempo!
A novidade é a versão para aplicativos, mas manuais com o tema já foram publicados até oficialmente, e pelo governo americano:
http://noticias.r7.com/esquisitices/noticias/governo-dos-eua-divulga-guia-contra-ataque-de-zumbis-20110519.html?question=0
E ainda:
http://www.cdc.gov/phpr/zombies.htm
PS: Falo de manual… kit é impossível mesmo! rs
Manual eu já tenho na cabeça depois de estudar feito uma corna para escrever o texto! hahaha
Verdade… mas achei uns manuais com situações mais banais e mais fáceis de acontecer com a gente: queimadura, mordida de bichos dos mais variados, quedas, dores.. etc.
Uma que nunca esqueço foi o show do Bear Grylls ensinando a sair de um carro que caiu na água. Eu me desesperaria fácil pois não sei nadar, ele ensinou ter sangue frio pra, caso vc não tenha conseguido sair com facilidade, esperar pelo menos então o carro ficar submerso, pois antes disso a porta do carro não vai abrir por conta da pressão da água.
Eu nunca tinha pensado em andar com manual de socorros, mas agora com vcs falando tô começando a achar interessante arrumar um.
Pelo menos um isqueiro eu levo comigo
Como faltou o manual de sobrevivência na caatinga, eu vou dar umas dicas.
Se você encontrar uma raposa (sim, na caatinga tem raposa), não tente fazer amizade com ela. Elas são lindas, mas passam raiva e podem te machucar de verdade.
Está com sede? Não aconselho que beba água de cacimba, os animais bebem essa água e lá mesmo urinam e defecam. Encontrou açude? Só beba dessa água se o açude for cercado (mesmo problema da cacimba). Caso não encontre nenhum dos dois, procure uma moita de xique-xique, raspe os espinhos com uma pedra e pode morder com vontade.
Está com fome? Este mesmo xique-xique pode matar sua fome. Basta assá-lo em uma fogueira. Minha mãe diz que tem gosto de inhame. Ou você pode matar algum caprino desavisado que esteja passeando perto de você.
Nunca chegue perto de bovinos, a maioria é brava com gente estranha e sempre tem um touro com ódio da humanidade na turma. Apesar de que, se estes bovinos usarem chocalhos, seria bom você os seguir (de longe), talvez você encontre gente ao final do passeio das vaquinhas.
Se ouvir som de latidos desenfreados é melhor ir devagar, provavelmente alguém está caçando e você não quer virar mordedor de cachorro de caçador (geralmente são agressivos com qualquer pessoa que não seja seu dono). Tente seguir o barulho e vá falando alto, você não quer levar tiro de espingarda por engano.
Não sei quem há de visitar esse lugar tão “paradisíaco”, mas sempre tem uns doidos que aparecem lá para as bandas do povoado que meu pai nasceu. Procurando, só Deus sabe, o que.
Dicas valiosas…
Eu ia escrever sobre assar um calango ou camaleão na brasa, mas fiquei com medo de Sally. Hahaha ;)
Faltou a melhor:
Nunca aceitem o convite de andar por essas bandas. Aqui é a antessala do inferno (em relação a tudo!).
Hahaha
Certos lugares são feitos pra serem freqüentados apenas por quem nasceu lá. Independente de ser a caatinga ou o poló norte/sul, passando pelo pantanal, aqueles interiorzões isolados hostis da Amazônia (aos quais só se chega após 4 horas de barco) ou as montanhas povoadas por gente primitiva no México, no Kosovo, no Iraque, na Sicília ou em qualquer outro lugar parecido daqueles países esquisitos da Ásia Central (órfãos da ex-URSS), ou os desertos áridos do Magreb (o norte da África muçulmana) ou as florestas quentes e úmidas do sudoeste asiático, qualquer “alienígena” que caia nessas localidades está fadado a perecer. Só não morre se for o Rambo, Xuarzenéguer ou o Cocô-dilo Dundee. Eu ia falar do Steve Irwin mas esse teve o que mereceu, né?
O mundo tem muuuuuuuuuito lugar bizarro e é preferível que eles fiquem lá, sozinhos ou habitados por quem está acostumado às suas condições precárias e sabe se virar, pois está lá desde tempos imemoriais e não conhece outra coisa. E é bem capaz de que essa gente, se caísse na “civilização” (que é um conceito absurdamente relativo) também perecesse. É por isso que eu cago e ando pra esses “alpinistas”, esses “mochileiros”, esses “aventureiros” e toda essa casta de pessoas ociosas (sim, porque tem que ser ocioso pra ficar meses numa porra duma montanha gelada do caralho!) que se mete nos lugares mais inóspitos buscando “adrenalina” e depois se fodem por hipotermia, necrose pelo frio, picada de bicho venenoso e outras coisinhas lindas! Como se diz no Hell de Janeiro, “adrenalina de cu é rola” (isso de “…de cu é rola” é a única coisa que o RJ produziu de culturalmente relevante em toda sua longa história de merda!).
O problema é que infelizmente podemos ir para em lugares assim por acidente…
Aliás (esqueci de botar no comentário anterior), o filme “127 horas” é uma grandessísima merda (como tudo em cinema, troço que eu acho imensa perda de tempo!) mas é bem didático ao mostrar o que acontece com esse tipo de gente “corajosa” que se mete onde Deus já deixou o acesso bem difícil justamente pra evitar visitinhas indesejáveis (não me massacre por ter falado em Deus, Sally!).
Falando nisso:
– Fazendo fogo com pederneira:
http://www.youtube.com/watch?v=PRj01d9dq_o
– Lendo bússola:
http://www.youtube.com/watch?v=dpG9AgQoEo4
– Espiriteira (micro-fogareiro portátil) feito de lata de pastilhas pra garganta:
http://www.youtube.com/watch?v=RGUrgtleP1Y
– Arco feito com molas de suspensão de Fusca:
http://www.youtube.com/watch?v=BupiADUn-Yk
“eu fico muitas semanas lendo sobre o assunto e sempre consulto um especialista, que desta vez foi um militar responsável por treinamento de sobrevivência na selva. Nunca pego de uma fonte só”.
Pois é, fez lembrar a história de alguns soldados japoneses, dentre eles um de meus tios, abandonados em arquipélagos no Pacífico ao final da Segunda Guerra Mundial.
Meu tio teve sorte, foi um dos primeiros a serem localizados. Já o último, só em 1974, depois de matar muita gente na selva, na crença de que a guerra ainda continuava. Tiveram que trazer o então major do seu regimento para fazê-lo acreditar que tudo já havia acabado há muito tempo.
Que história fascinante… você tem mais detalhes dela?
Infelizmente, meu tio já morreu há alguns anos e nunca tive a chance de perguntar muita coisa daquela época.
Já o “Rambo” que se rendeu em 1974, Hiroo Onoda, está hoje com 90 anos, ainda em plena forma e lúcido.
O engraçado é que ele se rendeu graças a Norio Suzuki, um porra-louca que largou a faculdade para viajar pelo mundo para encontrar “um panda, o abominável homem das neves e, se tivesse muita sorte, Onoda”. Suzuki localizou Onoda nas Filipinas e foi a pessoa que intermediou a ‘rendição’ de Onoda mediante trocas de bilhetes deixados na selva, trazendo por fim o major de seu regimento para convencê-lo.
Isso depois de Onoda, último sobrevivente de um grupo de quatro soldados que se esconderam na selva crentes de que a guerra continuava, ter escapado de grupos de busca americanos, japoneses e filipinos ao longo de quase 30 anos, trocado tiros com policiais e militares e matando alguns deles com seu rifle, munição e granadas ainda do tempo da guerra. Quando se rendeu, ele tinha 51 anos. Diante das circuntâncias, foi perdoado pelo presidente das Filipinas.
Aí veio para o Brasil, fez fortuna com gado no Centro-Oeste (que ele aprendeu a criar ainda na selva), e voltou para o Japão há uns trinta anos já, onde fundou, se não me engano, uma organização de produtos orgânicos. Vou encomendar o livro dele.
Que história, Suellen. Taí algo que poderia virar filme, não?
Um documentário já teve:
http://www.imdb.com/title/tt0887691/
Mas certamente poderia virar um filme.
Esses japoneses da época da guerra eram criaturas medonhas. Tinham uma cultura de que eram ‘filho dos deuses’, e de que todos os outros ‘humanos’ eram inferiores, e que matá-los em nome do imperador não era só necessário, como louvável. Os horrores que os japoneses fizeram nas Filipinas, Manchúria e Coréia são coisa de filme de terror bem tenebroso.
Eu comprava essa imagem dos japoneses humildes, equilibrados e bondosos quando era mais novo. Mas hoje eu tenho é repulsa e prefiro não me meter muito com esse povo – são teus amigos olhando de lado, e quando inimigos, são pior que o capeta do avesso.
Sim, morei lá por alguns anos e são um povo bastante repulsivo. Para vocês terem uma ideia: há um templo em Tóquio chamado Yasukuni, que venera a memória dos militares que morreram pelo país na Segunda Guerra Mundial, inclusive os que estupravam mulheres brancas e asiáticas nos países ocupados, reduziram prisioneiros de guerra a esqueletos e os que praticavam competições de quem mais decapitava pessoas ou enterrava civis vivos. Todo candidato a algum cargo político que se preza visita esse templo, ou perde as eleições.
De resto, japoneses humildes, equilibrados e bondosos até existem. Só que 99% deles emigraram para outros países, ‘incentivados’ a cair fora na sua maioria durante a crise econômica de 1900-1930.
Olha, para não sermos radicais, um japonês bondoso existiu durante a Guerra. O nome dele era Chiune Sugihara. Como diplomata, arriscou sua vida, da mulher e dos filhos pequenos ao conceder indiscriminadamente para milhares de judeus vistos para escapar da Europa, o que lhe custou a carreira e lhe trouxe uma vida de imensas dificuldades depois da guerra.
Só que, ao contrário de Oskar Schindler, que jogava na cara o que havia feito pelos judeus para seguir sobrevivendo, Sugihara nunca falou nada. Só descobriram o que ele havia feito porque o cônsul de Israel no Japão, uma das pessoas que foram salvas por ele, finalmente o localizou pouco antes da sua morte, em 1986.
Obituário do Rambo
http://www.bbc.co.uk/news/world-asia-25772192
Adoro natureza, fazenda, cachoeira, mas tenho que admitir que esse tipo de natureza me assusta um bocado. Gosto das mais civilizadas. Nunca fui pra Chapada exatamente por ser mato demais. Uma amiga ficou com um buraco na perna por conta de uma picada de um bicho que ninguem soube identificar o que era. Tipo necrosou.
Ótimo texto, ainda mais com dicas de especialistas. Mas espero nunca precisar disso, muito menos os outros. Que angustia!
Também espero que ninguém precise…
Eu vou para Chapada ano que vem. Vou imprimir este texto, só por precaução.
Boa sorte!
Pessoal adora esse lugar!
Ótimo texto. Obrigado por mais um capítulo do Manual de Sobrevivência. Mesmo não sendo fumante, passarei a carregar um isqueiro a partir de hoje. Acho que carregar um canivete suíço (leve e de qualidade) também não é uma má ideia.
Eu sempre levo um isqueiro comigo, mais pela necessidade de conseguir luz em um lugar escuro do que qualquer outra coisa
Sally, você lê sobre o assunto, ou assisti algum programa tipo “Man vs Wild” antes de escrever esses textos né? Porque eu estranhei duas coisas nesse texto, uma coisa é água engarrafada evaporar, porque a menos que esteja sem a tampinha da garrafa, se manter fechado ela não evapora, e se evaporar vai bater na tampa e se condensar em água novamente, a não ser que seja algum outro recipiente que não garrafa de plástico, vidro ou similar, e outra coisa é não comer peixe cru, não vou nem zoar falando que se comemos sushi normalmente porque não comer na hora do aperto, porque eu já vi nesses programas sobre sobrevivência na selva que se pode comer carne de peixe cru, carne de cobra crua, insetos crus, e até frutinhas das fezes de animais, eca!!! Mas pelo que percebo, desde que limpe antes, tirando só o filé do peixe com uma faca, pode comer carne crua normalmente, principalmente de peixe.
Dependendo da embalagem, até mesmo a plástica, quando submetida a altas temperaturas ela dilata e abre pequenos “poros” no corpo da garrafa, podendo acontecer alguma evaporação. Geralmente as garrafas não estão pensadas para calor extremo e sim para ambientes refrigerados. Inclusive, dependendo do plástico, podem até soltar substâncias nocivas para a saúde.
O peixe cru que comemos no sushi é de uma procedência confiável: come ração, toma antibióticos. Bem diferente de um peixe qualquer, que pode ter dezenas de parasitas em sua carne (alguns deles migram para seu cérebro e começam a colocar ovinhos ali). Se algum imbecilóide andou comendo peixe cru sem saber a procedência lamento por ele, eu não recomendo que ninguém o faça.
Para escrever qualquer desfavor explica eu fico muitas semanas lendo sobre o assunto e sempre consulto um especialista, que desta vez foi um militar responsável por treinamento de sobrevivência na selva. Nunca pego de uma fonte só.
Bem argumentado, pensando bem realmente há alguma possibilidade de ocorrer algo assim. E pelo jeito aqueles programas com o Bear Grylls então são pura enganação, pelo menos quanto a parte da alimentação, porque ele sempre come uma porrada de coisa crua e/ou nojenta, tipo insetos, aranha caranguejeira assada, frutinhas defecadas por ursos, sangue e carne de cobra crus, e por ai vai, e eu duvido que alguém que sempre viveu numa cidade, iria ter coragem de comer algo assim, mesmo se estivesse morrendo de fome! Sempre achei um pouco suspeito esses programas, tipo é mais para o lado do entretenimento do que para o lado didático e informativo, porque o pessoal gosta de ver ele se fodendo e comendo coisa nojenta. Tipo isso aqui, saca só: http://www.tudointeressante.com.br/wp-content/uploads/2013/09/Bear-Grylls-larva.gif
Delícia hein!!! kkkkkk…
Até acho que se ocorrer uma situação extrema do tipo ou come a merda do urso ou morre de fome, a pessoa vai comer, e porra, não tem nem o que falar. Mas existem tantos caminhos até chegar a esse ponto…
O especialista que você consultou falou algo sobre as larvas?
Realmente, larva é uma das coisas que o Bear Grylls mais come, por ser proteína e relativamente fácil de encontrar.
No outro programa de sobrevivência do discovery, do casal selvagem, teve um que eles conseguiram pegar uma tartaruga mas a mocoronga da mulher criou afeto pelo bicho e não quis comer, aí eles pegaram uma cobra. Quando abriram tava cheia, infestada de parasitas. Ficaram umas boas horas limpando a carne antes de poder comer.
Outra coisa, no episódio de sobrevivência em deserto do man x wild, o Bear conseguiu agua no deserto cavando alguns centimetros na areia, chega uma hora que começa a ficar úmida, aí ele pegou uma meia, encheu de areia e espremeu pra sair a agua. Delícia.
Não cheguei a ver nada sobre larvas não, mas sinceramente, acho que eu morreria de fome antes de comer uma larva!
Penso no que se passou pela cabeça daqueles sobreviventes dos Andes. Imaginem o que deve ter sido para um jovem (Nando Parrado) cogitar a possibilidade de que literalmente sua irmã acabasse comida por seus colegas…
Uma pessoa que passa por isso nunca mais deve ser a mesma…
Tá vendo Sally, foi o que eu disse, duvido que alguém que só viveu em cidades vá ter coragem de comer um inseto, larva, ou qualquer outra coisa estranha, salvo a pessoa na hora do aperto criar uma coragem inimaginavel e passar por cima de todos esses nojinhos e medos. Você teria coragem de comer uma lagartixa ou um calango (que nada mais é que uma lagartixa gigante), para não morrer de fome? Teria coragem Sally? Uma lagartixinha assadinha no palito, hein? hummm… delícia!!
Um bicho que a pessoa tenha fobia realmente acho que só em caso de vida ou morte, mas outros animais que não sejam repulsivos é bem possível.
Essa história de “evitar picadura” não desperta o moleque de doze anos que vive dentro (ops) de você? Ah, esse maravilhoso universo do duplo sentido!
Tomar uma picadura certamente não
Porque Sally, você nunca “levou uma picadura”?? kkk….
Turun tss!
Muito legal… se eu estiver sozinha nessa situação vou lamentar muito não ter com quem compartilhar tanta informação importante… tomara que tenha uma bola pra eu chamar de Wilson.
Quando você for resgatada, escreve um livro sobre seus dias na selva. Essas coisas vendem bem
Se eu sobreviver, sem dúvida! rs
Olha a bola Wilson aí, NoMundodaLu: http://www.centauro.com.br/bola-de-volley-wilson-cast-away-.html
Que legal!!! Não preciso nem me machucar pra fabricar a minha própria!!!
Acho que vou comprar e levar em viagens por via das dúvidas.