Revolução Haitiana.

Acaba de sair a notícia do assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moïse, o que quer dizer que pelo menos por um ou dois ciclos de notícias, vamos ouvir falar muito sobre o país. A nação caribenha poderia ser conhecida como uma das primeiras independentes nas Américas ou a primeira a abolir a escravidão, mas infelizmente o é por causa da extrema pobreza e instabilidade política. Como isso aconteceu?

Localizada na América Central, a ilha de São Domingos (ou Hispaniola), foi uma das primeiras visitadas por Cristóvão Colombo, ainda em 1492. Por lá viviam nativos do povo Taíno, que inicialmente receberam os europeus de forma amistosa. Aproveitando a situação, os espanhóis criaram a primeira colônia europeia permanente nas Américas, onde hoje em dia fica a República Dominicana.

Já no ano seguinte, os espanhóis vieram em peso para tomar controle da região. A diferença brutal de tecnologia de guerra foi percebida por Colombo, que já calculava quantos homens e armas seriam necessários para tomar a ilha enquanto sorria para os nativos. Em pouco tempo, as doenças europeias para as quais os locais não tinham anticorpos deram conta de dizimar os taínos, sem contar, é claro, o completo desinteresse espanhol pelo bem-estar dos habitantes originais.

Mas essa parte da história quase toda a América tem em comum. Do norte ao sul, europeus conquistaram povos indígenas com o uso de espadas e doenças. O diferencial haitiano começa com a importação em massa de escravos africanos a partir de 1501. As plantações e minas espanholas precisavam de mão de obra e os índios não sobreviviam tempo suficiente. Os Taínos ainda sobreviveram como um povo por algumas décadas, inclusive se unindo com escravos africanos para realizar algumas revoltas. Mas no final das contas, acabaram mortos ou integrados à população local.

Com a exploração de outras colônias americanas pelos espanhóis, o interesse na ilha de Hispaniola diminuiu, levando a várias décadas de estagnação. Foi nesse desinteresse espanhol que os franceses conseguiram fincar pé na ilha. Em 1697, a Espanha acabou cedendo parte da região para a França. E a França não perdeu tempo com sua colônia americana: em pouco tempo, Saint-Domingue foi chamada da pérola das Antilhas, produzindo açúcar em altíssima demanda no continente europeu.

Toda riqueza produzida com trabalho escravo. A proporção de escravos africanos para europeus na colônia era imensa, os europeus claramente cegos pelos lucros, foram criando um barril de pólvora na região. Onde tem dinheiro, tem interesse: quase todas as nações europeias tentavam pegar um pedaço daquela região riquíssima, e até mesmo uma colônia inglesa em franca expansão logo ao norte se interessava pela ilha.

Em 1791, o barril explodiu na Revolução Haitiana. Escravos, ex-escravos, espanhóis, britânicos, e até mesmo poloneses se juntaram para declarar independência dos franceses. Numa série de batalhas muito sangrentas, nascia o Haiti, sob o comando de um ex-escravo que prontamente aboliu a escravidão. O governo colonial francês foi expulso, e antes que você se esqueça como era o mundo naquele tempo, os franceses que não conseguiram fugir a tempo foram massacrados.

Mas, para você não se esquecer de novo como era o mundo naquele tempo, até para os padrões da escravidão, os franceses eram cruéis. Com dez escravos para cada francês em média, havia o medo constante de uma revolta. Mas, com a região produzindo 60% do café mundial e 40% do açúcar utilizado na França e na Inglaterra, ninguém se interessou em ler as placas de “pare”.

Quando a revolução finalmente começou, não tinha muito o que controlar na região. Estima-se que mais de cem mil escravos aderiram à revolta e começaram a matar seus mestres e destruir plantações. Muitos ainda achando que estavam lutando com o apoio do rei da França, uma fake news daquela época, onde se dizia que a monarquia francesa havia abolido a escravidão e os líderes da colônia estavam desrespeitando a ordem.

No meio da confusão, a França declarou guerra contra a Grã-Bretanha, o que só tornou a situação mais imprevisível. Irritados com a falta de suporte da coroa francesa, os escravocratas locais tentaram se aliar com os britânicos, esperando que eles evitassem a liberação dos escravos. Os britânicos aceitaram a oferta, esperando que controlar a colônia mais rica das Américas fosse uma boa moeda de troca assim que a guerra acabasse e precisassem negociar a paz.

Está acompanhando a bagunça? Piora. Para enfraquecer os britânicos, e à luz da recente Revolução Francesa, os franceses abolem a escravidão em todas suas colônias, esperando que os agora ex-escravos defendessem a ilha. Aí, os espanhóis, que estavam logo ao lado com sua própria colônia lucrativa, resolvem apoiar os franceses para evitar que os ingleses se enfiem no meio da situação.

Enquanto isso, apoiado pelos espanhóis, cresce a figura de Toussaint Louverture, ex-escravo e agora um dos generais mais poderosos da revolta haitiana. Toussaint, espertamente, não confia em ninguém, sabendo que aquela bagunça toda poderia se voltar contra o povo que tentava liberar a qualquer momento. Uma das maiores armas de Toussaint foi o subterfúgio, trocando de lado entre espanhóis e franceses assim que percebia uma oportunidade.

Ao mesmo tempo que toda essa luta acontecia em Hispaniola, a recém independente ex-colônia inglesa começa a fazer mais e mais diferença na geopolítica local. Os Estados Unidos aparecem de surpresa, com poderio econômico e militar suficiente para desequilibrar a balança em direção à liberdade haitiana. Depois de uma série de acordos e facadas nas costas entre os participantes, Toussaint consegue expulsar os espanhóis da ilha e consolidar o poder em mais uma guerra sangrenta contra outro general local.

Só para Napoleão Bonaparte invadir a ilha! Com a promessa de não mexer na abolição da escravidão, as tropas napoleônicas queriam acabar com os generais haitianos e retomar o controle local. Toussaint não estava disposto a ser apagado da história. Com a força de uma população que atribuía a ele a liberdade recém-conquistada, os haitianos peitaram Napoleão… e ganharam. O Haiti é uma das poucas derrotas de Bonaparte, e provavelmente o motivo pelo qual ele abandonou seus planos de um império americano (tentar conquistar uma parte dos EUA também não ajudou).

Em dezembro de 1803, depois de mais uma década de batalhas, os haitianos finalmente venceram a resistência francesa, e logo depois fundaram o primeiro Estado criado por uma revolta de escravos. Estima-se que mais de duzentas mil pessoas tenham morrido nessa revolução, a imensa maioria escravos africanos. Foi sangrento, foi terrível, mas de um significado histórico ímpar.

Muito se fala da Revolução Francesa como marco para o início da era moderna da humanidade, mas eu acredito que possamos argumentar que a independência haitiana tenha algo de ainda mais especial na nossa história. Se você torce pelo mais fraco numa luta, não fica melhor do que isso: escravos que sofreram abusos terríveis se organizaram para se livrar das garras dos maiores impérios da época, mandando até Napoleão de volta para a França com o rabinho entre as pernas.

A gente olha para o Haiti hoje como um lugar onde tudo dá errado, provavelmente sem a visão da grandiosidade do que aconteceu ali. Não é só um país pobre que a gente usa como sinônimo de lugar ruim, é um dos berços do mundo como conhecemos, uma quebra na realidade de um planeta que até então nunca tinha se preocupado muito com as consequências de oprimir e explorar. Claro, a humanidade continuou e continua fazendo isso, mas desde o Haiti não na mesma escala, e com certeza não com a mesma certeza da impunidade.

Se fosse um filme, eu com certeza terminaria com Toussaint assumindo a presidência do Haiti e a esperança de dias melhores. Mas na vida real, as coisas continuam… e no caso do Haiti, continuaram num caminho cada vez pior. Evidente que nenhum dos poderes mundiais gostou dessa ousadia haitiana, foram obrigados a tolerar, considerando que custava caro demais tentar controlar a ilha de novo. E aí, começa o Haiti moderno.

O Haiti do abandono. Depois da independência, um país precisa encontrar aliados, e rápido. Sem o reconhecimento internacional, qualquer novo país está fadado ao fracasso. E o reconhecimento internacional haitiano custou muito caro. Muito caro mesmo. Para conseguir realizar comércio internacional e ser respeitado como Estado soberano, o Haiti teve que pagar reparações de guerra para a França, num valor tão absurdo, mas tão absurdo, que mesmo depois de negociado para cair quase pela metade, só foi terminar de ser pago em 1947!

Quando os franceses vierem com seu papo de igualdade e fraternidade, sempre bom lembrar quem faliu o agora mais pobre país das Américas. Para dar conta dessa dívida astronômica, que chegou a ocupar 80% da produção nacional só para pagar prestações, o Haiti acabou voltando às suas raízes agrárias, explorando os ex-escravos com salários ridículos, que “tecnicamente” não eram a volta da escravidão. Isso manteve o povo muito pobre, sem quebrar a dinâmica de uma minúscula elite muito rica vivendo cercada de gente miserável.

E para piorar, com muitos países incomodados com a ideia de abolição da escravidão, o Haiti penou para conquistar aliados. Isolado e empobrecido, o país começou a ser governado por uma série de ditadores, cada vez mais violentos e malucos. É o ciclo da desgraça: um governo é tão ruim e violento que o próximo tem que tirar na força, e só quem tem coragem pra isso é alguém pior e mais violento…

Não ajudou em nada os interesses imperialistas dos EUA, que sempre que podiam, invadiam o país em nome da paz (vulgo medo de algum adversário invadir primeiro), mas não resolvendo o problema maior da desigualdade. E por conta do apoio dos EUA, o Haiti teve em comum com a América do Sul um ditador “anti-comunista” que ficou por muito tempo no poder, afundando o que ainda restava naquele país. “Papa Doc” assumiu o poder em 1957, ficou até 1971, sendo substituído pelo filho até 1986. Nesse ponto, os EUA já estavam um pouco mais relaxados com a “ameaça vermelha”. Papa Doc e Baby Doc controlaram o país com mão de ferro e a incompetência costumeira de ditadores do tipo.

Quando o Haiti parecia finalmente ter um respiro para recomeçar, leva na cabeça uma sequência de desastres naturais na forma de furacões, tempestades tropicais e um terremoto devastador em 2010. O país, que já estava arrasado por séculos de má administração, não resiste a mais essa pancada. Há mais de uma década o país tenta se reerguer, sem sucesso. Não ajuda nada que continue sendo controlado por políticos pouco afeitos à democracia. O presidente morto hoje estava no cargo por decreto, à revelia da oposição.

Imagine um país que passou por tudo o que o Brasil passou, mas dez vezes pior e com dez vezes mais guerras e violência. Sem contar os desastres naturais. O sacrifício realizado pelos revolucionários condenou o país, mas de uma certa forma, acelerou demais a abolição da escravidão ao redor do mundo. Pode achar o Haiti um lugar horrível, porque infelizmente ainda é, mas se puder, quando olhar para o país, lembre-se de que eles pularam na granada que ninguém mais teve coragem de pular.

E com isso, possivelmente salvaram o mundo como conhecemos hoje. Olhe para o Haiti e se lembre do preço que eles pagaram: os escravos que finalmente assustaram os mestres. Quando eles se mexeram, todo mundo teve que se mexer. É assim que se muda o mundo, mas infelizmente o preço foi muito caro.

Para dizer que achava que eles eram azarados mesmo, para dizer que o melhor que fazemos é não mandar exército brasileiro, ou mesmo para dizer que se identificou: somir@desfavor.com

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Comments (23)

  • Incrível força de vontade. Talvez uma mentalidade de autossuficiência teria ajudado o país a progredir. Ou financiar guerras por independência em outras colônias. Algo como “União das Ex-Colônias da Europa”. Não dizendo seriamente, claro.

  • A história que não se conta

    A questão do Haiti inclusive era preocupação aqui no Brasil.
    Teve o caso da Revolta das Carrancas e algumas outras no período regencial que ainda que com efeito local, também foram fator de preocupação.
    Já no primeiro reinado havia uma pressão em favor da escravidão por parte dos britânicos, sendo que a expressão “pra inglês ver” tem justamente a ver com a tendência protelatória dos brasileiros em resolver seus problemas pela incapacidade de lidar com seus múltiplos grupos de interesse fazendo lobby em favor de seus interesses egoicos, sendo que se empurrou a situação quase que com a barriga durante todo o período regencial e quase todo o segundo reinado, com concessões que se seguiam em passo lento na corte brasileira.
    Os britânicos se deram por satisfeitos com o fim do tráfico negreiro que dava condições para o avanço em favor de seus próprios interesses neocoloniais na África que foram dar as caras no correr do período vitoriano, sendo que a Lei Eusébio de Queiróz foi justamente com o objetivo de mitigar um incidente diplomático entre os britânicos e os brasileiros, uma vez que os britânicos estavam dispostos as últimas consequências pra minimizar a interferência dos brasileiros na região da África.
    Por conta disso, não houve uma discussão a sério quanto a “abolição” da escravidão no país até o fim da guerra do Paraguai, sendo que foi a partir daí que começaram a sair as concessões nas leis de 1871 (“ventre livre”) e 1885 (“sexagenários”), sendo que já no hiato de 1885 a 1888, havia um complô por parte de alguns senhores escravagistas (visando vultosas compensações da coroa com a abolição) e de abolucionistas (que consideravam que o processo estava andando a passos muito lentos) para dinamitar o modelo econômico baseado na escravidão, o substituindo pelo modelo de meagem com o trabalho de imigrantes europeus nas lavouras de café que começaram a vir em grande número e a marcar espaço no país.
    Claro, houve várias resistências por parte dos escravagistas mais conservadores, mas mesmo esses, com a lacônica “lei áurea”, passaram a se juntar aos outros escravagistas que puxaram a roda na ânsia de buscar compensações financeiras com a coroa, que também protelava a situação tentando se evadir de responsabilidades. Assim foi até o “baile na ilha fiscal”, que seria a gota d’água para a implosão da monarquia no país, pois os oligarcas queriam a todo custo a compensação pelos libertos e não suportavam mais a postura proteladora por parte do governo.
    Ainda assim, a jovem república que se instalou no lugar também adotou a postura proteladora com o objetivo de frustrar as pressões oligárquicas por compensações por seus “libertos”, até o momento em que Ruy Barbosa, então ministro da Fazenda, mandou INCENDIAR os registros que se tinha das negociações de escravos no país. Pela frente, se deu o pretexto de que seria para apagar a vergonha que representava a escravidão, mas na prática era para dirimir as pressões por compensações financeiras pelos libertos. Claro, se deu abertura para aquele processo que conhecemos por encilhamento, que aliás foi bem útil para desviar as atenções e quanto ao resto da história, bem… Vocês sabem.

  • As religiões exerceram uma grande influência na manutenção da escravidão, na colonização, na imigração. Essa região tão cruelmente dominada pelo cristianismo, teve o Vodu como um elemento de resistência. Até hoje lutam pra que o Vodu seja reconhecido como religião no Haiti, embora cristãos locais culpem a bruxaria e a feitiçaria por todos os males do país. Os locais sagrados de Vodu atraíram turistas, que injetavam dinheiro na economia local das comunidades que ainda preservam esses espaços.

  • Bem bacana o texto, já tinha lido um pouco sobre a história do haiti, mas através de historiadores franceses e ingleses. Sabe como é, leitura acadêmica que ninguém se interessa…

    Em tempo: fico impressionado com a capacidade do Somir em escrever um “textão” com um fato quentinho que acabou de sair na mídia. Se fosse uns tweets comentando até vai, mas… Um texto? Caramba! Me pergunto se isso não é experiência da carreira publicitária, que – eu suponho – te obriga a criar coisas com prazos impossíveis.

  • Aí eu te pergunto. Ensinam isso nas escolas? Alguém já teve aula disso? Não me espantaria em descobrir que nem metade dos atuais estudantes saberiam apontar no mapa onde Haiti fica.

    Mal aprendemos sobre a revolução americana, e o que contam do Brasil sempre tem algum viés meio politizado. Esperar que falem sobre o Haiti que não seja como um país de coitadinhos aproveitando pra meter o pau nos americanos branquelos imperialistas (e mudar imediatamente a temática para “como o capitalismo é ruim”) é demais.

    • Pois é, quando você começa a se interessar por história, descobre quanta coisa é considerada pouco importante pelo nosso currículo escolar. Quase sempre o conteúdo que geraria mais discussão em classe…

  • Adoro quando o Desfavor faz isso: joga luz sobre temas que são pouco discutidos e sobre os quais se deveria falar muito mais. Eu até já conhecia “por alto” parte da história da Revolução Haitiana, mas só hoje é que li sobre detalhes que ainda desconhecia. Ótimo resumo, Sally. E, realmente, o feito dos ex-escravos do Haiti é grandioso. Uma pena que uma façanha dessa magnitude esteja hoje praticamente esquecida pelo resto do mundo e que o preço que o país ainda tem que pagar por essa liberdade seja tão alto…

  • O sucessor do Louverture, Jacques Dessalines, rapidamente se afeiçoou às raízes imperialistas e se auto proclamou imperador bem ao estilo europeu. É de chorar

    • Faz sentido, quase todos os países que se ajoelham contra o racismo no campo de futebol tem um histórico PODRE em relação ao Haiti.

  • Isso me lembra uma opinião impopular que eu tenho: a colonização ibérica foi dos males o menor pra nós da América latina. Se tivessem sido os ingleses, franceses ou holandeses estaríamos ainda pior.
    “Ah mas os EUA, Canadá, Austrália”. Esses são exceção da exceção, a maioria das ex-colônias britânicas não vão muito bem.
    E para os racistas que pensam que deveriam ter exterminado/segregado os indígenas e os africanos pra meter um monte de europeus no lugar, por que os europeus viriam pra cá tendo os já mencionados países pra migrar? Países com clima que eles já estão acostumados (pra quem não sabe, a Austrália faz um frio monstruoso no inverno, na região de New South Wales pra baixo). Sem falar o óbvio que nem todo europeu era bonzinho, educadinho e com grandes planos pro futuro.

    Então pra mim ficar sonhando que deveríamos ter sido colonizados por britânicos não faz o menor sentido. Era mais provável nos tornarmos uma Índia, Rodésia, Serra Leoa, Quênia, Nigéria etc. do que uma Austrália.

    • Bom, eu sei que a portuguesa, se não nos deu muitas vantagens, pelo menos foi um pouco mais sossegada, especialmente na parte de permitir a independência. O resto do continente pagou caro para se livrar os espanhóis.

    • Portugueses e espanhóis foram igualmente doentios. A diferença é que Portugal promoveu uma política de escrever a história como melhores que os espanhóis e isso colou. Ambos barbarizaram com os indígenas sem dó nem piedade. E, no fim, ficar independente de Portugal foi mais tranquilo que ficar independente da Espanha. Duas pestes.
      Obs.: ser colonizado nunca é bom.

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