Copa 2022

Resolvemos reunir em um texto tudo que você precisa saber sobre a Copa do Mundo de 2022, assim não precisamos mais falar no assunto e você não precisa ler mais nada sobre o assunto até o evento começar. Vamos acabar logo com isso?

A Copa do Mundo de 2022 será a vigésima segunda edição do torneio realizado pela FIFA (Federação Internacional de Futebol). O torneio será disputado no Catar (ou Qatar, ambos estão certos), um país árabe que fica na região do Oriente Médio, aquele pedaço conflituoso onde África, Europa e Ásia se juntam. Se alguém te mandar apontar o Catar no mapa, ele é um país em forma de gotinha que fica entre a Arábia Saudita e o Irã. Aqui ó:

A escolha do Catar foi cercada de polêmicas: muitos afirmam que o país só ganhou por subornar organizadores e de fato várias investigações foram realizadas. Chegaram a anunciar que o país poderia perder o direito a sediar a Copa do Mundo, mas acabou não dando em nada. De fato, para escolher o país a FIFA teve que fazer vista grossa para muita coisa.

Mesmo depois que sua vitória foi consolidada, as críticas continuaram – e com razão. Por exemplo, os trabalhadores que construíram os estádios estavam em condições de escravidão, sofreram maus tratos e até punições físicas. Em tese, violação aos direitos humanos é algo contrário às regras da FIFA, mas parece que na prática, nem tanto.

O Catar é um país pequeno (seu tamanho equivale à metade do Sergipe, o menor estado brasileiro), mas é muito rico (seu PIB é 20 vezes maior do que o de Mônaco). Segundo a revista Forbes, é um dos países mais ricos do mundo, pela quantidade de petróleo e gás natural que comercializa, que por sinal, estão em alta neste momento. E, just in case, quem nasce no Catar é catarense, catari, catariano (todos estão corretos).

O que tem no Catar? Uma mistura de antigo e moderno bem interessante. É basicamente deserto de um lado e mar do outro. Na parte do deserto tem construções históricas e religiosas misturadas com prédios modernos de fazer Dubai sentir inveja.

O Catar não é um país “livre”, certas liberdades individuais são severamente punidas (como sexualidade que não seja hetero e igualdade entre homens e mulheres), existem leis que proíbem a imprensa de dizer várias coisas e é sabido que o governo local apoia terroristas. Lembra da rede de televisão Al Jazeera? Pois é, é de lá.

E não é que sejam coisas mal vistas, é crime mesmo, passível de punições que vão desde cadeia até penas físicas, Em resumo, para não fazer deste texto um texto triste e revoltante, pesquise bem sobre o que o Catar tolera ou não antes de comprar sua passagem para ver a Copa. Pode ser que o que você é ou o que você faz seja punido com chibatadas lá.

Será a primeira vez que uma Copa do Mundo será realizada no Oriente Médio e também será a primeira vez que uma Copa do Mundo é realizada no final do ano, e não no meio do ano, como é padrão. A mudança de data ocorreu para poupar os jogadores do calor extremos que faz no verão do Catar, onde as temperaturas podem ultrapassar os 50°C.

Por isso, este ano, a Copa começa no dia 21 de novembro e vai até 8 de dezembro. E, mesmo no inverno, teremos estádios com ar-condicionado, para que o calor não cause tantos danos à saúde dos jogadores. A climatização destes estádios não é apenas das áreas internas, ela usa um sistema moderno que resfria todo o estádio, inclusive o gramado.

Percebem o somatório de fatores? Um país com pouca tradição no futebol, com governo que viola direitos humanos, com pouca infraestrutura para sediar eventos (não tinha muito estádio por lá) e com clima extremo parece ser o melhor lugar para sediar uma Copa do Mundo? Se for um país muito rico, a resposta é “sim”.

O mascote da Copa se chama La’eeb e representa um daqueles lenços que os homens árabes usam na cabeça. Não, não é o fantasma de uma raia nem um Togekiss, é um lenço com carinha, bem simpático por sinal. A palavra La’eeb significa “jogador habilidoso” em árabe, algo similar a “craque” no Brasil. La´eeb faz parte de um metaverso onde moram todos os mascotes da Copa, e, ao que parece, Fuleco virou mendigo, pois aparece jogado no chão neste mundinho paralelo.

Se tem uma coisa que esta Copa promete é tecnologia e luxo. Deram a entender que La´eeb vai fazer várias aparições durante os jogos. A cerimônia de abertura também promete surpreender o público com recursos visuais até então inéditos. É a oportunidade do Catar de ficar conhecido por todo o mundo, e eles não parecem estar dispostos a desperdiçar.

Para quem vai assistir aos jogos em casa, eles serão transmitidos sempre nos horários das 7, 10, 12, 13 ou 16h (no horário de Brasília). A final será no domingo, 18 de dezembro, na hora do almoço: 12h.

O Brasil, para variar, não vai enfrentar nenhum adversário difícil na primeira fase. Seu primeiro jogo é contra a Sérvia (quinta-feira, 24 de novembro às 16h), o segundo contra a Suíça (segunda-feira, 28 de novembro, às 10h) e o terceiro contra Camarões (sexta-feira, 2 de dezembro, às 16h). Pode acontecer de todos os jogos do Brasil caírem em dias de semana e só a final em um domingo, quem pretende faltar ao trabalho pode comemorar.

A Copa do Mundo tradicionalmente começa com a seleção de casa jogando, isto é, o primeiro jogo deveria ser o da seleção do Catar. Mas a FIFA decidiu que não será assim desta vez, por “ajustes de horário de transmissão”. A FIFA sentou e redesenhou os horários dos jogos para que eles sejam transmitidos em horários razoáveis em seus respectivos países.

Então, depois desse ajuste, o primeiro jogo da Copa de 2022 será segunda-feira, 21 de novembro, às sete da manhã, Senegal x Holanda. Depois disso teremos a cerimônia de abertura, e só depois o jogo do Catar x Equador. Se você gosta de cerimônias de abertura, libere sua agenda do dia 21 do almoço em diante.

Caso o Brasil se classifique como primeiro colocado no seu grupo, que é a maior probabilidade, ele jogará as oitavas de final contra o segundo colocado do grupo Portugal – Gana – Uruguai – Coreia (provavelmente Uruguai, a confirmar). Se vencer, provavelmente joga contra a Espanha. Só pega a Argentina (se pegar), nas semifinais. A Final provavelmente vai ser contra uma seleção europeia: Inglaterra, França, Portugal ou Alemanha. Quem vai ganhar? Não tenho a menor ideia.

O que podemos especular: Brasil é sempre habilidoso e é o favorito em muitas casas de aposta, Argentina está com sangue nos olhos para homenagear Maradona (primeira Copa após a sua morte) e para ver o Messi vencer uma Copa (provavelmente é sua última Copa). Alemanha é sempre um risco. França está com uma boa seleção. Muitas projeções indicam Inglaterra na final. Meu palpite fica entre Brasil e Argentina, mas nunca se sabe.

Os estádios são cenários de filme de ficção. São basicamente o melhor que o dinheiro pode pagar em matéria de tecnologia. O destaque é o estádio de Lusail, o maior estádio da Copa e onde os principais jogos serão disputados: jogo de abertura, cerimônia de abertura e final. Outro estádio que chama a atenção é o de Doha (capital do país), por ser um estádio desmontável. Ele e montado com containers reciclados, em módulos, e quando a competição acabar, ele será desmontado.

Se você está cogitando ir assistir a Copa no país, pense duas vezes. Você sabe o que realmente te espera?

Ir ao Catar é entrar em uma cultura completamente diferente do que conhecemos. Ir ao catar e ficar gritando “Buceta Rosa” para uma mulher pode acabar em 50 chibatadas. E não é só falta de educação que é punida, muitas coisas que nós vemos como normalidade são crime por lá.

Por exemplo, ficar embriagado. Beber, por si só, já é algo difícil de se fazer, sair à rua alcoolizado vai muito além da falta de compostura, é crime. “Mas é uma competição internacional, vão liberar”. É um país islâmico. Pode até ser que liberem bebida em determinados pontos do estádio, mas você vai continuar proibido de circular embriagado pela rua. E dificilmente vai conseguir uma vez que beber por lá é caro, muito caro. Uma latinha de cerveja chega a custar 10 euros, ou seja, mais de 60 reais, em condições normais. Imagina em um evento onde tudo é mais caro…

Você não vai ter liberdade para se vestir, seja homem ou mulher. A exigência costuma ser maior com mulheres, mas não vai pensando que por ser homem vai usar bermudinha e regata, pois não é permitido. A regra base é: o corpo de homens e mulheres devem estar cobertos pelo menos do pescoço até abaixo dos joelhos. E as roupas não podem marcar o corpo, ser muito justas ou transparentes.

Isso quer dizer que não pode calça rasgada, não pode blusa vazada nas costas, não pode nada que não cubra bem seus bracinhos e suas perninhas. Em um calor do cão. Roupa de banho? Só na piscina de Hotéis em que isso é autorizado. E, dependendo do lugar (por exemplo, locais religiosos ou muito formais), mulheres devem usar lenços cobrindo o cabelo.

Sair tirando foto? Pense duas vezes. Fotografar e filmas as pessoas sem prévia autorização, ainda que sem a intenção direta de fazê-lo, também pode ser considerado crime. Muita parcimônia com fotos e filmagens.

São muitas proibições que não fazem sentido na nossa cultura, eu não vou conseguir exaurir todas aqui, por isso, informe-se muito bem antes de ir, para não acabar preso ou até deportado. Por exemplo, não pode fazer mágica/adivinhação de qualquer espécie, desde um coelho na cartola até búzios ou tarot. Não pode fazer gestos obscenos. Não pode nem passear com cachorro na rua (eles são considerados animais impuros, só podem frequentar locais específicos, afastados da civilização).

E as regras começam na entrada. Não pode entrar no país com cigarros (convencionais ou eletrônicos), carne de porco, bebida alcoólica ou material pornográfico, muito menos drogas (usar, portar, comprar, não pode nada). E o que eles consideram “material pornográfico” pode muito bem ser o fundo de tela do seu celular. Pense muito bem no que vai levar com você, pode ser que você nem entre.

Mais um lembrete: estão terminantemente proibidas demonstrações de afeto ou intimidade em público (desde beijos, abraços e até mesmo andar de mãos dadas, não faça nada). Não estou falando de homossexuais, homossexualidade é crime com ou sem demonstração de afeto. Estou falando de casal hetero: nada de beijo, abraço e nem sequer andar de mãos dadas.

Calma que piora: não pode fazer sexo antes do casamento. E daí? E daí que hotéis podem se recusar a hospedar casais que não apresentem certidão de casamento no mesmo quarto. Pensa aqui comigo: quais são as chances de brasileiro não sair algemado desse país?

E não estamos falando de coisas que são malvistas. Estamos falando de coisas que são consideradas crimes, que podem gerar prisão e até punição física. Talvez, por pressão da FIFA o país crie áreas específicas onde algumas destas condutas serão liberadas, mas, se você decidiu ir ao Catar, não vai passar seu dia em um estádio, vai transitar pelas ruas também. Por isso, informe-se bem do que pode e onde pode, para não acabar na cadeia ou levando umas chibatadas.

Tenha sempre em mente que é um país de religião muçulmana, onde predomina o islamismo, por isso, na dúvida, seja o mais conservador que puder. “Não se preocupe, eu já fui a Dubai”. O Catar é bem mais rígido.

É quente, é caro, não pode beber, não pode tirar foto, não pode flertar, não pode beijar, tem que usar calça e manga longa… tem certeza?

É isso. Retomaremos o tema em novembro, salvo algum acidente de percurso.

Para dizer que Catar é um Rio de Janeiro islâmico, para dizer que não pisa em lugar que desgosta de cachorro ou ainda para dizer que o mascote parece o Gasparzinho: sally@desfavor.com

Se você encontrou algum erro na postagem, selecione o pedaço e digite Ctrl+Enter para nos avisar.

Etiquetas:

Comments (28)

  • Não piso num país desse nem que me paguem. Mesmo que tentem fazer vista grossa para alguns casos, não se muda toda uma cultura para um evento, imagino o tanto de assédio que as turistas vão sofrer por estarem mostrando um braço, ou simplesmente não estar acompanhada de um homem.

  • Nesta Copa no Qatar eu só estou torcendo por três coisas: que a selecinha fique mais uma vez longe do hexa, que a BMzada se meta em muitos problemas com as severas leis islâmicas locais e que os panacas metidos a espertalhões não consigam se safar de punições por fazer merda no país dos outros na base do jeitinho.

  • A única coisa que eu quero é ver a bananalândia enfiando o rabinho no meio das pernas e voltando com as orelhonas murchas depois de mais uma sacola em mais uma copa do mundo.

    Claro que, se aparecer nelmar (ou algum outro ogro grotesco da delegação tupiniquim) levando 200 lambadas na sambiquira porque quis levantar o hijab duma Zefa Camelo qualquer que encontrou na rua, isso será um bônus mais do que bem-vindo!

    • Não sei se eles se meteriam com uma estrela da Copa, mas aquele brazucão rural, com camisa da seleção brasileira, levando corote ou absolut certamente vai passar vergonha

  • Vou dizer que estou menos interessado em ver a Copa e mais interessado em ver a galerinha tuiteira e redditeira lidando com as restrições do país. Especialmente as aberrações lacroativas de primeiro mundo que acham que ser LGBTP+ nos Estados Unidos ou na Europa é como ser um judeu na Alemanha nazista porque não tem personagens não-binários o sificiente nos filminhos de super-herói.

    Ou sei lá, ver os jogadores tombando com problemas cardíacos por causa de alguma coisa misteriosa.

    • Vão reclamar na internet e esquecer na manhã seguinte à cerimônia de encerramento, simples. O ocidente vai continuar lacrando, o oriente vai continuar apedrejando.

      Aliás, teve uma vez que umas funcionárias do governo de algum país nórdico (não lembro qual, acho que era Suécia), que estava se gabando por terem um governo feminista, foram se reunir com uns políticos árabes, todas elas deixaram o empoderamento de lado e usaram véu. Sem manifestação, sem boicote.
      E temos um relato interessante num comentário no próprio Desfavor: https://www.desfavor.com/blog/2017/02/apropriacao-cultural/#comment-224201

      • Um lance das feministas e outros ativista mimizentos é que eles só compram brigas contra inimigos que eles sabem que não vão revidar, em ambientes controlados em que eles sabem que estão todos do lado deles e que caso alguma coisa saia fora do plano, vão intervir em seu favor.

        Nos Estados Unidos e na Europa, as feministas sabem que ninguém jamais as rechaçará, ninguém irá sequer questioná-las, especialmente em público e sendo gravadas. Já em países do oriente médio, elas sabem que se fizerem qualquer gracinha os homens não vão só se encolher, podem ser presas e comer o pão que o diabo amassou com o cu.

    • Vão engolir o choro, ficar quietinhos e obedecer, como sempre. Eles só pagam de empoderados guerreiros em regiões do mundo onde eles já dominaram. E também não querem arriscar serem acusados de “islamofobia”.

    • Cara, tem mulher europeia que bota véu quando passa em bairros ou distritos cheios de muçulmanos. Qualquer pressãozinha e o progressismo cai por terra. “É a cultura deles”.
      Um dia, é o véu. No outro dia, é toque de recolher. No outro, são espaços separados por sexo… e assim vai gradualmente até não poder mais votar ou sair de casa sem o marido.

  • Não entendo por que rico é obcecado com essas cidades ricas da península arábica, como Dubai. Já vi umas fotos e vlogs por curiosidade, tudo lá parece tão artificial, sem cultura, sem alma, sei lá. É literalmente um cercadinho pra tirar fotos pro Instagram. E, com tanto prédio grande, deve ser também pra compensar alguma coisa desses sheiks e príncipes…

  • Toda vez que eu vejo ocidentais reclamando que China, países árabes etc. são autoritários eu me lembro que os habitantes desses países estão pouco se fudendo porque lá eles têm emprego, poder de compra e uma economia funcional. Duvido que aquelas mulheres árabes, e não são poucas, que passam o dia inteiro no shopping comprando roupas e bolsas de marca, joias, comidas caras, tudo patrocinado pelo marido, ligam pra feminismo.
    (aquele véu preto é obrigatório na rua, mas em casa, salões de festa e outros lugares específicos elas podem vestir outras roupas)

    • Você está reproduzindo um estereotipo errado. Não é todo mundo rico, nem feliz, nem satisfeito. Tem muita gente sem dinheiro, sem condições boas de vida, em trabalho escravo e coisas ainda piores.

    • Assista alguns vídeos no YouTube do canal Sobrevivendo na Turquia, onde a Danny Boggioni, que é brasileira, mora há muitos anos lá e foi casada com um turco, conta a realidade não apenas desse país mas de muitos outros com a cultura muçulmana. É de arrepiar os cabelos. Além da cultura propriamente dita, ela mostra diversos casos de golpes na internet, tráfico humano (sexual e de órgãos) e já atuou para salvar brasileiras mantidas em cárcere privado – inclusive foi nomeada como embaixadora da Unicef por esse trabalho. Tem uns vídeos mais engraçados e descontraídos, como o Tia da Agonia, para casos mais leves, mas tem muita coisa punk por lá.

  • O Catar é tão sem tradição no futebol que era o pior time até no bom e velho FIFA 94 do meu saudoso Mega Drive, aquele do Janco Tianno.

    • Não que isso importe muito – talvez nem para o próprio país anfitrião, desde que no final das contas o evento renda muita grana – , mas o Qatar pode fazer agora uma campanha ainda pior que a da África do Sul em 2010, quando, pela primeira e única vez até hoje, uma seleção acabou eliminada na primeira fase de um Mundial em que jogou em casa.

      Em 1994, temia-se um papelão da seleção semi-amadora americana em seu território. Os EUA foram sede sem sequer ter uma liga profissional na época e haviam perdido todos os seus jogos na Copa de 1990, na qual ficaram na vice-lanterna depois de terem passado 40 anos sem se classificar. Para evitar um vexame que poderia custar o futuro do então claudicante esporte no país, a federação ianque pôs alguns jogadores sob contrato, juntou-os à meia-dúzia de “sortudos” que atuava em clubes pequenos na Europa e montou um CT na Califórnia para treinamentos em tempo integral por três anos visando dar assim um mínimo de entrosamento ao time.

      Deu certo. Com um elenco de desconhecidos, os EUA venderam caro a derrota para o futuro tetracampeão Brasil nas oitavas-de-final e a nova e profissionalizada Major League Soccer (MLS) passou a ser disputada dois anos depois, continuando até hoje.

  • Mesmo se tivesse dinheiro sou mais assistir daqui mesmo (apesar que com a consciência pesada com o que fizeram lá)

  • Aí o lugar faz 50 fuckin’ graus, tem poucas ou nenhuma fonte de água doce, terra ruim e o ser humano: bora fazer uma civilização aqui!
    Como esses povos das arábias viviam antes de enriquecerem e instalarem ar condicionado em todo canto e existirem formas de importar tudo que precisam rapidamente?

    Acho que inevitavelmente vão fazer vista grossa pra algumas violações, ou o Catar vai ter sérios problemas diplomáticos por prender meio mundo. Já teve uma mexicana lá que foi condenada a chibatadas e escapou por pouco.

    • Muitas tribos nômades, das quais continuam havendo vestígios (a guerra no Iêmen, por exemplo, é causada em parte por um problema “étnico”).
      O reconhecimento da ideia de nação na península arábica só se consolidou no decorrer do século XX, mesmo que algumas áreas não fossem de colonização direta pelas potências europeias (a Arábia Saudita é um exemplo).

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Relatório de erros de ortografia

O texto a seguir será enviado para nossos editores: