SIM SENHORA | Desfavor Explica: Melissa.

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SIM SENHORA: Somir deverá fazer um Desfavor Explica sobre a marca e os produtos Melissa abordando sua história, suas parcerias, seus produtos e seus principais benefícios. Deverá falar especificamente sobre a coleção atual e se virar para descobrir coisas da próxima coleção (ele tem como saber). Também deverá falar sobre modelos específicos: mais vendido, sonho de consumo e dar dicas que não estejam no site oficial da Melissa envolvendo o produto. Ao final, deve dar sua opinião de publicitário sobre o produto e sobre o sucesso do produto, apontando os pontos fortes e pontos fracos.

Dos pés sujos de pescadores franceses às passarelas, os sapatos da Melissa percorreram um longo e lucrativo caminho até esta coluna. Juntem-se a mim enquanto eu escrevo sobre algo que não me interessa. Vamos lá?

Melissa é uma marca de calçados femininos plásticos excessivamente coloridos pertencente à Grendene, uma grande fábrica nacional responsável por inúmeras linhas de produtos igualmente dignas como os chinelos dos Power Rangers ou as sandálias da Hello Kitty. Grendene que deve grande parte do seu sucesso à Melissa. Antes de se aventurar no ramo dos sapatos, a empresa gaúcha trabalhava com aquelas coberturas “imitando vime” de garrafas de vinho. Em 1978, lançaram seu primeiro calçado plástico.

A partir dali, foi uma mudança do vinho para a água. Em 1979, surge a primeira Melissa. O modelo, chamado de “aranha”, deve suscitar memórias na maioria das crianças dos anos oitenta: Aquela porcaria estava no pé de 11 entre 10 das garotas que sonhavam em casar com o Ricky Martin. Assim como o ex-Menudo, a Melissa foi se tornando cada vez mais colorida e fashion com o passar das décadas.

Mas eu falei sobre mudança do vinho para a água, não? O sucesso da Melissa pode ser traçado (e trançado) de volta a uma sacada do dono da Grendene ao observar os sapatos usados por pescadores na Riviera Francesa. Eram sapatos trançados, estranhos para ele, mas que aparentavam ser muito confortáveis… tanto que os pescadores os usavam o dia todo.

Talvez tenha sido a praticidade de já ter uma fábrica de plásticos, talvez tenha sido uma experiência negativa ao sentir o chulé dos pescadores; o que importa é que a ideia de fazer calçados de plástico foi realmente inovadora para a época. Tudo o que se fazia com o material eram chinelos, numa época onde chinelos ainda eram tratados como sapatos baratos para a ralé (hoje em dia são sapatos caros para a ralé). E honestamente, até que o plástico foi uma boa ideia: um sapato que pode ser lavável com água e sabão, que pode pegar chuva, pegar lama e não estragar é ideal para o clima tropical.

Desde então, a Melissa já lançou mais de 500 modelos, com os preços atuais dificilmente ficando abaixo de cem reais, e com alguns modelos chegando a quase mil! Vende-se Melissa em mais de 80 países ao redor do globo. Um sucesso estrondoso baseado na boa e velha insegurança feminina: Ao trabalhar BRILHANTEMENTE com uma estratégia de elitização, os sapatos da Melissa começaram a emprestar credibilidade “da moda” de vários ícones do mercado de luxo como Jean Paul Gaultier (jogava no Real Madrid), Thierry Mugler (gatuno francês), Vivienne Westwood (acho que fazia jogos de estratégia), J. Maskrey (não tem primeiro nome, muito chique), Jason Wu (fez um filme com o Bruce Lee), Karl Lagerfeld (te acha gorda) e os irmãos Campana (sempre na espreita), só para citar alguns, já desenharam modelos exclusivos para a Melissa.

Para milhões de mulheres no Brasil e no mundo para a qual a aceitação de outros seres humanos é mais importante que a estabilidade financeira, a marca foi ganhando o status atual. As praticidades do material ficam em segundo plano quando se pensa que suas coleções aparecem em vitrines de lojas conceituadas em “templos do moda” (caíram uns fios da barba só por escrever isso… eles não querem mais serem vistos com alguém que escreve “templos da moda”… eu os compreendo) como Paris, Milão e Embu das Artes (o quê? tem artes no nome… é chique!).

Melissa é um sucesso surpreendente, ainda mais se pensarmos que ela é made in Brasil. Desconheço outra marca nacional que tenha loja em mais de oitenta países e que tenha famosos diretamente ligados à sua área usando publicamente o produto. Gente como Sarah Jessica Parker (aquela com a cara de cavalo) são vistas com Melissas frequentemente. Vindo de uma marca tida como “de pobre” em seus primórdios, é uma puta guinada.

Para quem não sabe, Melissa tem modelos para todas as idades e sexos. Foram lançados sapatos “masculinos”, vulgo “gays”. Tem também uma linha infantil, que começa na numeração 17, indicado para crianças a partir de três meses de idade, tendo inclusive um tênis masculino (o que é uma sacanagem com o moleque). A numeração infantil vai do 17 ao 25, a infanto-juvenil do 26 ao 32 e a adulta do 33 ao 40. Claro, na verdade a feminina vai do 36 ao 44, mas vender sapato para mulher tem desses truques de maquiar números.

Bônus pobre: Fora do Brasil as Melissas são conhecidas como “Plastic Dreams”. Sonhos plásticos. Sorte que o público alvo não liga, porque é basicamente dizer que são sonhos artificiais. Mas… o que é o mundo da moda senão isso? Opa! Alerta de análise não-superficial! De volta ao script:

Tudo isso para um sapato de plástico! Quer dizer… não é mais plástico. Já foi, mas atualmente as Melissas são feitas de uma espécie de PVC (tipo cano) patenteado como “Melflex”. Finalmente algo interessante! É… só que não. Infelizmente a composição do material é guardada a quatro chaves e não podemos falar sobre a estrutura química ou processo de produção. O melhor que eu achei foi uma entregada no site australiano falando sobre um processo de sais minerais baseados em cálcio e zinco. Sobram apenas atributos “publicitários” como reciclável, durável, antialérgico e mais flexível. Não tem nem vídeo da fábrica… Nhé.

Por mais que o material seja resistente, especial e blá blá blá, ainda sim é um plástico. E plástico tem o péssimo hábito de fazer algo parecer barato. Mas a Melissa achou uma solução para ficar menos ridículo cobrar centenas de reais por algo que custa centavos para fazer: O flocado. Flocado é uma cobertura aveludada que dão ao sapato, parecendo que ele é um sapato comum, quando na verdade continua sendo um sapato de plástico. O flocado, que dá um aspecto aveludado ao sapato similar à camurça (porém ele continua sendo de plástico) é feito usando tecido triturado de forma bem fina e colado ao sapato.

Uma ótima forma de parecer que está usando um sapato costurado por crianças paquistanesas sem financiar a exploração infantil! Claro, elas acabam fazendo coisas ainda mais horríveis para ganhar a vida por causa disso, mas pelo menos a culpa não vai ser sua! Aparência é tudo! De qualquer forma, com a sacada do flocado (sarcasmos à parte, foi uma ótima ideia do ponto de vista comercial) a Melissa conseguiu entrar com mais força em locais inóspitos para seu público habitual: Ambientes de trabalho.

Mas quando não caga na entrada, caga na saída: Para compensar o aspecto mais maduro conseguido com o flocado, a Melissa tratou de criar uma estratégia para manter a extremamente útil infantilização da mulher na sociedade colocando cheirinho nos seus produtos. Que bonitinho! Os sapatos da Melissa tem um perfume específico, aparentemente fixado num reator atômico, porque pode ficar por séculos no material. Algumas mulheres relatam que empesteia o local onde guardam os seus sapatos (os outros dezenove mil pares…). O perfume é único e reconhecível por todas as fãs.

E sim, existem FÃS de Melissa! O mundo está perdido… Elas se auto denominam Melisseiras. Eu não acho bonito só porque não sou dono da marca… Quando se chega nesse ponto de “substantivação” dos consumidores da sua marca, quer dizer que algo deu MUITO certo. As Melisseiras são consumidoras fiéis e descontroladas, que gritam quando a vendedora abre a caixa e mostra a Melissa que elas estão desejando. É um fenômeno de consumo tão forte que elas chegam a levar uma Melissa um numero a mais ou um numero a menos se não houver a numeração delas. Elas estão por todo o Brasil e se reúnem em blogs, fóruns e etc. São groupies de sapato.

E como eu tenho que dar dicas que não se encontram no site oficial, tive que fuçar nesse submundo… Anotem aí, pob… Melisseiras: Se você tem uma Melissa que te machuca e já não é mais possível trocá-la, você pode tentar fazer o seguinte: pegue um secador de cabelo (no mínimo um secador de cabelo você deve ser capaz de pilotar, não?) e jogue ar bem quente por uns 20 segundos no interior da Melissa. Logo depois, calce o sapato usando uma ou duas meias bem grossas (não precisa se você tiver diabetes). O calor “amolece” o plástico e ele toma a forma do seu pé, evitando que o sapato aperte ou machuque (mas na verdade o seu pé é muito grande e você comprou menor mesmo).

Se o flocado saiu, compre cola para PVC (não cheire a não ser que você queira ser uma pessoa descolada) e uns flocos que aparentemente vendem em loja de esmaltes para fazer unhas aveludadas (eu nem sabia que unha podia ser aveludada, eu odeio vocês por aprender isso) que seja na mesma cor da Melissa (ou verde se você for daltônica). Cole no local cagado e pronto. O mesmo vale para glitter que tenha saído: cola de PVC + glitter na mesma cor da Melissa. Se você for ainda mais brega, pode até fazer seu próprio aborto estético customizado usando a mesma cola e o glitter.

Os modelos mais populares da Melissa são a Lady Dragon (eu acho que já vi esse filme, era terrível… mas a lutadora mostrava os peitos… mas ela era feia pra caralho…), que já está na décima edição. Em cada edição ele vem com algum adereço diferente na parte do peito do pé: um laço, um coração, uma bola, uma cereja, etc. Talvez o mais popular de toda a história seja a Lady Dragon Heart assinada por Vivienne Westwood (Command & Conquer!), que tinha um coração no peito do pé. Este modelo é muito usado por noivas para o dia do seu casamento. Pudera, o homem já está amarrado e custaria muito caro abandoná-la. Por isso acabou esgotado não apenas nas lojas como também no mercado paralelo. Ah sim, tem MERCADO NEGRO DE CHINELO DE PRÁSTICO! Viva a humanidade. Viva!

Pelo o que eu apurei entre as malu… Melisseiras, na próxima coleção da Melissa vão fazer a mesma merda de novo do Lady Dragon Heart, mas trocando as cores por Branco/Vermelho e Preto/Dourado. Originalidade não faz dinheiro.

A atual coleção é a Cine Melissa, inspirada no cinema e em suas divas (o que é uma mentira deslavada, não tem um da Scarlett Johansson… sim, eu meço status pelo tamanho do peito, processa eu!). Modelos como o Marilyn, que reproduzem o famoso sapato usado por Marilyn Monroe naquela cena da saia branca voando, esgotaram rapidamente nas lojas. Esta coleção conta com quatro modelos assinados por Karl Lagerfeld (o que te achava gorda, creio eu…), apelidados rapidamente de “a Melissa da Chanel”, feitos especialmente pensando no Brasil, ou seja, qualidade baixa, preço alto e desdém cultural:

Ginga (sapato de travesti), Incense do Karl Lagerfeld (sapato de retardada), Melíssima (sapato de bruxa) e Glam (sapato de palhaço). Tem também uma Lady Dragon assinado por Vivienne Westwood que tem no topo uma buceta. Quer dizer, parece uma buceta… Deve ser uma. Ah, e mais duas sapatilhas desenhadas por Bruce Lee (ou Jason Woo?). Tem ainda os modelos dos irmãos Campana e outras parcerias caça-níqueis. Os modelos mais vendidos costumam ser a Incense II (a primeira queimou…) e a Ballet (que reproduz uma sapatilha de balé com um “éle” supérfluo).

Na categoria “sonho de consumo”, estão as Melissas assinadas pela designer J. Maskrey, essas são as mais caras… quer dizer, valorizadas. Cada pé de sapato tem mais de 300 cristais Swarovski. Sabem aqueles brilhantes que pobre acha o máximo? Se é feito num laboratório e custa meio centavo de dólar a tonelada para fazer, não tem nada de especial. Acho que é o nome difícil de pronunciar que faz parecer chique. Mas… mulheres parecem facilmente distraídas com objetos brilhantes. Vem também com um saquinho com mais cristais extras, para o caso de algum descolar (muito pobre vir com isso!). Existem em diversos modelos, mas na coleção atual só no modelo Ultragirl.

A próxima coleção, que será a coleção de primavera, se chama “We are flowers”, assumindo o estilo vegetal de suas consumidoras. Promete cores mais alegres, embora isso pareça impossível no universo de cores berrantes da marca (sério, Carlinhos Brown acharia colorido demais), modelos mais leves e a já citada Lady Dragon Heart (aquela de noiva pobre). Também vem uma Lady Dragon com um laço desproporcional estilizado e a grande “surpresa” da coleção: uma Melissa que brilha no escuro, até porque o cheirinho não era infantil o suficiente. E parece que mais um estilista famoso vai assinar com a marca. Não sei quem é, e provavelmente não vou saber quando anunciarem, mas… Pediram a informação, aí está.

Tá, eu escrevi de má vontade. Mas numa coisa eu tenho que dar o braço a torcer: A Melissa é genial em publicidade e marketing. O desenvolvimento do produto e da marca foi ideal para o público que cresceu com ela, conseguindo “vazar” para as gerações posteriores. De um ponto de vista essencialmente técnico, é absurdamente cara pelo provável preço unitário de fabricação, mas há de se entender que preço se forma a partir de alguns elementos intangíveis, principalmente quando se coloca uma marca forte na jogada. Marca tem preço, PRINCIPALMENTE quando pode oferecer exclusividade.

Uma das coisas mais interessantes é que para um observador externo mais elitista, a marca Melissa passa uma impressão de emergente deslumbrada. Ficou rica e resolveu emprestar o estilo de todos os nomes mais tradicionais, formando uma amálgama de conceitos sobre o que é ser um ícone de design de moda e eventualmente falhando na maioria deles. Plástico é plástico, cores berrantes são cores berrantes.

Mas ainda sim consegue imprimir a pose desejada para seu público alvo, que enxerga a marca com um carinho que relativiza defeitos e exacerba qualidades. É uma relação mais emocional com, que no final das contas é muito mais humana e real do que o “mundo da moda” que tanto parece querer emular (ambas as formas dão dinheiro, contanto).

Ainda acho o produto chato, mas a análise do mercado e das consumidoras com certeza foi útil para entender mais sobre os valores de marca. Claro, poderia falar mais sobre isso, mas vocês queriam falar dos sapatos… Taí!

Para dizer que não gostou do texto porque eu não estou parecendo humilhado, para me chamar de viado por falar disso, ou mesmo para dizer que vai procurar frase por frase para achar de onde eu copiei a maior parte do texto: somir@desfavor.com

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Comments (135)

  • Ai gente, sem desrespeito mas é de uma breguice única kkkkkkkk. Já gostei quando mais novinha, nunca fui fã alucinada, tive umas 3 na época era MUITO mais barato… entre 13 a 14 anos eu usava pra ir pra escola e depois passou a fase. Não eram modelos feios, eram rosa de lacinho….. mas pelo simples fato do plástico, hoje acho bregão kkkkkk fora que machuca demais os pés, sua, cria bolhas e em muita gente dá chulé (não era meu caso, juro kkkkk). Socorro….

  • Quem escreveu esse texto, estava de muito mal com si mesmo, hooo pessoa infeliz! Por isso que o Brasil nao vai pra frente, o propio brasileiro nao valoriza o sucesso dos sapatos do propio pais, se é coisa de pobre ou nao, isso n interessa, o q vem ao caso é q melissa ou qualquer outra marca é linda e cada um uso o q quer, vai pro cao

  • Fala, desfavor!Na verdade tinha uma imitação de melissa q chamava xereta.Essa sim dava pra ver estrelas se ganhasse umas sandalhadas

  • Já usei essa melissa aranha (falsificada) quando criança porque era moda, mas não uso mais. Recentemente ganhei uma Melissa Original no meu aniversário que me fez bolhas horrorosas com menos de meia hora de uso.
    Sally, desculpe… mas não consigo ver sandália de plástico e salto de acrílico (aquele transparente) sem associar a coisa de “pobre que quer parecer rico.”

  • Ah, o texto que me trouxe ao Desfavor a uns meses atrás… aí eu dei uma olhada no blog e pensei em voltar depois. Já li mais ou menos a metade e comentei em alguns posts (anonimamente). Lembro que eu achei que a Sally fosse mais nova (li num blog que a Melissa disse que os sapatos eram para pessoas até 25 anos, as mulheres ficaram com raiva).
    Eu acho que uma das graças da melissa é ter cores diferentes dos sapatos normais. Porque se for para comprar preto, melhor comprar um sapato de couro. Lembro da primeira melissinha que eu tive quando era pirralha…só quis porque era rosa! O mesmo vale para esses modelos tipo incense, temptation, que são mais parecidos a sapatos comuns.
    Quanto ao chulé dos pescadores, dizem que melissa fechada também dá, e que tem modelos que não se pode molhar a palmilha por isso. Mas penso que os maiores problemas delas são o preço e as bolhas, elas não valem o quanto cobram para um calçado de plástico. Para comprar tem que ser em promoção de 50% , custar menos de R$100. Também não gosto dos chinelos e das sapatilhas, melhor comprar da prima pobre, a Zaxy.
    Falando nisso, casar de melissa é pobreza sim. E essas garotas que fazem coleção são malucas. Até entendo quem tem 30 melissas e nenhum outro tipo de sapato, mas aquelas que tem 100, 200, ainda por cima muitas do mesmo modelo só com cores diferentes, são doidas. Tem umas que até pagam caro por melissas usadas. Acho engraçado que queiram fazer looks com roupas baratas mas com uma sandália de plástico que custa quase R$200. Sem contar as brigas que tem lá no site deles porque uma achou um modelo feio ou de velha aí começam a se xingar dizendo que não gostou porque não tem dinheiro pra comprar. Acredito que a Grendene pague para essas famosas aparecerem usando melissa.
    Essas melissas infantis são a maior burrice, pagam caro e o pé da criança cresce rapidinho.
    Haha, essa história de maquiarem os números parece ser verdade. O pessoal vive reclamando que tem melissa de vários tamanhos pois a forma varia. E fora do Brasil alguns modelos são lançados como Mel shoes, o que rendeu outra polêmica.
    A Lady Dragon é um modelo bonito, o problema são aqueles bagulhos que colam em cima. A única que se salva é a do Jason Wu. Não acho nenhum modelo da Vivienne bonito, nem aqueles com swarovski.
    Quanto a originalidade: sim, as meninas reclamam que os modelos andam repetidos. Mas quando criam algo muito diferente reclamam também, vai entender. Sobre o flocado e o glitter, a primeira coisa que eu pensei quando vi: vai cair tudo.
    Uma curiosidade: Sally, o seu chefe deixa você trabalhar de melissa? E quantas você tem (para o Somir reclamar tanto)?

    • Sim! Eu posso trabalhar de Melissa! Acho que homem nenhum percebe que é um sapato de plástico…

      Não sei quantas Melissas eu tenho, mais de 50, menos de 100…

      Você não acha o SkyScraper da Vivienne (flocado) bonito? É um scarpin tão clássico…

      • Eu gosto muito de melissa, tenho vários modelos, não machucam e são práticas.
        Acho que estamos em uma época em que o plástico e metais estão dominando o cenário da moda. Chega de couro e sinéticos, temos que nos modernizarmos, chega de mesmice.

  • O marketing da Melissa não é tão genial assim, não!
    Já ouviu falar no Caso Melissa?
    A hashtag #MelissaFail chegou a ficar nos Trending Topics do Twitter.
    Tudo porque a Melissa contratou 2 blogueira “famuósas”para cobrir a estréia da loja de New York e não chamou a melisseira #1 que, de tão fanática, tinha um blog com o nome da marca. Bom, mas o problema não foi não ter chamado a melisseira, o problema foi que uma das blogueiras contratada já tinha feito declarações do tipo: “Eu não uso plástico nos pés”! Declaração que revoltou as melisseiras de plantão e fez com que a marca se pronunciasse oficialmente sobre o ocorrido. Foi o maior bafafá!

    http://www.administradores.com.br/mobile/artigos/marketing/como-destruir-a-reputacao-de-uma-marca-case-melissa/61535/

  • bom mesmo era vc ter uma transparente e usar com meias coloridas pra ter “diferentes efeitos”(meias coloridas e tambem as brilhantes de lurex) !!!!

  • Eu sempre adorei Melissa e meu modelo preferido continua sendo o aranha com saltinho médio quadrado, modelo esse que eu usava mesmo pra ir trabalhar. Achava o máximo apesar das críticas do meu pai, que dizia que “aquilo” não era sapato pra ir trabalhar.

    A marca cresceu muito desde que saí do Brasil pq a grande maioria dos modelos atuais eu não cheguei a conhecer. Não sei onde eu posso encontrar aqui pra comprar, tenho que pesauisar melhor. Já vi loja das Havaianas mas da Melissa não, e nem sabia que no exterior se chama “Plastic Dreams”. Vai ver por isso não encontrei.

    Gostaria de propor que o Semana Sim Senhora se transformasse num Desfavor Sim Senhora, com coluna fixa mensal e um Somir escrevendo sobre assuntos que detesta periodicamente.

      • Não sei se foi tão “desgraça” assim. Falar sobre assuntos que não gosta deve ser comum pra um publicitário.

        Eu ri do texto, ficou muito bom apesar de ter sido escrito “de má vontade” como ele disse. Era previsível que ele ia usar de sarcasmo como forma de se vingar por ter que escrever sobre isso, e acho que é uma das coisas que diferenciam um texto do Desfavor de um texto de outros lugares.

        • Uma vez, quando eu o convencia que valia a pena ter tantos pares de Melissa, ele disse que era para eu nem falar sobre o produto que ele tinha orgulho de morrer sem saber uma vírgula sobre Melissa. Não vai mais morrer ignorante…

  • Eu li que a Grandene lançou umas sandálias de plástico horrorosas que ficaram encalhadas. Dae chamaram a Xuxa para fazer propaganda e virou “a sandália da Xuxa”. Foi assim que teve início a história de sucesso da Melissa.
    Apesar de que, quando criança, eu adorava ! Vinha presilha de borboleta em alguns modelos, fora o cheirinho de fruta.
    Hoje não usaria nem a pau…

  • Esqueci de comentar uma coisa: levar uma melissada dói viu? ô sapatinho que causa dores indescritíveis! Melhor é eu me entregando aqui na RID dizendo que já levei tapa de melissa… kkk

  • Esse site está ficando muito feminino pro meu gosto. Não é a toa que os assuntos e comentários estão próximos das conversinhas de salão de beleza.

  • Eu tive uma do modelo aranha, era uma criança que vivia correndo, inclusive no meio do quintal de terra, lembro que suava e pegava uma camadinha de terra aí ficava uma leve crosta marrom no pé, bem no formato dos quadradinhos da Sandália.

    Hoje em dia eu sou mais civilizada mas não tenho coragem de pagar o que custa… no máximo compraria uma mais barata de coleção passada e olha lá.

    Outro fator desencorajante é que sapato plástico me faz tomar choque o tempo todo, aquela energia que você normalmente descarregaria pelo pé, se não estivesse isolado pelo plástico. Sério, uns choques bem violentos. Legal é que dá pra dar choque em outra pessoa, só isso.

  • Uso desde os 3 anos. Minha mãe conta que as ‘tias’ da creche um dia sugeriram que ela calçasse outra coisa em mim. Afinal, é maldade deixar o pé da menina no prástico. Ela simplesmente revidou: tentem vocês. Tamanho era o meu amor. Isso foi no final dos anos 80. Depois eles deram uma caída, e voltaram em meados de 90. Lá por 96, voltaram, com a aranha. Lembro que simplesmente ganhei uma por fazer um cadastro na internet. Assim, sem fazer nada. Eles perguntaram meu número de sapato, chegou um aviso, busquei no correio e ela estava lá. Sem sorteio, concurso, nada.

    Lembro que mais ou menos nessa época, ou poucos anos mais tarde, ela custava cerca de 26-28 reais, a aranha.

    Hoje, uso só porque acho alguns modelos realmente bonitos. (E porque sou cinéfila, tenho uma linda do Coelho Oswald, irmão mais velho do Mickey, rs!) Mas, tenho que concordar, alguns são realmente hediondos e os responsáveis deveriam ir pra cadeia. Em contrapartida, tenho suado cada vez mais (sei lá se sou só eu ou só meus pés), e Melissas já foram responsáveis por quedas homéricas – uma inclusive na presença de gente “importante”, diretores de ópera e tudo. Dessa guardo reminiscências de um inchaço há semanas… Estou pensando em aposentá-las, ou usar em atividades em que não tenho que andar nem 10 metros. Chiunf chiunf. Lá se vão 25 anos de amor.

  • Orgulho de ter que procurar cada modelo no Google para entender do que se tratava. As vezes acho uma ou outra bonita, mas daí quando vou comprar, penso “é de plástico”. Ah sim, dei uma da coleção Angry Birds para minha irmã, e depois de um ano, sinto o cheiro dela do lado de fora de seu apartamento.

  • É, o Somir vai ganhar de goleada. Muito boazinhas, vocês. Um tema que dá pra escrever de um ângulo depreciativo, voltado para a área de trabalho do Somir… Em vez de fazerem ele escrever sobre os namorados das mulezinhas de Sex and The City com um olhar de Revista Nova, salientando o que ele faria com cada um deles na cama se fosse mulher, vocês me vêm com essa de Melissa. Melissa é um produto!!!! Ele ganha a vida falando sobre produtos!!!!!! Ele só fez de conta que estava incomodado, buscou as informações em um site de maluc… fãs e pronto. Somir 2 X 0 Senhora. Podem mudar o nome para “Semana se eu quiser, senhora”. Fica mais honesto.

    • Olha, não creio que tenha sido indolor ele pesquisar todas essas informações. Ainda assim, o grandioso está guardado para a Semana Sim Senhora.

      Em tempo: olhar a Nova não é castigo para homem, aquilo lá está cheio de mulher pelada

      • Olhar A Nova é uma coisa, olhar DA Nova é outra bem diferente… Você é muito maternal com o Somir. Se não rolar o tutorial da higiene íntima dos acidentados de braços imobilizados, vou levantar um cartaz de “É marmelada!”.

  • Dei uma olhada no site da Melissa, fiquei de cara! Tem muita coisa bonita!!!
    Peguei trauma de Melissa por conta das bolhas que me davam, mas pensando agora depois de anos sendo obrigada a usar sapato fechado durante anos, meus pés devem estar mais acostumados. Como evoluiu a Melissa!

    • Olá apesar de não ter lido o Texto todo…Sou suspeita para julgar alguém…Mas amoooo Melissa se pudesse terias varias…Só uso as PVC pq não consigo lacear couro de qualquer fabricante…Adooro os cheirinhos…E gosto de ser Melisseira…

    • Os donos queriam um nome forte e que fosse um nome de mulher, para cativar o público feminino, daí Melissa. Mas não sei exatamente quais foram os critérios…

      • O mais legal é que “Melissa” significa “abelha” em grego, e as Melissinhas tinham como símbolo uma abelha. <3
        Aliás, é estranho que, quando eu era criança, tinha as Melissinhas, que não eram de plástico, eram de um material que me lembra EVA… Só tive dessas porque minha mãe não comprava calçados de plástico pra mim. :(

  • Melissas sempre serão um mistério pra mim: A esmagadora maioria dos modelos são bregas (desculpa, mas não consigo usar outro adjetivo pra sapato verde/amarelo/rosa choque), e os aceitáveis não justificam o preço. Não sei de onde vem o valor agregado dessa marca, uma vez que não se paga por material nobre, nem conforto (plástico gera atrito fudido com a pele e impede a respiração dos pés) nem elegância. Só pode ser memória afetiva…

      • Voltei aqui para me redimir: Descobri um modelo azul com asinhas nos calcanhares, deu uma coceira na alma consumista que tanto reprimo!
        Não compro um sapato de salto há uns 4 anos, talvez seja hora de fazer uma aquisição :D

            • A Incense II é linda. Na minha opinião, a mais bonita é a nude com a asinha preta em glitter ou a cinza com a azinha furtacor.

              Você já comprou? Porque o próximo modelo da Incense que vem é LINDO DE MORRER, é a Incense Garden:

              http://www.melissa.com.br/colecao/incense-garden

              Também amei de paixão a Magnólia:

              http://www.melissa.com.br/colecao/magnolia

              Para as mais corajosas, ainda dá para encontrar o mesmo modelo da Incense, mas todo em Glitter
              http://lojamelissa.com.br/bazar/alessandra-ambrosio-love-melissa-incense-glitter-12

              • A nude é bonita mesmo, mas minha perna reflete o sol de tão branca, medo de ficar estranho.

                Primeiras impressões sobre a Garden: “Que merda é essa? Parece arte de papel machê”. Dei outra olhada, “ok, não é tão estranha assim, só não estou habituada”, depois que vi a branca: “que linda! Me lembrou escultura em mármore” (pouco louca). Bem delicada.

                Essa Magnolia demanda uma composição bem elaborada pra não ficar com cara de ex BBB, quem é chique e digna aguenta.

                Achei engraçado você ter descrito justo o último “para corajosas”, pois essa preta eu achei mais conservadora de todas hahaha

                Decidi não comprar nenhuma no final das contas, apesar de querer. Vou acabar me sentindo culpada por gastar em algo que vou usar tão pouco.
                Deixa pra quando tiver um emprego :/

                • Você podem comprar uma sapatilha que vai usar mais. Dá uma olhada em um modelo chamado JEAN, criado pelo estilista Jason Wu (o da Michele Obama). Eu tenho uma dourada que não consigo tirar do pé, é tão confortável que parece que estou descalça e combina com tudo!

                  http://www.melissa.com.br/colecao/jean

                  obs: compre um numero a mais, a forma é pequena

              • Não gostei dessa incense garden não, na verdade de incense nenhuma. Estão dizendo que será o proximo modelo desejado pelas noivas melisseiras. Dessa coleção as mais bonitas parecem ser spikes, magnólia (apesar do lação) e ultragirl heel special.

                • Essa coleção veio bem espalhafatosa, a coleção anterior, a Cine Melissa, foi mais discreta. A próxima também será, a coleção de outono inverno sempre é mais discreta.

      • Ele pode até ter bem escrito o texto, com informações verídicas e tal, mas pra quem conhece a escrita do Somir em outros textos, é visível o tom suave de sarcasmo no texto dele… acho que por mais que ele tivesse chiado, no fundo ele deve até ter gostado do negócio viu? Afinal, marketing é meio que a área dele então…

  • Sapatos de plástico sempre machucaram os meus pés e somente por isso não sou uma adepta da Melissa.

    Com a dica do secador volto a ter esperanças. He he he

    Agradecida, Somir. ;)

    • Jana, o plástico da Melissa evoluiu muito nas últimas coleções. Vai em uma loja e experimenta o modelo Divine Special e me diz se machuca…

  • Já falei um pouco aqui sobre Melissa.
    Como profissional de Marketing, acho essa marca genial!
    E pra mim,mais genial ainda, foi ela ter conseguido (pelo menos aqui no Rio), se tornar um objeto de desejo tanto para as patricinhas (que usam os modelos mais caros e arrojados), quanto para “ar nem tudo”, que juntam seus salários de meses trabalhados na CBK ou HBS e compram Melissas horrorosas como o modelo Majestic ou Gueixa. Aliás, durante muito tempo, somente as pobres usavam Melissa aqui no Rio, a marca teve que rebolar pra trazer o público com dinheiro de volta pras lojas.

  • Justamente por serem de plástico elas não me atraem! Quando criança eu tinha uma de cada cor, naquele modelinho trançado que até a Xuxa lançou uma coleção sua. Mas hoje, não consigo achar boa ideia ter uma.

  • Gostaria de salientar que tenho uma gastura IMENSA dos Irmãos Campana, mas adoro as Melissas que eles fizeram, tenho uma Corallo roxa e queria ter uma de cada cor. :~~

  • Pra um texto escrito por obrigação, ficou ótimo. Parabéns. ^^
    Gostaria de comunicar a todos que tenho UMA MELISSA DO ROMERO BRITTO. É o modelo Donna, um tamanco plataforma que tem a aparência e a consistência de um bloco de concreto. Se usei três vezes foi muito. Só não me desfaço dela porque pentelhei muito minha mãe pra ela me dar. Me dói também ter uma Severine da Thais Losso, vermelha com bolinha preta, a qual não consigo usar porque massacra meu pé. E eu nem tenho um secador. :(((((((((
    Somir, você deve ter lido sobre a Zaxy, não? O que achou? Eu achei muito esperto da parte da Grendene ter uma “pirataria oficial”, haha!

    • Porque? Chulé qualquer sapato pode dar, sendo que a Melissa você lava com água e sabão… as minhas entram comigo no box e tomam banho junto comigo!

    • Eu tenho essa mesma impressão: plástico + calor = requeijão no pé… Especialmente se passar hidratante ou coisas afins.

      Tive uma quando era pequena (ahhh os anos 80…) e era isso… Principalmente sendo uma criança do demo, daquelas que se enfiava na terra pra pegar mamona (guerrinha de mamona é o máximo, especialmente com estilingue). Virava uma mistureba de terra + suor + folhas + sujeira que zzuise… Tudo bem que depois que “lavou tá novo”, mas durante o uso era trash.

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