Hipoglicemia.

Nosso corpo precisa de energia para funcionar e um dos principais “combustíveis” é a glicose. Sem ela, o corpo fica sem energia, muitas vezes até para desempenhar funções básicas e essenciais, colocando nossas vidas em risco: Desfavor Explica – Hipoglicemia.

Qualquer pessoa pode ter Hipoglicemia, então, este texto não é apenas para diabéticos, este texto é para pessoas que estão vivas. Quem nunca pulou uma refeição, esqueceu de comer, perdeu a hora ou foi pego por um imprevisto que o impediu de se alimentar quando estava com fome? Não deveria, mas acontece. Por isso é importante que você leia este texto e aprenda como evitar ou interromper uma crise de Hipoglicemia.

Para que o seu corpo esteja vivo e funcional, neste exato momento, milhões de células executam milhões de tarefas por minuto. Desde a renovação da pele (as células que morrem precisam ser substituídas por células novas) até controlar os batimentos cardíacos e a respiração. É como uma grande fábrica onde operários de várias áreas trabalham para manter tudo em perfeito funcionamento.

Para que estas células/operários possam executar as funções necessárias para o perfeito funcionamento do corpo, precisam de energia – e uma das principais fonte de energia é a glicose, presente na maior parte dos alimentos que ingerimos. Sem ela, o corpo não consegue desempenhar suas funções direito.

Porém, como quase tudo que diz respeito ao nosso corpo, é preciso dosar com equilíbrio essa energia: se colocarmos mais combustível do que o corpo gasta para dentro, ele vai estocar o excedente (conhecido como “engordar”) e se colocarmos menos combustível do que ele precisa, ele não vai conseguir cumprir todas as suas funções de forma eficiente.

Quando a quantidade de combustível é tão pouca que começa a prejudicar o funcionamento do corpo, temos a Hipoglicemia. O que faz com que o corpo não tenha glicose suficiente para funcionar? Podem ser vários motivos.

O primeiro e mais óbvio é que não está entrando glicose suficiente no organismo: a pessoa está comendo pouco ou comendo errado. Não é incomum que pessoas que estão passando por dietas muito restritivas apresentem ao menos um princípio de Hipoglicemia. Os bastidores de qualquer evento de moda estão cheio de modelos com esse problema e, eventualmente uma ou duas acabam saindo de lá para o hospital.

Também pode acontecer por um problema “mecânico”, quando, apesar da pessoa estar se alimentando de forma adequada, algum desequilíbrio atrapalha a distribuição harmônica de glicose para as células.

A glicose é incapaz de entrar nas células sozinha, pois as células são impermeáveis à glicose. Imagine uma célula como uma casinha, com as portas fechadas. Quem abre a porta dessa casinha para que a glicose possa entrar e levar energia é um hormônio fabricado pelo Pâncreas chamado “insulina”. Quando esse sistema funciona bem, é ótimo, mas, quando funciona mal, pode levar o corpo ao caos.

Seja por ter comido pouco, seja por algum desequilíbrio do corpo, quando o organismo não tem a quantidade mínima de glicose para se manter em funcionamento temos a Hipoglicemia. Tecnicamente, ela se caracteriza por uma quantidade inferior a 70mg/dL de glicose no sangue.

Como sempre dizemos aqui, seu cérebro e o seu corpo possuem uma função principal, que se sobrepões a todas as outras: te manter vivo. Quando eles detectam que existe algo errado e que está gerando um risco, imediatamente alarmes são disparados. Não seria diferente com a Hipoglicemia. Porém, muitas pessoas não percebem, não entendem ou ignoram estes sinais.

Então, aqui vai uma lista bem simples para que todos estejam atentos, de possíveis sinais de Hipoglicemia: tremores (principalmente nas pernas), tontura, palidez, suor frio, sensação de frio, dor de cabeça, palpitações/taquicardia, nervosismo, dor de cabeça, náuseas, vômitos, sonolência e, é claro, a boa e velha fome.

Se acontecer durante o sono, a Hipoglicemia também pode causar pesadelos, acredita-se que o corpo faça isso para te acordar e te dar oportunidade de comer.

Veja bem, não é preciso que todos esses sinais estejam presentes para que seja Hipoglicemia. Pode ser um deles, podem ser dois ou três. E geralmente esses sinais vem conjugados com muito tempo sem comer, ou com atividade física sem uma prévia alimentação adequada.

Esses são os avisos “de boa”, um toque camarada que o corpo dá. Se não forem escutados, os próximos recados serão um pouco menos carinhosos e mais violentos. Então, minha sugestão é que se você está experimentando algum desses sinais, coma alguma coisinha.

Se a Hipoglicemia é ignorada e persiste, o corpo começa a “fechar” o funcionamento de alguns setores para conter energia. E, vocês sabem qual é o setor que mais gasta energia do corpo, não é mesmo? Seu cérebro. Acreditem, palavra de quem já teve que prestar esse tipo de socorro: é assustador ver um cérebro que não recebe a quantidade suficiente de glicose.

O primeiro sintoma é confusão mental. A pessoa parece desorientada, com raciocínio lento ou desligada. Depois a coisa piora e a pessoa começa a perder a coordenação motora, fala de forma confusa e incompreensível (como se tivesse um derrame), balbucia palavras mal pronunciadas e pode chegar a babar.

Por fim, surgem as alterações de consciência: a pessoa pode ver coisas que não estão lá, pode não reconhecer alguém, pode se comportar de forma muito estranha. Algumas pessoas chegam a ter delírios e até mesmo se machucar ou machucar a terceiros.

Quando é uma pessoa conhecida, fica mais fácil de compreender. Mas quando é uma pessoa desconhecida, por exemplo, uma pessoa que passa mal no meio da rua, ela pode ser confundida com uma pessoa alcoolizada. Por isso, pensem dez vezes antes de julgar e decretar que a pessoas que está jogada no chão está bêbada: ela pode estar em meio a uma crise de Hipoglicemia.

Se nada for feito, a coisa fica ainda mais feia: o corpo apaga. A pessoa perde a consciência, se urina, não consegue mais engolir nem saliva e eventualmente pode ter uma convulsão e até morrer. E, mesmo que não morra, pode ficar com sequelas bastante incapacitantes, em função dos danos cerebrais, que costumam ser permanentes.

Não faz o menor sentido chegar nesse ponto de estresse para o organismo (e para as pessoas que te cercam) por algo que se resolve com um gole de refrigerante, não é mesmo? Eu entendo uma pessoa com câncer ter sintomas terríveis e sequelas tenebrosas, mas não entendo uma pessoa perfeitamente sã se colocar nessa situação (e colocar os outros) por não ingerir a quantidade de alimento que seria adequada.

Então, antes de continuar, quero deixar um apelo para todos: escutem seus corpos. Seu corpo vai te dizer o que você precisa, basta prestar atenção nele. Seu corpo sabe melhor do que você. Se o seu corpo está pedindo mais comida, não seja idiota, e ouça o pedido.

E se você não consegue ouvir seu corpo, não sabe, não presta atenção, faça um plano alimentar com um nutricionista (uma consulta online não é cara) ou até por conta própria, pesquisando (tem uma infinidade de material sobre alimentação online) e crie mecanismos para se lembrar de comer, mesmo que para isso seja preciso ligar um despertador.

Assim que a Hipoglicemia for percebida, o indicado é que a pessoa (seja ela diabética ou não) consuma pelo menos 20mg de carboidratos simples. Poderíamos dar várias opções de como fazê-lo, mas a forma mais rápida e eficiente é um copo de refrigerante (obviamente refrigerante normal, não adianta dar refrigerante sem açúcar). Segundo ouvi de uma nutricionista, “nada disponibiliza glicose tão rápido quanto uma Coca-Cola”.

Muita gente usa o recurso de colocar uma bala na boca, mas não sei se essa seria minha primeira escolha: dependendo do grau da hipoglicemia, a deglutição pode não ser das mais eficientes e ficar engasgado com um corpo estranho é a última coisa que a pessoa precisa. Então, se puder escolher, um copinho de Coca-Cola ou de qualquer bebida açucarada deve resolver o problema.

Se for possível, seria muito indicado medir a glicemia da pessoa 15 minutos depois da ingestão desse S.O.S. e avaliar se ela continua baixa. Uma boa pedida para aumentar a glicemia é combinar um copo de bebida doce com pão, biscoito ou carboidratos de longa duração.

Porém, se a coisa saiu do controle e o grau de consciência da pessoa ficou, de alguma forma, comprometido, é muito importante que ela seja levada a uma emergência, para que seja atendida por um médico. Hipoglicemia pode deixar sequelas para o resto da vida, portanto, é essencial que a pessoa seja examinada e se entenda se a privação de glicose causou danos permanentes ao cérebro.

Obviamente, o ideal é prevenir, criar uma rotina de alimentação que impeça chegar nesse ponto de o corpo entrar em sofrimento por falta de combustível. Não adianta fazer uma dieta muito restritiva e, ao começar a passar mal, chupar uma bala. Em algum momento isso vai dar muito errado, vai sair do controle. Simplesmente não dá para brincar assim na fronteira do desastre.

O desejável é fazer pequenas refeições a cada três horas, com carboidratos de lenta absorção, para garantir que, se precisar, o corpo terá sempre de onde tirar energia. “Mas Sally, eu não quero engordar!”. Não vai. Basta não comer chocolate com manteiga a cada meia hora. Na real, é provável que você emagreça, pois se alimentando a cada três horas seu metabolismo vai acelerar e seu corpo vai consumir mais calorias para se manter vivo.

Se for praticar alguma atividade física, coma antes e opte por alimentos que forneçam energia de forma saudável. Por gentileza, essa abominação de atividade física em jejum… não, simplesmente não. Tenha uma coisa em mente: qualquer atalho para emagrecer, você paga com a sua saúde. Ninguém precisa disso para emagrecer.

E, antes de dormir é obrigatório comer bem: carboidrato e proteína, uma vez que uma hipoglicemia no sono pode passar despercebida pelas pessoas que poderiam te socorrer. Passamos muitas horas na cama, não é nem um pouco seguro ter uma hipoglicemia quando já se está inconsciente (dormindo) e quando ninguém vai checar você pelas próximas oito horas.

Eventualmente, é possível uma crise de Hipoglicemia depois de comer, principalmente quando a pessoa ingere uma refeição com muitos carboidratos. É a chamada Hipoglicemia Reativa: o corpo produz mais insulina do que era necessária e, apesar de ter comido muito e ter comido bem, a glicose vai embora. É raro, não costuma acontecer, porém, é possível. Então, fica aqui a informação, de não descartar uma Hipoglicemia nem mesmo se a pessoas acabou de comer.

E aqui, se me permitem, quero deixar um conselho para todos: o corpo é uma máquina de recursos limitados. Quanto mais você exige dela, maior o desgaste. Então, sugiro que cuidem bem dos seus níveis de glicemia, pois mesmo quando o corpo dá conta sozinho dos nossos abusos (tirando glicose de algum lugar para suportar nosso jejum ou se sobrecarregando para dar conta do excesso ingerido), isso tem um custo.

Sujeitar o corpo a picos, a altos e baixos de glicemia, é uma agressão. Pode não ter consequências imediatas, mas essa conta chega um dia. Se você puder, procure manter seu corpo adequadamente nutrido, sem fazê-lo passar por sensação de fome ou empanzinamento. Independente do valor emocional, social ou sentimental que cada um escolha dar à comida, ela é basicamente um combustível para manter o corpo funcionando – e é assim que deveria ser tratada.

Então, seja bacana com o seu corpo: coma alguma coisinha (saudável) a cada três horas se puder, beba bastante água, não o faça passar fome ou privação e não o sobrecarregue com uma quantidade de comida que o deixe pesado. O corpo não foi feito para suportar os seus excessos. Seja mais gentil com ele.

Para dizer que está com pena do esporro que a pessoa que teve hipoglicemia perto de mim tomou, para dizer que já ficou muito tempo sem comer e nunca teve hipoglicemia (“saí de carro sem cinto de segurança e não morri, portanto o cinto não é necessário”) ou ainda para dizer que a culpa é da vacina contra covid: sally@desfavor.com

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Comments (12)

  • Da minha casa socorri minha cunhada com crise de hipoglicemia algumas vezes, quando por acaso liguei no celular dela nesses exatos momentos. Não, ela não aprende nunca como fazer uso da insulina, tem cuidadora que entende menos que ela.
    Ao saber que ela estava com a glicose em 40mg pedi que dessem açucar a ela, mesmo sem saber se de fato era uma crise de hipoglicemia, e de fato era.
    Após ir 3 vezes de ambulância para o hospital, ela ainda diz que teve AVCs durante essas crises, segundo suas ressonancias magneticas.
    Após esses episódios suas conexões neurais ficaram extremamente prejudicadas, já não fala coisa com coisa, e suas mensagens são uma confusão só, está em princípio demencial.
    Imprimi o texto da Sally e fiz várias cópias para a família da minha cunhada.
    Que aprendam o quanto é grave essa doença e o quanto eles nos colocam em patamares altíssimos e em estado de alerta para essas emergências.
    Nós que não temos a doenças somos obrigados a nos informarmos e aprender e a saber como socorrer esses abelhudos, cujas famílias são de gerações e gerações todos diabéticos.
    Eles não se importam mesmo, pois após as crises de hipoglicemia eles sequer se lembram do ocorrido, repetem o que contamos sobre os apuros que passaram como se estivessem contando um caso onde foram o observador e não os protagonistas principais.
    Ontem no supermercado uma senhora me perguntou como a cunhada estava, eu disse que bem. Ela contou que a mãe, com 70 anos, tem diabetis e sua medição gira em torno de 500mg, e a sua mãe não se importa, toma a insulina e espera baixar, e come doces, e toma insulina, e come doces, e repete e repete. Que a mãe diz não se importar, que vai morrer mesmo, mas vai morrer comendo doces.
    Porra, meu sangue subiu. Que morra logo então, porque ninguém merece cuidar de alguem com demência por descuido com uma doença tão antiga e se houver controle vive-se razoavelmente bem.
    Um excelente artigo, Sally, parabéns.

    • Essas pessoas que descuidam de sua saúde dessa forma precisam de ajuda psicológica. É um pedido de socorro, algo não está bem. A pessoa se pune, se sabota, se fere, mas é um mecanismo inconsciente.

        • Na pior das hipóteses, gente assim tu deixa morrer mesmo, viu? Porque chega uma hora que cansa de tu tanto falar, falar, falar, e não adiantar.

  • Aprendi com crises de ansiedade e pânico isso de ser gentil com o corpo. Aprendi da pior forma, e sim, pode ser traumático.

    E se for beber, beba com elegância. Beba pouco, e devagar. Coma antes ou durante, intercale com água, e tenha um docinho ao alcance.

    Glicose te impede de se foder com embriaguez (e é o que vão te aplicar no hospital, se a coisa ficar realmente feia). Mas, se a ressaca bateu, docinhos continuam convenientes.

    • É aquela velha história: nosso corpo é a nossa casinha, onde vamos morar até o fim da vida. Quanto melhor cuidarmos dele, mais qualidade de vida teremos. Ninguém gosta de morar em uma casa bagunçada, suja ou quebrada.

  • Wellington Alves

    Vejo muita gente aderindo ao jejum intermitente como forma de melhorar a saúde. Muito arriscado fazer isso sem acompanhamento médico.

  • Bacana o texto! Hipo glicemia é algo rotineiro na vida de um diabético, principalmente se for tipo 1, já que faz uso de insulina e há um tempo de ação dela que nem sempre dá pra controlar, e tu acaba sofrendo com hipos.

    Tenho várias histórias com hipos sendo diabético, lembro-me, na infância logo no início da doença, que eu tinha hipo na escola, e eu já havia exokciaid explicado minha situação e dito que precisava de doses de acuar nesses momentos específicos, mas, graças ao medo e à ignorância alheia generalizada, mesmo eu com hipo, ainda me recusavam dar balinhas e doces etc. Que raiva dava aquilo! E ainda ter que ficar explicando o tempo inteiro que diabético pode sim, deve no caso, comer doce em um quadro de hipo!

    Ja cheguei na situação de desmaio, ou coma hipogkicêmico, apenas duas vezes na vida, quando a glicemia estava abaixo de 20mg/dl. Aliás, não recomendo chegar nessa situação, pois a sensação é horrível. É como se tivessem sugado toda tua energia vital e tivessem tirado você de teu próprio corpo. Nesses raros casos, são necessários também, além de glicose na forma pura aplicada diretamente na veia, do hormônio contrário à insulina, chamado glucagon.

    Aliás, eu lembro de ter comentado há muito tempo naquele meu primeiro texto sobre diabetes aqui no desfavor sobre a tal diabetes tipo 3, que não é a muito comum por aí, mas existe na literatura médica. Nesse tipo, o pâncreas funciona até demais, libera muita insulina e a pessoa tem quadros recorrentes de hipoglicemia, daí a necessidade de glicose e glucagon, hormônio tão perigoso quanto a insulina, já que ele “desintegra” a proteína dos músculos para gerar o resto de energia possível para teu corpo, daí acaba que emagrecendo a pessoa, dando aquele aspecto de “chupada”.

    Pessoas não diabéticas também podem sofrer com hipo, conheço gente de perto que inventou de exagerar nos exercícios na academia, pegou muito peso, correu muito na esteira e começou a sentir dores de cabeça, tontura e fraqueza.

    Quanto às opções pra curar uma hipo, realmente, uma coca cola é uma boa opção. Outra opção é a boa e velha água com açúcar mesmo, ou no caso, por uma quantidade de açúcar embaixo da língua e engolir uns goles d’água. Uma terceira opção, porém cara, são aqueles saches de açúcar que tem em restaurante e lanchonete, de 15g, ou aqueles saches de glicose tipo gli instan, que realmente fazem milagre e curam a hipo aí dentro de 3 a 5 min. Com açúcar, a depender do quadro, pode demorar até 15 minutos para passar a tremedeita.

    Doces, balas e chocolates não são recomendados, pois são carboidratos mais complexos e demoram majs pra serem quebrados em partículas menores. Num quadro de hipo, o tempo não está a teu favor, então carboidratos simples são os mais recomendados, e uma das formas mais simples de carboidrato que nós temos é justamente o açúcar que quebra facilmente sua molécula de glicose na agua.

  • Refrigerante se encontra e qualquer lugar e é indicado para hipoglicemia por isso. Mas a absorção mais rápida é sempre do mel (monossacarídeo).

    Tampouco recomendo a loucura que alguns nutricionistas (e até endócrinos) sugerem ao diabético de manter a glicose entre 100 e 130 pra evitar quedas de glicose – a longo prazo os danos que isso faz é horrendo. Os insumos da diabetes são caros pra cacete,as enquanto não se sabe medir carboidratos adequadamente recomendo medir sempre e manter entre 70 e 100.

  • Com o verão chegando e muita gente querendo emagrecer às pressas pra “fazer bonito” na praia, o número de casos de hipoglicemia causados por jejum voluntário e prolongado deve aumentar, não?

  • Socorri meu avô numa crise de hipoglicemia. Nunca vou esquecer. Ele estava com a glicemia afetada por uma infecção assintomática, tinha acabado de amputar a perna, eu fui com ele na ambulância do SAMU até o hospital. Foi a pior situação que eu passei com uma pessoa viva. Achei que ele fosse morrer. Ele gritava, chorava, tossia sangue e depois caía na gargalhada.

    Quando conseguiram estabilizar ele no hospital, ele olhou para mim, minha mãe e meu irmão, e perguntou onde ele estava e o que tinha acontecido. Não se lembrava de nada.

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