Calvo do Campari.

O “coach” Thiago Schütz ficou famoso esta semana por ameaçar uma atriz que fez piada com um vídeo dele. O recado foi claro: “Você tem 24 horas para retirar seu conteúdo sobre mim. Depois disso é processo ou bala. Você escolhe”. Que essa atitude é imbecil, ninguém questiona, mas… e a forma como as pessoas reagiram a isso, o que nos diz?

Vamos contextualizar. Thiago Schütz se define como “escritor, palestrante e apresentador”, e cobra cerca de R$ 2.500 por uma “mentoria”, onde orienta a pessoa que o contrata. Ele faz parte de um grupo que alguns chamam de “influenciadores Red Pill” e possuí uma conta no Instagram chamada “Manual Red Pill Brasil”, com mais de 300 mil seguidores.

O nome Red Pill é uma deturpação bizarra da pílula vermelha do filme Matrix. No filme, o personagem principal precisa fazer uma escolha: toma a pílula azul e continua vivendo em um mundo de ilusões ou toma a pílula vermelha e vai para a realidade.

Esses “influenciadores Red Pill” acreditam que o que eles pregam é “a verdade” e quem não os escuta vive em ilusões. Por esse discurso, já dá para ter uma ideia do dano mental e de autoestima que essas pessoas sofrem. Não morrer de vergonha de se dizer detentor da verdade é a maior bandeira de desempoderamento que alguém pode levantar. Ainda assim, tem quem ache necessário apontar que ele é um babaca e tem que faça disso uma prioridade, mesmo quando tem coisa mais grave acontecendo.

Após o caso, ele ficou popularmente conhecido como “Calvo do Campari”, por causa de seu vídeo mais famoso, onde ele relata um caso que parece ser hipotético, de uma mulher que sai com um homem e o pressiona a tomar uma cerveja quando ele pede um Campari. Ele aconselha a não ceder à pressão feminina, se manter autêntico, não mudar para agradar uma mulher. Fiquei chocada com a obviedade, quão rudimentar tem que ser alguém que vê nisso uma grande revelação?

Estou vendo muita gente batendo no discurso dele, que certamente é um tremendo desfavor, por polarizar relacionamentos. Um relacionamento não é um cabo de guerra, uma competição, uma medição de forças. É uma parceria onde ambos convergem para o mesmo lado e tem o mesmo interesse: construir algo bacana e serem felizes juntos.

Mas a “irritância” parece nem ser por isso, e sim pelos pontos controversos específicos sobre mulher: critica mulheres de roupas curtas, sugere que homens não se relacionem com mulheres de mais de 30 anos ou que tenham filhos e muitas outras opiniões pessoais revestidas como verdades que parecem ter doído em muita mulher. Se é isso o que salta aos seus olhos nesse caso, bem, você tem um problema tão grande quanto o dele.

As pessoas têm o sagrado direito de pensarem o que quiserem e de estipularem os critérios que quiserem para procurar parceiros. Esse não é o problema. As pessoas têm o sagrado direito de viver a ilusão de que seus limitados pontos de vista são “a verdade” e quem não compartilha deles escolhe viver em ilusões. Esse não é o problema. O problema é ameaçar meter bala em quem faz humor com um vídeo seu.

Mas, parece que atualmente incomoda mais dizer que mulher com filho perde valor de mercado ou que mulher com certo comportamento vai ter dificuldade para casar do que ameaçar meter bala em quem faz humor com você. E essa inversão de valores, na minha opinião, é o grande problema que esse caso levantou, muito maior do que as falas infelizes do careca.

Por qual motivo incomoda tanto a mulheres que um homem venha a público dizer que mulher que faz x ou mulher que é y é menos valorizada ou atribuir a elas algo pejorativo?

“Mas Sally, é misógino, é machista, é escroto”. Tá bom, meu anjo, as pessoas têm o sagrado direito de serem tudo isso e muito mais. Deixa o cara ter os critérios dele, a escala de valor dele, as convicções dele. A única pessoa que perde é ele, pois o tipo de mulher que ele vai atrair tendo essa visão serão mulheres muito problemáticas. Uma pessoa que “dá liga” com isso é uma tremenda furada, podem ter certeza.

“Mas Sally, essa pessoa forma opinião e influencia”. Aí você vai me desculpar, mas eu discordo. Alguém que segue a pá de bosta que esse Clovis Bornay fala se identifica com isso, seja pelo motivo que for. Ele não “converte” ninguém, a pessoa já tinha isso dentro dela. Parece aquele papo de mãe cega de “meu filho é ótimo o problema são as más companhias”. Dá um tempo, é hora de cada um se responsabilizar por suas escolhas. Esses pensamentos povoam a cabeça de boa parte dos brasileiros.

Quando o Calvo do Campari fala, é nítido que ele não fala sobre o mundo e sim sobre o mundo dele. Quando ele fala das mulheres, é nítido que não fala sobre as mulheres do mundo e sim sobre o tipo de mulher que ele atrai para a realidade dele. Então, quando o Calvo do Campari fala, ele fala sobre sua vida. Quando ele dá “lições” de não ser submisso ou não sei mais o quê, ele está falando sobre ele mesmo, para ele mesmo.

Desculpa, mas eu acho que esse moço já se expôs o bastante (sem perceber) e se humilhou o bastante compartilhando essas coisas, não precisa de mais ninguém ficar chamando ele de feio, inseguro e tantas outras coisas. Se você não percebeu que ele mesmo se encarregou de se humilhar, sugiro que refine um pouco a sua percepção, vai ser muito útil na sua vida.

As pessoas têm o sagrado direito de terem suas convicções, por mais que elas não te agradem. Isso não tem que ser o centro das atenções. Uma pessoa te desagradar não tem que ser o centro das atenções, pois, adivinha, você não é o centro das atenções, pequeno floco de neve especial. Então, que tal focar no fato dele ameaçar uma mulher de morte por causa de humor? É sobre isso. Todo o resto é projeção da vida dele e, se você se irritou, projeção da sua vida.

Mas o povo não quer justiça, o povo quer humilhação. Já foram lá desenterrar coisa da vida do careca. Pegaram um reality show chamado “O crush perfeito” no qual o sujeito participou, anos atrás, onde ele levou um fora bastante humilhante de uma mulher de 50 anos. Não assisti a esta pérola, mas quem viu, diz que ele se apaixonou pela mulher e a disputou com outros homens e, quando foi rejeitado, chorou feito uma criança. Estão sambando na cabeça do coitado com isso.

Nada disso importa. Se as pessoas estivessem com o foco no lugar certo, em vez de apontar o dedo e dizer “foi rejeitado por uma mulher de 50, chorou e agora ficou com raiva e prega que tem que se relacionar com mulher nova” estariam atentos às acusações de golpes financeiros que ele recebeu, entre outros grupos, de jovens escritores.

Parece que o rapaz tinha (ou dizia que tinha) uma editora de livros e não se portou da forma mais correta. Entre outras acusações, escritores afirmam que ele apropriar de seus livros e da renda obtida com eles. As acusações são públicas, estão em redes sociais e não sabemos se são verdadeiras, mas merecem ser investigadas.

Já pararam para pensar que o motivo pelo qual coach, guru e estelionatários em geral sobrevivem no Brasil é justamente esse? As pessoas focam mais nas palavras do que nos atos. Na forma do que no conteúdo. “Se parece bem-sucedido, deve ser bom, vou confiar nele”. As aparências enganam.

Não vale à pena expor e humilhar o rapaz aqui, afinal, como já foi dito, cada um tem o direito às suas crenças e preferências e não deve ser punido por isso, mas gente, bastava pesquisar um pouquinho para vocês verem o que é a vida pessoal desse rapaz. Tá espirrando mais merda do que hipopótamo marcando território. As pessoas pagam 2500 reais sem sequer pesquisar quem vai atendê-las? Basta ter aparência de bem-sucedido?

Vamos olhar para o que corresponde: todos podem fazer ou deixar de fazer o que quiserem, desde que não esteja proibido em lei. No caso, ameaçar de morte não pode. E fica bem complicado dizer que não foi ameaça de morte, estava falando do quê? De dar uma bala de açúcar? Tomar o dinheiro das pessoas não pode. Se apropriar de obras dos outros, comercializá-las e não pagar aos autores também não pode. Assim como não podem outras denúncias sobre ele que virão a público em breve. E é nisso que se deve focar.

Quão neuróticas, mimadas e loucas estão as mulheres que fizeram escândalo pelo resto? Amiga, foda-se se ele só quer mulher nova, sem filho ou com quatro braços, sagrado direito dele ter preferências e defender estas preferências como algo bom. Por qual motivo te dói tanto? Tem que ver isso aí, pois essa dor fala sobre você, não sobre ele.

Não jogue sua dor nele, sua saúde mental é sua responsabilidade. Não tem como pedir para o resto das 8 bilhões de pessoas do mundo não falarem nada que te incomode, tem que aprender a não se incomodar com o que desconhecidos dizem. Tem problema de autoestima grande aí. Se incomodar com o que estranhos falam é sempre red flag de saúde mental. Mas é muito mais fácil colocar a culpa no escroto da vez, não é mesmo? É status bater nesse cara agora, a arrogância deles avalizou todo mundo a despejar tudo nele.

“Mas Sally é um escroto, lê isso aqui que ele postou…”. Meu anjo, eu não estou dizendo que ele é bacana nem que o admiro. Tá tudo bem, é um escroto (ou não, depende dos valores de quem vê). Sagrado direito dele ser um escroto. A lei não te proíbe de ser um escroto. Por qual motivo as pessoas perdem tempo patrulhando escrotos? Você pode criticar, você pode dizer que discorda, mas porra, se deixar abalar, se alterar, brigar, sentir raiva? Francamente, sejam melhores.

“Mas Sally, tem um monte de homem como ele”. Ah, agora chegamos num ponto interessante. Talvez muito da revolta da mulherada seja por isso: quando um idiota ganha voz, ele ganha também o poder de reunir no seu entorno outros idiotas como ele e, quando se juntam, os idiotas ganham força. Eu concordo que dá tristeza ver o tanto de hominho perdido na vida que tem no Brasil, mas essa é uma realidade e não é culpa do Calvo do Campari.

E, vamos colocar a mão na consciência, para cada hominho perdido na vida, tem uma mulezinha igualmente perdida na vida. Para cada comentário ruim sobre mulher, tem outro sobre homem. Não preciso relembrá-los das barbaridades que feministas andaram dizendo sobre homens nos últimos anos, certo? A coisa mais bonita que disseram é que “todo homem é um estuprador em potencial”. Então, menos dessa superioridade moral de taxar homem de idiota e mulher de senhora da sensatez. Na real, quase todo mundo no Brasil tá bem prexeca das ideias.

A conta é bem fácil de fazer: se formos patrulhar, nos chatear, nos alterar pela babaquice alheia, vamos gastar uma parte considerável das nossas vidas falando dos outros, com foco nos outros. Não seria muito melhor usar esse tempo e energia para olharmos para nós mesmos, para nossas vidas, para o que está ao nosso alcance melhorar e mudar?

Não estou dizendo que não se possa criticar, nós criticamos tudo e todos aqui. O que estou dizendo é que quando a fala do outro te afeta, dói ou incomoda, aí o problema deixa de ser o outro e passa a ser seu. E não adianta tentar jogar ele para o outro, a realidade não liga a mínima para a sua narrativa, o problema existe e, enquanto não for resolvido, vai atrapalhar a sua vida.

Curioso… a forma como se fala ou se critica também nos diz muito sobre a pessoa. O tanto de mulher chamando esse sujeito de broxa, pau pequeno, viado e coisas no estilo me surpreende. O que tem a ver?

Sério, o que tem a ver? Pode criticar o careca, ele agiu errado, mas porra, isso é simplesmente bater de volta. Se uma mulher falar besteira e os homens reagirem xingando ela com alguma característica física pejorativa, certamente essas mesmas mulheres que estão esculhambando o Calvo do Campari vão achar ruim. Então, por coerência, não deveriam chamar de “pau pequeno” e outras coisas.

Vou repetir pela milésima vez aqui: a forma como escolhemos agredir os outros diz muito sobre nós mesmos. Nos expõe. Vejo muita gente “xingando muito no Twitter” achando que está causando um dano enorme ao outro e, na verdade, não está irritando o outro e ainda está se expondo, mostrando exatamente onde dói nela e o que tem dentro dela. Se alguém xinga a aparência física do outro, pode ter certeza de que é onde doeria na pessoa. E, além de tudo, deixa a pessoa sem moral para reclamar.

Essa crença de que o erro do outro autoriza o seu é um câncer. Se o sujeito falou algo pejorativo sobre mulheres e uma mulher responde com algo pejorativo sobre homens, ambos são a mesma porcaria. O erro do outro não endossa o seu erro, você se rebaixa ao nível do outro se quiser e, se o fizer, vai se tornar exatamente o mesmo que ele: aquilo que criticou.

O que precisa ser olhado, discutido e cobrado é uma consequência para quem se comporta contra o que diz a lei, pois o cumprimento da lei é de interesse de todos. Então, a grande pergunta é: vai ficar impune um sujeito ameaçar de morte uma mulher por causa de humor?

E isso passa longe de sexo: fosse homem ameaçando homem, mulher ameaçando mulher, hermafrodita ameaçando trans ou a combinação que vocês desejarem, não faria diferença. Não se pode ameaçar ninguém por fazer piada com você, primeiro por ser proibido por lei, segundo, por ser de uma imbecilidade infinita, mostrando para a pessoa que doeu, que pegou em uma insegurança sua.

O que nos leva a outro ponto, este mais sofisticado do que a média das pessoas pode alcançar: independente de concordar ou discordar com o que alguém fala, é de uma burrice galopante pagar mentoria, consulta ou o nome que for para uma pessoa insegura te ensinar algo. O brasileiro parece não saber fazer esse filtro. E, spoiler, inseguros não são apenas os que ameaçam aqueles que riem deles.

Ególatras são inseguros, vitimistas são inseguros, vaidosos são inseguros e tantos outros tipos que rotineiramente vemos vendendo sua mentoria. Tem que ser muito idiota para pagar uma pessoa insegura achando que ela pode te ensinar algo. A única coisa que um inseguro pode fazer é reforçar a sua insegurança, validá-la, endossá-la, te fazendo sentir ok por ser inseguro, estimulando que você se acomode no chiqueiro de merda comportamental no qual está. Sério mesmo: não se paga a inseguro para te ensinar nada.

Então, a mensagem final é: quem quiser fazer algo em busca de um país melhor, fiscalize que essa ameaça (e todos os outros supostos crimes) não caiam no esquecimento e sejam punidos, mas sem piti, sem faniquito, sem sentir raiva ou se afetar com isso. Certamente tem coisa mais importante acontecendo na sua vida.

E, se você não consegue não se afetar quando vê uma coisa dessas, hora de olhar e trabalhar essa questão, pois o problema está em você e provavelmente está te prejudicando em diferentes níveis.

Hora de separar as responsabilidades: quem viola a lei precisa arcar com as consequências disso, mas se alguém te irrita, te aborrece ou te ofende, é sua responsabilidade aprender a lidar com críticas ou pensamentos diferentes. A ofensa está na cabeça do ofendido.

Para dizer que quer responsabilizar os outros por se ofender, para dizer que todos os homens são assim (todos os homens que VOCÊ atrai são assim) ou ainda para dizer que crime ocorre e nada acontece feijoada: sally@desfavor.com

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Comments (40)

  • Meu Avô meu melhor Coach, Tem meu Pai tambem que foi um bom Coach, minhas tias idem, minha mãe, minha Vó, todos otimos Coach. Quero sem um bom Coach para meus filhos tambem. Esse pessoal anda meio esquisito, parece que nasceram do OVO. Ops …

    • Realmente, Vinícius. Essa geração atual está carente de bons exemplos, de figuras que ensinem os meninos a se tornarem homens de verdade. E por “homens de verdade”, quero dizer caras adultos, bem-resolvidos consigo mesmos, que sabem seu verdadeiro valor e são donos do próprio nariz.

    • Alguns pontos interessantes não fosse o tonzinho de madre superiora pra cima da massa desorientada. E ai… falou e falou mas só uma vezinha se referiu ao sujeito pelo nome. Careca… careca… careca… acho q tem caroço nesse angú, hein?

  • O cara não tem nada de “coitadinho” . É machista misógino e agressivo. Tem que ser responsabilizado por insuflar os mais bicos contra as mulheres.

      • Amiga, já fui insultada violentamente por um vizinho misógino no grupo do condomínio durante um dia inteiro. Nao respondi, pois se eu tivesse respondido à altura seria expulsa do grupo. Mulheres também são machistas e TOLERAM misóginos. Todo tipo de agressão verbal e misoginia e machismo que você pode imaginar. E eu nem conhecia ele direito. Um velho de 60 anos. Você não imagina a dor que é ser agredida como mulher e por ser mulher. É um abuso o que esse psicopatas fazem. Esse cara estava com tanto ódio de mim que se estivesse perto de mim teria me batido por falei que ele tinha que ser responsabilizado por irregularidades que fez no condomínio. Só foi expulso do grupo porque falei que se ele ficasse eu sairia e ele venceria.

  • Se cidadão gastasse esse 2500 reais aí em terapia, ao invés de dar dinheiro pra coach, essa polêmica nem existiria.

    O fato de termos um coach vendendo pequenas obviedades como grandes revelações só mostra como o povo anda fudidaço da cabeça. Antes de querer “consertar” o pensamento dos séquitos do referido calvo como sendo problemas de sexismo, sugiro olhar pra isso pelo prisma da saúde mental. Tem muita gente dos dois lados dessa briga achando que um sexo quer eliminar o outro, quando não passa de gente dos dois lados que simplesmente não sabe lidar com gente do sexo oposto

  • Confesso que achei o site por mero acaso, mas concordo com suas opiniões expressas pelo texto. O maior problema não é só a zueira e os memes, que são ótimos, é a mais completa falta de noção do povo.

  • O coach de relacionamentos “especialista em desvendar o sexo oposto” precisa acabar.

    Tanto conteúdo interessante de grátis no Youtube e os cabaço dando 2500 reais pra pilantra.

    Essa mistura de feminismo histérico com “rédi piu” é uma verdadeira fabrica de pessoas com a mente destruída.

  • Esse cara apenas é um dos que mancham o movimento redpill. Mas nada que invalida um movimento de grande importância que ainda cresce e alerta os homens do perigo feminino.

  • Mais um ilustre João-Ninguém cuja existência eu continuaria ignorando eternamente se o Desfavor não tivesse tocado no assunto. Tenho pena de quem segue essa gente. E o bom senso, aliás, manda desconfiar de pretensos gurus e de que sempre tem resposta pronta pra tudo…

  • O problema é que esses caras montam tipo uma seita, os discípulos fazem tudo que o mestre manda. Tipo o Bolsonaro que falou que vacina é ruim, então os seguidores não se vacinam, mesmo que o próprio Bolsonaro tenha se vacinado. Então se o Calvo do Campari acha legal ameaçar os outros de meter bala, os seguidores da seita dele também vão fazer isso e o país que já é ruim, vai virar um inferno.

    • Mas o grande problema não é o Calvo do Campari, é o zilhão de pessoas sem educação, sem noção e que precisam disso por se sentirem desempoderadas. Você tira o Calvo do Campari de cena e vem outro ocupar o mesmo papel. A solução não está em neutralizar quem lidera e sim em instruir os liderados para que eles caminhem pelas próprias pernas e não precisem de líderes.

    • Com a turminha merda descolada da realidade metida nessas ondas de “masculinismo”, de “mgtow” e de “redpill”, é caso sim de se preocupar e muito com a possibilidade de a ameaça de matar se tornar de fato uma tentativa de homicídio, por que essa turma de chans não é muito de se brincar não.
      Psytoré que o diga… O desgraçado só foi preso com uma grande possibilidade de não sair no curto prazo porque foi tocar ameaça no pessoal do STF e no Jean Wyllys (que renunciou a mandato e tudo por conta disso). Isso depois de um monte de barbaridade na linha de transmitir pornografia infantil no Campus Party e usar fake no orkut pra dar suporte ao Wellington no sentido de executar o massacre no Realengo.
      PS.: Mesmo a Lola Aronovich chegando no ponto de sair distribuindo boato por ai pra favorecer sua posição politiqueira, obtive essa informação por meio de terceiro que pelo visto observou tal movimentação.

  • É cada besteira que eu fico sabendo por aí, e mais especificamente, por aqui no desfavor, que olha… Haja saco, haja paciência pra discussões inúteis e guerras de sexo que não levam a nada! A sociedade está regredindo mesmo, não é possível!

  • Eu sinceramente tô mais preocupada com os casos de trabalho análogo a escravidão que estão vindo a tona do que com isso.

    Muito provável que esse sujeito seja sim penalizado a pagar indenização a moça e caia no esquecimento de novo.

    Agora empresas grandes saírem impunes quando exploram e torturam centenas de pessoas e tenta colocar como “merecem” só por causa de Bolsa não sei o quê… Isso sim me preocupa.

    • Eu duvido muito que esse sujeito ou as empresas de vinho escravo sejam punidos. Trabalho escravo não causa revolta, se causasse, as pessoas não compravam nada na Apple, na Zara, na Nike e em tantas outras grandes empresas que exploram isso de boa há décadas…

  • Quando a gente realmente tem segurança de quem é e do nosso valor, o que pessoas estranhas na Internet falam sobre nós é só isso… falatório.

    Enfim, de fato mais uma vez crime ocorre nada acontece feijoada

  • O babaca da REDPILL de Advil (só assim pra aplacar tanta dor de corno) está sendo assunto até aqui?!
    Olha, eu não dou a menor moral para aquele pessoal sem noção que fica dando moral de cult para uma série de filmes da virada do milênio cujo papel de protagonista só foi cair no colo do Keanu Reeves porque o Will Smith rejeitou o papel.

    • A questão não é a moral que se dá para ele e sim que a reação das pessoas a ele consegue ser um desfavor ainda maior do que ele mesmo.

      • No que diz respeito a quem está em meio a essa treta:

        Potenciais defensores: Mentalidade que na melhor das condições, seria similar a de certo conhecido do desfavor cujo apelido é por conta de um objeto que o mesmo enfiou em certa ocasião na cavidade anal. E daí pra baixo com um monte de pessoas sem o mínimo de trato social pra lidar com as dificuldades da vida e que encontraram no feminismo o bode expiatório perfeito para seus problemas no campo dos relacionamentos.

        Esculhambadores: Pessoas sem ter o que fazer que adoram fazer virtue signaling para tirar onda de heroicas, mesmo não passando de um bando de medíocres que por vezes defendem picaretagens até piores, como aquela infame ENGENHARIA SOCIAL chamada de “gênero neutro”, onde querem mudar a escrita e a fala até mesmo de termos que não tem flexão de gênero para agradar um pequeno bando de alecrins dourados que por estarem em condições sociais relativamente privilegiadas, querem virar a pirâmide de maslow de ponta cabeça.

        Enquanto isso, eu aqui estou lidando com essa baixaria de redpill desde quando o grande sucesso nas paradas era a Lady Cavala, digo, Lady Gaga cantando Just Dance.

  • Sobre a parada de “Red pill” (só de digitar isso dá uma baita vontade de rir… quem que achou que isso seria uma boa ideia?!), em um momento no qual eu estava desocupado deveras, estava pensando sobre esses conteúdos e transcrevo aqui o que anotei (sim) sobre a “filosofia” (palavra essa que, ironicamente, significa algo como “amor à sabedoria”). Apreciem minha [pseudo-]análise sobre o tema:

    “Cara, se você parar para pensar, essa coisa de macho alpha/beta tem todos os contornos de uma religião.
    Um lado é inerentemente ruim, triste, trágico, ignominioso e o todos os termos afins.
    O outro lado é o exato oposto.
    O padrão é que as pessoas que acreditam nisso [de redpill, macho alfa/beta] se consideram, sem nenhuma exceção, do lado bom. E todo o resto é encaixotado do lado ruim.
    Por padrão, o ‘pecado original’ é nascer ‘beta’, e nenhum homem escaparia a isso, já que a sociedade moderna ensina essas ideias… “betatizantes”.
    Os salvadores são esses criadores de conteúdo altamente específico.
    Existe uma lista de coisas a se fazer e não se fazer para ser considerado alfa.
    As vítimas são sempre as do lado “bom”, que se acredita serem atacados por mulheres o tempo todo, que seriam moldadas socialmente para subjugar o homem (a sociedade é o equivalente de satã) e a única ‘salvação’ deles é não cair nessas tentações obedecer ao “código” dos alfas.
    Resumindo: é uma maneira de ver e enxergar a sociedade dentro de um contexto de (a) uma era de ouro que não volta mais, (b) uma era presente onde poucos se salvariam e (c) uma era futura onde essa comunidade se vê livre das mazelas de que tanto sofreriam atualmente [no caso, livres das mulheres que eles acham que não são ‘atraentes’? Ou do sistema moderno, talvez? Do humor que fazem contra eles?].”

    • Concordo com você. Qualquer polarização onde um lado é o bem e o outro é o mal é de uma simplificação tão grosseira que dificilmente se adeque à realidade.

      • Exatamente. Essa maneira de pensar é bem primitiva e em geral não resiste a uma análise racional. É impressionante ver como a coisa escalou a ponto de aglutinar gente polarizada e não-resolvida internamente.

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