Desfavor Explica: Epilepsia.
| Sally | Desfavor Explica | 32 comentários em Desfavor Explica: Epilepsia.

O assunto é vasto, não dá para florear muito. Desfavor Explica: Epilepsia. Atécnico em muitos momentos, com o objetivo de me fazer entender.
Epilepsia é uma desordem neurológica que se caracteriza por descargas elétricas anormais nos neurônios (células que compõe o seu cérebro). Muito simplificadamente, a crise epiléptica se dá quando ocorre uma descarga elétrica entre neurônios mais duradoura do que o habitual. É um curto-circuito cerebral que se reflete no seu corpo das mais diversas formas. Desde sempre gera muito medo e preconceito na sociedade, mas não tem nada de paranormal: por algum motivo cientificamente explicável, os neurônios se portam de forma anormal.
Essas descargas anormais nos neurônios podem ter várias origens. Entre outras, podem ser ocasionados por problemas genéticos, doenças infecciosas, uso de drogas, uma pancada forte na cabeça e até mesmo alguns tipos de parasitas. Mas certamente não são causados por demônios, possessões, espíritos nem nada parecido. Passou da hora de parar de divinizar algo que a ciência já explica. Em tempo: epilepsia não é contagiosa, não precisam ter medo de se aproximar de um epiléptico para ajuda-lo.
Epilepsia não se confunde com convulsões. Uma convulsão pode ser uma manifestação motora de uma crise de epilepsia. Grosseiramente falando, convulsões são aqueles espasmos involuntários que vemos quando a pessoa cai no chão e começa a se debater. Mas nem de longe a epilepsia se resume a esses espasmos, ela pode se manifestar de muitas formas diferentes e atípicas, inclusive sem convulsões. Assim como epilepsia não é necessariamente convulsão, convulsão também não é necessariamente epilepsia. Você pode ter uma convulsão e não ser epiléptico. Não seu auto-diagnostique, em qualquer caso procure um neurologista, só ele vai poder bater o martelo e dizer o que você tem. Normalmente os principais exames realizados em caso de suspeita de epilepsia são eletroencefalograma e tomografia computadorizada (em algum lugar Siago Tomir chora em posição fetal).
Infelizmente as pessoas associam epilepsia apenas a convulsões e isso faz com que alguns epilépticos passem uma vida inteira sem o diagnóstico correto e sofrendo por se sentirem loucos ou inadequados. Uma crise epiléptica pode não implicar em uma convulsão. Pode se resumir a um mero formigamento ou a tremores na face ou membros, distúrbios sensoriais como alucinações visuais, auditivas ou táteis (você não é médium, você é epiléptico, bem vindo ao mundo real), mudança de humor, perda de memória, mal estar, palpitações, suor, salivação ou um simples desmaio.
Estes sintomas, juntos ou separados, podem indicar epilepsia. Por isso qualquer sintoma que saia do seu normal, mesmo que não pareça grave, não deve ser ignorado. Eu já vi um crime cometido por uma pessoa que teve um acesso de fúria do nada, que os peritos atribuíram a um caso raro de epilepsia que gerou esta mudança comportamental. Estamos falando de CENTENAS de variações de epilepsia, muitas delas “sem cara de epilepsia”. Sério mesmo, está sentindo alguma alteração neurológica que não sabe explicar? Vá ao neurologista.
O tratamento mais comum é feito com remédios, só casos extremos que não respondem bem a medicação tem aconselhamento cirúrgico. A estimativa média é de que apenas 25% das pessoas com epilepsia precisem de cirurgia. Normalmente as crises podem ser controladas associando medicamentos com alguns hábitos de vida e medicamentos controlam o problema, assegurando uma vida normal. Tendem a funcional melhor quando além dos remédios a pessoa se propõe a majorar sua qualidade de vida com uma alimentação correta, horas de sono adequadas e outros cuidados. Em alguns casos é possível que a epilepsia desapareça por completo e que a pessoa nunca mais tenha uma crise.
Existem alguns fatores que podem ser desencadeantes. Por exemplo, bebida alcoólica costuma ser contraindicada para quem tem crises epilépticas, isso porque enquanto você está consumindo álcool diminui a sua atividade cerebral e, por consequência, quando você para de consumir, o cérebro volta a funcionar a todo vapor, ocorrendo uma espécie de “pico” de “refuncionamento” que normalmente desencadeia uma crise. Outros fatores que tendem a desencadear crises epilépticas: luzes piscando ou mudança repentina de luminosidade, mudança da temperatura corporal, febre, privação de sono, ansiedade, cansaço e o desenho Pokemon.
Para quem não sabe, um episódio específico do desenho animado Pokemon desencadeou crises epilépticas em massa. Só no Japão foram registrados 12.000 casos de crianças que passaram mal, muitas chegando efetivamente a ter uma crise convulsiva. O fato foi atribuído ao piscar de luzes coloridas freneticamente. Eu sei que vocês são malucos, eu sei que vocês querem saber qual foi o episódio. Foi o episódio 38, mas eu recomendo que não vejam, pois não sabemos quantos de nós tem propensão a epilepsia. E para quem já está em tratamento, nem pensar em ver esta merda.
Mesmo quando os medicamentos funcionam bem para o paciente, é comum que ele tenha crises eventuais. Como é uma medicação que pode causar efeitos colaterais desagradáveis, depois de algum tempo de uso a pessoa fica confiante e pode decidir suspender ou reduzir a medicação por conta própria, tendo a falsa sensação de estar curado. Isso é mais comum do que você imagina e jamais deve ser feito. Por mais que você ache que está ótimo e que sua medicação é excessiva ou desnecessária, JAMAIS mude a dose ou suspenda sem a autorização do seu médico. Se os efeitos colaterais estão atrapalhando sua vida, sempre podem ser tentados outros medicamentos, existem diversas opções.
E se você deseja ter filhos, sorria, o fato de você ter epilepsia (seja pai ou mãe) não aumenta o risco do filho ter este problema, as chances são as mesmas de qualquer outra pessoa. Pode ter filhos sem medo. Epilepsia não passa necessariamente de pai para filho e também não passa de uma pessoa para a outra, não é contagioso. Pode ajudar a pessoa que está tendo uma crise sem medo algum.
E por falar em ajudar… agora vem a parte mais importante do texto: como ajudar uma pessoa que está tendo uma crise epiléptica. Primeiro procure não se apavorar, a cena é feia mas dificilmente alguém chega efetivamente a morrer por causa de uma convulsão. O que PODE acontecer externamente com uma pessoa que está sofrendo de uma crise epiléptica: enrijecimento do corpo, grunhidos, “revirar” os olhos, movimentos bruscos com a cabeça, movimentos e espasmos no corpo todo, salivação espumosa, liberação de urina e fezes e perda de consciência. Não costuma durar muito, mas pelo terror que a cena causa, parece uma eternidade.
Muitas vezes a pessoa já tem um histórico de epilepsia e consegue detectar que vai ter a crise por pequenos sintomas que podem antecedê-la (formigamentos ou coisas do tipo). Nesse caso, talvez dê tempo dela te avisar “vou ter uma crise epiléptica”. Imediatamente coloque a pessoa deitada de lado, ou ao menos com a cabeça de lado, para que ela não se engasgue com a própria saliva ou com eventual vômito. Remova os objetos que estão à sua volta para que a pessoa não bata neles. Afrouxe as roupas da pessoa caso elas estejam apertadas e possam dificultar seus movimentos ou respiração.
ATENÇÃO, MUITA ATENÇÃO: JAMAIS COLOQUE UM OBJETO NA BOCA DA PESSOA. Eu sei que tem muita gente que manda colocar algo para impedir que a pessoa morda a própria língua, mas este procedimento não é correto. Ao colocar objetos na boca da pessoa, além do risco de sufocamento, há o risco que ele quebre os próprios dentes. A orientação médica atual diz que é melhor deixar que a pessoa morda sua própria língua do que arriscar um sufocamento ou dentes quebrados. Também não meta a mão dentro da boca da pessoa “para desenrolar a língua” ou puxar a língua para fora, você pode perder os dedos. E nunca está de mais dizer que é impossível que a pessoa engula a própria língua em uma crise convulsiva. O que ocorre é uma contração de todos os músculos do corpo, inclusive da língua, mas podem ficar sossegados que não há o risco disso acontecer. Para que fique claro: NÃO COLOQUEM NADA NA BOCA DE UMA PESSOA QUE ESTÁ TENDO UMA CONVULSÃO. E passe esta informação adiante para tentar acabar com este mito!
Você pode tentar segurar a pessoa, sem machuca-la, mas em alguns casos é inevitável que ela se debata mesmo com você tentando contê-la. Foque na cabeça, é fundamental evitar que a pessoa bata com a cabeça no chão. Você pode colocar um travesseiro, uma bolsa ou qualquer superfície macia abaixo da cabeça para te ajudar a conter a crise. Fique ao lado da pessoa e procure tranquiliza-la. Uma dica tanto para quem sofre a crise como para quem ampara: não lute contra a crise, ele é mais forte do que você. Apenas tente ter serenidade e espere ela passar. Não tem como interromper uma crise. Ampare a pessoa sem tentar imobilizá-la por completo fazendo a crise cessar (já vi pessoas que parece que estão lutando jiu-jistsu quando tentam amparar epilépticos). E para quem tem a crise, dizem que contar ajuda: procure deixar a crise acontecer, se manter calmo e conte mentalmente bem devagar até dez (ou mais, se for o caso), isso costuma tornar o episódio menos tortuoso.
O normal é que a crise dure entre um e dois minutos, que é o tempo que o cérebro leva para liberar neurotransmissores que inibem essa corrente de eletricidade entre os neurônios. Se passar de cinco minutos, a coisa é mais grave e você deve chamar imediatamente uma ambulância. E mesmo que a crise dure pouco, deve ser procurado um médico para ter certeza de que tudo realmente voltou ao normal. Se a pessoa perdeu a consciência durante a crise, é normal que ela volte em slow motion, que se movimente de forma lenta e até mesmo que esqueça que teve uma crise convulsiva. Não se assuste se a pessoa estiver lenta e confusa. Também é comum que a pessoa durma muito após um episódio como esse.
Recentemente um pastor evangélico agrediu fisicamente um fiel que estava tendo uma convulsão em sua igreja. Virou notícia de jornal. O pastor alegava que o fiel estava “com o demônio no corpo”. Infelizmente esse tipo de preconceito e ignorância ainda encontram espaço para se disseminar no Brasil. Epilepsia não é um fenômeno paranormal e certamente NÃO É PROBLEMA ESPIRITUAL, que fique claro. Muito se bate nos evangélicos, mas os espíritas também adoram atribuir problemas físicos cientificamente explicados a “problemas espirituais”. Se você tiver crises epilépticas, ESQUEÇA qualquer religião e vá ao neurologista.
Epilepsia não impede que a pessoa leve uma vida normal, apesar de pequenas restrições, como estilo dar preferência a um estilo de vida mais saudável e eventual medicação diária. Porém alguns cuidados devem ser tomados, principalmente com crianças. Recomenda-se que não desempenhem atividades “arriscadas”, como por exemplo nadar, sem a constante vigilância de alguém, pois uma crise convulsiva nesses momentos pode ser fatal. Em adultos, dependendo do caso, se recomenda que evitem dirigir, sobretudo à noite, onde as oscilações de luminosidade são maiores.
A título de curiosidade, foi feito um eletroencefalograma do cérebro de Chico Xavier e o resultado foi dado para que um médico o analise sem saber quem era o paciente. O nome do médico, salvo engano, é Juvenal Guedes. Sem saber qual cérebro estava analisando, o médico afirmou que havia uma descarga elétrica anormal, capaz de provocar crises epilépticas. Portanto, é bem provável que as “vozes” que ele ouvia fosse fruto de uma epilepsia conjugada com a enorme vontade de acreditar por parte dos familiares das pessoas mortas com uma pitada de estelionato daqueles que o cercavam. Ruim viver em um mundo onde você não vai reencontrar aquela pessoa querida que morreu, né? Mas pior ainda é viver em um mundo de mentiras.
Espero que este texto ajude pelo menos uma alma boa a desmistificar a epilepsia ou a socorrer alguém que se encontre em uma crise. Finalizo com as sábias palavras do ET Bilu: busquem conhecimento.
Não falem do que não conhecem, já fiz tomografia, EEG e nunca deu nada, só normal…sou médium não porque quero, mas já nasci com isso. Busquem a vida de Chico e conhecer realmente a Doutrina espírita, pode até ter muita gente que engana, mas o fenômeno existe, só quem é médium de verdade sabe o que passamos. Vocês podem até discordar, porém investiguem melhor para generalizar. Sugiro que leem sobre César Lombroso e sua experiência com a médium Eusápia Palladino, isso só para começar já que são sabichões da ciência…
Nossa como você é especial! Você tem um dom!
Engraçado, eu assistia ao pokemon, me lembro do tal episódio 38 e nunca senti nada! Aliás, o episódio 38 é até fraco se for comparar com isso daqui ó: http://www.youtube.com/watch?v=Dwiw4U4_5jA
É interessante isso: movimentos rápidos, luzes piscando freneticamente (não só luzes de pokemon na tela, mas também parques de diversões, boates) podem desencadear um ataque epilétio. Gostaria de saber com mais profundidade o porque disso? Tem relação com a visão da pessoa?
Lembro-me de uma vez aqui em Uberlândia que tive que acudir um carinha bem no meio da rua… e os panacas lá tudo olhando com cara de wat sem saber o que fazer e eu berrando: “ANDA LOGO SEU IMBECIL CHAMA UMA AMBULANCIA! NAO TA VENDO QUE ELE TA TENDO UM ATAQUE? COLOCA ALGO NA CABEÇA DELE RÁÁÁPIDO!” E dá pra acreditar que ainda tive que ouvir comentários do tipo: “esse dai quer é aparecer…” ou “tu é médico por acaso?” bahh ¬¬
Aliás, Sally, faz um desfavor sobre fotosensibilidade e enxaqueca? Como lidar com tanta irritação à luz fluorescente, e tanta dor de cabeça? acho incrível que por ex. lá na facu, se eu fico mó tempão dentro dos labs, aquelas salas claustrofóbicas todas branquinhas fechadas com ar condicionado e aquela luz fluorescente ligada direto sinto mó dor na testa…
Vou estudar o assunto, se conseguir entender faço sim!
Será que tem algum neurologista por aqui? Também queria saber tecnicamente o efeito que as luzes causam nos neurônios para desencadear um ataque!
Serei EXTREMAMENTE FRANCA aqui.
Vocês comentam do medo, da escrotice de quem não vem aqui opinar e quero deixar claro que se não opino não é por medo do que vão pensar de mim, porque vão me banir, porque vão fazer isso ou aquilo: é simplesmente porque eu não quero opinar ou porque não tive tempo, ou qualquer outra coisa. Não sou o exemplo de pessoa super corajosa – e talvez meio impulsiva demais – que bate no peito e em alguém para gritar suas opiniões, mas também não tenho medo de discordar das pessoas. Muito pelo contrário, sou apelidada constantemente como “do contra” e talvez justamente por isso me identifique com muitos textos daqui.
Agora, eu sou daquelas que também costuma evitar discussões que considero desnecessárias/improdutivas ou que podem vir a criar transtornos idiotas. Exemplo disso é: eu sei que tenho uma pequena tendência à opiniões politicamente corretas em alguns aspectos. Pergunto: vale a pena trazer isso à tona aqui no desfavor quando só de ler o termo “politicamente correto” vocês já criam alergia? Posso até dar minhas opiniões e debater civilizadamente, mas… Pra quê? Você já são declaradamente contra e fazer isso seria contraproducente, então nesses casos sequer me dou o trabalho. E se me dou, é porque estou com uma longa e torturante abstinência de discussões – o que é raro, pois gosto de discutir. Ah, e muitas vezes não comento também por: falta de interesse no assunto, falta de conhecimento sobre o assunto, preguiça, falta de tempo, e tantos outros motivos. Algumas vezes também não comento porque não consigo organizar meus pensamentos para escrever ou também porque, como gosto de discussões longas, sei que não vou conseguir responder por esquecimento e etc, aí sequer inicio. Então, essas as desculpas da “cuzona”.
Bom, tem também a questão de comentar em coisas consideradas fúteis em detrimento de coisas mais cultas e produtivas. Pessoalmente eu gosto quando vocês fazem coisas que envolvem nossa participação efetiva, ou seja, algo que vai além da discussão, algo que vai ser aplicado na prática e etc. Talvez por sentir uma aproximação maior, talvez por ser divertido.
Aproveitando o gancho do assunto anterior, devo dizer que fiquei surpresa com as coisas que o Somir disse. Eu fui uma das pessoas que sugeriu algo sobre ele, e apesar de ser suspeita pra falar, já que ele sugeriu o banimento de qualquer um que tenha sugerido algo sobre ele, eu só posso dizer uma coisa: dramático. Sério, quase não acreditei. Diria que vi Siago Tomir “ao vivo” no texto. Quer dizer, ele sabe que isso aqui é entretenimento. Ele sabe que as pessoas vem aqui muitas vezes para espairecer, mesmo que ao mesmo tempo seja um exercício cerebral saudável. E ele acha as pessoas que eram coniventes com algo que produziria conteúdo aos moldes do que cada um considera interessante e engraçado de se ver são escrotas porque não poderiam se sentir no “direito de castigá-lo”. Isso aqui é uma via de mão dupla: se abrem uma porta que dá acesso ao “castigo de Somir” muitas pessoas vão dar o passo pra dentro. Principalmente se várias dessas pessoas que estão de frente pra porta adoram ver o produto dos castigos de sua companheira de blog. Isso é óbvio. Sinceramente, creio eu que os comentários irritaram Somir demais. Não tanto pela petulância do conteúdo, mas porque percebeu o óbvio de que o pessoal gosta muito de participar, INCLUSIVE se for torturar psicologicamente um pouquinho os criadores do blog. Aliás, eu me diverti sim com a semana da tortura da Sally, porque os textos me distraíram, me foram produtivos em parte, e não seria NADA diferente se Somir sofresse algo desse tipo também. Eu sinto pelo sofrimento, mas não deixo de rir. Mais ou menos a lógica de ver alguém escorregando e caindo com tudo no chão. Você vai rir mesmo sentindo pela pessoa. Então, só repito: achei que Somir foi dramático pois ele sabe que seria assim, e sabe até mesmo que se for peneirar isso aí sobra 2 gatos pingados que serão absolutamente frios e com um senso de humor questionável – “Não vou participar disso, não me sinto no direito de castigar vocês porque falharam em algo”.
Enfim, a última parte do que tenho a dizer: eu sabia que o Dia do Troll estava próximo. Eu tinha certeza que era em Abril – aliás pensava que era dia 1º de abril por algum motivo, mas todos os dias que pensei isso esqueci de verificar na Constituição a veracidade desse pensamento – e cheguei a ver o comentário de alguém no post do Siago Tomir falando do Dia do Troll. Digo mais: lembrei quase todos os dias de abril do Dia do Troll, ansiosa imaginando o que vocês deveriam estar tramando… Mas, sendo muito sincera, eu não relacionei as informações. Acho que nunca relacionaria, nem se visse que as datas de término do Siago Tomir coincidiam com a do feriado. Talvez eu tenha sido lerda, talvez ingênua, mas eu só sei que foi assim. Espero algum dia me tocar da trollagem? Com certeza! Adoraria, ficaria me sentindo muito satisfeita mas não fazê-lo me faz sentir mal mais por ver a Sally sofrer do que pela decepção em si de ser uma desligada/esquecida com algo assim. Eu gosto muito do Desfavor, mas acho que não estou preparada para a seriedade com a qual vocês esperam que os leitores o encarem. Talvez porque não enxergue bem as aplicações práticas disso, talvez porque eu seja meio insensível, não sei bem. Mas espero que em algum momento eu consiga corresponder toda essa esperança da Sally e quebrar todo esse ceticismo do Somir, não exatamente por orgulho mas porque se tem uma coisa que eu concluo é que vocês levam isso à sério demais – não no sentido pejorativo, mas de que isso é importante demais pra vocês por um motivo que talvez eu não consiga ver na totalidade e gostaria de alimentar isso pra ver aonde iria dar.
Boa sorte, Sally. Toma seu lencinho, Somir. Haha.
CARALHO. Eu consegui a PROEZA de postar no lugar errado. Podem me bater.
Deleta daqui que eu postarei lá. :/
ok
Feliz dia do Troll e… você comentou no texto sobre epilepsia
>explica sobre epilepsia
>não põe um banner piscando
Você queria que eu causasse uma crise epiléptica nos meus leitores?
Eu tinha uma tia-avó epilética. Ficou anos e anos e anos internada num asilo / sanatório. Quando criança, eu morria de medo dela ter uma crise na minha presença.
Agora, uma dúvida: se a pessoa ficar mordendo a própria língua não corre o risco de perdê-la (tipo cortar pra fora mesmo)? Outra neura que tenho é de morder a minha língua e ficar sem (aloka).
Maíra, o neurologista com o qual eu conversei para escrever este texto me disse que nunca ouviu falar de um único caso onde a pessoa tenha arrancado a própria língua e que isso não acontece.
todas comemora! \o/
Acho que é Violetas na Janela. Uma atriz de provecta idade encena a peça, essa atriz perdeu uma filha vítima de atropelamento na Praia de Botafogo. Depois da perda, buscou o espiritismo na tentativa de amenizar a dor, leu o tal livro Violetas na Janela e se identificou com ele. Acho que o nome da atriz é Ana Rosa. É ruim viver em um mundo de mentiras, mas perder um filho é difícil demais de suportar, por isso consigo compreender o lado dessa gente.
Pode colocar um pano de prato bem grande e enrolado como se uma mordaça fosse para evitar que a pessoa quebre os dentes?
Renata, o neurologista com o qual eu conversei para escrever esta postagem disse para não colocar NADA na boca, pois isso pode sufocar a pessoa… Mas você pode pedir uma segunda opinião a outro médico
Não põe pano não… Se ela vomitar, vc a sufoca com o próprio vômito (além do risco dela se sufocar com o próprio pano).
Ela precisa ter a maior facilidade de respirar possível…
Um primo meu faleceu ao se afogar em uma poça d’agua durante um ataque.
Lá no interioRRRR eles acham que se encostar na ‘baba’, vão ‘pegar’ …
Isso foi só há 10 anos atrás.
Mas há uns 5 eu ajudei um sujeito na Paulista, segurei a cabeça dele até passar a crise, enquanto muitos estavam desviando dele no caminho.
Impressionante como em muitos países civilizados a ignorância gera curiosidade e vontade de aprender enquanto que no Brasil ela gera medo!
O que esperar de um país que começou a ser formado pela escória de Portugal?
O que esperar?
Burrice, feiura e falta de higiene.
ET Bilu deveria ter um espaço de adoração no PIlhismo. Mestre!
Realmente, o Bilu merece!
Já trabalhei com dois epiléticos. Um deles a gente proibiu de chegar perto da multifuncional, o outro sempre tinha consciência de que teria um ataque e isso dava tempo de ajudá-lo, afinal era um sujeito de 2 metros de altura (além de ser um tolo teimoso que ia buscar os filhos de carro na creche depois de cada ataque). Sorte termos também um médico no trabalho que nos orientou da mesma forma que esse texto. Quase quebrei o dedo na primeira vez que fui ajudar…
De resto, chocada em saber que se pode ser sem ter ataques. Vou procurar o médico, por desencargo…Grata pelo texto.
É a luz da multifuncional que desencadeia o ataque?
Se você sente algum sintoma que não explica, não custa fazer um EEG por desencargo. Pode ser um tipo raro de epilepsia ou algum outro defeitinho de fábrica de ordem neurológica!
Sim, a luz era uma daquelas multifuncionais que tiram grandes quantidades de cópias em grandes velocidades.
Deve ser essa a causa
Excelente texto! Bom saber como ajudar uma pessoa assim!
Falando em espíritismo, como anda a leitura do livro do miguxo Kardec?
Seria bom falar um dia desses sobre o “fenômeno” da psicografia… Dava até um Des contos! Haja estelionato… Qualquer um pode escrever um melodrama barato e falar “O espírito do fulano me disse”… Tenha dó! Aí vem um monte de exames pra falar que o cidadão, de especial-dotado-de-poderes-paranormais, não tem nada… Pode ser só meio epiléptico mas tudo sussi… Pena que não fizeram um encontro desse médico com o Xico em rede nacional… Imagina o mico!
(Pausa para rir horrores)
E um processa eu da Gibia Zaparetto podia sair esse ano né? Essa velhinha mete os pés pelas mãos e as pessoas acham ela o suprassumo da literatura… uma aprendiz do Caulo Poelho.
É sofrível de se ler, estou no meio do Livro dos Espíritos e são tantas contradições e teorias que não se sustentam que dá vontade de jogar no lixo.
Zíbia eu tentei ler aquela merda das violetas não sei onde, mas não dá, aquilo simplesmente não dá. Talvez em uma fase de vida que eu esteja muito bem humorada eu consiga.
kkkkkkk tbm já tentei ler esse da Violeta. Parei na 2a página.
Ótimo texto, Sally.
Tenho uma amiga epilética só que ela é filha da put@, pq as vezes finge estar tendo um ataque e quase me mata de susto.
Bom saber como ajudar em caso de necessidade, pq a gente sabe bem pouco, ou quase nada!
Desfavor é cultura e educação!
\o/
Bacana ela conseguir brincar com isso, a maior parte das pessoas costuma se vitimizar! Chama ela aqui para o Desfavor, ela parece ser a nossa cara!