Ele disse, ela disse: Sigilo familiar.

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Imaginemos a seguinte situação: Você está num relacionamento estável e um dos parentes PRÓXIMOS do(a) seu(sua) companheiro(a) dá em cima de você. Sally e Somir discordam sobre qual o rumo correto de ação para com a outra parte do relacionamento depois de um acontecimento assim… Os impopulares contam como reagiriam.

Tema de hoje: Se um parente do(a) seu(sua) namorado(a) dá em cima de você, deve-se contar para ele(a)?

SOMIR

Hahaha! Claro… claro que não! Numa analogia com um jogo de cartas, contar para a namorada (vou usar só o feminino por praticidade, mas vou tentar ser o mais genérico possível) que um parente próximo dela deu em cima de mim é mais ou menos como apostar todas suas fichas na pior mão da noite…

É questão de bom-senso: Não precisa entrar em pânico e jogar tudo ao acaso só porque aconteceu algo de ruim. Nem sempre o que você acha certo dá certo. Honestidade é uma qualidade louvável, sempre que possível diga a verdade, mas dizer a verdade SEMPRE é jogar sua vida na mão da sorte. Não sei quanto a vocês, mas eu não quero transformar minha existência num grande jogo de azar.

A situação joga contra quem fizer a “denúncia”. Não estamos falando de um caso onde se tenha uma prova irrefutável do acontecido, estamos falando de palavra contra palavra. E por mais que sua namorada/esposa goste de você, é complicado fazer uma disputa dessas contra a família dela. Sério, imagina dizer para ela que a MÃE dela fez algo assim? Não é uma acusação leve, é quebra de confiança séria.

E o tipo de ser humano que faria uma coisa baixa dessas dificilmente vai ter o menor pudor de mentir descaradamente quando confrontado. A vida não é seriado policial americano, onde bandido sempre confessa! E para “engordar” a mentira, a parente da sua namorada ainda vai dar um show para convencê-la que você que está mentindo, seja partindo para a agressividade, seja partindo para a vitimização. Pergunto: Precisa disso? É uma situação sebosa dessas que vai melhorar a vida de qualquer um dos envolvidos?

E antes que venham com romantismos do tipo: “se me ama acredita em mim”, lembre-se que do outro lado teoricamente tem alguém com tanto ou mais presunção de confiabilidade que você. A situação tem que ser muito ideal (ideal no sentido da sua namorada vir de uma família fodida o suficiente para duvidar automaticamente da honestidade de parentes tão próximos) para isso pender para o seu lado.

Pior que mesmo se for o caso da sua companheira acreditar em você sem muitas dificuldades, ainda sim não é uma atitude tão nobre contar: Você vai estar esfregando sal nas feridas de uma pessoa querida. Se ela já sabe que a família faria algo assim, deve ter um histórico de coisas horríveis que ela deve carregar. E tudo isso volta numa ocasião dessas… Sério que só pela satisfação pessoal de ter dito a verdade vale a pena cutucar as feridas dela? Isso é coisa de quem só defende o próprio lado, doa a quem doer.

E outra: Pode ser que tenha sido um escorregão eventual. Não estou dizendo que é algo facilmente perdoável, mas essa parente da sua namorada pode nunca ter feito algo parecido, mas num momento de vulnerabilidade/burrice desligou o bom senso e deu em cima de você. Como garantir que é uma pessoa tentando “passar a perna” nela ou se é alguém que fez uma besteira? Não sou partidário de usar “errar é humano” como escudo para qualquer comportamento errado, mas não estou falando de um julgamento moral e ético, estou falando de praticidade.

Se foi algo eventual, mesmo que prove um caráter danificado, ainda sim não vale a pena causar todo o drama de contar se não acontecer mais nada depois. É uma questão de risco e recompensa, oras. Fazer sua companheira lidar com algo escroto assim não é algo trivial… Algumas coisas você leva para o túmulo, não porque quer proteger o bandido, mas para proteger a vítima! Na balança de prioridades, sua namorada/esposa tem que vir acima do desconforto de guardar um segredo desses.

Foda-se se omitir te incomoda, quando a omissão PRECISA acontecer para o bem dela, o mínimo que você faz é engolir o sapo e seguir em frente. E olha que eu estou argumentando até agora considerando que a pessoa deu em cima mesmo!

Nada mais comum que ler errado sinais de atração alheios… Tem gente que parece que vai te agarrar a qualquer momento e não está interessada, tem gente que fica quietinha e está muito interessada! Não estamos falando aqui de uma situação onde essa parente reconheceu firma no cartório da cantada. Ainda existe muito espaço para presunção nesse jogo.

É leviano sair acusando baseado apenas no que você acha nesse caso… Tem famílias e famílias… Uma mais acostumada a contato físico e intimidade forçada pode gerar pessoas que se metem em situações parecidas com as do flerte para quem vem de uma criação mais fria, por exemplo. É fácil errar na leitura dos sinais da atração em outras pessoas.

Você pode jurar que foi assediado, a mãe ou irmã da sua mulher pode jurar que nunca fez isso, e de certa forma, ambos os lados podem estar certos. E mesmo que tenha sido uma cantada, a outra pessoa pode se convencer que não foi depois… E tem mais… tem gente que passa cantada e flerta por puro esporte! Mesmo que você respondesse positivamente ao avanço dessa parente dela, ainda sim não quer dizer que essa pessoa estava REALMENTE disposta a fazer aquilo. Eu acho escrota a pessoa que faz esse tipo de joguinho, mas elas existem.

São muitas variáveis aqui para considerar que contar é a solução correta. É por isso que eu estou perguntando seguidas vezes se vale a pena. Porque é acender o pavio de uma bomba que pode destruir um relacionamento amoroso, um relacionamento familiar ou mesmo ambos. Isso também é questão de responsabilidade pessoal… Você tem que escolher fazer isso e estar plenamente disposto a encarar o resultado.

Se você acha que dizer o que acredita ser verdade é uma regra imutável e universal para resolver todos os problemas, sinto te dizer que a realidade é mais complexa do que isso. Até para dizer a verdade tem que valer a pena…

Para dizer que esta coluna está virando um embate eterno entre mentiroso e sincericida, para dizer que não considerei o fato de ser a irmã ou a mãe(milf?) serem mais gostosas, ou mesmo para dizer que sabe o que fazer mas não vai contar: somir@desfavor.com

SALLY

Se um parente próximo do seu parceiro, como por exemplo mãe/pai ou irmã/irmão, der em cima de você, qual é a coisa certa a se fazer: contar ou não contar? Estamos falando de relacionamentos sérios, monogâmicos, duradouros e baseados em confiança e cumplicidade.

Desculpa mas quem não deve não teme. Eu conto. Porque se não contar e a pessoa descobrir depois vai parecer que eu estava gostando ou alimentando a situação de alguma maneira. Eu conto mesmo e se tiver dúvidas se a pessoa vai acreditar em mim eu corro atrás de provas: gravo com o celular, filmo ou dou um jeito da pessoa flagrar o traíra fazendo a coisa. Mas conto. E se ainda assim não acreditar em mim, foda-se, não me merece.

Eu não conseguiria manter um relacionamento com uma pessoa escondendo uma falha tão grave de caráter de um parente próximo. Porque eu acredito que dar em cima da namorada ou esposa do seu irmão ou do seu filho pelas costas seja uma puta falha de caráter. Até por uma questão de consideração e lealdade com a pessoa que está ao meu lado eu não a deixaria fazendo esse papel de otária, de conviver de boa com um parente filho da puta. Quem ama não deixa o outro fazer papel de otário, mesmo que para isso tenha que se meter em algum tipo de confusão.

Nada como se colocar no lugar dos outros… Fico pensando se minha irmã desse em cima de um namorado meu e se ele não me contasse como eu me sentiria. Certamente não seria capaz de compreender essa omissão e talvez até presumisse que essa omissão estaria relacionada ao fato dele estar gostando ou estar mal intencionado. Amar é proteger a pessoa que a gente gosta de filhos da puta, sejam eles parentes ou não. Quem deixa um filho da puta enganar a pessoa amada merece perder essa pessoa.

Uma situação dessas é realmente muito desagradável e delicada. Uma pessoa do nada te coloca como cúmplice de uma mentira sem que você tenha concorrido para isso. Aceitar esse tipo de imposição é burrice. Topar esse joguinho perverso e mentir para seu par é ser cúmplice de um filho da puta que está tentando apunhalar a pessoa que você ama pelas costas. Prefiro mil vezes que me xingue e não acredite em mim e até mesmo que me dê um fora, porém saindo digna, com a consciência tranquila. Melhor isso do que manter um relacionamento às custas de uma mentira/omissão suja dessas.

Mesmo para quem acredite que seja uma mera omissão, não custa lembrar que quando o que se omite é grave a omissão passa a ser muito grave também, talvez tanto ou mais do que uma mentira em si. Existem informações que são essenciais e que por uma questão de ética e caráter não podem ser sonegadas. Uma pessoa que “omite” da outra que é HIV positivo e contamina seu parceiro não faz uma coisa grave? Claro que faz. É hora de derrubar esse mito que omissão é menos do que mentira. Não sei quem foi o filho da puta que lançou essa ideia de que omissão pode e mentira não.

Quando seu parceiro está sento traído, apunhalado, sacaneado, existe sim a obrigação moral de adverti-lo. Eu não falto com a minha obrigação ética por medinho de que isso acabe respingando em mim. O desenrolar da história não tem que ser determinante para a decisão de contar e não contar, a coisa certa a fazer independe do desfecho da história. A coisa certa a se fazer a gente busca dentro dos nossos valores morais e éticos e não visando salvar o próprio pescoço. Se o desfecho for infeliz, tá ótimo também, porque assim a pessoa fica sabendo logo que tinha um babaca a seu lado e não perde mais tempo com ele.

E, como eu já disse, se houver receio de não acreditarem em você (sinal de alerta para o relacionamento!) existem formas de colher provas antes de falar. Quem está empenhado em alertar seu parceiro faz por onde encontrar uma forma de dar a notícia que seja adequada à personalidade dele: com jeitinho, com delicadeza, com franqueza, com provas, com verdade nua e crua… foda-se o jeito com o qual se vai falar, o importante é que se fale. Falar é questão de respeito, consideração. Transcende a obrigação de um casal. É uma obrigação ética de pessoas com vergonha na cara e que não tem medo de fazer a coisa certa.

“Mas Sally, é um problema de família, eu não vou me meter em um problema de família”. Foi mal, mas já te meteram nesse problema. Você já está 100% dentro dele. Uma merda, eu sei, mas não adianta fugir. Fugir só consolida o problema e te deixa escrava dele. Efeito bola de neve: quanto mais tempo você demora para contar, mais grave a coisa fica. Quando uma pessoa próxima ao seu namorado dá em cima de você de forma descarada e inequívoca o problema já está criado e não há mais como fugir dele. Problema de família é o divórcio do seu cunhado, isso é um problema SEU, que te envolve diretamente.

As chances de algo respingar em você são grandes? Enormes. É uma situação de merda. Mas gente que encara situação de merda de frente é gente de respeito. Correr porque pode respingar merda é de um comodismo sem fim. Nada como lidar com um problema falando a verdade… pena que nem sempre isso é possível. Aproveite essa oportunidade, onde a verdade está do seu lado, e seja honesto. Coisas boas acontecem para quem é honesto e sincero, mesmo que essas coisas boas sejam se livrar de alguém que não te merece.

Olha, se um parente próximo do seu namorado foi imbecilóide a ponto de dar em cima de você descaradamente, pode até ser que estejam te testando. Talvez o parente, para saber se você presta e se vai abençoar o relacionamento, talvez o próprio namorado, querendo promover um teste de fidelidade e caráter caseiro. Já pensou nessa hipótese? Escroto gente que te testa, mas só podemos gritar isso na cara deles se passamos no teste, caso contrário estaremos tão errados como eles e sem moral alguma.

É uma situação de merda, você vai sair respingado com um pouco de merda por mais habilidade social que tenha, mas é algo que deve ser encarado de frente, pois é grave demais para varrer para debaixo do tapete. Muito medo de gente que consegue conviver com uma mentira desse tamanho e nesse grau de incômodo…

Para perguntar se ainda mantenho minha postura quando o pai da sua namorada dá em cima de você, para dizer que não se importa porque, no caso, é você quem dá em cima das namoradas do seu irmão ou ainda para dizer alguma frase machista revoltando como “onde come um comem dois” e me ouvir xingar: sally@desfavor.com

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Comments (45)

  • Sally concordo contigo! Penso que num relacionamento saudável sinceridade é fundamental, por mais que seja também dolorida. E respondendo à questão do texto: sim! eu contaria! Acredito em muito naquele argumento de que qdo se ama de verdade, esse amor resiste a tudo e a todos então…

    • Não acho que amor resista a tudo e todos não, mas se não resistir melhor que a coisa acabe do que se fique mantendo na base da mentira ou omissão.

  • Eu escolheria não contar, mas também não daria trela para quem deu em cima e não ficaria com cara de bunda. Acho que se for pra não contar que “não conte” direito. Não adianta nada não contar e agir como um noiado voltando pra casa ou ficar evitando ir aos lugares que este parente vai, ou correr para o lado do parceiro quando o parente aparecer. Corro o risco de me ferrar depois? Não, primeiro porquê estou fazendo algo para proteger um relacionamento familiar e depois porquê não vou corresponder a cantada.
    Só sei que se a minha namorada viesse com o celular dizendo que tem provas gravadas de um parente fura-olho eu cortaria relações com o parente e com a namorada também. Onde já se viu? Se é pra contar que tenha confiança e venha contar, não preciso de provas, preciso de sinceridade (no caso de uma cantada ao vivo, se fosse escrita a coisa muda de figura, mas aí o parente tem que ser muito burro).
    Esse negócio de ficar imaginando que é um teste é neura também. Se minha namorada fosse filha da puta e/ou insegura ao ponto de ficar aplicando teste de fidelidade em mim ela que vá atrás de outro, não aceito que duvidem da minha integridade. Se eu disse que sou fiel eu serei fiel até o fim do relacionamento e ponto final. Quando eu achar que a fidelidade não vale mais a pena faço o que um adulto faz com outro adulto, converso até resolver, se não der pra resolver paciência…

    • Você não está protegendo um relacionamento familiar, está acobertando uma canalhice. E não corresponder a uma cantada não te exime de uma traição, ocultá-la, nessa situação, também é desleal, pois a pessoa está sendo sacaneada por um parente e você está sonegando esta informação, deixando que ela faça papel de idiota.

  • Concordo com Somir. Não há a necessidade de “jogar tudo o que acontece no ventilador”. Isso é burrice. Alguns fatos não acrescentam nada à relação, especialmente os que só machucam sem contribuir para a evolução da parceria. E pode ter sido sim um momento infeliz da outra pessoa, um deslize do qual essa outra pessoa se arrependeu mas que não pode voltar o tempo para apagar. Para quê criar um desconforto familiar eterno por causa de uns instantes de loucura alheia que não tiveram nem continuação nem consequências? Melhor relevar, esquecer e continuar normalmente como se nada tivesse acontecido. Evitará assim muitos dissabores para todos, o que é muito mais inteligente, e não terá com isso causado nenhum mal a ninguém, até pelo contrário.

    • Mirna, o incidente mais cedo ou mais tarde vai vir à tona, não existe segredo ou mentira para a vida toda. E quando isso acontecer, a omissão só vai piorar as coisas.

      • Só duas pessoas poderiam contar: quem assediou(que não vai contar), e o assediado(que não deveria contar). Logo, só iria à tona se o assediado(a) quisesse assoprar a faísca para atear o fogo. É muito melhor deixar a faísca extinguir-se. Acho que quem conta uma coisa dessas não está sendo sábio e quer aproveitar o acontecido para chamar a atenção para si, e estará assim arranjando um problema para toda a família sem necessidade, pois com o tempo isso ficaria em um momento do passado dos dois protagonistas.

        • Negativo. Alguém pode ter visto, o assediador pode ter contado para os amigos para se gabar, o assediador pode ficar bêbado e soltar alguma coisa… são inúmeras possibilidades. Não existe mentira eterna, mais cedo ou mais tarde as mentiras voltam para nos morder na bunda.

          • Acho que você gosta de ver o circo pegar fogo, hehehe!!!
            Ainda prefiro apagar a brasa com o silêncio e a harmonia a assoprá-la e conflagrar a combustão.

            • É que eu sou da teoria que esse incêndio NÃO SE APAGA, se você não fala nada, pelo contrário, na minha opinião ele aumenta. A verdade liberta. Já diz o ditado, mentira tem perna curta. Vai achando que uma coisa dessas fica oculta por muito tempo…

            • você só deve ser uma pessoa muito egoísta que só pensa em si mesma, pois mentir e mentir e não adianta nada anos de momentos de felicidade em que por traz existe algo a esconder. Em um relacionamento não deve existir segredos. até por que se fez uma vez e não contou o que impede de fazer de novo isso não é amor, pronto falei.

  • Claro que eu conto!
    E acho o Somir um louco. Se namorado meu é cantado pela minha irmã e não me conta, olha, sobra pra todo mundo, mas bastante pra ele. Omitir é endossar o comportamento do/a sem-noção, e isso não é admissível em um relacionamento estável. Até porque, com a outra parte avisada, ela pode até tomar alguma providência. Embora se meu namorado estivesse recebendo cantada da minha irmã e não tivesse feito NADA (tipo dar um fora magistral), eu super me questionaria que porra de namorado é essa.

  • Olha, por mais que experiências só comprovem que, em casos como esses, o parceiro SEMPRE fica contra quem conta a verdade, eu contaria. Podem me chamar de egoísta, mas eu não consigo conviver com uma mentira dessas.
    Cada vez que houvesse uma reunião de família, eu ia lembrar da situação e ficar com raiva de mim mesma por não contar, com um peso mortal nas consciência.

  • Eu contaria, mas se fosse o caso de estar numa festa por exemplo, e o parente bebeu umas a mais e estivesse bebado, eu pediria para o namorado/marido/whatever relevar o caso, vai saber se o parente em questão não vira um bebado sem noção, fora isso, não tem desculpa

  • Se algum parente da pessoa ficar me cantando (como ja aconteceu e isso eh muito comum) eu simplismente dei um chega pra la bem dado e resolveu. Nao vejo necessidade de contar nada.

      • LOL, eu não sei se é comum, mas teve uma vez que o meu ex namorado tinha um pai velho babão que não chegava a me cantar, mas não tirava o olho da minha bunda!
        Eu não terminei com o cara por causa do pai dele, nem comentei nada, mas aquilo me deixava puta da vida.

  • Hoje estou com a Sally. Falo, se o FDP não acreditar em mim, terminamos. Problema dele…

    Se ele acreditar e a família for um problema conhecido, menos pior… É também uma forma dele não me paunocuzar quando eu não quiser ir em eventos familiares e outras coisas assim. A dor de ter uma família mala não vai ser menor porque eu estou fingindo.

    Se ele estiver fazendo um “joguinho” e eu ficar sabendo que é isso, terminamos tb. De gente doente da cabeça já basta eu mesma.

    Fora que a omissão pode provocar uma intensificação da situação… Vai saber quão problemática é uma pessoa que faz isso… Eu que não vou ficar aturando parente babão em nome de uma pretensa extensão do relacionamento.

  • Está aí! Gostei demais de vc falar que não adianta a pessoa negar um problema que se já está envolvido 100%, e que omissão é tão grave quanto mentira. Importantíssimo!

    S2

    • A pessoa acha que só se envolve se contar… na minha opinião isso é um engano. No minuto que o parente deu em cima, já te envolveu sem você querer…

      • Exatamente! O que provavelmente seja difícil as pessoas compreenderem a gravidade disso. A omissão para evitar estresse e desgaste é uma forma de se manter em uma zona de conforto, no entanto, se paga um preço muito salgado.

        E acho que o preço mais grave de uma omissão é a dependência emocional que se cria, pois é indicativo de que a pessoa está se borrando toda por medo de sofrer privações, ou seja, de ficar sem seu “amor”…

  • Ah, e gente assim acaba mostrando quem eh de verdade, como os envolvidos em questao vieram a descobrir, sem q eu arriscasse a m queimar no processo.

    • Ok, mas se ao descobrir a pessoa também descobre que você sabia e não falou nada, não acha que isso pode arruinar seu relacionamento? Eu consideraria uma puta traição alguém me omitir algo tão grave…

  • Complicado. So´ posso falar sobre experiencia propria. Uma vez, o namorado da minha tia deu em cima de mim. Eu era adolescente, e minha tia tinha entre 40 e 50 anos de idade, nao lembro ao certo. Confesso q fiquei sem saber o q fazer, e na duvida, escolhi o silencio. Isso, e evitar o cara. Tomei essa decisao com base em uma experiencia anterior, em q eu tinha apenas 9 anos, e o namorado da minha mae veio brincar comigo, e ela m deu uma surra por achar q eu estava flertando c ele. Sim, minha familia eh disfuncional, e a corda sempre arrebenta pro lado mais fraco. Pessoas apaixonadas nao costumam ser racionais, bastava os namorados em questao negarem e m acusarem q eu estaria f*&%a. Pessoas apaixonadas adoram uma autonegacao, e preferem acreditar q o mundo conspira contra seus amados e seus relacionamentos do q ver q seus companheiros nao sao tao perfeitos assim. Entao na duvida fico na minha e evito a pessoa em questao. (Foi mal a falta de pontuaco, problemas no teclado).

    • “Pessoas apaixonadas adoram uma autonegacao”. No caso, eu diria que está mais para “pessoas doentes mentais”, porque uma mãe que acha que a filha de 9 anos está flertando com o padrasto só pode ser dodói da cabeça. Espero que você tenha crescido sabendo que a culpa é DELES e não sua. Eu sei que é foda falar mal da mãe dos outros, mas fiquei muito revoltada. Desculpa aí, mas quem merecia uma surra é a sua mãe.

  • “Prefiro mil vezes que me xingue e não acredite em mim e até mesmo que me dê um fora, porém saindo digna, com a consciência tranquila. Melhor isso do que manter um relacionamento às custas de uma mentira/omissão suja dessas”

    Sem dúvida. Contar a verdade é tão aplicável aqui quanto naquele post sobre contar do passado caso a pessoa seja indagada dele. Não se negocia jamais com terroristas, já dizia Golda Meir quarenta anos atrás.

  • Concordo com Sally, para um relacionamento dar certo, não pode haver mentiras e joguinhos de bom convívio omitindo coisas sérias como essas.
    Tem tb aquele teste, existe sim gente escrota e insegura o suficiente para pedir a alguem proximo fazer essa encenação e depois do nada te trata mal e com desconfiança pq vc deixou de dizer o q houve, ótimo que acontecçam situações desse tipo pra cair fora de uma relação assim.
    Mas, Somir falou algo que pode acontecer tem gente (em especial mulheres), que amam fazer o joguinho da sedução e depois quando o bicho pega se esquivam.

    • Não… o combinado era dar o prazo de UMA SEMANA para que todos tivessem tempo de dar sugestões e ao final desse prazo a gente decide qual vai ser a punição

  • Difícil dizer o que faria sem ter vivido ainda. É o tipo de coisa que uma pequena variável pode influenciar na tua escolha… mas, se me perguntassem agora, eu diria que contaria sim. Mesmo com o ditado de “quem não deve, não teme”, até porque quem não deve teme sim. Teme porque sempre sobra pro infeliz que não tinha nada ver com a história.

          • Acho que influencia, sim. O fato de você querer fazer a coisa certa mesmo que sobre para você tem a ver com caráter, e caráter é moldado pela criação. Você não fazer a coisa certa porque pode sobrar para você é questão de como os seus pais te ensinaram a lidar com as situações cotidianas.
            No meu caso, mesmo sabendo que meus pais me ensinaram as coisas de maneira disneyca, eu ainda sigo muito do que eles dizem, pelo simples fato de que minha consciência reclama quando eu não o faço.

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