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Processa Eu!: John Locke

| Sally | | 10 comentários em Processa Eu!: John Locke

Esse é o seu destino!

Hoje vamos falar de uma vítima profissional. Um fraco. Um imbecilóide que camufla suas escolhas erradas sob o pretexto fatalista de “destino” e que se exime de responsabilidade por sua vida e por suas atitudes delegando os eventos que o cercam ao divino e a seu amigo imaginário. Um loser, que sempre que pode usufrui de auto-perdão e negação, na tentativa desesperada de fugir de sua realidade medíocre. Pessoas acomodadas adoram pensar que nada poderia ter sido diferente porque o destino quis assim, isso lhes tira o peso por seu fracasso. O Processa Eu de hoje é sobre o personagem de Lost que eu mais detesto: John Locke.

Abandonado pelos pais ao nascer, o pequeno Locke cresceu cheio de traumas e inseguranças. Na vida adulta trabalhou em um subemprego em uma fabrica de caixas que só acabou por deixá-lo ainda mais frustrado. Não que ele movesse uma palha para melhorar de vida, ele apenas reclama e se vitimiza. Tira onda de durão, diz que não precisa de ninguém, mas é só o Papai golpista assoviar que ele vai feito um cachorrinho. Pessoa de poucos amigos, com dificuldade de manter relacionamentos de qualquer natureza, Locke não apenas cultiva esta personalidade repulsiva como ainda se exime de responsabilidade por ela.

Em pouco tempo de contato com o homem que o abandonou por uma vida, Locke achou bacana doar seu rim. Gente carente quando recebe uma migalha se ilude. Papai, evidente, pegou o rim e se pirulitou, sumiu do mapa, correu e nunca mais voltou. Ainda proibiu a entrada de Locke nas dependências de sua mansão, em um claro sinal de desprezo. Não atendia telefonemas e cagava solenemente para o filhão. Reação com dignidade = se afastar e desprezar. Reação sem dignidade = ficar seguindo o pai compulsivamente fazendo deste evento o foco central da sua vida. Adivinhem qual Locke escolheu?

A obsessão pelo pai foi tanta que acabou por destruir o único relacionamento estável que Locke já teve, com uma infeliz chamada Helen. Sim, ele preferia ficar perseguindo o pai do que fazer sexo. Tem como Deus ver uma porra dessas e não se aborrecer? Não tem. Por isso lhe foi tirado o direito de fazer sexo. Locke foi parar em uma cadeira de rodas. Vamos combinar, o prejuízo nem foi tanto, ele não comia ninguém mesmo!

Como ele ficou paraplégico? Empurrado pelo pai, janela abaixo. Locke, o Pau no Cu, tava lá metendo o nariz onde não era chamado, paunocuzando o pai, até que Papi perdeu a paciência e o empurrou pela janela. Não que eu seja favorável à violência (mentira, eu sou sim), mas gente pau no cu que fica dando lição de moral e retidão a quem não perguntou nada merece mesmo esse tipo de reação.

Se ele já era mala vitimizada quando estava 100%, imaginem como ficou depois que foi para a cadeira de rodas! Sabe aquele protótipo de deficiente orgulhoso que acha que pode tudo? Porque, vejamos, todos temos limitações. Eu tenho um metro e meio e tenho semancol de não me meter a jogar basquete. Mas Locke não tem semancol. Ele, em uma cadeira de rodas, queria fazer uma expedição aventureira com trilhas e escaladas, sem qualquer preparo especial para isso: da fábrica de caixas direto para uma rilha selvagem. Levou um Toin! Foi barrado na porta. Ainda levou esporro por ter omitido que era paraplégico. Ficou revoltadinho e disse pela primeira vez a frase babaquinha cripple pride: “não me diga o que eu não posso fazer!”. Ok, então tenha semancol e não faça aquilo que não condiz com a sua condição, meu querido.

Uma vez Pau no Cu, sempre Pau no Cu. Com a queda do vôo 815 na ilha, Locke voltou a andar. Mas o espírito Pau no Cu persistiu. A insegurança, a adoração pelo divino, a fé cega de quem espera uma vida melhor em outro mundo, porque neste a vida da pessoa é um cu tão sujo e mal lavado que só resta esperar pela próxima mesmo. Sabe o tipo? “Me fodo todo agora mas vai valer a pena porque depois que eu morrer vou para um lugar melhor”. Contenção social me fascina. Religão é a maior trollada da história da humanidade!

Como toda pessoa carente e negligenciada na infância, ele se acha superrrrespecial. Sabe aquela carência que faz a pessoa achar que tem um dom, só para se sentir muito especial? Freaks que se acham escolhidos pelo divino e dizem ter mediunidade, gente louca por atenção que diz ter sido abduzida… esse tipinho. “Sou superrrrrespecial, espíritos conversam comigo” e outras derivações de amigos imaginários criados por mentes infantilizadas e carentes.

Daí que ele começou a se achar especial pra caramba e achar que a ilha falava com ele (espírito, ilha, parentes falecidos, Deus… derivações do mesmo tema). Daí para uma síncope megalomaníaca, foi um passo. Ele tem toda uma conexão com a ilha, ele foi designado para ser o líder, ele é o grande sábio do grupo. E a verdade dele é única, e quem discorda está errado. Exemplo de tolerância com a diversidade, não? Mete o pau no Jack porque o coitado acredita na ciência, na razão, enquanto que ele fica ali todo apegado a seu amiguinho imaginário. Locke não se manca que nem mesmo que Deus exista e tudo na vida seja fé e destino…. Deus não gosta dele? Porque supondo que seja verdade, olha a merda de vida que o amigo imaginário deu pra ele!

Na ilha ele estabelece uma conexão quase que pedófila com Walt, um menino chatonildo com cara de Jackson Five. No começo achei que era apenas interesse, para proteger sua pele do sol debaixo daquele cogumelo gigante que Walt chama de cabelo. Mas depois vi mais um traço de gentinha insegura e traumatizada: se juntam com crianças, ou com animais, em vez de interagir com adultos de igual para igual. Vemos muito disso na vida real. Ficou boa parte do seu tempo na ilha paunocuzando Walt, que também era um Pau no Cu.

Como o amigo imaginário que sempre o fodeu de verde e amarelo a vida toda lhe concedeu uma benesse, voltar a andar, Locke começou a se achar a última bolacha do pacote. Saiu todo pimpão para caçar, tirando onda fazendo pose. É foda, deslumbrados são um saco. Já durante a primeira caçada cuspiu sua frase Mantra do Loser para Kate: “não me diga o que eu não posso fazer!” quando ela sugeriu que ele tome cuidado com o esforço físico que estava fazendo.

Fica a pergunta: você, homem, está sem poder fazer sexo por anos, morto da cintura para baixo, quando de repente, do nada, fica zero bala novamente. Você não sabe quanto tempo vai durar nem o que está acontecendo. O que você faz: tenta fazer sexo com uma mulher ou vai caçar um javali para se mostrar?

E como todo mal resolvido traumatizado, adora dar pitaco nos problemas alheios. Se acha o psicólogo da ilha, apesar de ser uma pessoa quase sem vivencia em relacionamentos, sejam eles amorosos ou não. Em tese ele sabe tudo e passe sua “sabedoria” para quem quer saber e para quem não quer saber também! Um panaca de cabecinha fraca e fodida que fazia do seu objetivo de vida correr atrás de quem lhe disse com todas as letras, por mais de uma vez, que não o queria. Vai dar conselhos para quem?

Locke acha que entende a ilha e que a ilha o acha especial. Ele acha que as explicações que ELE acredita serem coerentes são verdade absoluta. Isso criou nele uma falsa sensação de liderança e poder que o fez se sentir no direito de começar a encher o saco alheio. Ele se acha o Senhor da Razão e passa por cima dos direitos e liberdades dos demais em nome do que ele acha que é certo. Impõe sua vontade egoística através de ardis ao grupo.

Alguém se lembra quando Sayid e Cia tentaram subir uma montanha para conseguir um sinal com um transmissor nas mãos? Pois é, ALGUÉM deu uma paulada na cabeça do Sayid quando ele finalmente ia conseguir mandar uma mensagem de SOS. Tudo bem não querer sair da ilha porque sua vida real é uma bosta, mas não impeça quem tem uma vida de sair caso o deseje. Acha que pode decidir a vida alheia! E ainda dá uma paulada na cabeça de um colega, por trás, à traição e faz de contra que nada aconteceu! Porque ele só se acusou muito tempo depois… Falso, covarde e egoísta.

Nem comento o que ele fez com Charlie. Tudo bem, Charlie é/era um saco. Mas porra, ficar seguindo e fazendo joguinhos para que ele pare de usar drogas (pedir três vezes? Aff) é muito babaca. E quando Locke descobriu que Charlie usou drogas novamente se achou no direito de ir lá e pagar geral em público, incluindo uns pescotapas. O que é isso? A ilha é a Clínica de Desintoxicação do Tio Locke? Alguém perguntou? Deixa o cara se drogar, porra! Livre arbítrio! No máximo pode aconselhar, e não fazer o que fez. Não vê a gente? Nós do desfavor amamos Rafael Pilha mesmo ele sendo megadrogado. Essa dificuldade em lidar com a fraqueza alheia nada mais é que se ver refletido nela e por isso surtar. Vê se eu vou sair batendo no Pilha cada vez que ele usa drogas!

E o que ele fez com Boone? Que porra foi aquela de dar um alucinógno para ele sem o seu consentimento? Tá se achando o dono das pessoas? Ele achou que Boone precisava dessa experiência. Quem ele pensa que é para decidir o que os outros precisam e aplicar na prática sem o consentimento da pessoa?

Como se isso não fosse pouco, ele acaba por matar o Boone. Guiado por sua fé cega e burra, se achando “o escolhido superespecial” e acima do bem e do mal, colocou o menino para escalar uma árvore e entrar em uma avião que qualquer um podia dizer que ia despencar. Não deu outra: Boone se estabacou e acabou morrendo. É nisso que dá querer brincar de guru. E quando a chapa esquentou, ele nem mesmo estava por perto! Jack tentando salvar Boone e Locke desaparecido! Se Locke tivesse dito a Jack a natureza das lesões, talvez Boone pudesse ter sido salvo!

O rol de merdas que ele fez é interminável. Frouxo, manipulável, sempre errando por excesso de confiança. Locke é uma vergonha. Caiu como um patinho no papo do Bem de explodir o submarino. Locke rastejava atrás de Ben da mesma forma como rastejava atrás do pai que lhe roubou um rim. Alias, roubou não, porque ele deu voluntariamente! Ben esculhambava Lock, algumas vezes de forma pública, como por exemplo quando Locke não conseguiu matar seu próprio pai e ainda assim Locke corria atrás dele. Ben atirou em Locke e quase o matou perto da cabaninha do Jacob e ainda o jogou na cova rasa com a ralé da Dharma.

A falta de senso do ridículo é tanta que ele fica paunocuzando Jack sobre sua crença na ciência. Jack nunca ficou detonando a religiosidade e fé de Locke. Ado! Ado! Ado! Mas Locke fica ali, querendo convencer, doutrinar. PAU NO CU!!! Pior, leva esses seus atos pau no cu para atitudes que afetam a coletividade sem sequer discutir ou ouvir mais ninguém, vide o que fez na escotilha, diante da obrigação de apertar a porra de um botão que ele mesmo sempre defendeu. Mas de uma hora para outra, ele começou a achar que não fazia mais sentido apertar o botão. Daí em vez de tratar com os interessados que seriam afetados por esta decisão, deu ataque de pelanca e decidiu sozinho que ninguém mais apertaria o botão. Quando Desmond tentou apertar, Locke, o filho bastardo do Chuck Norris, foi lá e quebrou o computador. Deu a merda que deu. Só me lembro da cara de bunda dele dizendo “Eu estava errado”. Pois é, seu babaca. Já reparou que você SEMPRE está errado? Volta para a fábrica de caixas!

Não contente, ainda digitou o número 77, explodindo outra estação, que por sinal, aparentemente, tinha um comunicador com o mundo externo. Só matando um porra desses. E a morte babaca que ele deu a Mikhail Bakunin? Precisava ter eletrocutado o cara entre as cercas? Nem Sayid, que é Sayid, queria matá-lo! O sujeito poderia ajudar a fazer contato com o mundo externo! Mas Locke pode tudo, sabe tudo e vê tudo. Locke é o dono do mundo e decide tudo sozinho. É um Professor Xavier da imbecilidade.

E quando a balsa foi queimada? Locke fez um longo discurso culpando os Outros e a culpa era do Walt! Ele sabia que tinha sido o Jackson Five e ainda assim fez um discurso mentiroso! Porque quando é amiguinho dele, ele encobre as merdas. Mas se não for amiguinho, ele joga na roda e humilha, com fez com Charlie. Fosse o Charlie a queimar a balsa, tinha levado outra surra.

Teve também a forma imbecil como ele matou Naomi. Sem entrar no mérito se ela merecia ou não morrer, aquilo foi babaca. Não perguntou, não conversou, apenas atirou sua faquinha Ginsu na infeliz. Quero ver no dia que tirarem essas faquinhas Ginsu da mão dele. Quero ver o vovô careca vir NA MÃO.

Democracia não é mesmo o forte dele, como não costuma ser o de nenhum religioso fervoroso. Ele inclusive diz isso a Kate, quando ela diz que gostaria de ver Miles, preso no acampamento dos outros. E ainda se sentiu no direito de expulsar Kate do grupo! Mal chegou e já quer sentar na janela. Bem feito que foi traído pelos Outros!

Quando ele cisma com alguma coisa, fica enchendo o saco alheio até não poder mais. Ficou assediando colegas para voltar à ilha e como não conseguiu porra nenhuma, foi para seu quartinho se matar, reação muito madura. Só que até para se suicidar a gente precisa de competência nessa vida. Acabou que Ben teve que fazer o trabalho sujo.

Locke é tão chato, tão intragável, que nem mesmo o Lostzilla teve estomago para devorá-lo. E mesmo depois de morto continua fazendo merda, porque tá rolando toda uma reciclagem: o inimigo de Jacob se apoderou do corpo de Locke e tá fazendo um monte de sacanagens. Detalhe: a galera demorou a perceber, já que Locke é um escroto filho da puta babaquinha e covarde. Não fez muita diferença, a merda é a mesma, só mudam as moscas.

Locke representa tudo que eu mais desprezo em um ser humano: autoperdão camuflado de fé, falta de noção e semancol camuflado de “exemplo de superação” e falta de vida social camuflada de “comportamento excêntrico”. É um bosta, desinteressante e loser. Erra o tempo todo, seja por incompetência, seja por arrogância. Ele é o Paris de Lost, vai acabar sendo a ruína de todos eles (Sayid = Heitor).

E ninguém se atreve a dizer nos cornos dele quão PAU NO CU ele é, porque afinal, ele reúne diversas características que o tornam “intocável” (lembram do meu texto?): deficiente físico, idoso e pobre fudido na vida. Só faltava ser preto e judeu! SACO! LOCKE É UM SACO, UM PAU NO CU, UM MERDA.

Para me dizer que você concorda com tudo mas achou mó legal quando Charlie apanhou, para dizer que você fala com o além e não é carente e sim abençoado e para dizer que no fundo eu tenho ENVEJA da espiritualidade de John Locke: sally@desfavor.com


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