Desfavor Convidado: Café.

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O Somir se reserva ao direito de implicar com os textos e não publicá-los. Sally promete interceder por vocês.

Café

Quem me conhece pessoalmente, e até profissionalmente, sabe o tamanho da minha paixão pelo café. Pensando nisso, por ser algo que adoro, resolvi compartilhar o pouco conhecimento que tenho sobre essa maravilha. Já aviso que não poderei aprofundar em tudo, pois esse assunto é muito amplo e cheio de detalhes. E meu objetivo aqui é apenas informá-los de algumas coisas que acho importante e que ficaram marcantes pra mim na época em que fiz meu curso de barista. Miss República Impopular também se preocupa com o que vocês andam colocando goela abaixo e vocês entenderão o motivo.

A planta de café é originária da Etiópia e seu cultivo foi guardado por muitos anos como um tesouro trancado “a sete chaves” pelos árabes. Em meados do século XVII, a primeira muda de café chegou à Europa, e em 1690 foi cultivada nas estufas do jardim botânico de Amsterdã. Desde 1543 o café já era comercializado na Europa, porém seu uso era medicinal. E somente foi estabelecida a primeira cafeteria, em 1643, na Praça de São Marcos em Veneza. No Brasil o café chegou em 1727, por meio de um presente (sementes) dado pela esposa do governador da Guiana Francesa ao Sargento-mor Francisco de Melo Palheta. Essas sementes encontraram o melhor clima e o melhor solo para vingarem e foi assim que começou o cultivo do café no Brasil.

Considera-se o Brasil um país privilegiado, pois é o único a produzir todas as variedades de café, além de ser recordista mundial de produção, exportação e consumo do produto. Somos um dos poucos países do mundo a cultivar os dois tipos (espécies) de café: o arábica e o robusta, também conhecido como conilon. A espécie arábica, de 44 cromossomos, produz um café com três vezes menos cafeína que o robusta, com um aroma requintado e de sabores maravilhosos, porém é mais sensível às pragas. Já o robusta, conhecido como o agitador dos nervos por natureza, tem 22 cromossomos, é originário da África, tem um trato mais rude e pode ser cultivado em altitudes mais baixas, calor intenso, enfim, é mais resistente, inclusive às pragas. No entanto, não produz um café com os variados sabores refinados como o arábica, afirmam que é um café de gosto duvidoso.

O melhor café do mundo é o do tipo arábica. E o Brasil tem o melhor arábica do mundo. A região de Mogiana, na região norte do estado de São Paulo, é destacada pelos baristas como uma região onde se cultiva apenas o tipo arábica e que produz um excelente café, de bebida fina, encorpada, de sabor suave e adocicado, e com acidez medianamente alta. E também tem a região do Cerrado Mineiro que produz um excelente café arábico que tem como característica a extração de uma bebida de aroma achocolatado, corpo médio, acidez média e também com sabor suave e adocicado. No entanto, segundo baristas, o destaque para o melhor café produzido no Brasil, ou até mesmo o melhor do mundo, vem do sul de Minas: plantado e colhido nas curvas de níveis de terrenos montanhosos que nivelam os arbustos crescidos e criados pelo excelente terroir (não existe tradução para essa palavra, mas descreve a relação entre o solo e o clima capaz de conceber a identidade do café) e que em conjunto à torra, equilibram a acidez, que no café é uma qualidade. Uma característica muito valorizada no café produzido no sul de Minas é o seu sabor prolongado.

Muita gente acha que o melhor café do mundo vem da Colômbia, na realidade, o que eles sabem fazer de melhor é marketing. E o café americano, de torra clara, lhe confere um aroma mais suave, de menos amargor e de maior acidez, porém de menos corpo. É um bom café, o que falta para eles é saber fazer. Bem, para os amantes de Chafé é ótimo!

O pior café do mundo é o do tipo robusta, e o Brasil tem o pior robusta do mundo. Essa diversidade representada pelos extremos na produção de café no Brasil (melhor café arábica, pior café robusta) garante ao consumidor brasileiro um universo tão ambíguo e bipolar que mais atrapalha do que ajuda o nosso paladar e até mesmo a consciência de que, sim, poderíamos ser mais exigentes com o café que bebemos. O Brasil tem a melhor política de classificação do mundo para o café, mas o mérito da boa norma se esvai na cultura da pouca exigência de qualidade. Na Itália muitos estabelecimentos fecham por servir um mau café. No Brasil, o cafezinho tupiniquim, servido gratuitamente nas repartições e restaurantes “serve-serve”, em garrafas térmicas de higiene duvidosa, criaram clientes poucos exigentes, acomodados e que normalmente nivelam a bebida por baixo.

O que ocorre é que no momento da colheita todo tipo de grão entra na saca além dos maduros: os grãos pretos (mortos), os grãos verdes, os ardidos, os deformados (tipo concha) que alteram e comprometem o sabor final da bebida. Na seleção, como sabemos que ocorrem nas frutas de exportação, os grãos de melhor qualidade vão para exportação e nosso drama é que sofremos da síndrome do café de vassourada, ou seja, todos os grãos ruins, misturado aos poucos bons (duvidoso), palhas insetos, pedras, folhas e baratas voltam para a máquina de torrefação. Esse é o café tradicional de baixa qualidade. Fora que para nos sacanear ainda mais, misturam com o pó de milho, de feijão e de açaí. O café tradicional é aquele constituído de uma mistura infeliz de café arábica com robusta, em nível alto de até 30% no blend (mistura). Possui o gosto da embromação, algumas marcas nem cheiro de café tem. Ninguém sabe dizer que tradição ela segue. Algumas marcas parecem até talco preto… E aí vai a minha primeira dica: café que demora demais para coar (tipo aquela poça de óleo parada), e que tem esse aspecto de talco fino, fuja! Mas fuja mesmo!!! Esse recebeu tudo de errado. A segunda dica (essa ninguém me ensinou): cheire o pó do café (com uma distância de uns três centímetros), dê uma pausa se 30 segundos e cheire novamente. O café ruim é aquele que você sente um leve cheiro de acetona.

Temos também o café descafeinado. No processo de produzir o café descafeinado, os grãos ainda verdes passam por uma lavagem que retira a cafeína, e em seguida são torrados novamente. Essa tecnologia, até onde eu sei, não existe aqui no Brasil e é muito cara. O que torna um perigo você beber café descafeinado tupiniquim, pois a lavagem feita aqui é uma lavagem química com soda cáustica. Produzimos também o café classificado como superior, que é também uma mistura do arábica com robusta, mas em níveis mais contidos, até 15% no blend. Tipo exportação; parece melhor, mas ainda sim aceita grãos comprometidos como verdes, ardidos e pretos, porém mais limpinhos.

Não ficarei aqui criticando a trollada que fazem com a gente. Mas me diga se não é uma puta de uma sacanagem. Você pode até dizer que é besteira, que nunca morreu por tomar do café tradicional blend baratas e insetos. Mas veja bem, não merecemos esse tratamento. Somos o maior produtor de café e somos o que mais pagamos caro para tomar um bom café. Como, por exemplo, o absurdo que se cobra por um café Nespresso (importado, aquele das cápsulas) quando você toma em restaurantes ou confeitarias.

Mas como eu disse anteriormente, não é só de café ruim que vive o brasileiro, o café Gourmet, esse sim, são grãos selecionados e exclusivos, 100% arábica, de origem única ou blendados (duas ou três variedades de grãos misturados em equilíbrio). Sua bebida proporciona perfeito equilíbrio entre doçura e acidez, creme (sim, é um café cremoso), excelente corpo e sabor achocolatado prolongado (after-taste ou retrogosto). Esse café existe para consumo em algumas cafeterias, mais refinadas, ou que possuem a preocupação em servir, de fato, um café Top de Linha para seus clientes. O café Gourmet é preparado de forma artesanal, torrando os grãos de forma separada (pois cada grão tem sua característica) até atingirem um ponto X onde todos os grãos possam ser torrados juntos e de forma homogênea.

Tamanho cuidado e zelo com a produção e criação dos baristas com esse produto, fica fácil compreender a birra de muitos com o famoso Café Nespresso: primeiro por acharem um absurdo o preço, segundo, que ele de certa forma acaba com o ritual do preparo do café, por conta da praticidade, e terceiro, acham que o sabor não é o mesmo. Eu particularmente amo o Café Nespresso. Mas se comparado ao Café Gourmet, nem preciso pensar muito. Na época do curso de barista, onde passávamos quase o dia inteiro provando cafés e receitinhas preparadas com o café Gourmet, confesso que passei umas duas semanas após o curso sem conseguir tomar o café que sempre tomo, e inclusive, o próprio café Nespresso. E quando chegava em meu trabalho e sentia aquele cheiro de acetona ou remédio no café tradicional preparado pela tia, meu estômago embrulhava.

Lógico que não dá também para viver tomando Café Gourmet todo dia, mas ser mais criterioso na escolha é uma boa pedida. Inclusive, você pode fazer o seu blend caseiro, misturando duas marcas de cafés classificados como superiores que também pode ficar muito bom, tem que ir testando as misturas. Vale muito a pena!

O barista gosta dos rituais, inclusive, muitos cafés não respeitando essa importância de alguém exclusivamente dedicado ao preparo do café, não contratam o barista, ou colocam a pessoa treinada para cuidar das máquinas, servir e cuidar do caixa. Aí, o risco de você encontrar um café meia-boca é enorme, pois a maquina de moer sempre precisa ser checada e limpa, um erro desses, compromete o sabor e a estética do café. Você identifica um pseudo-barista ou o desleixo do Café quando o seu expresso vem sem a espuma, ou aquela espuma que some no decorrer do que você vai tomando. Um café expresso bem preparado tem a espuma em um tom dourado e no decorrer do beber, a espuma gruda no corpo interno da xícara. Quanto ao vaporizador de leite, que tem como o objetivo esquentar (ponto morno) e fazer o creme com o leite, eu me arrepio de ver certas coisas. Quantas vezes o leite do seu cappuccino não veio cremoso e você queimou sua língua? Eu fico impressionada quando vou aos lugares e a tia vaporiza o leite durante minutos seguidos. Ela é a tia do café, não uma barista, pois um leite muito vaporizado que ferve perde a propriedade de fazer o creme, com aquela textura suave e aerada.

Pela baixa qualidade do produto, o café leva a fama (injusta) de causar gastrites, dispepsias e é vilanizado pelo suposto nível de cafeína que todo mundo enche a boca pra falar que faz mal à saúde. Ok, cafeína faz mal, mas será que o café é realmente o culpado por isso? Chocolate e Coca-Cola tem mais cafeína que o café. Então não culpe o café por tudo que é de ruim nesse mundo. Três xicaras pequenas por dia estão de bom tamanho, segundo nutricionistas. Fora que o café também possui propriedades que são benéficas à saúde: antioxidantes, anti-inflamatórias do sistema cardiovascular, dentre muitas outras. Aos que possuem muita sensibilidade à cafeína, o melhor é evitar ou não tomar mesmo, como por exemplo, quem tem arritmias cardíacas.

Quanto ao nível de cafeína no café, sabe-se que quanto mais você coa o pó do café, mais cafeína você extrai para a sua bebida. Então a ideia de que um café simples tem mais cafeína de que um chafé é um conceito mentiroso. Ao coar o café, as primeiras substâncias que são extraídas são suas essências e só depois a cafeína. Acredito que para os fãs de chafé o ideal é que se acrescente água quente de forma separada, não coando ainda mais o pó. Mas se você está ligando o botão do foda-se, e o que você realmente quer é cafeína, a escolha é sua! Outra dica, que talvez vocês me chamem de fresca, mas mesmo assim falarei: evitem tomar café que ficou mais de 30 minutos na garrafa térmica e se for adoçado com açúcar então, nem me fale. Após 30 minutos o café já não presta mais, está oxidado.

Da forma de adoçar o café, os baristas que conheço recomendam o Açúcar Demerara, que não chega a ser um mascavo, nem um cristal, e dá um sabor muito gostosinho ao café. Ele corta o amargor, porém sem adoçar demais. A Nespresso também vende um mascavo de beterraba muito bom. Aos que, assim como eu, necessitam seguir uma dieta com restrição de açúcar, o adoçante vira um pesadelo, eu sei. Eu admiro muito quem consegue tomar café sem adoçar, e cá entre nós, se você usa um adoçante Stevia (*arrepios), por exemplo, ou qualquer outro, basicamente você estupra o seu café, não é? Uma alternativa que arrumei, mas recebi autorização da minha endocrinologista e nutricionista, foi a Calda de Agave Azul, que também dá um sabor gostoso ao café. Então, você que tem resistência à insulina ou diabetes, pergunte ao seu médico se você pode fazer uso do Agave Azul. Nada de ficar adoçando seus alimentos sem uma orientação.

Bem, o que tenho pra hoje é isso. Não pude falar em detalhes de como o barista trabalha, definições operacionais, seus instrumentos, princípios, cerimônias e receitinhas porque ficaria muito extenso esse texto. Mas espero ter contribuído para o seleto e refinado paladar dos senhores.

Assinado: Lichia Saad

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Comments (82)

  • Izandra Mascarenhas

    Obrigada pelo artigo, foi bem esclarecedor!
    Eu sempre me considerei uma viciada em café – mas viciada em quantidade. Bebia cerca de 1l por dia… E isso, lógico, desse bad-blend brasileiro (marca Pilão, Palheta, entre outras).
    Aí, tive a oportunidade de ter uma cafeteira expresso – que ficou guardada em um canto, sem uso. Com o tempo, arrumei um moedor, e muito tempo depois, tive a coragem de comprar café em grãos.
    E descobri… Que eu passava longe de ser viciada em café. Pois beber o lixo que eu bebia antes era me intoxicar… Com muito açúcar, inclusive.
    Passei a moer meu café na hora e fazer na máquina expresso, e a quantidade que tomo também diminuiu. Hoje, já não consigo mais tomar café no escritório, pois é feito naquelas máquinas industriais de hotel que nunca são limpas e o café sai mais do que nojento… Mas amo chegar em casa e fazer meu café moído na hora.
    Eu ainda estou com dificuldades é quanto a que marcas utilizar. Sei que o 100% arábico é o “início” necessário para ser gourmet – e até agora, desde que saí dos “tradicionais” em pó, só uso desses. Mas descobri que existe uma classificação brasileira e, no entanto, não consigo descobrir a classificação das marcas que á utilizei.
    A primeira, que me fez amar café gourmet e negar os cafés comerciais, foi da Native – Orgânico, que é 100% arábica. Mais informações? Não encontro em lugar nenhum. Nem mesmo que produziu, nem data de fabricação nos pacotes…
    Atualmente, comprei a variação Spresso da Melitta, também em grãos e 100% Arábica. E o mesmo problema: ausência de outras informações. Neste, entretanto, tem uma validade para daqui a um ano na embalagem… O que, até onde vi, não é o ideal (além de não ter a data de fabricação).
    É difícil encontrar grãos de café à venda nos mercados, e eu dependeria de encontrar lugares específicos. Estou analisando, inclusive, quanto a assinar o Clube do Café, que envia o café de forma mensal. Mas, ainda assim, queria descobrir mais dos gourmets que podem ser encontrado nos mercados, como esses que citei (e já vi, inclusive, em grãos da Pilão – apesar de não ser 100% Arábica).
    De toda forma, agradeço muito pelo artigo! Me esclareceu bastante, e estou indo ler a segunda parte agora rs

    • Izandra, eu tambem gosto muito de café e tomo basicamente cerca de 3 a 4 cafezinhos por dia. Tomava mais, porém após fazer uma colectomia total e uma troca da válvula mitral passei a tomar essa quantidade.
      Em casa tenho três maneiras de fazer café: nespresso, cafeteira elétrica e a moka italiana(Bialetti).
      Uso o café em grãos Cristina 100% arábica que moo em um moedor de cerâmica. Cheguei a pagar 80 reais por um pacote de 250 gramas de um café premiado: não provei um café como esse em lugar algum, foi único.
      Sugiro, se o dono da coluna permitir, o Café Cristina e o Café Suplicy. Creio que a partir daí você conhecerá outros bons cafés, mas o meu preferido é o Cristina que é do sul de Minas.

  • Tudo muito interessante, bem escrito e claro! Obrigada por compartilhar. Gosto muito de café – apesar de não ser “viciada”. Tomo café com leite duas vezes ao dia, de manhã, na primeira refeição, e no final da tarde, umas duas horas após o almoço. E assim tem sido por muitos e muitos anos. O café preto prefiro saborear, então, já sem a adição de leite, o tomo apenas em cafeterias especializadas.
    Apesar de considerar meu conhecimento sobre café básico, algo que aprendí cedo e que, para mim, é o príncipio do bom café, é a sua origem. O café brasileiro, de modo geral, não é reputado como um dos melhores do mundo, salvo raras excessões, como os cafés da região Mogiana paulista e das terras altas do sul de Minas Gerais. E a razão disso é simples – falta de altitude (realmente) elevada. O café, oriundo da Etiópia, país do leste africano localizado próximo a península arábica, ainda cresce em estado natural em terras com mais de 1000 metros de altitude e sob florestas com clima úmido e estável durante todo o ano. Geralmente é produzido por pequenos produtores e é um café famoso por sua qualidade extraordinária. A altitude elevada produz um grão de melhor qualidade porque é mais denso e duro do que aquele produzido em elevação mais baixas, como ocorre no Brasil, e isso porque a torra dá-se mais lentamente e de modo mais apurado. Já a torra do café de altitude modesta é mais traiçoeira porque o grão é menos denso, daí exigir um cuidado extra na torra que deve ser feita com temperatura baixa e por mais tempo a fim de que o café não tenha sua qualidade final comprometida. Mas, no Brasil, quantos seguem esse princípio básico? Mais comum é tomarmos café feito com grãos queimados ao invés de torrados. E todos, não importa a origem, tem o mesmo sabor (desconsiderando aí os cafés adulterados).
    Concluíndo, praticamente não existe café de altitude elevada no Brasil (entenda-se, cultivado em elevação acima de 1000 metros), então, para compensar a falta de densidade dos cafés de terrenos mais baixos do Brasil, a torra tem de ser cuidadosa e lenta.
    Em tempo, outra coisa que vai contra o bom café é o colheita mecanizada predominante no Brasil que não discrimina os frutos verdes dos maduros. Ainda, todo café torrado ao ponto escuro é nivelado pelo mesmo sabor amargoso, intenso e encorpado, daí não mais oferecer um sabor distinto. Já as outras torras, leve e média, ao contrário, têm sabor mais complexo e menos corpo e são, geralmente, os pontos de torra preferidos pelos “connoisseurs”. No Brasil e na Europa, em geral, o primeiro é o mais popular, sendo que a torra leve e média é preferida na América do Norte (E.U.A. e Canadá).

  • Interessante o texto! Já sabia de algumas coisas, mas esse texto me acrescentou outras!
    Confesso que dos “tradicionais” de comprar no supermercado eu gosto muito dos Melita extra forte; e bom, Starbucks nem se fala… delicia de tudo aquilo!

    Ahh umas curiosidades… café em exesso mesmo que com leite, faz mal também? quer dizer… se for parar pra ver, eu tomo bem mais que 3 xicaras por dia! E em relação às garrafas, como lidar? penso que ficar fazendo café de meia em meia hora é meio tenso, não? Conheço gente por aí que faz café 1x ao dia, enche a garrafa e tals p/durar o dia inteiro…

    • O lance da garrafa pode haver uma maior tolerância sim, até duas horas, MAS, veja bem, MAS… Não pode ser adoçado, pois o açúcar fermenta na garrafa mais rapidamente, e a higienização pode não ser eficiente. Então pode ser até duas horas sem ser adoçado.

      Quanto à quantidade de xícaras por dia, misturado ao leite (para quem não tem problemas com leite), ok. O problema sempre está na quantidade, Gê, tudo em equilíbrio é permitido. Tem pessoas que tomam mais de 3 por dia e nunca tiveram problema, mas o exagero (muito exagero, como um amigo meu que passava o dia inteiro todos os dias, entende?) pode ser perigoso à longo prazo. Assim como tb que toma RedBull em excesso.

      E olha só! Confesso que esses últimos dias da minha vida eu extrapolei um pouco na quantidade por conta de uns afazeres, mas tb passo os meus finais de semana de boa, sem nem sentir falta.

      • Ahh tendido… eu por ex tomo assim ó: café com leite no café da manhã e lanche da tarde, e café puro no meio da tarde ou no meio da noite tipo até umas 21hs. E quanto a adoçar bom… já que sou diabético, sou obrigado a me contentar com o stévia que é lá o menos pior de vários que se tem por aí!

        • Stévia é sacanagem, Ge! Sério que vc consegue? *arrepios…

          Prefiro nem tomar… Argh! A minha salvação foi o Agave. E depois dessa postagem diminui consideravelmente seguindo as dicas da Carol, diminui a quantidade. Estou muito satisfeita.

          Não acho que vc é exagerado no consumo!

  • Caramba, eu fico 3 dias sem vir aqui e olha quanta coisa tem!
    Ótimo texto Lichia!

    Na Suíça é assim, né… o que é bom, vai pra fora e a gente que tome café com restos de inseto!

  • Gostei do Texto! muito bom.

    Eu bebi muito uma coisa chamada “enfarto engarrafado” quando estudei pra prova da OAB.
    Era feito com café Melita Tradicional passado e um sache de 200g de café gourmet
    (tudo em 500ml)

    isso sim levantava defunto rsrs.

    Mas, quando é só pelo paladar eu prefiro café moído na hora, o problema é sonseguir encontrar.

    parabéns Mis LIchia, muito bom o texto

      • Lichia, será que fui chato demais pelo fato de corrigir “Região DE Mogiana” por “Região DA Mogiana? Se foi isso, desculpa… Como disse, a denominação da região é por conta da estrada férrea da “Cia. Mogiana”, que teve seu nome baseado no fato de a companhia ligar inicialmente Campinas a Mogi Mirim.

        Essa localidade tem o nome baseada no rio as suas margens (mojimirim pela nova ortografia), sendo que este desemboca no rio mojiguaçu (que dá nome a uma cidade vizinha naquela região), que tem a sua foz na margem “sudoeste” do Rio Pardo (que é limite setentrional da cidade de Ribeirão Preto).

        Nos dias atuais, a cafeicultura tem predominado mais na região que fica além do Rio Pardo e em algumas regiões no sul e no oeste de minas, onde o relevo acidentado não é tão propício para o cultivo da cana-de-açucar.

        • De forma alguma, Marciel!!

          Essa divergência das regiões e o nome correto e exato é um coisa que está nas biografias, nos textos… Nos sites… Falam das mesmas cidades específicas, porém em uma leitura do mapa sem tanta intimidade com o estado de São Paulo, vi essas mesmas cidades produtoras de cafés sendo definidas como localizadas para o lado norte e em outras, nordeste do estado.

          Então confesso que fiquei com preguiça de ser mais específica. Sendo que o que é real e o que importa, são as cidades em si. Sem estresse! E obrigada!!

  • já achei muito bom o texto. E aí voltar aqui e ler os comentários, foi ótimo! não entendo nada de café, mas adoro beber. É sempre bom conhecer mais coisas. Vou provar os que vocês tem indicado.

    E quanto ao Starbucks, minha dúvida surgiu porque já ouvi muita gente falando mal da rede e por outro lado, tem a fama que tem. Eu gosto, mas como não tenho esse tipo de conhecimento que você tem, não posso dizer que é, de fato, bom. Queria usa-lo como parâmetro.

    • Infelizmente de Starbucks não sei de nada. Só sei o que relatei no texto, que o café americano é um bom café. Só pra vc ter uma ideia, eu só tomo dele quando viajo, acredita? Tem certas coisas que demoram pra chegar aqui… Brasília é uma ilha!!

  • Não sei se o comentário anterior foi…
    Comentei sobre o aroma do café sendo torrado na mooca, uma delícia, hoje naquele local estão construindo um condominio de prédios, onde era a empresa União, açucar e café.
    Mas gostaria de comentar que depois de tomar um espresso ILLY nenhum café foi mais o mesmo, pra mim…e olha que já experimentei aqueles beeem mais caros que envolvem o sistema digestivo de paquidermes…rs
    Um texto muito aromático e saboroso, valeu!

        • Olha, sendo leiga, achei o cheiro de ambos bem azedo, mas o gosto é muito bom, principalmente o Kopi Luwak, embora um tanto fracos (mas aí, gosto de tomar café bem forte sem açúcar…).

              • Suellen, aqui onde moro não conheço nenhuma cafeteria que faça isso. E sempre que viajo, eu esqueço de pedir esse… A última viagem que fiz, quando lembrei que tinha esse, eu já estava no carro voltando pro hotel. Então nem sei como é. É bom? E peraí… Vc toma ele tb sem açúcar?

                • Pois é, conheci o Ice Coffee nos tempos de operária lá no Japão. Lá tem Ice Coffee, até café com leite gelado, em latinha ou mesmo em garrafas de um litro. Ruim, muito doce.

                  Nunca pedi um desses aqui em cafeteria. Pego água gelada e coloco no café.

    • rs… Questão de gosto. Tenho uma pessoa muito próxima a mim que falou que ainda achava o café da Starbucks forte. Vai entender!

      • Tem um da Starbucks que é o cão de amargo. Eu adoro café forte (tipo o cinza da Nespresso), tomo sem açúcar, mas esse da Starbucks é demais. E se vc põe açúcar fica aquele gosto de remédio doce… eca.

        Não sei se é um problema da Starbucks que eu vou, mas esse em específico eu tomei duas vezes e aprendi a não pedir mais… ;P

        • Os que eu mais gosto da Nespresso são o Ristreto, Indriya (Indiano, esse levanta defunto!), Dulsão, Descafeinado Intenso, Livanto e Vivalto. Só não conheço esse cinza. Ele deve ser das edições especiais, né?

          Starbucks eu não tenho perto de mim pra conhecer todos os cafés que eles têm pra vender.

          Vc é a segunda pessoa aqui que relata que toma sem açúcar, me senti desafiada!!

          • O Ristreto é o “preto” (9) e, se não me engano, o indiano é o cinza (força 10)… É que eu tomo das cápsulas “corporativas” (que parecem bolachas e dá para comprar de caixas, sai mais barato)…

            São sempre de dois em dois: o preto e o cinza são os mais fortes e para tomar com pouca água (vem escrito ristreto nos dois). Verde claro e verde escuro (para tomar com média água), que são os “do meio”, com “força” 6 e 7. Vermelho claro e escuro, que são os descafeinados, tb para média água e com a mesma “força”. E os dourados que são os “lungo” para tomar com mais água e mais fracos (2 e 3, se não me falha a memória).

            No dia-a-dia só tomo esses, infelizmente… Já tomei outros nas casas das pessoas, mas nunca sei quais são porque as cápsulas são diferentes (tem um monte diferente)…

            Tomava muito café e nunca gostei muito de açúcar (nunca tomei suco adoçado, p. ex). Aí resolvi diminuir até parar. O problema é que o café fica muito… café. Se for ruim, é intomável. O da tia do café daqui da “firma” só com açúcar… hahaha Começa pondo 75% do pacotinho, depois 50%, depois 25%… Fiz isso depois da cirurgia para conseguir voltar a tomar sem açúcar… rs ;)

  • Me lembro que quando era bem pequena, minha avó ganhou de alguém um pacote de café natural e ela, habituada com a vida na fazenda, torrou ela mesma os grãos num negócio de metal que não sei o nome, no quintal de casa. Aquele cheiro da torrefação me deixou encantada, mesmo tomando só café com leite (pois adultos tem a mania de dizer que café puro não é bebida pra crianças, acho que por medo de dar mais “energia” aos anjinhos). Tinha também uma vizinha, num dos vários bairros que eu morei na minha infância, que tinha um pé de café, e como eu gostava de comer aquela frutinha!
    Enfim, gostaria de encontrar cafés mais selecionados, normalmente eu tomo o Três Corações Extra forte ou vou no Mercadão aqui da cidade e compro aqueles grãos que são moídos na hora…
    Lichia, o que vc acha dessa marca de café? (Três Corações).
    Quais marcas não-gourmet que vc indicaria pra nós, reles mortais que tomam o café da garrafa térmica o dia todo (ou seja, sem nenhum padrão de qualidade)?

    • Meus pais moram no interior, na rua de cima da casa tem uma fábrica de café, esse cheio eu conheço muito bem! e realmente é muito gostoso.
      E o café da tal marca tem excelente reputação na cidade, o preço também é semelhante aos mais caros tipo pilão. Acho que não chegam a levar pra cidades maiores, em SP nunca vi.

    • Três Corações tem a minha simpatia, viu? Tem tempo que não bebo dele, então não sei como está hoje. Só não compro dele pq não moro só. A Melita tem uma linha de cafés especiais “Regiões do Brasil” (Mogiana, Sul de Minas e Cerrado Mineiro) muito boa, que atualmente tenho misturado com o Café do Ponto “tipo EXPORTAÇÃO”. Uma que eu gostava mas tb tem tempo que não tomo, não sei como está hoje, é o Segafredo. A última vez que estive em Natal tomei um Cappuccino no Café do Café Santa Clara, adorei! Tenho até que ver como está esse Santa Clara hj, pois tb tem tempo. Café moído na hora é ótimo!

      Nunca comi a frutinha do café… Como é? Meu sonho é fazer um tour nessas fazendas.
      Fico imaginando que experiência bacana essa que vc teve com sua avó. O cheiro realmente é hipnotizante.

      • A frutinha não tem o amargo do café, já que é a parte da polpa. É docinha e gostosa.
        O cheiro quando ele é torrado é incrível mesmo!
        Vou experimentar da Melita, fiquei curiosa e deve ser fácil de encontrar por aqui.

      • Eu passei boa parte da infância em cafezais do Conilon. No Espírito Santo, produzem o Conilon na ‘baixada’ (Anchieta, Viana) e o Arábica na serra (Vargem Alta, Venda Nova), e como morava na baixada, o que tinha era o ‘conilão’. Sempre preferi com leite, e nisso já me taxavam de fresco.

        Mas aí eu já sabia da sacanagem de misturar palha e o cacete no café. Mas também, o certo é colher por catação de grão, mas a peãozada quer saber é de ‘produzir muito’, então puxam galho, folha e tudo, põem pra secar em chão de terra batida, e depois jogam nas torrefações que são limpas todo 31 de fevereiro. Taí o ‘blend’ brasileiro…

        Quando eu fui morar em São Paulo, um dia resolvi dar uma de ‘bacana’ e comprei um pacotinho do ‘Regiões do Brasil’ da Melita. Fiz uma grande cagada. Hoje eu não consigo tomar nem com leite café Pilão, Caboclo, e outras merdas que têm por aí. Dentre os três, eu prefiro o Sul de Minas.

        Sempre me sentia culpado me achando um frescalhão, mas eu SINTO a diferença no gosto. Graças a este comentário, perdi a culpa, e sei que quem não tem estômago, não consegue tomar café porque café mesmo deve estar entre 40 e 50% do que vem no pacote…

        • Anonimo, seu comentário ficou um pouco confuso pra mim, não sei se era pra ser aqui mesmo. Mas enfim, é por aí mesmo, e vou te dizer outras marcas que me causam náusea e paúra:
          Café Forte, Café do Sítio e Café Export. Pronto falei… Principalmente esse Export, acho o fim da picada. Pilão, eu não sei como está hj, e esse Caboclo nunca tive coragem.

          O Sul de Minas, atualmente (fiz esse texto em 2013) tem sido o melhor pra mim também.

    • AMO café!!!! ADOREI o texto!!! E sim, Lichia, venha para cá que vc vai amar ficar de cafeteria em cafeteria experimentando esses negocinhos.

      (*confesso, fazendo pézinho de Charlie Brown, que gosto bastante do Nespresso, até porque é pratico demais).

      Sobre essa parte da Thaisa: “não é bebida pra crianças, acho que por medo de dar mais “energia” aos anjinhos”. Existem estudos, alguns em andamento, que dizem que é possível que a cafeína tenha interferência na absorção de cálcio e de ferro (não significativa para adultos, mas talvez prejudicial na fase de crescimento). Mesmo os profissionais que “liberam”, recomendam dar só de manhã e começo da tarde para não prejudicar o sono. Em grande quantidade também tem um potencial de vício. Pelo sim, pelo não, dado que criança está em formação e não “necessita” de café, eu não daria ou daria só o mínimo, só para experimentar / matar a curiosidade.

      Para quem já tem gastrite/ esôfagite \o/ , tem um potencial irritativo, exatamente por dar uma “acelerada” no organismo. Quando fiz a cirurgia do esôfago meu gastro cortou refrigerante, chopp, cerveja, água com gás (qualquer bebida com gás), chocolate, leite, café, frituras e gorduras de forma geral. O café foi o único que senti, então ele me liberou um por dia antes da cirurgia, nenhum no período de recuperação (dois meses), voltar devagar (tipo um a cada três dias) e agora, depois de alguns anos, dois por dia no máximo. Para quem tomava 7 ~ 8, foi uma boa redução (de gastos também)… hahahaha. Ou seja, não é proibido, mas tem que tomar com “cuidadinhos”.

  • Esperei passarem algumas horas, para que todos comentem sem qualquer influência da minha opinião, já que tem gente que desmerece elogios se eles forem puxados pelo dono da casa.

    O texto está muito bom, sensacional. Aprendi muito mesmo. Realmente, o melhor café que eu tomo é aquele que deixa uma espécie de espuma dourada que depois gruda na borda da xícara. Já tinha percebido que em alguns lugares isso acontecia e em outros não, mas nunca tinha feito a relação com a qualidade do café…

      • Porque o cheiro do café é tão bom e o gosto é sempre tão amargo, mesmo com açúcar?

        Para dar um pouco de inveja, eu trabalho em Carmo de Minas (sul de minas), cidade do café Unique. Dizem ser muito bom, inclusive acho que já foi considerado o melhor do planeta, mas para o seu possível desespero, detesto café puro. Adoro café com leite, de preferência no inverno, mas café puro é uma coisa que cheira bem e tem gosto ruim. Pelo menos ,os cafés comuns… será que se eu experimentasse um café mais sofisticado por aqui eu mudaria o meu conceito?

        E mesmo que mudasse, o café normal é sempre uma porcaria. E não tem como beber café bom todos os dias sem fazer sacrifícios, né, então…

        • Isso não sei te responder.

          Como vc não gosta de café, morando onde vc mora? Quanto ao fato de vc sempre achar amargo isso é questão de costume. O açucar demerara ajuda.

          Tem que ir provando. Comigo eu passei a tomar por necessidade de ficar acordada, peguei gosto pela coisa. Teve periodos que vivia na base do café, hoje não passo das três xícaras. Tem dias que nem bebo. Mas o fato de ter feito o curso me deixou mais… Com paladar e olfato apurado. Hj posso estar no trabalho morta de sono, não consigo beber o da garrafa térmica. Não dá! Meu professor alertou quando fui fazer o curso, “vc ficará muito chata depois do curso”. Achei que era brincadeira, que nada.

  • Bom, eu detesto café, a menos que eu encha de açúcar, mas aí acho que perde um pouco do sentido, né? A única coisa que gosto é ice capuccino, geralmente é café batido com leite gelado ou sorvete mesmo. Deve ser uma heresia, mas pra quem não gosta de café, tá bão já.
    Falando em arábica, só consegui lembrar da coleção de esmaltes da Risqué com o mesmo nome, e do Arábia, um cinzinha lindo. :P

    • HAHAHAHAHA… Eu era apaixonada pelo “grão de café”, pena que a Risque ficou ruim.

      Não é uma heresia não, Dani! Inclusive foi uma das receitas que aprendemos no curso. E eu tb me amarro nesse. Só que não posso sempre, pois, muito infelizmente, tenho problemas com leite

  • Texto delicioso. Por lê-lo e por invocar o aroma de um bom expresso. Nesse sentido, fica a dúvida: para coar o café e aproveitar melhor seu aroma, é verdade que não se deve deixar a água ferver, desligando o fogo um pouco antes?

    • Sim verdade!! Na primeira bolha, o fogo deve ser desligado. E o coador de boa qualidade, descartável. Tem gente que tem uma ligação afetiva com o tal do coador de pano da vovó, herdado… Nojento! Coador de pano só vale por cinco dias e deve ser conservado na geladeira em um recipiente com água.

      Uma coisa que é meu sonho de consumo é aquela chaleira italiana tipo moka. Um dia hei de ter ela e a máquina de moer.

      Suellen obrigada pelo feedback acerca do texto.

  • Adorei o texto! Confesso que não conheço lhufas de café, mas tomo um tanto todos os dias.
    Lichia, na sua opinião, o café do McCafé é digno?

    • Bem… Vc fala do quiosque McCafé, né? Vc acredita que nunca fui? Não curto McDonalds só vou em situação de muuuuiita, extrema urgência e olhe lá! Mas vou fazer o seguinte. Um dia desses irei e depois te falo o que achei.

  • Eu não entendo muito de café, até porque não gosto. Adoro o cheiro de café mas é muito amargo pra mim. Experimentei um latte do Starbucks uma vez e não era horrivel porque tinha so uma dose de café mas se não, não consigo.

    E so uma observação de vocabulario. Não sei se “terroir” tem outro significado no mundo do café e baristas, mas em francês “terroir” quer dizer “local”, um produto do terroir é um produto tipico e local de uma certa região.

    • É Najla. Faz todo o sentido a sua colocação, obrigada mesmo!! Mas o que é falado é esse terroir capaz de conceber uma identidade ao produto, em conjunto à manipulação feita. O que acredito que deve acontecer, é que se falar apenas “local” não descreve completamente esse detalhe, que para o barista faz toda diferença.

  • Mas, Lichia, esse tal suco de barata é só das marcas fuleiras ou até mesmo as tradicionais tipo Pilão e Melita? O selo da ABIC que garante a pureza do café [ pausa pra rir ] é só pra inglês ver?

    • As mais fuleiras… Mas não boto minha mão no fogo. Lembra o que falei do cheiro?

      A Melita tem uma linha de cafés especiais, classificadas como “Superior” que é muito boa. Mas eu sempre tomo misturado com outras marcas. Os do “tipo exportação” são mais limpinhos, são melhores e mais intenso.

  • Eu sabia que tinha um monte de mistura, mas até barata? Pqp!
    Agora que só tomo café “tipo exportação” que aliás já é uma puta sacanagem escancarada dizer pros brasileiros que o café exportado é o melhor e o pior (blend insetos e baratas) fica por aqui.

    • Sim @!
      Se quisermos tomar um bom café, isso não virá de graça! Depois que vc fica com o paladar apurado e o olfato tb, fica difícil aceitar qualquer cafezinho. Fica aquela sensação que se está tomando remédio, é muito nojento!
      Você pode com esse “tipo exportação” fazer o seu blend caseiro com outros cafés, inclusive esses que vendem nas cafeterias especializadas. Mas tem que ir testando, não é sempre que pode te agradar. Eu particularmente adoro café misturado!

    • Nunca provei e não tenho Starbucks onde moro. Mas posso em uma próxima viagem me comprometer em fazer o teste ou até mesmo pedir um parecer dos baristas que conheço.

  • Aqueles pacotes de grãos que vende em lojas especializadas em café e vem escrito gourmet, são mesmo de boa qualidade?

    Desculpa se é de gosto duvidoso isso que eu vou falar, mas a principal razão pra eu gostar de café é o fato de ser laxativo. Dica: tomar 1 copo de agua, alguns minutos depois uma xícara de cafe bem forte e mais uns minutos depois outro copo de agua. Isso tudo em jejum claro.

    • HAHAHAHAHAHAHA…

      Não é de gosto duvidoso, conheço muita gente que fala que adora tomar café de manhã para dar uma “turbinada”.

      “Aqueles pacotes de grãos que vende em lojas especializadas em café e vem escrito gourmet, são mesmo de boa qualidade?”

      Daniele eu aposto que sim. Vc é de São Paulo, né? Vc deve ter uma variedade de cafés aí muito grande. Eu aí ficaria que nem pinto no lixo!

  • A região de Mogiana, na região norte do estado de São Paulo, é destacada pelos baristas como uma região onde se cultiva apenas o tipo arábica e que produz um excelente café, de bebida fina, encorpada, de sabor suave e adocicado, e com acidez medianamente alta.

    Não seria “a região da Mogiana” ou melhor dizendo “alta mogiana”? Por conta das áreas com topografia mais plana estarem dedicadas principalmente ao cultivo da cana para as usinas de açucar e alcool, o cultivo do café tem ficado principalmente em regiões no norte do estado onde o relevo é mais acidentado, em especial na região de Franca.

    • Lichia, fiz a observação porque a denominação “Mogiana/Alta Mogiana” que a região aqui tem é por conta da FERROVIA aqui, que inicialmente saia de Campinas rumo a Mogi-Mirim e Mogi-Guaçu, que no correr de sua história foi estendida para atender o norte do estado de SP e a região do Triângulo Mineiro.

      Boa parte da ferrovia ainda está ativa, ainda que seja utilizada hoje quase que exclusivamente para o transporte de carga.

  • Aquele café de supermercado que ta escrito ‘gourmet’ na embalagem é mesmo gourmet? Várias marcas fazem isso… Tenho minhas duvidas…

    • Eu tb… Na realidade nunca vi café Gourmet sendo vendido em supermercado, não sei te dizer. O café Gourmet deve sem embalado os grãos inteiros como a foto aqui em cima, numa embalagem valvulada e aluminizada, válido por 6 meses e o mais importante um selo, tipo um certificado que detalha toda a procedência do café, região, colheita…

      • não queria sitar marcas mas olha só
        http://www.saobraz.com.br/produto/10/Gourmet

        fico pensando se ele ao menos é melhor que a maioria ou se estou me enganando pq a embalagem é mais bonita e o preço mais elevado, sabe como é, essas coisas criam um ótimo efeito placebo, especialmente pra quem não entende do assunto haha

        a, e é em pó, nada de grão inteiro

        • Daninha, eu não conheço esse.
          Mas saiba de uma coisa, café barato sai caro. Se vc quer tomar um bom café, com certeza não vem de graça. Admito que fiquei curiosa com esse aí!

          • eita, pensei que a São Braz era daquelas marcas q atuam no Brasil todo, mas acho que é basicamente nordeste mesmo. Sabe quando se tem a impressão q a marca existe desde sempre de tão antiga? O café deles nunca foi grande coisa, mas de uns 15 anos pra cá eles começaram a abrir as lojas de cafés, que fazem um sucesso enorme em Recife, e com isso a marca começou a vender junto com os ruins esses especiais nos supermercados. A grande concorrente surgiu de uns 10 anos pra cá, a Delta Expresso. Eles são de Portugal e por aqui só vendem os tais saches, nada em pó ou grão. Vendem também a máquina própria, as xícaras de porcelana portuguesa… Abriu uma praticamente em frente a minha casa – acho q são umas 10 lojas por Recife. Faz um tempo que não tomo o da loja da São Braz – por conta da proximidade da loja da Delta – Então só posso falar da Delta: tem a espuma dourada cobrindo a xícara sim.
            Coisa interessante aconteceu: no mesmo local tinha um café expresso que todo mundo ia e ninguém reclamava. A Delta abriu praticamente em frente. Advinha? O tadinho do expresso não durou mais nem 6 meses, mesmo o café da Delta sendo o dobro do preço.
            Olha os tipos que eles oferecem lá:
            http://www.deltaexpresso.com.br/cardapio/expresso
            Eu fico totalmente perdida, entendo praticamente NADA. haha…

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