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Data Desfavor

Data Desfavor

| Sally | | 40 comentários em Data Desfavor

Hoje completamos nove anos de idade e, para comemorar, resolvemos fazer um raio-x do blog, com uma pequena surpresa ao final. Segue uma compilação do significado de nove anos de desfavor!

Hoje temos 3.453 postagens publicadas. Somos um blog de postagens diárias, ou seja, pela matemática, nove anos equivaleriam a 3.285 postagens, mas nós temos mais. É que além das postagens diárias, fazemos plantões extraordinários quando acontece algo que julgamos ser relevante o suficiente para não poder esperar até o dia seguinte.

Pesquisamos bastante e podemos afirmar que não existe outro blog no mundo (sim, eu disse no mundo) que produza esta quantidade de conteúdo de forma não-remunerada e não profissional. Existe quem faça essa quantidade de conteúdo, mas com uma equipe de mais de 20 pessoas remuneradas exercendo sua profissão de jornalistas. Dois malucos de graça nas horas vagas, é só a gente mesmo.

Alcançamos 144.944 comentários aprovados. Na verdade, o número real é bem maior, já que cada vez que banimos alguém todos os comentários que esta pessoa fez são apagados automaticamente (e geralmente pessoas banidas costumam ser carentes que deixam muitos comentários por dia). Se levarmos em conta todos os comentários já feitos, passaria fácil dos 200 mil. 144.944 comentários em nove anos gera uma média de 44 comentários por dia, uma ótima marca para quem tenta, desde sempre, não ser encontrado no Google.

Sabemos que esta divisão de comentários por texto não costuma ser muito equilibrada, alguns textos acabam tendo mais comentários que os outros, como por exemplo, nosso queridinho e mais comentado texto sobre o lado negro da gravidez, que conta com 3.125 comentários. Apesar de ser um texto de 2012, ele é atemporal: ofende forte, mesmo cinco anos depois. Na média, todos os dias ao menos duas pessoas passam e rogam suas mais sinceras pragas para minha pessoa ali, sendo a mais comum “tomara que você tenha filhos”.

Temos outros textos populares, como a série de textos “Matando Lagartixas” onde surpreendentes 1.932 pessoas passaram em um dos textos para deixar registrado seu desgosto com esse animal asqueroso. O texto sobre educar gatos também recebeu um numero considerável de comentários, principalmente se levarmos em conta que ele não envolve qualquer polêmica: 1.320 pessoas passaram para falar dos seus bichanos. Depois temos o texto sobre Lesão Corporal, onde 1.266 pessoas passaram para tentar tirar suas dúvidas de forma gratuita. Primeira e única vez na história do Desfavor em que eu desisti de responder aos comentários, tamanha a brutalidade e absurdo do conteúdo. Se tiver curiosidade antropológica, passe e leia.

Pessoas do mundo todo acessam o Desfavor mas, quando falamos de outros países, a maior parte dos nossos leitores estão na Europa, seguidos de perto pela América do Sul. O continente que menos lê o Desfavor é a África. Dentro do Brasil, nosso público se concentra nas regiões Sudeste e Sul, principalmente em São Paulo, nosso público mais fiel, o que era de se esperar, já que carioca só lê bula de anabolizante e cardápio de sucos.

Hoje o Desfavor é composto de 30 colunas diferentes listadas na nossa Constituição exceto a coluna “Desfavor Bonus”, que não está listada e só é usada em situações excepcionais. As colunas campeãs de audiência ao longo desses nove anos são Processa Eu (metendo o cacete em mitos), Desfavor da Semana (falando sobre o pior evento ocorrido naquela semana) e Flertando com o Desastre (expressando alguma opinião altamente impopular).

Esse é o nosso passado. Agora vamos falar sobre nosso presente e nosso futuro?

Antes de mais nada, uma rápida resposta a uma pergunta recorrente: não, desfavor não vai acabar. Não temos a menor intenção de fechar o blog e não há obstáculo que nos faça parar de escrever. Como vocês podem imaginar, em nove anos acontecem muitos imprevistos e percalços na vida de uma pessoa, mas, ainda assim, nunca deixamos de escrever. Por pior que fossem nossas demandas de trabalho, nossa saúde ou nossa sanidade mental, sempre estivemos aqui. Então, não precisam ter medo disso, desfavor não vai acabar. Não há trabalho, casamento ou macumba que nos faça desistir do Desfavor.

Dito isto, vamos falar sobre Twitter. A maioria não quer ver o Desfavor no Twitter e respeitaremos a vontade de vocês. O blog é feito para vocês. Não quero posar de altruísta, pois eu me beneficio muito com isto aqui, o ponto é: para que continue sendo bom para todas as partes, todo mundo tem que estar feliz. O perfil do Desfavor já existe no Twitter, mas apenas para garantir que o @desfavor seja nosso e nenhum babaca fale em nome do blog. Continuará desativado.

Mas, o fato de não estar no Twitter não quer dizer que não possamos interagir de formas diferentes, muito além dos comentários. Por isso, pensamos em uma uma iniciativa que é a nossa cara: constrangedora, pode causar sérios problemas e gerar inimigos. Tudo que você vai precisar é de uma folha de papel e uma câmera.

Sabemos que o Brasil é um grande desfavor e que cada região, cidade ou bairro tem seus desfavores típicos, muitos deles inacreditáveis. Desde o começo foram esses desfavores que nos uniram, afinal, todas as postagens giram em torno disso. Queremos conhecer melhor os desfavores que te cercam. Já que todos nós temos que aturar essa pá de bosta, vamos ao menos dar visibilidade a ela e debater a respeito, seja para rir, seja para detonar.

Por isso convidamos vocês a participarem do novo projeto “Meu Desfavor”. Basta imprimir a arte que estamos disponibilizando neste texto e tirar uma foto com a plaquinha escrito “Desfavor” apontada para o desfavor que você pretende divulgar.

Baixar Placa para Impressão

Você pode imprimir em papel comum, em uma placa de acrílico, em uma placa de pvc ou no tolete do seu cachorro, pouco importa. O que queremos é uma foto com a seta apontada para o desfavor que você deseja divulgar/detonar. Não tem como imprimir? Pode escrever “desfavor” em um papel, guardanapo, papel higiênico ou saco de pão, desenhar uma seta e tirar a foto mesmo assim. O que vale é a intenção (de detonar, falar mal e reclamar). Queremos descobrir esses tantos desfavores que existem no Brasil e no mundo!

Você não precisa aparecer na foto se não quiser. Também não precisa se identificar, porém seria interessante que, ao enviar a foto, você explique qual é o desfavor apontado, pois nem sempre estamos familiarizados com ele. Ser um desfavor é um conceito subjetivo.

As melhores fotos serão postadas e nos comentários debateremos sobre o desfavor apontado. Se for um desfavor que dê o que falar, pode até virar texto nosso, com a sua foto como ilustração da postagem. E, não se preocupem, pela lei brasileira, se sua foto ofender alguma pessoa ou alguma marca, quem responde somos nós, os responsáveis pela publicação da foto. Manda ver sem medo!

Para começar essa nossa maravilhosa jornada ofensiva, inauguro o evento. Escolhi cinco desfavores que me incomodam profundamente:

Conforme recente postagem sobre brinquedos, acho um desfavor um entretenimento que consiste em tomar jato de água do vaso na cara. Zero educativo, zero meritocrático (porém surpreendentemente cara esta caralha de privada de brinquedo). Ainda tem a opção de testar “para ouvir sons de descarga”. Não precisa pagar tão caro, querido leitor, por cinquentinha eu vou na sua casa e jogo água em você.

Custo desta foto: Zero. Ninguém nem viu o que eu estava fazendo.

Igualmente citado na postagem sobre brinquedos, esta bicha louca vem na versão Cabelinho Escroto Lenhador Sem Barba ou Cabelinho Escroto Quão Gay é Minha Calça. Percebam os lábios preenchidos, quase fazendo biquinho. O da direita, com calça vermelha estonada, lembra o Dr. Rey. Acho que a Mattel poderia inserir um acessório para este Ken: um kit chuca.

Custo desta foto: Olhares curiosos.

A calcinha bege é o item mais lamentável do guarda-roupa feminino, em minha opinião, ganha até mesmo da pochete, da calça saruel e da sandália franciscana. A calcinha bege deveria ser considerada método anticoncepcional. Não há motivos para fazer uma calcinha desta cor, por mais transparente que seja a roupa, há outros tons menos broxantes que não aparecem.

Custo desta foto: uma idosinha perguntando “o que é desfavor?” e eu respondendo “No hablo português” e saindo de fininho.

Sei que muitos de vocês nasceram com as papilas gustativas mortas e comem essa atrocidade em forma de chocolate que é o Caribe. Além do desaforo de inserir fruta na sobremesa, ela ainda vem da pior forma possível: parece que mastigaram a banana, cuspiram e depois cobriram com chocolate. O Caribe sempre sobrou na caixa de bombom e, ainda assim, algum depravado achou que merecia virar um chocolate autônomo!

Custo desta foto: ser abordada por um segurança das Lojas Americanas e ter que responder se eu tinha autorização da gerência para colocar “essa placa” no meio dos chocolates. Respondi que sim e saí rapidamente.

Não é novidade, mas é desfavor: Dan Brown novamente entre os mais vendidos. A foto não ficou muito boa, pois tinha um segurança vindo em minha direção…

Custo da foto: Expulsa da livraria.

As fotos deverão ser enviadas para o e-mail do SOMIR: somir@desfavor.com , começaremos as publicações na semana que vem. Compartilhe você também o seu desfavor, vale tudo: objetos, pessoas, eventos… Teremos o maior prazer em detonar o que quer que seja!

Para mandar um foto de Yakult e gerar a Terceira Guerra Mundial no blog, para enviar uma foto do próprio Desfavor como exemplo de desfavor ou ainda para perguntar se vai ter prêmio para as melhores fotos: sally@desfavor.com


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