Ele disse, ela disse: Você quer adicionar?

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Com a popularidade das redes sociais cada vez mais temos que lidar com as personalidades “online” de nossos amigos. Sally e Somir concordam em não participar dessas redes, mas discordam sobre como elas influenciam suas amizades. Principalmente quando falamos de gente sem noção de privacidade e respeito próprio na internet.

Tema de hoje: É válido descartar amigos que fazem uso ridículo de redes sociais?

SOMIR

Não. Sou egocêntrico, mas não gosto de me iludir: Eu não posso ser o padrão universal de uso consciente da internet e suas redes sociais. O que eu acho um exagero nessa área passa como uso comum e aceitável pela maioria das pessoas que conheço (e muitas das quais eu gosto). Se a derrocada do anonimato na internet me irrita principalmente porque pouca gente parece ligar, evidente que estou defendendo um ponto de vista impopular.

E está no âmago do ser dessa impopularidade ideológica não se guiar pelo o que os outros estão fazendo ou deixando de fazer. Quem rema contra a maré tem que reconhecer uma maré para começo de conversa! E a cada dia que passa mais e mais pessoas são arrastadas para o fundo de um oceano de evasão de privacidade e ostentação de banalidades.

Não gosto de redes sociais, mas não desgosto automaticamente de quem as usa. Cada um que faça seu juízo de valor e arque com as consequências de seus gostos, atitudes e opiniões. Uma das coisas mais bacanas de uma amizade verdadeira é a liberdade que se tem para ser diferente sem entrar em conflito ou gerar cobranças (coisa que num relacionamento amoroso costuma não funcionar tão bem…).

Vejam bem, estamos excluindo absurdos que te colocariam em risco social extremo ou mesmo legal. Não estamos falando de um amigo (ou prospecto de um) que te sacaneia na cara dura pela internet ou de um que publica material criminoso, estamos falando daquela pessoa que se abre demais ou age de forma eufórica com as possibilidades das redes sociais. O que eu acho que já é vergonhoso, mas na prática é só mais uma gota no oceano.

Ridículo postar mil fotos e textos desinteressantes sobre banalidades da sua vida, mas isso nem chama mais a atenção atualmente. É tamanha a torrente de informação inútil derramada sobre as redes sociais que a maioria das pessoas mal consegue registrar o que está acontecendo. Na prática cada um finge que se importa com as amenidades alheias só para que finjam de volta com as suas.

Muito feio abrir sua vida e seu problemas para um bando de desconhecidos, mas não é como se você fosse virar assunto por algum motivo além de pura aleatoriedade memética. E mesmo que você vire uma celebridade por falar mais do que devia, vai ser por algo em torno de quinze minutos. A bola da vez troca de mãos muito rápido nos dias de hoje.

Evidente que existem consequências para quem é amigo de alguém sem bom senso no uso de redes sociais, ainda mais alguém que valoriza sua privacidade. O que eu digo aqui é que as chances de ser algo que realmente destrua vidas (reais e/ou sociais) não são tão maiores do que seriam numa amizade puramente desconectada. Claro que a internet dá mais exposição para uma pessoa, mas não nos esqueçamos que o mesmo vale para outros bilhões de usuários de redes sociais. As pessoas acreditam na proteção desse “ruído”, e embora ela não seja tão sólida quando imaginam (a internet não presta atenção, mas também não esquece), a ideia não surgiu à toa.

Eu acredito de verdade que muita gente nesse mundo ainda está se acostumando às possibilidades da internet. Tem um pouco de exagero deslumbrado nessa geração de tarados por exposição. Nem vou me estender demais, escrevo um texto sobre isso ainda nessa semana. Mas a ideia básica é que por mais que a pessoa faça uso ridículo de rede social, ainda sim não quer dizer que ela seja fundamentalmente “estragada” no que tange a manutenção de uma amizade valiosa.

É mais uma das coisas que forma sua personalidade. Muito normal ter amigos que não comungam com você em todas suas ideias e opções, aliás, essa é grande parte da graça da coisa! Descartar uma amizade não deveria se basear em caprichos ou desavenças superficiais. Eu sou muito reservado, acho que é o jeito certo de se levar a vida E tenho grandes amigos que discordam disso. Amizade não pode ser só uma medida de concordância, pra quê essa insegurança toda? “Certo” não se mede pelo próprio umbigo.

Lembrem-se: Estamos excluindo casos absurdos. Não é para achar bacana continuar amigo de quem pode te colocar em situações arriscadas e/ou ilegais (embora eu ache, ou é amigo ou não é… joguem pedras), é para cortar laços com gente que perde a noção do ridículo na internet. Sério que vai traçar a linha do excessivo para algo que a maioria absoluta das pessoas dos dias de hoje sequer entendem como um problema?

Das duas uma: Ou vai acabar preso num círculo vicioso de amizades que não te dão nada além de concordância (se não acabar isolado), ou vai acabar sendo hipócrita mantendo amizades que caiam nessa categoria e arranjando desculpas esfarrapadas para justificar sua incoerência. Pra mim parece apenas um exercício de futilidade.

E se por um acaso essa amizade acabar te colocando numa situação chata por não ter noção de uso consciente de redes sociais… acontece. A vida é cheia de contratempos, não adianta querer se proteger de tudo. Converse com a pessoa, se precisar até brigue com ela para tentar ajudar, quem sabe até você vai a convertendo lentamente para o lado digno da força?

E, honestamente, se você souber controlar o quanto de você acaba nas redes sociais, a chance de fazerem algum estrago é BEM menor. EU não gosto dessas redes sociais, então eu faço por onde. Cuide do seu e deixe as pessoas cuidarem dos delas.

Para dizer que por ser amigo do Alicate tudo o que eu escrevo se torna automaticamente inválido, para reclamar que meu texto não te faz se sentir especial, ou mesmo para dizer que agora quer me adicionar para ver se não é só papo: somir@desfavor.com

SALLY

É um critério válido descartar uma pessoa como amiga por ela fazer uso incorreto e ridículo de rede social? Sim! E todas as vezes em que fiz o contrário me arrependi. Quem faz uso incorreto de rede social é uma pessoa imbecilóide, cabeça pequena, sem semancol e brasileiro médio. Fato: mais cedo ou mais tarde brasileiro médio te traz problemas. Nem ao menos me refiro a casos extremos, onde a pessoa usa para publicar fotos de pedofilia, falo daquelas merdas do dia a dia mesmo, aquele mix de evasão de privacidade (dela e de terceiros), do show de vergonha alheia, da paunocuzação de correntes e mensagens… essas coisas.

O normal é que procuremos nossos amigos de acordo com um grau mínimo de afinidade. Eu sei que eventualmente existem divergências e que sem um grau de concessão não se mantém qualquer relacionamento nesta vida, mas acredito que o uso patético de inadequado de redes sociais configura um prova irrefutável de anencefalia do autor, o que gera problemas futuros e certos para quem convive com esta pessoa, seja no campo real, seja no campo virtual. O melhor a fazer SEMPRE é se afastar de gente inconveniente, ainda que sejam legais, engraçados e bons amigos. Gente inconveniente é CILADA. Aprendam isso. Mais cedo ou mais tarde te causam problemas. Gente sem critérios, sem filtro, sem vergonha na cara, sem dignidade, eu não quero nem para ser meu vizinho. Sim, eu sou uma pessoa de poucos amigos.

Rede social vem sendo para mim algo parecido com religião: quem tem já me desperta uma certa desconfiança e quem tem e faz mau uso dela é sumariamente cortado da minha vida. Não precisa se dirigir à pessoa e dizer “Não quero mais falar com você porque você evade sua privacidade e a de terceiros em rede social”, basta se afastar gradualmente até que a pessoa desista de você. Não há necessidade de romper relações formalmente, até porque, se você o fizer a pessoa vai se vitimizar ou te xingar no Facebook. Ninguém merece. Aprendi ao longo na vida que as pessoas sempre tem menos amor próprio do que a gente presume e quando levam um fora reagem de forma passional e ridícula, dando uma importância enorme a quem as rejeitou.

Você pode achar besteira se afastar de alguém só porque a pessoa faz mau uso de rede social, ou achar que eu estou exagerando, mas tudo depende da forma com que se encare o processo seletivo de quem você quer que seja seu amigo e quem não. Uma pessoa inconveniente pode te prejudicar e te aborrecer mais do que uma pessoa filha da puta, vai por mim. Porque o filho da puta sabe o que faz e quando faz, não faz suas filhadaputagem full time. Já o inconveniente… é o dia inteiro, é sempre que tem uma oportunidade, é non stop. E nem dá para revidar, pois ele não faz de propósito, um revide seria encarado como uma coisa covarde. De forma alguma sugiro que alguém deva ser amigo de um filho da puta, apenas estou dizendo que os critérios de descarte não devem ser apenas buscando caráter, também devem observar adequação. Por mais legal que uma pessoa seja, inadequação não compensa. Alicate? Oi? “É o jeito dele, ele é meu amigo” é prenúncio da desgraça.

Mesmo sem ser filha da puta, uma pessoa inconveniente e inadequada te fode, mais cedo ou mais tarde. Seja postando uma foto que não deveria, seja falando demais, seja te expondo de qualquer outra forma. Não por maldade, são como macacos com uma navalha, o que os torna ainda mais perigosos, já que além de não ter freio algum (medo, receio ou alguma trava social) também são completamente imprevisíveis. Escolher criar vínculos com uma pessoa que tem grandes chances de te foder ainda que sem querer é burrice.

Você pode estar pensando que se levar uma vida correta, não tem como uma pessoa assim te prejudicar. Mas tem. Porque não precisa divulgar algo incorreto para prejudicar uma pessoa. A mera evasão de privacidade, por si só, ainda que de qualidades ou atos nobres, pode ser extremamente prejudicial dependendo das circunstâncias. Enquanto estas pessoas não estavam na era da internet e eram apenas aqueles fofoqueiros que contavam tudo que sabiam sobre os outros, eram mais inofensivos, afinal, palavras o vento leva. Mas imagens, textos, ficam estampados para sempre com um simples print. A era digital fez com que pessoas inconvenientes possam produzir toneladas de provas documentais por dia. Macaco. Navalha Plus.

Gente que usa rede social de forma incorreta é gente medíocre, gente fofoqueira, gente maluca, gente inconveniente. Se demonstrasse outros sintomas de mediocridade, de loucura ou de inconveniência, certamente seria cortada com aval social do seu círculo de amizades: um conhecido que chega na sua casa, abre sua geladeira, dá um tapa na bunda da sua mulher e coloca o pé na mesinha de centro seria facilmente banido do seu convívio. Mas, por algum motivo que eu não entendo, se uma pessoa divulga uma foto sua sem autorização, curte uma foto da sua esposa de biquíni ou ainda comenta algo que pode te trazer problemas abertamente no “Face” isso é encarado como um acidente de percurso inerente ao uso de redes sociais e a pessoa recebe um perdão quase que automático. Não compactuo. Não compreendo. Na minha cabeça, as mesmas regras regem vida real e vida virtual e desprezo quem tem dois pesos e duas medidas. Flertar na internet não é traição, né? Desde que seja você quem esteja flertando…

É essa mania que as pessoas tem de encarar a internet como um universo paralelo, com regras sociais novas, onde tudo é mais flexível. Sim, as pessoas se enganam com uma falsa sensação de impunidade, de “anonimato” achando que “ninguém está vendo” e de auto perdão que torna redes sociais um caldeirão de mal entendidos e fontes para prejudicar outras pessoas. É quase que um catálogo dos podres alheios. Quem sentar com tempo e disposição de ler tudo, absolutamente TUDO relacionado a uma pessoa (e acreditem, gente com raiva é focada), acaba descobrindo locais que a pessoa frequenta, endereço residencial e várias informações que podem ser usadas de forma muito perigosa. Imagina então quando estas informações vem de um terceiro, que nem ao menos está preocupado em esconder nada!

Por enquanto a cabeça do brasileiro médio continua achando que rede social não pode prejudicar ninguém, confundem a impunidade legal com a falta de repercussão social. Por isso se dão ao luxo de ter em seu rol de amigos pessoas que podem gerar prejuízos virtuais, já que acreditam que um prejuízo virtual nunca se tornará real. Second Life, uma vida paralela que nunca se cruzará com a sua. Mera ilusão. O pior é que esse tipo de pessoa inconveniente que faz mau (só para constar, o Word diz que é MAL, mas eu tenho certeza de que é MAU, fuck Word) uso de rede social nem ao menos pode ser advertida ou corrigida, pois ela não age com maldade. Se ela tivesse semancol, bom senso e adequação, jamais faria aquilo. Não tem como ensinar alguém a ter semancol, ou se tem, ou não se tem. Não contem com que uma pessoa aprenda a ter bom senso e muito menos arrisquem sua privacidade com base nisso.

Não são apenas as pessoas más que são perigosas, as inconvenientes também o são, ainda que por motivos diferentes. E, vamos combinar uma coisa? Gente inconveniente é CHATA PRA CARALHO. Se não pelo risco de se prejudicar, se afaste pela paunocuzação. Aguentar inconveniências é coisa que a gente faz quando não tem escolha (família, chefe, etc), se sujeitar a gente inconveniente sem uma necessidade imperiosa é masoquismo!

Para se ofender ainda que eu não tenha definido claramente o que é fazer mau (Fuck Word, o contrário de BOM e MAU) uso de rede social, para vir com um discurso pau no cu de que todos nós temos defeitos como se por um acaso eu estivesse cobrando perfeição neste texto ou ainda para dizer que nem precisa fazer mau uso, basta ter rede social que você já descarta: sally@desfavor.com

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Comments (43)

  • É… tema por vezes complexo e sutil dada a argumentação da Sally que toca em vários pontos. Concordo que as pessoas muitas vezes não tem semancol no sentido de achar que a vida virtual é diferente da vida real e tals, porém, por outro lado, acho que a Sally tem lá “regras” muito específicas pra delimitar pessoas. Leia-se: inflexível [?]

    Bom, nessa discussão fico com o Somir! Penso que pouco importa(muitas aspas aí!) se a pessoa tem rede social ou não, isso pra mim não vai fazer diferença desde que o uso desta não seja prejudicial a mim. Agora, quanto à gente pau no cu, inconveniênte como sempre tem no face, eu simplesmente ignoro/bloqueio sei lá. Não sou obrigado a ver mensagem de correntes e tal, mas acho que nem por isso devo tomar uma postura radical e cortar relações com ela de vez!

  • Ah, outra coisa: existem várias ferramentas que podem tentar preservar sua privacidade lá no fb. Depois que cerquei meu perfil da maior forma possível, essas chateações diminuíram muito…
    A análise prévia do que publicam na sua linha do tempo e das fotos que te marcam, e a exclusão do feed de notícias foram a penicilina do fb, na minha opinião, rsrsrsrsrsrsrsrsrs.

    • Mas você nunca se livra das pessoas que fuçam sua vida, que tentam se aproximar e se ofendem quando não são aceitas e dos eventuais bugs que revelam ao mundo todo coisas privadas.

      • Olha Sally, pode ser que esteja sendo muito ingênua. Mas eu bloqueei meu fb de uma tal forma, que quem não me conhece, só pode ver a capa do meu perfil a foto inicial e o estado onde resido. Status de relacionamento, trabalho, conversas, tudo é bloqueado para quem eu não quero que veja e para o público em geral, somente meus amigos mais chegados podem ver o que posto ou minhas fotos (que são bem poucas, não sou de tirar fotos…).
        Quem é meu desafeto declarado, não consegue nem achar meu fb. Desde que adotei essa postura, meus índices de aborrecimento caíram bastante. E adotei tb a política: ta postando muita coisa que me desagrada (foto de gente morta, muito mimimi, muito preconceito… enfim, tudo o que me irrita a primeira vista), se é meu amigo de verdade, eu dou um toque, falo pra maneirar, digo que esta feio. Se não é, retiro solenemente do meu feed de notícias. A pessoa nem percebe, eu sigo sem me aborrecer e a pessoa não se sente rejeitada, ela nem consegue saber que eu fiz isso.

        • Pior não é a foto de gente morta seguida de um #RIP… É o povo que clica no CURTIR!!!!!!

          Meu perfil tem tão pouca coisa, mas tão pouca coisa, que se o Obama divulgar TODOS os dados que estão ocultos (o meu perfil tb é fechado), nem assim alguém consegue me achar…

        • Os meus perfis fakes no face também são todos fechados dessa forma! Não dá pra ver NADA literalmente NADA! Aliás, confesso que uso o face mais como “msn” do que como rede social afinal, não tenho saco pra ficar publicando lá! Só entro mesmo é pra falar com os mais chegados no chat e pronto!

  • Sou obrigada a concordar com os Dois.
    Somir – tenho amigos que amo de paixão que no fb são um porre, um saco, uma perturbação, tenho vontade de bloquear todos os dias. Mas não o faço pois sei que além desse defeitos, eles tem qualidades que superam isso na minha avaliação.
    Sally – muita gente que não era amiga tão próxima, era tão paunocu, mas tão paunocu no fb que eu bloqueei mesmo. Deletei do fb e da vida.

    • Você acha possível a setorização da inconveniência? Tipo, gente que é inconveniente em rede social mas ao vivo é bacana?

      • Ao vivo a gente pode se afastar, o convívio diário não é obrigatório, rsrsrsrs.
        Exemplo real: tenho um amigo dos tempos de colégios, uns 13 anos. Ele é super carinhoso, um amor de pessoa, meloso até. Mas é hiper idiota, aquela coisa do “idiota que mais amamos” do grupo.
        Ele seguiu a vida dele, como todos da escola e nos vemos e nos ligamos muito pouco. Mas no fb, a convivência diária é forçada, né?! Então sou obrigada a ler as melações, posts enormes, imbecis e todos em Caps Lock (me irritam!). O que faço? Apesar de já ter desejado bloquear o fb dele milhares de vezes, comecei a conversar com ele sobre isso e vi que não era a única que reclamava. E pior: ele não iria mudar.
        Tem dias que brigo com ele pelas merdas que ele posta, mas gosto tanto que relevo alguns, finjo que não leio.
        Coisa de amigo, rsrsrsrsrsrss.

  • Quem usa ERRADO eu descarto sim. Quem se escancara na rede, depois sofre golpe do falso sequestro e não sabe onde conseguiram os dados. Quem usa pra trabalho ou ate por diversão eu não vejo problemas.

  • As vezes fico até sem graça de comentar nessas situações, pois 98% das vezes sempre meu pensamento vai muito de acordo com o da Sally. Sério mesmo, eu perdi as contas de quantas vezes durante esses anos de redes sociais eu entrei e sai dessas porcarias. Até que definitivamente me assumi e não tenho mais. Avaliando bem, todas as vezes em que sai teve alguns eventos que antecediam a minha saída: como solicitações de amizade de pessoas que eu definitivamente não queria ter ou pessoas que não eram exatamente amigo tendo atitudes que me fizeram pensar: “Que merdas eu estou fazendo aqui?”.

    Sei que o WhatsApp as vezes enche o saco, mas posso dizer que aquilo ali realmente é a minha rede social. As pessoas que ali estão, que fazem parte dos grupos são pessoas que realmente são atuantes em minha vida e que eu não me importo de abrir o Whats e ver que enquanto eu trabalhava a conversa rolou solta, ao ponto de ter 250 mensagens… Ou mais! São pessoas que convivem comigo ao vivo e que durante os dias nos falamos sempre, viajamos juntos e não possuem atitudes inconvenientes. E se algum tem, é solenemente repreendido pelo resto do grupo, tanto que nem ficam.

    Bem… É isso! Estou com vc, Sally!

  • Já descartei e faria de novo.

    Paunocuzação simples, tipo postar “bom dia” TODOS os dias, eu tolero. Mas tenho meus limites. A pessoa que eu mandei pra casa do baralho era “normal” quando eu conheci. Depois de um tempo começou a postar mensagens de apoio ao Silas Malafaia, mensagens bíblicas de conversão e coisas do gênero. Era uma pessoa com ideias TÃO idiotas e distorcidas, que eu descartei sem dó.

    Tem mais uma que eu “estou de olho”… Conheci em ambiente profissional, trabalhamos juntas e era uma pessoa aparentemente gentil. Mas parece que redes sociais desinibem as máscaras sociais e ela tem postado coisas bem preconceituosas e fora de contexto. Acabo me irritando e me afasto.

    Não acho que amizade aceite tanta diferença não. Se vc conhece superficialmente uma pessoa, redes sociais podem acabar definindo se vira amizade ou se esquece de vez.

    • Também acho que amizade não justifica aceitação incondicional de tudo. Por mais que eu gostasse de um amigo meu, jamais aceitaria racismo, crimes, preconceito e outras coisas do tipo.

  • Sally, não recebo avisos de novos comentários clicando ali no “notifique-me”. Porque será?

    Vou te mandar mais um vídeo. Esse mostra o dia de um homem que só leva contada de mulher, para ele sentir na pele como nós nos sentimos com tanta bobeira que ouvimos http://www.youtube.com/watch?v=D3fsWyCpLWM&feature=player_embedded

    Me identifiquei bastante com o texto do Somir! Ando contra a maré também, mas tenho a minha própria maré e aos poucos descubro que há pessoas (poucas) que fazem parte dela, isso é bom =)

    Sabe, acho que todo mundo recebeu em casa a educação de não contar coisas particulares para qualquer pessoa, mas como vc disse Sally, o pessoal pensa que rede social é um mundo a parte.

    Faz quase um ano que não tenho facebook. Já fiz e desfiz 3 vezes, porque perdia o contato com os amigos e os eventos hehe. Como estudo para concurso, fechar o face foi uma boa ideia nesse caso hehe.

    Isso aqui é bem verdade “O melhor a fazer SEMPRE é se afastar de gente inconveniente, ainda que sejam legais, engraçados e bons amigos. Gente inconveniente é CILADA. Aprendam isso. Mais cedo ou mais tarde te causam problemas”. Pra mim, quem é amigo de todo mundo só porque o outro é gente boa, tem problema, não sabe distinguir comportamento certo de errado, não tem nenhum filtro mesmo. Vejo que quem procura amizades assim, também está tirando vantagem do outro.

  • Sempre achei que o Somir era a pessoa solitaria
    ERRADO
    Essa mulher deve ter uma vida infernal
    lendo esse blog percebe-se que ela deve ser bonita
    pessoas bonitas, mulheres, principalmente elas as gostosas
    são assediadas o tempo todo, e considerando que ela deve sentir asco da maioria dessas pessoas, deve ser um inferno
    um monte de gente q voce repudia querendo se aproximar e fazer amizade contigo,
    pobre Sally
    ah
    se eu aderir essa sua iniciativa de excluir pessoas que usam de forma ridicula, redes socias, irei excluir TODAS as pessoas que fazem parte de minhas amizades
    isso é impossivel
    pelo menos no meu mundo
    estou me sentindo uma desgraça
    bosta fedida, mesmo.

    • Ione, eu não sou bonita. E não, não tem um monte de gente dando em cima de mim.

      Justamente essa é a ideia: não ter rede social, porque as pessoas são um saco, em sua maioria inconvenientes, fúteis e chatas.

  • * desculpa aí, bati numa tecla aqui e mandei sem terminar *

    Então, só depois de alguns anos foi que ele entendeu do que se tratava o Facebook e afinal fez um perfil tb, diz ele que pra reencontrar amigos de infância, escola, etc. Mas de vez em quando ele fala em suspender o perfil (não dá pra apagar, vcs devem saber) e sair. Ele diz que acha “supercool” as pessoas que esnobam o Facebook e continuam sem abrir um perfil ali.

    Nos meus contatos facebookianos eu tenho algumas pessoas sem-noção mas são poucas. Já excluí MUITAS por causa de coisas idiotas que elas postaram ou por excesso de evasão de privacidade. Eu concordo com a Sally, uma amizade se baseia em muitas coisas mas uma delas é ter basicamente um bocado de coisas em comum, maneiras de pensar parecidas. Ninguém tem que “aturar” um amigo, ou então ele não pode ser digno de ser chamado assim. Então se as discrepâncias são gritantes eu acho superválido dar um chega pra lá (discreto) na pessoa até eliminá-la do nosso círculo de amizades.

    • Dá para excluir definitivamente sim, Ligia. Existem as duas opções: suspender e excluir. Topico de ajuda te passa um link com essa função.

        • Lichia, obrigada pela informação! Faz tempo isso? Pq qdo meu marido quis excluir o dele a única opção que havia era a da suspensão. E me lembro que muuuuuita gente reclamava, li em algum lugar que o Facebook estava recebendo muita pressão pra mudar isso. Então afinal mudaram as regras e agora existe a possibilidade da exclusão total.

          • Deve ter uns dois anos… Tipo isso. Quando vc solicita eles concluem a exclusão apos 15 dias, pra dar tempo dos viciados se arrependerem e volta haha! Mas vou dar uma dica: antes de fazer a solicitação exclua tudo, fotos, mensagens, publicações… Tuuudo! Pode ser paranoia minha (tô nem aí se for), mas não sei tb se esses 15 dias é o suficiente para eles fazerem backup das suas informações. Tomei um abuso de redes sociais, já não gostava, piorou depois que fiquei sabendo desses bugs.

  • Qdo o Facebook ainda era mais ou menos uma novidade (2007, 2008, por aí) eu me cadastrei e fiz meu perfil. Meu marido pirou o cabeção pq ele achava que Facebook era um site de relacionamentos, tipo Meetic. “Exigiu” que eu apagasse meu perfil. Mandei à merda e continuei lá e estou até hoje. Depois de alguns anos foi que ele entendeu que o Facebook não era

  • Como vocês, eu me considero uma pessoa reservada. Não, meu nome não é Marina. Acho que as pessoas abrem demais suas vidas na Internet, mas consigo ver o lado positivo disso. Muitos artistas que hoje fazem sucesso começaram por meio de blogs nos quais falavam abertamente sobre tudo sem bom senso ou pudor, como se fosse um diário mesmo. E foram descobertos por causa disso. Um exemplo é a escritora Clara Averbuck, o comediante (hoje milionário!) Danilo Gentili, MariMoon, a Polly do blog “Te dou um dado”, Rafinha Bastos, Bruna Surfistinha e inúmeros outros blogueiros não-brasileiros que se deram bem financeiramente por conta disso. Alguns dos exemplos que eu dei podem não ser considerados bons, mas a questão é que todos eles, sem exceção, com ou sem talento, ganharam dinheiro com a exposição. E todos escancararam suas vidas e opiniões em blogs. A Bruna Surfistinha precisou fazer programa por apenas 3 anos e hoje tem muito mais dinheiro do que eu terei em toda a minha vidinha reservada. A Clara Averbuck, que nem era tão boa escritora quando começou, já ganhou até um filme baseado em um dos seus livros. E o Danilo Gentili, que escrevia em seu blog, muito antes de ser famoso, detalhes até da vida íntima dos seus pais, do seu namoro de 3 anos sem sexo e de tudo que acontecia com ele, foi descoberto por causa do blog e está aí: milionário! Enfim, alguns deles têm muito talento, outros não. Mas o fato é que muita gente escancarou a vida e as opiniões na Internet e se deu bem financeiramente. Enquanto isso, um blog bom como o Desfavor continua no anonimato. Ser reservado também tem o seu preço. “Quem não é visto não é lembrado”. E quem quer ser lembrado? Não quero ser lembrada, mas confesso que gostaria de ser rica.

    • Adoro a Clara Averbuck, apesar de que tenho certeza de que se ela lesse um texto meu me desprezaria. Mas eu adoro ela mesmo assim, porque né, a pessoa não precisa concordar comigo para que eu a admire. O mesmo para a Polly, do TDUD?. Danilo Gentili então, pago pau a ponto de ter feito uma postagem só para elogiá-lo. Admiro a coragem deles em se expor na internet, mas acho que não dá para comparar com o Desfavor, porque eles não tem o fator denúncia, que em muitos momentos salpicamos aqui. Seria até mesmo questão de segurança ficar no anonimato… Mas mesmo assim, admiro a todos, cada um do seu jeito.

      Sem mostrar a cara não há chances de sucesso. O brasileiro médio compra uma imagem, compra o concreto. O anonimato em tempos de evasão de privacidade é visto como algo negativo, repudiado. Enquanto essa maré não virar (e não deve acontecer tão cedo), Desfavor vai continuar um sucesso silencioso. Sim, somos sucesso de acesso, mas temos uma imensa massa silenciosa de leitores que não se arrisca a comentar. Adoraria ganhar dinheiro com o Desfavor, no sentido de poder me dedicar apenas a ele e fazer algo dez vezes melhor do que faço hoje, mas sei que isso não vai acontecer. Infelizmente.

  • Eu me identifiquei totalmente com o texto do Somir. O trecho: “Uma das coisas mais bacanas de uma amizade verdadeira é a liberdade que se tem para ser diferente sem entrar em conflito ou gerar cobranças (coisa que num relacionamento amoroso costuma não funcionar tão bem…).” PERFEITO!

    • Por esse raciocínio, você pode ser amiga de um assassino, de um estuprador, de um traficante, de alguém que bate na sua mãe ou até mesmo do Alicate. Graças a essa mentalidade torta do Somir ele continua amigo do Alicate, cagada após cagada…

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