Maior fracasso.

E começa a semana de comemoração dos 10 anos de desfavor! E nada mais desfavor do que fazer uma semana temática de fracassos para a data. Porque aqui nós contamos as derrotas também, quem precisa de ostentação? E como primeiro tema, Sally e Somir discutem qual o maior fracasso do desfavor nesse tempo todo. Os impopulares colocam o dedo na ferida.

Tema de hoje: qual foi o maior fracasso do desfavor até aqui?

SOMIR

Não alcançamos os brasileiros médios. Sim, pode-se argumentar que é um fracasso mais ou menos planejado, afinal, o conteúdo que interessa tanto eu e Sally quanto os leitores mais fiéis dificilmente agradaria o grande público; mas ao mesmo tempo, poderíamos ter influenciado mais pessoas a pensar um pouco diferente da média e sermos uma força mais positiva no mundo no final das contas.

O desfavor acaba ficando com um problema estrutural básico: as pessoas que entendem nossos textos já tinham uma inclinação a pensar de forma parecida mesmo. Pra mim é muito claro que visões de mundo vão se alinhando em faixas de conhecimento adquirido: não que as pessoas concordem em tudo de acordo com seu Q.I., mas a faixa de variação na percepção da realidade vai se reduzindo quanto mais informação de qualidade você acumula. Sobra menos espaço para crenças aleatórias que costumam surgir da ignorância. A quantidade de coisas erradas que você pode achar sobre um tema é infinitamente maior do que as certas, por probabilidade simples.

Não somos muito técnicos aqui, mas já estamos numa faixa bem avançada. Nossos textos partem da presunção que algum conhecimento básico a pessoa já tem. Às vezes até abusamos como em algumas semanas históricas, fazendo piadas com informações obscuras de grandes eventos históricos, mas tentamos manter minimamente acessível na maior parte do tempo.

O problema é que o minimamente acessível para falar de algo como política nacional ou internacional, ciência e cultura já está bem na frente da média da população brasileira. É tamanha a carência de informação que até o básico que uma pessoa acumularia caso tivesse acesso à educação (e fosse uma preguiçosa) ainda sim é demais para eles. Considerando que pelo menos três quartos dos brasileiros alfabetizados não entendem muito bem a linguagem escrita mesmo assim, as nossas quatro páginas médias de texto assustam e confundem.

Assumo que eu tendo a ser o principal culpado por essa inacessibilidade, Sally se esforça muito mais para ser compreensível. Mas mesmo os textos dela ainda são textos longos, muitas vezes sobre temas que exigem um mínimo de bagagem prévia para serem entendidos. Talvez se o desfavor estivesse num país com uma quantidade maior de leitores capazes de lidar com esse tipo de conteúdo, seríamos mais influentes, mas como estamos no Brasil…

Já tive minha fase mais elitista, mas hoje começo a enxergar as coisas de forma diferente. Talvez seja mais importante plantar sementes de uma visão mais complexa de mundo em pessoas que estão fazendo a transição entre a banalidade da grande mídia e algo mais aprofundado do que ficar buscando reflexos numa faixa da população que buscaria informação diferenciada de qualquer forma.

Até porque não nos levamos tão a sério assim. O senso de humor que une Sally e eu é o mais bagaceiro mesmo, com bobagens eventuais “estragando” a pose do desfavor de tempos em tempos. Como ambos temos essa mania de misturar o intelectual com o imbecil por diversão, talvez não consigamos mandar uma mensagem alinhada para o resto do mundo. Se o processo fosse mais organizado no sentido de atrair os brasileiros médios e entregar o conteúdo mais complexo aos poucos, sem nunca botar uma parede de texto difícil de ler e compreender no caminho, tivéssemos contribuído mais com o avanço da mentalidade desse povo nesses dez anos.

É o perigo de ficar preso numa bolha de semelhança com seu público-alvo. Com o passar do tempo você só ouve os ecos das suas visões de mundo. Quando essa identidade de conteúdo do desfavor ainda não estava tão bem definida, tínhamos mais gente discutindo aqui. Raríssimos os casos onde isso foi feito com civilidade e profundidade, mas mesmo assim, ainda caía o raio eventual. Hoje em dia é basicamente só analfabeto funcional reclamando do primeiro parágrafo ou do comentário feito por outra pessoa sobre o texto quando colocou o link na rede social.

Talvez tenhamos nos colocado num pedestal sem perceber, mesmo falando de escatologia e subcelebridades de tempos em tempos, a média ficou tão inacessível que só conseguimos falar mesmo com quem já concorda com a gente pra começo de conversa. Tem muito de prazer pessoal nisso, afinal, uma das maiores graças do desfavor é encontrar vocês onde quer que estejamos, mas fracassamos em aumentar nossa rede de influência o suficiente para gerar alguma mudança na realidade. Pode ser que ao experimentar com outros formatos como áudio e vídeo (que paramos por motivos de imensa falta de tempo nesses últimos meses, mas vamos voltar) ajude a diminuir essa distância, mas é sempre importante pensar se o conteúdo está acessível.

Ou mesmo se na verdade deveríamos ficar com o nosso público selecionado no nível que está mesmo e tentarmos agir em conjunto para expandir tudo isso. Mas como eu pretendo mencionar num texto futuro, não tenho muitas esperanças em colocar isso em prática. Foram dez anos de muito sucesso em encontrar pessoas que enxergam o mundo de forma parecida, mesmo que discordem das conclusões; mas foram dez anos de fracasso para expandir nossa mensagem para quem não estava disposto a concordar com ela naturalmente.

Como nem passa pela nossa cabeça terminar o projeto, acredito que monetizar o desfavor e ficar em tempo integral nisso ainda seja possível. Mas pode ser que não tenha mais volta nessa questão de aumentar a acessibilidade: o custo na qualidade pode ser alto demais para continuar sendo recompensador fazer isso aqui funcionar dia sim, dia também. Se o caminho existia, parece ter ficado pra trás.

Não vou chorar na cama por isso, mas que foi um fracasso, isso foi.

Para dizer que eu não seria acessível nem desenhando, para dizer que eu deveria virar funkeiro então, ou mesmo para nos parabenizar por dez anos de fracasso: somir@desfavor.com

SALLY

Esta semana completamos dez anos de Desfavor. Dez anos de segunda a segunda, falando sobre tudo um pouco, tentando sempre trazer temas atuais, relevantes ou divertidos com um novo ponto de vista.

O que pessoas normais fariam? Celebrariam o feito contando tudo de bom que aconteceu, o feedback positivo de como o Desfavor impactou e ajudou tantas pessoas ao longo destes dez anos e os obstáculos vencidos para chegar até aqui. O que nós vamos fazer? Exatamente o contrário. Uma semana refletindo e ponderando sobre as nossas maiores derrotas.

Hoje, a pergunta do texto abre o tema: Qual foi o maior fracasso do Desfavor? Sem dúvidas o maior fracasso foi a nossa decisão de não monetizar o blog. Eu me arrependo? Absolutamente não. Mas consigo ver que, do ponto de vista estrutural, foi um baita fracasso. Poderiamos ser muito mais do que somos, poderíamos fazer muito mais do que fazemos. Abrimos mão de ser um blog, uma marca, um distribuidor de conteúdo para ser um clube intelectual, um ponto de encontro de afinidades. E não me arrependo disso.

Não existe hoje no mundo um blog com o nosso tempo de vida, com a nossa quantidade de conteúdo, tocado apenas por duas pessoas de forma caseira. Os mais parecidos tem, pelo menos dez pessoas por trás. Então, é muita força de trabalho, é muito tempo investido, é muito oferecido. Gostem ou não do conteúdo (e ele é amplamente criticável) ninguém questiona o fator quantidade. Poderia ter sido facilmente monetizável e ter se desdobrado ao longo do tempo no que quer que fosse necessário: perfil de rede social, vídeo no YouTube, etc.

Tínhamos tudo que precisávamos: conteúdo em quantidade, um publicitário envolvido e até mesmo padrinhos famosos que simpatizaram com o Desfavor e poderiam ajudar a alavancar. Mas não quisemos. Foi nossa maior vitória e nosso maior fracasso, ao mesmo tempo. Fracasso porque nosso alcance poderia ser bem maior hoje em dia e poderíamos estar fazendo apenas isto das nossas vidas, vitória por sermos provavelmente o único blog de grande porte a manter seu conteúdo virgem, intacto, atrelado apenas à vontade de seus donos e o único que se presta mais a reunir pessoas do que a qualquer outra coisa.

Não é sobre uma escolha de cobrar ou não cobrar pelo que oferecemos. Vai além disso. É sobre o que queremos que o Desfavor seja. Nós queremos que ele seja muito mais do que conteúdo: um porto seguro onde pessoas possam dizer o que pensam, um local de peneira onde fatalmente você vai encontrar pessoas com a mesma mentalidade, um ambiente onde nada é sagrado e onde pode ser feita piada de tudo. Você pode entrar aqui, deixar suas máscaras penduradas na porta e desabafar.

Isso só é possível se a gente tiver a chave dessa porta. Se a chave puder ser comprada, perde-se o controle da identidade de quem frequenta. Desfavor é mais sobre as pessoas que estão aqui do que sobre Somir e eu, faz tempo que eu bato na tecla que o melhor do Desfavor são as trocas nos comentários.

É um ponto de encontro de semelhantes que convergem para uma mesma linha de pensamento muito maior do que política ou religião. Estamos falando de uma filosofia de vida, de não se levar a sério, de acreditar no conhecimento como solução para muitas questões, de poder ser você mesmo – e de ajudar uns aos outros.

Quando selecionamos quem entra, permitimos que quem entra possa deixar suas máscaras penduradas na porta e se mostre como é aqui dentro. Não tenham dúvidas que, apesar de todos os nomes falsos, aqui dentro somos todos mais verdadeiros do que quando estamos com o RG na mão.

Então, aos olhos comuns, sim, não monetizar foi o nosso grande fracasso e é algo pelo qual eu sou cobrada com uma certa frequência. Mas pelo grande propósito disso aqui? Totalmente coerente não cobrar, por sinal, mais uma forma de continuar apresentando uma coisa diferente do que se tem por aí.

Vender conteúdo eu posso fazer de diversas formas diferentes, construir um ponto de encontro de pessoas que convergem com o meu pensamento para conversar com elas diariamente e tirar grandes amigos só sei fazer por aqui. E para mim vale mais. É ou não é um baita fracasso? Hahahahaha!

Todo o racional, todo o entorno, toda a convenção social apontava para a monetização. Era o caminho natural de qualquer blog que crescia um pouquinho. E, contrariando tudo, apenas seguindo o que sentíamos, nós não o fizemos. Se tivéssemos feito hoje poderíamos estar com um puta estrutura, com canal no Youtube fazendo vídeos e quem sabe além, mas… será que seria o Desfavor?

Sempre se bate muito na questão do conteúdo: “não poderíamos ter escrito muitas barbaridades que escrevemos”, mas acredito que isso não seja o principal. Temos capacidade de produzir um conteúdo bacana, ainda que dentro de alguns limitadores. A questão é outra: as pessoas. Eu quero aqui gente que tenha afinidade comigo, que me acrescente, que forme uma maçonaria por afinidade, que me ajuda e que eu possa ajudar. Uma máfia, um grupo coeso, não pessoas que pagam.

Eu quero poder botar pra fora a qualquer momento qualquer pessoa que eu entenda que não tem o perfil de alguém que eu queira conviver, que destoe do nosso propósito. Minha casa, minhas regras. Quero um ambiente seguro onde todos possam continuar deixando as máscaras na porta de entrada.

Fizemos a nossa parte para um mundo melhor: disponibilizamos toneladas de conteúdo de forma gratuita para quem quisesse ou precisasse dele. Mas, não se enganem, a força que nos moveu a fazer isso não foi o idealismo de um mundo melhor, foi a clara noção de que não nos adaptávamos ao mainstream e precisávamos criar nosso próprio ambiente, com pessoa mais parecidas conosco. E nisso, fomos um sucesso.

Perde-se por um lado, ganha-se por outro. Tudo não teremos. Nossa escolha foi seguir nossa maior paixão, investindo o máximo que podíamos nela e preservando-a do que achávamos que a colocava em risco. Uma escolha de fracassados aos olhos da sociedade? Sem dúvidas. Mas quem quer se adaptar a uma sociedade doente para receber o título de pessoa bem sucedida? Certamente não somos nós…

Para dizer que se fosse cobrado você não poderia ler o Desfavor, para dizer que se fosse cobrado você não ia querer pagar para ler o Desfavor ou ainda para dizer que até hoje tem medo de abrir o blog e ler “este conteúdo é exclusivo para assinantes”: sally@desfavor.com

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Comments (31)

  • Adoro esse espírito punk – Do It Yourself – de vocês. Poderiam estar ganhando dinheiro com o Desfavor, mas não querem trair seus valores.

    Por mim e pelos outros leitores fiéis, espero que continuem assim. Mas não podemos ser egoístas, então se resolverem monetizar o blog, dou o maior apoio e desejo mto sucesso.

    • O ideal seria ter liberdade absoluta e monetização. Quem sabe esse clima de polarização político aqui não permite que criemos algo como o Infowars? Alguém precisa avisar o brasileiro sobre os reptlianos…

  • Sinceramente, o maior fracasso do Desfavor seria a coluna Desfavor Convidado. Acredito que os artigos dos dezenas de leitores que escreveram na coluna não representam sequer 5% dos milhares de textos produzidos em escala por nossa querida dupla. Além disso, nenhum de nossos textos teria até agora gerado 100 comentários ou mais.

    Se o desfavor falhou em atingir os brasileiros médios, falhamos em tentar chegar perto do que é produzido e disseminado aqui de forma contínua há 10 anos em termos de variação de temas, argumentação, profundidade no conteúdo e pontos de vista inesperados, em um aprimoramento contínuo que tenho testemunhado há mais de dez anos acompanhando a dupla. Sendo a mais velha dessa bodega, puxo a fila dos fracassados. Sem qualquer vitimismo.

    Por outro lado, não diria que a nossa criatividade tenha ficado abaixo, pois tem textos excelentes na coluna, mas, digo por mim, contribuir do zero com algo original se revelou um parto (menos o texto “In Memoriam”, que saiu de primeira…hahaha).

    Muito mais fácil e cômodo, porém mais pobre, (tentar) agregar alguma relevância nos comentários ao que nos é presenteado dia-a-dia. Grata por isso.

    Desfavor: há dez anos levantando (e baixando) o sarrafo.

    • Eu não entendo que tipo de intimidação as pessoas sentem, deveria ser justamente o contrário: se dois fodidos, que não tem nada de sobrenatural, conseguem produzir conteúdo, qualquer um consegue!

  • se vcs um dia criassem um meio dos fãs pagarem para ler algumas coisas exclusivas eu pagaria com certeza (se fosse um valor dentro dos meus limites)

  • Amo vcs, meus malvados favoritos.
    Eu sou uma brasileira média (acho inclusive q era a baixo da média) q só cheguei aqui pq gostava da Sally no corporativismo feminino. Eram umas chatas , só lia as quartas mesmo.
    Achava o Somir meio estranho, mas passei a gostar por causa da Somira.
    Mesmo os textos q não entendia eu lia e pensava q algum dia eu entenderia (louca e carente). Fui muito influenciada pelo q lia aqui a ponto do meu ex marido (nos conhecemos com 15 anos) falar: vai lá perguntar para seus amigos do desfavor hahaha. Ele odiava vcs , talvez q por causa do Sally Surtada e de fato criei coragem para terminar esse relacionamento depois de um texto chamado sofrer por amor.
    E a série de falácias do Somir …tiro onda até hj explicando para os amigos sobre argumentos inconsistentes.
    Sempre pensei q gostava só da Sally e suportava o Somir até o dia q cheguei aqui … outro texto da Sally? Q saco hahahah
    Ps: eu gosto muito do YouTube tbm .por exemplo conheci um neurologista infantil maravilhoso e pretendo fazer um curso com ele no Pará ( eu sou RJ). E tenho um canal sobre economia tbm q adoro e tem um grupo exclusivo para quem contribui. Vcs podem monetizar com algo do tipo … lembro de um projeto de vcs (desfavorati???) q acabei não participando. Se fosse pago acho q teria me interessado mais rs.
    Pensem aí … adoraria colaborar com quem me ajudou a deixar de ser uma favelada vitimista . Estou firmando as bases para deixar de ser funcionária pública, o q já foi meu maior sonho.
    Escrevi muito hahah
    Só queria dar parabéns !!!

  • Os dois fracassos são enormes sucessos.
    Parabéns aos dois e vida longa ao blog.
    Se quiserem cobrar e não for muito caro, eu pago.

  • Se quiserem te patrocinar do jeito que vcs são, sem dar pitaco, não vejo problemas . Poderiam tacar umas propagandas que ninguém ia se incomodar. Na época que eu trabalhava, se fosse pago eu pagaria. E se tivesse uma empresa, gostaria de patrocinar (menos em época de A Fazenda, que acho um saco!)

  • Parabains, muitos parabains! Que os maus hábitos do Somir não o matem e o blog tenha mais anos de vida \o/

    Sinto falta da época dos blogs, tinha tanta variedade, lia vários. Hoje em dia blogs e tudo que envolve leitura está morrendo e migrando pro Youtubesteira. Eu sou dinossauro e ainda gosto de ler postagens e tutoriais em texto, em vez de ver um vídeo enorme em que 80% dele é mendigagem, falta de habilidade pra falar/sintetizar e evasão de privacidade. E pior que fora do Brasil não tá muito diferente disso não…

    • Youtube passou a ser um antro de autopromoção, carência e anuncios velados. Perde-se muito tempo, eu também estou de saco cheio do conteúdo que tem por lá…

    • “vídeo enorme em que 80% dele é mendigagem, falta de habilidade pra falar/sintetizar e evasão de privacidade”. Verdade.
      Sem contar nas músicas toscas de fundo… E quase sempre a pessoa do tutorial mal consegue formular uma frase sem usar ‘né’ ou ‘aí’…
      E por mais que o conteúdo do vídeo interesse, sempre surge nos comentários os piores raciocínios possíveis. Nem falo de gente que discorda, pensa diferente… Falo de gente que simplesmente não pensa, quer tudo pronto da boquinha de algum guru.

  • Concordo em partes com os fracassos citados. São coisas “ruins”, mas ao mesmo tempo são boas. Não sei se o brasileiro médio teria estrutura pra conseguir ler um texto aqui, interpretar e comentar sem dar faniquito. Aqueles textos sobre obesidade e o lado negro da gravidez que a Sally escreveu confirmam o que eu tô falando (fora outros “polêmicos”).

    Penso que nessa época de “mimimi lacrador”, se o blog fosse realmente grande vocês iriam competir com o Danilo Gentili sobre o número de processinhos que cada um receberia. Acho que o charme do blog é justamente esse, não tem página no Facebook, não tem Twitter, não tem canal no Youtube, não sei os nomes verdadeiros de quem escreve e estão aqui há 10 anos postando regularmente (e se consolidando como um pedaço “afastado” da internet).

    Parabéns!

  • Quanto a monetizar o blog: não que vocês não mereçam uma contrapartida pelo trabalho. Mas eu não pagaria. Porque a partir do momento que as pessoas estiverem pagando vão cobrar e pedir coisas. E eu não estou aqui para ver o que os leitores querem. Teria briga porque um pediu isso porque está pagando e outro diria que está pagando também e não queria. Se fosse um livrinho (não muito caro) até compraria. Mas tinha que vir autografado!

      • Bobeira! Vocês decidem o conteúdo e o cliente anuncia se achar conveniente. Acho que isso é melhor do que não ter anúncios por causa de uma fantasia de manter as coisas sob controle.

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