Sobre a Crise da Ucrânia.

Desfavor Convidado é a coluna onde os impopulares ganham voz aqui na República Impopular. Se você quiser também ter seu texto publicado por aqui, basta enviar para somir@desfavor.com.

Sobre a Crise da Ucrânia.

A guerra da Ucrânia contra a Rússia vem nos deixando apreensivos e não é à toa. O conflito surpreendeu a quase todos, tanto por ter rebentado abertamente numa invasão quanto pela velocidade da escalada. Até ameaças nucleares estão sendo discutidas, menos de uma semana depois de Vladimir Putin jurar que não tinha interesse em invadir sua vizinha. Em tempos assim, de excesso de informação e pouca filtragem, é difícil saber quais riscos são reais e no que devemos acreditar. Muito bem, comecemos pelo que mais interessa aos cidadãos médios.

Como o Brasil será afetado pela guerra russo-ucraniana? Qual posição assumiremos?

De imediato, com aumento nos preços de combustíveis e alimentos, já que importamos muitos insumos agrícolas da Rússia. Apesar do BR não ter aderido às sanções, a Rússia está fora do sistema SWIFT agora e isso dificulta muito as transações.

O Brasil é um país com vocação diplomática (apesar de certos políticos quererem fingir que não) e dificilmente fará mais do que condenar a invasão com palavras na ONU. O fato de que Bolsonaro demonstra ser solidário à Rússia e a nossa participação no BRICS torna essa posição mais ambígua, mas isso pode até ser melhor a longo prazo. Se tivéssemos outro governante, poderíamos até sonhar em participar de uma negociação de paz (como foi feito anteriormente e de forma bem sucedida). No momento, o único risco de termos um conflito com a Rússia é se o Putin quiser colocar armas na Venezuela, que fica no nosso quintal e seria uma ameaça. Mesmo assim, é uma possibilidade muito remota, já que temos relações mais cordiais com a Rússia e seríamos intimados… ops, ajudados pelos EUA. Você, que mora no interior de São Paulo, não precisa se preocupar em montar um bunker no porão ou ser convocado pra lutar.

O que a Rússia quer da Ucrânia e como essa bagunça começou?

Tecnicamente, a Rússia quer a Ucrânia de volta à sua órbita de controle e sem influência ocidental, além de reconhecer a soberania russa sobre a Crimeia e, possivelmente, a independência de Donetsk e Luhansk. O que o Putin quer, especificamente, é deixar um legado como grande estadista que restaurou a influência e a grandeza da Rússia – ele chegou a dizer que a queda da URSS foi a maior tragédia política do século XX anos atrás.

Lembram quando a Crimeia foi anexada pela Rússia em 2014? Então, um pouco antes disso, a Ucrânia estava trabalhando em se aproximar da União Europeia e era governada por um “fantoche” do Kremlin, um cara chamado Viktor Yanukovich, que barrou a aproximação com uma canetada. Em seguida, ele foi deposto por um movimento da população. Este movimento recebeu o nome de Euromaidan pela importância da Praça Maidan durante as manifestações.

Depois, um governo interino assumiu, eleições foram realizadas e novos governos sem influência russa foram eleitos – Poroshenko primeiro, depois o atual presidente Zelensky. Isso fez com que o Kremlin perdesse o controle sobre a política ucraniana e começasse a “apadrinhar” os dissidentes das regiões com maior número de russos étnicos e simpatizantes do Putin. A anexação da Crimeia já é história e o Donbass (as partes de Donetsk e Luhansk controladas pelos rebeldes pró-Rússia) mergulhou numa guerra civil que perdura até hoje.

Antes que alguém diga que o Euromaidan é neonazista, explico o motivo da associação (mentirosa): um dos personagens mais conhecidos pela luta pela independência ucraniana, Stepan Bandera, chegou a colaborar com a ocupação nazista por acreditar em suas promessas de libertação da URSS. O fim dessa história está na internet, para quem quiser saber. Algumas poucas pessoas levaram retratos de Bandera para as manifestações, mas difamar o movimento inteiro por isso é o mesmo que querer prender quem usa Chanel por apologia ao nazismo, já que Coco Chanel também era colaboracionista. Russos étnicos não foram perseguidos pelo Euromaidan, a não ser que você queira chamar a revogação do uso do idioma russo como oficial de perseguição.

Como a imprensa russa é controlada pelo governo, Putin começou a difamar o Euromaidan como um movimento neonazista e adotou um discurso cada vez mais conservador e anti-Ocidental (para que quiser saber mais, dê uma olhada nos escritos do Aleksandr Dugin). Poderia falar horas sobre o que isso causou internamente, mas o que interessa aqui é que a Rússia se sente ameaçada pela existência da OTAN e pelo fato de estar cercada de países-membros do grupo. A Ucrânia sempre foi vista pelo Kremlin como sua última fronteira com o Ocidente – a título de curiosidade, Украина (pronuncia-se “Ukraína”) quer dizer “sobre a bordinha/fronteira” em russo – e teria sido a gota d’água. Por isso, a mídia russa tem se esforçado para retratar a invasão como “desmilitarização e desnazificação” de um pedaço roubado da Grande Rússia.

Hoje, 28/02/2022, as exigências russas para parar a invasão foram exatamente uma declaração de neutralidade em relação ao Ocidente pela Ucrânia, a desmilitarização do país e o reconhecimento formal do controle russo sobre a Crimeia. Acredito que exigirão o reconhecimento da independência das províncias de Donetsk e Luhansk também, mas duvido que estes termos serão aceitos.

O que vai acontecer agora? Preciso construir um bunker no porão de casa?

Não precisa de bunker se você estiver no Brasil, essa briga não é nossa e dificilmente seríamos alvo de uma arma nuclear russa no presente momento. Se estiver na Europa ou nos EUA, o risco continua muito remoto, mas mais possível do que nunca neste período pós-Guerra Fria. Pode ler sobre segurança e o que fazer na situação, mas não precisa entrar em pânico ainda. E espero que não precise nunca.

Hoje, dia 28 de fevereiro, as negociações entre a Ucrânia e a Rússia recomeçaram, mas não houve avanços. A Ucrânia pediu por um cessar-fogo e pelo fim da invasão. A Rússia exigiu que a Ucrânia fosse desmilitarizada, se declarasse neutra e o controle russo sobre a Crimeia fosse reconhecido internacionalmente. A invasão continua, as tropas russas já estão quase chegando a Kiev e os ucranianos continuam resistindo. Dentro da Rússia, a população não ficou feliz e milhares de pessoas tem sido presas por protestar. Numa terra em que falar mal do governo ainda pode te levar para um campo de trabalho forçado (pesquisar sobre o que aconteceu no caso Pussy Riot caso queira saber mais), isso é algo bem expressivo.

Duvido que um país que já foi invadido, abandonado pela UE e pelos EUA, e teve terras tomadas pela Rússia aceite a desmilitarização, é uma exigência inaceitável. Isso já foi usado na I Guerra Mundial para criar um casus belli, e é o que eu acho que o Kremlin está tentando fazer agora. Mesmo se um cessar-fogo for assinado, duvido muito que a região fique em paz por muito tempo. Podemos ter mais da mesma guerra híbrida de Donbass ou uma breve pausa antes de outro conflito. UE talvez admita a Ucrânia em um regime especial, OTAN deve se manter reticente quanto a Ucrânia, mas admitir a Suécia e a Finlândia.

Um grande desafio para tentar prever o que vai acontecer é que Putin já provou que não estava blefando em nenhuma das ameaças que fez. Inclusive, já chegou a dizer em um documentário que “não é necessário que exista um mundo no qual a Rússia não exista.” Além disso, o Ocidente sabe muito pouco sobre o grau de prontidão e rapidez do arsenal nuclear russo. Nenhum especialista está se atrevendo a dizer que o risco é nulo, porque aparentemente não é mais. Fora que invadir um país que está flertando com a OTAN é um péssimo jeito de demonstrar que esta é desnecessária, que não deve se expandir e que a Rússia não é uma ameaça.

Acredito que a melhor chance deste conflito não se tornar uma guerra total é a queda do Putin. Não dá pra entender isso sem falar dele em particular, mas long story short: ele foi o único governante pós-soviético capaz de oferecer estabilidade e segurança econômica aos russos e por isso (e por se apropriar da máquina do Estado inteira) está se segurando no poder há tanto tempo. Entre 40% e 60% da população trabalha em estatais ou semi-estatais. Se as sanções causarem um efeito forte e rápido o suficiente para tirar isso dos russos, os protestos irão aumentar muito e causar muito mais comoção. Em algum momento, não poderão ser contidos mais e pode ser que ele caia, principalmente se a OTAN decidir levar liberdade e democracia a Moscou.

Daria para falar da história do Holodomor, daria para falar sobre a contradição que é chamar o governo ucraniano de neonazista e perseguir homossexuais ao mesmo tempo, daria para falar sobre a própria personalidade do Putin e como isso se reflete na política externa russa, mas acho que o que expus aqui já traz mais entendimento sobre a crise.

Por fim, para quem quiser dar uma olhada no que a mídia russa tem dito sobre a guerra, tem o Ria Novosti (em russo) e o Sputnik (disponível em português), ambos do Kremlin. Para quem não está interessado nas fake news russas, a Deutsche Welle, o G1, a Vice e a Al Jazeera estão fazendo boas coberturas. Além disso, para quem se interessa por geopolítica e relações internacionais no geral, um antigo professor meu falou da crise em seu canal “Redes e Poder no Sistema Internacional”.

Ass: Paula

Se você encontrou algum erro na postagem, selecione o pedaço e digite Ctrl+Enter para nos avisar.

Desfavores relacionados:

Etiquetas: , ,

Comments (22)

  • Paula, uma dúvida: em vez de justificativas genéricas, caso houvesse evidências de maus tratos contra a minoria russa nas repúblicas reconhecidas por Putin, porque ele as não apresentou, invadindo ou não? Haveria de fato alguma evidência?

    Nisso, o Ministro de Relações Exteriores poderia ter feito isso na reunião do comitê dos direitos humanos em que todos lhes deram as costas.

    Para alguém que está no cargo há uns vinte anos, sendo respeitado até então, o discurso dele foi escabroso…

  • Duas perguntas, de quem realmente não entende muito do assunto:

    1 – De que difere – dadas as proporções – de outras invasões feitas por EUA e Europa ( num passado não tão distante), porém não tão mal vistas?

    2- Até que ponto essa situação foi ou não forçada pela OTAN e UE?

    • Oi, Mauro! Vamos lá. Só uma coisinha que gostaria de dizer antes de explicar essas questões por texto: o Sistema Internacional funciona de uma maneira injusta e dominada por dinheiro e armas sim, e embora eu não ache isso bom, também é necessário reconhecer que não há muito que possamos fazer como cidadãos comuns neste momento. Enfim:

      1) De um ponto de vista moral, teríamos de analisar invasão por invasão. As da OTAN são historicamente mal feitas, tanto pela instabilidade das regiões ser vantajosa quanto por falta de acesso às informações necessárias. No meio das RIs, nós não nos esquecemos da Guerra Civil Líbia, nem do desastre da Primavera Árabe na maioria dos países. Na verdade, eu concordo com um argumento do Putin para não intervir na Síria: o Ocidente não se preocupou em descobrir quais eram os ideais dos rebeldes e deu no que deu (lembra do Estado Islâmico?)
      De um ponto de vista mais pragmático, preciso dizer a verdade: nenhum Estado e nenhuma organização existe com o objetivo de garantir o bem estar da população. O propósito maior da existência de um Estado é garantir sua própria segurança e existência. Invadir a Ucrânia é ruim para a segurança da Europa (onde há arsenal nuclear), é ruim para a segurança de vários países que já foram ocupados pela Rússia e é pior para a economia mundial porque há mais dinheiro lá. É uma ameaça global porque a OTAN nunca ameaçou começar um conflito nuclear por causa do Oriente Médio (spoiler: Trump pode ter evitado um em 2020, mas isso é outra história).
      Eu poderia dizer que mais pessoas serão impactadas direta e indiretamente sem ser mentira, mas também não está errado dizer que a invasão russa à Ucrânia está sim sendo mais condenada do que as da OTAN a outros países. Caso você tenha interesse em ajudar estes lugares remotos, as únicas ONGs que sei que chegam a todos são os Médicos Sem Fronteiras e a Cruz Vermelha. Não costuma ser muito caro contribuir com elas.

      2)As negociações foram conduzidas de uma maneira bem burra sim, nisso concordamos. Biden não deveria ter feito alarde publicamente da possibilidade de uma invasão sem falar em consequências, por exemplo.
      Mas forçar a situação? De forma alguma. Primeiro, a Rússia vinha se preparando para isso desde 2014 e tomou ativamente uma decisão de agredir a soberania ucraniana após passar meses dizendo que não iria invadir. Segundo, a entrada da Ucrânia na OTAN não estava prestes a acontecer, não estava prevista e sequer foi pedida antes das coisas se escalarem. Havia uma espécie de consenso de que nunca iria acontecer, na verdade. Nem a OTAN e nem a Ucrânia ameaçaram a Rússia em momento algum, Zelensky até mesmo disse que não estava interessado em recuperar as regiões rebeldes e a Crimeia fora das vias diplomáticas. Havia comentários sendo feitos entre os próprios líderes da OTAN de que esta não era mais tão útil e necessária, mas a própria invasão da Rússia à Ucrânia acabou provando o contrário. A entrada da Ucrânia na União Europeia também não configuraria uma ameaça à segurança russa no contexto anterior. A decisão de agredir foi russa.

  • Obrigada pelo texto, Paula. Tenho amigos jornalistas, alguns correspondentes, mas sua explicação foi a melhor lida até agora.

  • Primeiro aquele texto maravilhoso da Sally, agora esse texto maravilhoso da Paula… Somir vai ter que “se puxar” no texto de amanhã para manter o mesmo nível.

  • O tal “legado” que ele vai deixar é ser conhecido como ditador que arrasou a Rússia. Olha a moeda desvalorizando ladeira abaixo, olha o pessoal russo desesperado! É isso que esse desgraçado causou. Nem os russos apoiam essa guerra, aí ele manda prender.

    • G1 costuma ser bom para atualizações rápidas, embora seja necessário manter um filtro. A imprensa brasileira, no geral, costuma traduzir notícias da imprensa gringa. DW é uma das fontes mais confiáveis, de fato. Mas minha favorita tem sido mesmo a Al Jazeera, porque as notícias e reações fora do eixo EUA/Europa/Japão/China também aparecem.

  • Derrubar o chefe é realmente suficiente? É improvável que um “estamento” burocrático-militar opte por um prosseguimento desta política agressiva? Afinal, pela tradição soviética-russa, costuma haver uma densa camada de controle, que prossegue para os objetivos independentemente dos obstáculos (vide as insanidades da invasão do Afeganistão).

    • Eu duvido que o conflito sequer tivesse se escalado dessa maneira se a Rússia tivesse outro chefe de Estado. Putin é conhecido por ser particularmente autocrático, ele tem um histórico de cuidar de todas as questões possíveis pessoalmente para manter o máximo de controle que conseguir. E dificilmente haverá outro com personalidade belicosa, expertise estratégica e inteligência tão rapidamente para substitui-lo.

      Fora que os outros políticos russos que falaram à imprensa utilizaram as palavras “objetivos de Putin na Ucrânia” ao invés de “objetivos da Federação Russa”.

  • Excelente, Paula. O seu texto diz tudo o que precisa ser dito sobre a situação e explica de onde todo o problema veio e para onde tudo pode ir. E o que me deixou mesmo preocupado foi essa frase do Putin: “não é necessário que exista um mundo no qual a Rússia não exista”. Ele tem acesso a armas nucleares – cuja prontidão e alcance são pouco conhecidos por nós daqui do Ocidente – e, como você mesma disse, ele ” já provou que não estava blefando em nenhuma das ameaças que fez”.

  • Muito interessante e informativo o texto, e obrigada pelas sugestões de literatura.
    Eu tenho uma pergunta. Sobre a Ucrânia ter sido abandonada pela UE e pelos EUA, o quê, além das sanções instauradas, os governos dos países envolvidos poderiam fazer sem ameaçar uma resposta nuclear do Putin?
    Eu não sou absolutamente especialista no assunto, por isso a pergunta. O que eu vejo aqui na Europa é uma mobilização popular e extra oficial imensa. Caravanas de pessoas indo lutar na Ucrânia, dinheiro e bens de consumo sendo enviados, lista de pessoas oferecendo abrigo em suas próprias casas para os refugiados, e isso é gente usando dinheiro do próprio bolso. E não estou falando de poucas centenas de pessoas não, são milhares. Mesmo que esse tipo de mobilização seja um grão de areia perto do comboio russo de 64 km que está chegando a Kyiv, tem um valor simbólico grande, inclusive para os combatentes ucranianos. Isso na esfera civil, “extra oficial”.
    Na esfera oficial, temos a Alemanha voltando a se militarizar pesado (!!!), a sempre neutra Suíça aderindo às sanções, Suécia e Finlândia considerando se juntar à OTAN, e a UE mandando armamento e suprimentos (tem 1 bilhão de euros alocados para esse fim). Hoje no parlamento depois do discurso por vídeo do Zelesnkyy tinha gente chorando, e a candidatura da Ucrânia para membro da EU já foi aceita. A impressão que eu tenho é que, pelo menos na EU, os estados estão de mãos atadas, pois mandar tropas oficialmente equivaleria a apertar o botão da auto destruição, já que o Putin não hesitaria em partir para a guerra nuclear (ele deve estar mesmo morrendo de câncer, aquela puffy face tá com a maior cara de corticoide).
    Enfim, essa é a minha dúvida, eu adoraria mais informações sobre o assunto.
    Abraços
    Esther

    • É por isso que os líderes mundiais estão quebrando a cabeça neste momento para pensar em mais medidas. Os países integrantes da OTAN não podem enviar tropas. O que ainda pode ser feito financeiramente é bloquear o acesso dos oligarcas russos às propriedades no exterior, ou até mesmo começar a desapropriá-las, já que muitos têm iates e mansões pela Europa. Rastrear os bens do Putin particularmente vai ser difícil porque ninguém sabe quanto e o que ele tem, mas parece que um iate pertencente a ele saiu às pressas da Alemanha, com reparos incompletos, horas antes da invasão acontecer.
      Na esfera diplomática, eu pessoalmente tentaria pedir à China (que a UE pedisse, não os EUA) que mediasse um acordo e ofereceria vantagens econômicas substanciais. Mesmo assim, o risco do conflito estourar daqui alguns anos seria grande, então usaria o período de paz para financiar os movimentos anti-Putin na Rússia… travestindo de “integração e trocas culturais”. Mas falar sobre isso é mais fácil que fazer, já que as defesas russas contra intervenção externa são paranoicamente boas.

      Numa medida desesperada, enviaria tropas disfarçadas de civis indo lutar por livre e espontânea vontade e destruiria toda a documentação referente.

  • Paula:

    1) Muito obrigada por reservar tempo da sua vida para escrever este texto maravilhoso!
    2) Se você encontrar qualquer erro em textos meus, por favor, pode corrigir nos comentários
    3) Se quiser escrever mais textos, estamos aqui. Publicaremos todos os textos que você enviar.

    • Fico feliz que tenha gostado! Caso surjam novas informações interessantes para mim, o Desfavor será o primeiro “lugar” a saber!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Relatório de erros de ortografia

O texto a seguir será enviado para nossos editores: