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Nomes de Candidatos – Parte 9

Nomes de Candidatos – Parte 9

| Sally | | 34 comentários em Nomes de Candidatos – Parte 9

Na tentativa desesperada de concluir nossa missão antes das eleições, resolvemos juntar os três estados do Sul do país. São mais de 3500 nomes, mas achamos que seria possível. “É uma região civilizada, não vai ter tantos nomes bizarros” – eu pensei.

Eu estava enganada. Depois de muitos cortes e escolhas difíceis para que todos caibam aqui, eu lhes apresento os piores nomes de candidatos da Região Sul do Brasil e a triste constatação de que o Brasil está 100% riodejaneirizado.

Vamos começar de baixo para cima, com o Rio Grande do Sul. Confesso que os gaúchos me surpreenderam – para pior. A quantidade de nome brega, cafona e as grafias que apareceram são de entristecer. Vejam por vocês mesmos.

Na categoria “Tentei ser internacional”, pessoas com nomes ou palavras internacionais em combinações de gosto duvidoso. É o caso de Amaral El Negrito, Diego Oliveira Bob, DJ Alexandre Thusco Elvis, Gold, Nyaya, Halley, John Elvis, Mano Changes, Rodrigo Pox, Thais Italy e Thiago The Police.

Na categoria “Trocou errado”, escolhemos uma representante para as muitas pessoas que fizeram alterações equivocadas em seus nomes. Supondo que você se chama Marian Anhanha Suptitz e está se postulando para um cargo onde deve ter seu nome lembrado pelo mais variado tipo de pessoas, inclusive aquelas que não tem as mentes mais brilhantes. O que você troca no seu nome para que ele fica mais fácil? Ela escolheu trocar Marian por Mari. O povo que lute para lembrar de ANHANHA SUPTITZ.

Na categoria “Poderia ser um personagem de quadrinhos”, candidatos com nomes tão inusitados e tragicômicos que poderiam ser um super-herói (ou vilão) de terceira categoria. É o caso de Artur Goulart Taxista do Bem, Benhur Pedroso, Bohm Gass, Bruno Carrão Pataxó e Huno, cujo nome real é Átila. Confesso que eu ri, pelo menos houve alguma pertinência temática com o nome original.

Temos ainda Classmann, Dentinho, Elvis Cabeça Branca, Motta Maromba, Ninja Motoboy, Nega Diaba Filha (o que é especialmente perturbador, pois insinua a existência de uma Nega Diaba Mãe, duplicando a hediondez), O Homem do Caminhão, Paulo Opusdei, Roselane do Cinturão Azul, Ruivo, Serjão Carreteiro, Simplesmente Eva e Toni Matrix.

Na categoria “Ofendendo a Natureza” temos Mico Gonzato, Chacall, Claudio Cavalo, José Pantera, José Santana Mico, Lins Robalo, Oltencir Saraiva Leitão, Orion de Sá, Patrick Silveira Cravo, Professor Toco Cordeiro, Repolhinho, Sabiá da Serra,

Na categoria “Bate Forte o Tambor” temos muitos representantes. Cito alguns, mais já adianto que, se for medir pelos candidatos, Rio Grande do Sul é o estado mais macumbeiro do país: Pai Branco, Pai Pedro de Oxum, Pai Ricardo de Oxum, Pai Willson de Oxalá e muitos outros que, por restrição de espaço não caberiam aqui.

Curioso ver como Rio Grande do Sul tem mais macumbeiro do que Bahia ou o Nordeste em geral. Só reforça minha teoria que, tirando uns poucos com ancestralidade, Candomblé e macumba no geral são coisa de branquinho que quer ser diferentão.

Na categoria “q”, aquela onde não conseguimos compreender ou classificar o nome escolhido, temos Douglas Maestro Pifador, Moisés Barbosa Maluco do Bem (como se fosse consolo, não queremos nenhum maluco legislando), Preto Ex-Goleiro do Inter, Rafael Chulé (nem do próprio pé a pessoa dá conta de cuidar direito, imagina do país), Sergio Pires Dias Cabeludo, Silvia Schirrmann Doce Recado, Tristinho, Xascote, Xurras e Zoinho.

Abro um parêntesis aqui. Em quase todos os estados tempos pessoas fazendo referência aos próprios olhos na alcunha escolhida: Zóio, Zoinho, Zoião e etc. E quando você abre a foto, você vê que de fato tem algo acontecendo ali. Fica a dica para todos os brasileiros: vamos cuidar e controlar a tireoide, pois, de acordo com este grupo de controle, a Exoftalmia está comendo solta.

Continuamos com Adavilson Tchá Tchá, Beleza (no caso, não há), Carioca Fiscal do Povo, Cristiano D Ate Amo Bicho, Deja Já, Despachante Bororó, Eder Azeredo Canhão do Vale, Gaúcho da Geral, Jeferson Careca, Kalifa da Ferragem, Macega Neles, MC Pedrão, Paparico Bacchi, Prettu do Ferro Velho (cujo nome não é Prettu nem é da cor negra), Prego Motos e Tchêquinho.

RIP Rio Grande do Sul.

A gente sabe que Santa Catarina é a capital brasileira do negacionismo científico e que rola uma decadência já faz um tempo, mas não esperávamos algo tão ruim. Uma pena que as eleições já estejam chegando e não dê tempo de escrever sobre todas as pessoas com nome cagado, pois poderíamos ficar um mês inteiro falando sobre Santa Catarina.

Na categoria “Você podia escolher outro nome” pessoas que não receberam nomes muito afortunados de seus pais, mas, ainda assim, decidiram mantê-los na urna, acreditando serem marcantes e importantes o suficiente para que um eleitor semianalfabeto lembre deles. É o caso de Cilço Luiz, Djessica Barbosa, Kym Locks, Antídio Lunelli, Dorlei, Fanuel Refosco, Lioilson, Maicon Zabot e Zelize.

Na categoria “Antes era menos pior”, pessoas que resolveram aprimorar nomes ruins e conseguiram nomes piores ainda. Temos muitos, então escolhemos uma pessoa para representar os demais: Jennifer de Souza Ferreira. Jennifer achou que seu nome tinha poucas consoantes e que um sobrenome pronunciável é para os fracos e mudou seu nome para JHENNIFFER BREENSTUP. Parabéns aos envolvidos, destacando que o nome é a coisa menos artificial em Jhenniffer.

Na categoria “Fauna e Flora” temos Bambu Reis, Alazão, Edson Piriquito, Frank Lobo, Nandinho Cysne, Rafael Laske Mamão e Sagui Jornaleiro. Sim, eu sei o que vocês estão se perguntando e a resposta é sim, ele realmente parece um Sagui. Vem processo, que estamos te esperando.

Na categoria “q” temos DJ Boca, Fala Zion, Farinheira, Jo da Coletiva Rebeldia, Kerexu (que, apesar da fantasia, se chama Eunice Antunes), Pupo, Reinaldo É O Clima e Vampiro.

Temos ainda A Guerreira Salete Cardoso, Airtoncorpoealma (assim mesmo, sem espaço), Chico Bento, Cíntia Mandata Bem Viver, Cleber Torra Torra, Diego Pandini Diabo Loiro, Gaúcho Amarelo, Guella, Índio Fotógrafo, Pretto, Rabuja, Rondinelli Panela Velha, Xandi da Toca e Xuxa. Curiosidade: poucas vezes na minha vida vi tanta gente feia junta. Parabéns, Santa Catarina!

Subindo um pouco mais, chegamos ao Paraná, essa terra maravilhosa que nos deu o Alborghetti. Felizmente, a linhagem continua na política, Alborghetti Neto é candidato (e, a julgar pela foto, serial killer nas horas vagas). Mas vamos ao que interessa…

Na categoria “Você podia ter mudado o nome” temos pessoas que não receberam os melhores nomes de seus pais, mas que, tendo a oportunidade de um recomeço, de escolher do zero qualquer outro nome, se recursaram: Ceslau Mika, Dangley José O Padre, Dr. Wevigton Glatt, Hauly, Anesia Popik, Cid Clay Gabarrão, Cloara Pinheiro, Djeison Ristow, Handrey Peters, Jilcy Rink. Parabéns pela coragem, pois discernimento não tem.

Na categoria “Esse inglês não ornou”, candidatos com nomes ou partes de nomes em inglês de gosto duvidoso, como é o caso de Ben Hur Custódio, Bethy Frank, Celso King, Coronel Lee, Deivid Wisley, Deyvidy Hernandes, Stallone Ribeiro, Beto Racing, Cantor John Orley (antes que alguém pense que é filho de americanos, o nome real é Emerson da Silva) e Dylah.

Na categoria “Comestíveis” temos Bill Pastel, Linguiça do Circo, Pó Royal, Sargento Pente Mel, Ademir Paçoca, Batata O Repórter do Povo, Batatinha, Delei da Mandioca, Julio Leite, Keila do Yakult, Nego Filé, Palhaço Torradinha e Suco. Curiosa a tendência dos palhaços locais de escolherem nomes comestíveis.

Na categoria “Apropriação Cultural”, temos Awaju Poty que, na verdade, se chama João José Félix Pereira, é mais branco do que eu e aparece na foto de terno. Temos ainda José Missioneiro que escolheu o nome Cantor Indio Panh. Provavelmente temos mais, mas não há qualquer condição de abrir mais de 3 mil fotos para verificar se o layout bate com a etnia do nome.

Na categoria “Palavras aleatórias” onde os candidatos escolhem uma única palavra sem contexto para representá-los, temos Capoeira, Cebinho, Feneme, Maranhão, Pier, Solitário, Vermelho, BA, Bomber, Crimeia, Goura, Kozaca, Kretã, Pampa, Panche, Plauto e Vardo.

Na categoria “Bichos e Cia” temos Carlão Papagaio, Galo, Hermes Frangão Parcianello, Cobra Repórter, Jacaré, Lobão, Marcelo Tubarão, Valdecir Jalasko e Pintinho.

Na categoria “Autoestima” temos Celso Pio X, Cristiano O Fiscal do Povo, Jaime João O Deputado do Povo, Samurai do Novo, Soberanno (não, não é nem seu nome, nem seu sobrenome, é escolha mesmo), Soberano (desta vez com um N, e igualmente não é o nome da pessoa), Messias Cheiroso, Renata Moreira A Doutora do Povo e Walter Luiz o Bacana Bacana (assim mesmo, Bacana ao quadrado).

Na categoria “q” temos Albari Dias O Intervencionista, Darta do Programa da Darta, Joelson Bolsolavista, Larocca O Cervejinha, Mara Boca Aberta, Negão do PT, Repórter Comum, Sancho Loko, Treis Pião, Aparecido do Sítio Cercado e Boca Aberta Jr. (seria o filho de Mara?).

Temos também Bolota Totti, Cesar Gordão, Edson Narizão, Enio da Parada Graciosa, Fernando Sangue Laranja, Karioka, Maria do Bairro, Mary do Pole, Naná Tia do Zap, Osvaldo Cabeção, Saulo da Casinha, Sorrisal O Amigo do Povo, Sucateiro Bocão, Tia Deisi das Baladas, Vermelho da Rádio e Zóio. Reitero o apelo para que façam checkup de tireoide.

É isso, se a região Sul, maior reduto de cultura e qualidade de vida do país está nesse nível, é sinal de que não há qualquer esperança. Parem de se importar com quem será o Presidente da República e aceitem que, seja quem seja, vai ter que seguir leis hediondas feitas por pessoas com problemas de tireoide, na melhor das hipóteses.

Hora de se desiludir, no sentido de acabar com ilusões: não tem qualquer chance do Brasil dar certo e tanto faz quem vai ser o Presidente da República.

Para dizer que também está decepcionado com o Sul, para dizer que o país todo foi nivelado por baixo ou ainda para dizer onde o gaúcho deve enfiar sua arrogância agora: sally@desfavor.com


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