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Desfavor da semana: Calcinha!

| Desfavor | | 15 comentários em Desfavor da semana: Calcinha!

O desfavor desta semana é o mesmo desfavor de tantas outras semanas de tantos outros anos. (ânus?)

“Bundana Deforah mostra mais do que empolgação no ensaio da Acadêmicos do Bicheiro”

Troque o nome da (bunda) mulher por outro e troque o nome da escola de samba por outro, a notícia continua sendo a mesma. Semi-famosa mostra a calcinha ou algo mais para sair na mídia pré-carnavalesca.

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Atenção: Este texto ganhou a classificação máxima na escala de trocadilhos infames da Sociedade Carioca de Trocadilhos Astutos. (SoCaTrAs)

Eu e Sally discutíamos sobre o desfavor desta semana, ela me falava sobre essa indústria de pagar calcinha antes do carnaval, dizendo que é um tremendo desfavor. Óbvio que eu tirei sarro e disse que o inferno congelaria antes de eu considerar uma gostosa semi-nua um desfavor. Depois de uma leve discussão e algumas saudáveis ofensas, eu resolvi fazer algumas… pesquisas… sobre o assunto.

Sabem do que mais?

É realmente um desfavor! O desfavor é essa inconsistência de ir para um lugar onde sabe que vai ser fotografada provocando os homens e ter a cara-de-pau de usar uma calcinha! Oras, se você quer dar para o público o que o público quer ver, faça isso direito!

Preocupados com o nível moral deste blog, contratamos um estagiário para censurar as fotos mais reveladoras, o Marquinhos. Ele ainda está aprendendo a usar o Photoshop, então perdoem qualquer problema.

Eu sou um ferrenho defensor da bundalização da sociedade moderna. Se o público quer bundas, dêem as bundas para o público. (Peraí…)
A bundalização liberta, a bundalização banaliza a nudez feminina de tal forma que até deixa de ser algo vulgar aparecer sem calcinha na frente da nação. A bundalização deixa a mulher mais livre para ser o que é e mostrar isso para o mundo. A bundalização é mais um dos instrumentos da liberação feminina, por mais que as feministas (sem bunda) insistam em dizer o contrário.

Essa é parte boa. O direito da vadia burra usar seus fundos esperando investimentos para poder engordar sua poupança em paz.
Isso é liberdade, isso é igualdade. Cada um dá o que tem.

E em troca dessa liberdade de usar o corpo como ferramenta única de trabalho, nós (os homens) esperamos ser recompensados. Seria muito mais fácil ter derrubado a revolução feminina e mandado todas as mulheres de volta para a cozinha. Mas o que nós fizemos? Permitimos! Hoje em dia até as dançarinas de funk podem votar!

E como se recompensam os homens?
Dando para eles o que eles querem. Você, leitor ou leitora, pode até argumentar que aquelas ali dão mais que chuchu na cerca, mas eu não me refiro exatamente a isso.

Refiro-me a adequar-se às expectativas. Acabou-se a era das calcinhas, já está na hora de praticar a vadiagem pré-carnaval permitindo que os cinegrafistas finalmente possam fechar na Prochaska.
Oras, se a nossa “vítima da mídia” da vez já apareceu mostrando até o útero em alguma revista masculina (e todas já apareceram) qual o problema de esquecer a calcinha em casa e dar um show de verdade? Fingir que tem algum pudor enquanto se esforça para que suas pregas saiam bem iluminadas nas fotos que estamparão jornais e revistas do momento parece-me um tanto quanto hipócrita.

E é um atraso. Elas parecem valorizar muito o esforço daquelas que abriram os caminhos (de trás) para que suas carreiras de gostosas profissionais fossem reconhecidas na mídia. Mas estão fugindo de uma tendência.

A bundalização é fato consolidado.

A bucetização ainda não. Temos pioneiras como a Lílian Ramos, a Luma de Oliveira, a Juliana Paes, a Adriane Galisteu… E isso ficando só no Brasil. Nos EUA a bucetização já é moda, tenham em vista a quantidade e a qualidade das fotos divulgadas por lá tendo como foco o descaso das celebridades femininas com o uso regular de roupa íntima.
Não me surpreendo se vir alguma propaganda estampada no monte-de-vênus de alguma delas num futuro próximo: “If i knew you’d be watching, i’d wear my Victoria’s Secret’s panties.”

A bucetização é ainda mais importante para o mundo. Não parem esse processo agora!
Estamos tão perto que dá até para sentir o cheiro da vitória. (Ou tem alguém fazendo comida portuguesa aqui por perto…)

Perguntem para a Rita Cadillac ou para a Gretchen se elas desanimaram quando a sociedade repreendeu seus rebolados? Pois bem, elas lutaram por vocês, INHAS profissionais. Elas deram tudo o que tinham (esse trocadilho já deu, né?) e agora a evolução social depende de vocês.

Ao invés de subir naqueles lugares elevados para mostrar suas calcinhas e reclamar que foram invadidas pela mídia depois, deixem as calcinhas em casa e esfreguem a verdade nua e crua (além de depilada, por favor) na cara da imprensa!

Vocês podem até achar que é safadeza minha de querer mais mulher pelada na mídia. E estão corretos. Mas mesmo assim, existe um ideal por trás (foi mal) de toda essa situação:

Se vai ser vadia, FAÇA ISSO DE FORMA (IN)DECENTE!
Até as mandaria enfiar a calcinha no cu, mas não seria nada de novo para elas.

Ah, este texto pode conter linguagem e imagens inapropriados para menores de 18 anos.
Se você não pode acessar esse material, não leia.

Algo me diz que eu deveria ter colocado esse aviso no começo…


Pior do que o carnaval em si, são os dois meses que antecedem o carnaval.

Carnaval passa rápido, são poucos dias. Mas, nos dois meses que o antecede, a imprensa fica monotemática: só fala dessas semi-famosas que fazem de tudo para aparecer, as subcelebridades de carnaval, que são esquecidas durante o ano todo e precisam fazer coisas bizarras para chamar a atenção de dezembro a fevereiro.

Eu juro, eu não agüento mais ver manchete sobre Fulaninha pagando calcinha ou Fulaninha pagando peitinho. Isso lá é notícia?

Estas moças, que eu apelidei de Desfavores Carnavalescos, sabem muito bem que em qualquer camarote de escola de samba elas serão fotografadas de baixo para cima por uma horda de fotógrafos e que qualquer deslize será documentado. Ainda assim, colocam uma micro-calcinha e quando aparecem as fotos na mídia, se dizem chocadas pela forma como a imprensa explora sua imagem.

Li uma delas (e me recuso a dar o nome, para não fazer propaganda dessa criatura, afinal, é isso que ela quer) que pagou calcinha FEIO e depois foi reclamar em um programa de TV dizendo que se sente “invadida” pelos fotógrafos. Como assim? Coloca uma saia curta, uma calcinha intra-uterina, samba na frente de fotógrafos e se diz “chocada” de saber que sua calcinha foi fotografada? Por favor, seja puta com convicção! Chamar a gente de burro não dá, né?

O pior é que a imprensa noticia isso à exaustão. O único lado bom é que nessas fotos “clandestinas” não tem Photoshop, então, a gente pode conferir que elas tem até mais celulite que a gente. Fala sério, tem umas que a coxa parece um saco de carne moída…

O que me revolta mais é que essas criaturas ganham muito dinheiro com isso. Profissão: famosa. Qual é o mérito dessas mulheres? Alguém me explica? As que são gostosas até tem seu mérito, porque dá um trabalho da porra ser gostosa, mesmo com bomba. Mas as que estão mais para “puta velha”, bundinha muchiba, celulitosas, que sambam e a coxa balança mais que gelatina… porra, qual é o mérito dessas mulheres?

Não me incomoda que mulher pelada venda bem. Mulher pelada vende, isso é fato. Seria dar murro em ponta de faca querer questionar isso. O que me incomoda é essa camuflagem hipócrita que colocam em torno do assunto! Faz uma playboy, cuja proposta é MULHER PELADA e sejam honestas! Mas não! Nããããooo… Não é uma nudez gratuita, é arte, é um trabalho, é uma manifestação cultural. E claro, é sem querer.

Juro que qualquer semi-famosa dessas que falar “Pois é, paguei calcinha meeerrrmo, queria aparecer e consegui, sabia que ia ser fotografada e atochei logo uma calcinha no rego, fiz DE PROPÓSITO e ganho mais do que vocês que estão aí trabalhando” vai ganhar meu respeito. Porque o que me incomoda nem é a mentira em si (dizer que foi sem querer) e sim o pouco crédito que elas dão para a minha inteligência, achando que eu vou acreditar. Esse é o mal da pessoa burra mentindo: ela acha que o resto das pessoas são tão burras quanto ela, nivela por baixo.

Não culpo a imprensa. Se vende, tem mais é que publicar. Não adianta vir com moralismo. Eles querem vender jornal e revista. Mas custava dar uma debochada? “Fulaninha paga calcinha deliberadamente, de caso pensado, na quadra da escola tal, vejam só a carinha dela, toda se querendo”. Está tão ridículo que só debochando!

E estas Senhoras, muitas com filhos em idade escolar, poderiam pensar um pouco em seus pais, avós, maridos e filhos e se poupar (e poupá-los) desse constrangimento. Depois, aparece uma dessas chorando em programa de TV, se dizendo “invadida”, dizendo que a imprensa não respeita a “privacidade” dela e ainda tem quem se comova e jogue pedras nos jornalistas! Tem umas mais descompensadas que ainda processam o jornal ou a revista!

Elas sabem que passado o mês de fevereiro, terão que hibernar e só retornarão em dezembro, então, aproveitam estes poucos meses de “fama”, talvez para fisgar um empresário/pagodeiro/jogador de futebol otário que lhes garanta o sustento. É uma boa época para engravidar, pois o filho ($$$) nascerá em outubro, o que lhes permite estar em forma novamente em dezembro (muita lipo) para pagar de santa invadida pela imprensa novamente.

E os Cuecas, como sempre, dando vexame: quem nunca viu um homem instruído, alfabetizado, caindo nas garras de uma dessas? Não me refiro a jogadores de futebol com meio neurônio e sim a homens bem sucedidos como Eike Batista. Como sempre, homens se portando de forma ridícula. Quer comer? Beleza. Passa o pinto. Mas pagar de maridinho ou de namoradinho é ridículo por demais.

Fica aqui meu apelo para estes Desfavores de Carnaval: mocinhas, sejam mais honestas e parem com o teatrinho de “Oh! Meu Deus! Ele me fotografou! Ele invadiu minha privacidade!”. Quem quer privacidade não sobe em uma plataforma de micro-vestido e micro-calcinha em um lugar cheio de fotógrafos e fica rebolando. É bem previsível. Até um orangotango percebe as conseqüências.

Não quer pagar calcinha? Samba de short ou coloca um shortinho por baixo do vestido/saia. Resolveu pagar calcinha? Tenha ao menos bom humor. Manda uma frase feita do tipo “o que é bonito é para ser mostrado” em vez de ofender a inteligência alheia. E malhe, viu? Porque o que eu tenho visto de celulites e flacidez nessas fotos “clandestinas”…

Um amigo meu que trabalha na coluna social de um grande jornal contou que os “empresários” destas Senhoras mandam as fotos delas pagando calcinha para que sejam publicadas. Isso quando não ligam para a imprensa e dizem que a criatura vai estar em tal lugar tal hora em um micro-vestido. Bacana, né? Subcelebridade pride.

Para terminar, quero deixar consignado que prefiro mil vezes as cachorras do funk a essas Desfavores de Carnaval. Ao menos são autênticas, se assumem putonas sem o menor problema. São verdadeiras. São mulheres o bastante para assumir o que fazem. Quando Valesca pega no microfone ela não faz drama, apenas grita “Valeu, muito obrigada, mas agora virei PUTA!”. É um desfavor? É, mas bem menor…


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