Des Portes: E-li-mi-na-dos!

A derrota é feia.O que escrever após duas eliminações ridículas? Des Portes!

SOMIR

O que foi este jogo do final de semana na Copa América?

Eu, que sempre sou pessimista, não esperava esse resultado. Sinceramente? Até jogou melhor mesmo, mas a bola não entrou, e no futebol o resultado se mede pelo gol. Mereceu se foder, porque perder quando você joga contra alguém melhor é compreensível, mas perder sendo visivelmente superior é duro de engolir.

O problema é que eles estavam confiantes demais, dominando o jogo e achando que a qualquer momento o gol sairia. Estavam acomodados demais para quem estava empatado. Se deram ao luxo de trocar passes dentro da área em vez de dar um chutão para acabar com o perigo. Se deram ao deleite de tentar dribles e firulas quando uma finalização feia mas precisa poderia ter sido muito mais útil. Poderiam ter feito mais, mostrado mais raça, mais fibra.

“Eles estão nervosos”, alguém comentou. NERVOSOS? Gente, eles só fazem isso da vida! Eles ganham em um mês o que nós provavelmente não ganhamos em um ano! Eles são profissionais, eles não tem o direito de usar nervosismo para amenizar mau desempenho. Como você se sentiria caso um cirurgião que comete um erro ao operar um ente querido seu vai até você e tenta justificar que errou porque estava nervoso no momento da cirurgia? Porra! Se ficam nervoso a ponto de cagar um jogo, então desculpe, mas não devem jogar na seleção. Fica a dica.

“O goleiro da outra seleção teve sorte”. Teve sim. Fez várias defesas muito difíceis onde não se sabe bem se ele foi na bola ou se a bola que foi nele. Fez defesa com o pé, em um misto de sorte e reflexo. Pegou pênalti. Ok, o goleiro da outra seleção provavelmente era muito bom e estava com sorte, mas não venham querer me convencer que um bom goleiro com sorte é imbatível. Já vi jogadores fazerem gol em goleiros melhores. Falando que o goleiro estava com sorte em tom conformista parece que seria impossível conseguir outro resultado!

Convenhamos, a coisa já vinha mal desde o começo. No primeiro jogo um empate com uma seleção fraca. No segundo jogo, outro empate com uma seleção fraca. No terceiro jogo, uma vitória com cara de prêmio de consolação contra uma seleção muito fraca. Aparentemente esta vitória deslumbrou os jogadores, que por algum motivo que não posso entender, acharam que ali iniciava um novo marco, que a Seleção havia “desencantado” e começaria a jogar bem. Muito mais agradável pensar que eles magicamente melhoraram do que pensar que só se saíram bem porque o outro time jogou mal. O ser humano é risível. A verdade é que só conseguiram jogar bem e vencer o terceiro jogo PORQUE era contra um adversário bem mais fraco.

O técnico não ajudou. Fez uma substituição muito equivocada neste último jogo que culminou na eliminação e tantas outras questionáveis ao longo da Copa América. Acredito que estava bem intencionado, mas também acredito que não presta para técnico da Seleção pois não vem mostrando resultados satisfatório faz tempo, mesmo em amistosos. Mais cedo ou mais tarde ele vai ser substituído e eu tenho muito medo de quem possa vir em seu lugar, porque os cotados são todos pessoas que eu desgosto tanto pessoal como profissionalmente.

Há quem diga que o gramado prejudicou. Ok, o gramado parecia mesmo um grande mictório de gato, mas eu deixo uma pergunta no ar: porque não prejudicou a seleção rival, que acabou eliminando-os da Copa América? Repito: são profissionais. Você conseguiria se esquivar de uma grande merda na sua carreira se alegasse uma falha em algum equipamento usado para o trabalho? E se o seu colega do lado, com mesma função, também usasse esse equipamento e tivesse um desempenho satisfatório? O gramado estava ruim para AMBOS, um ganhou. Ponto. Mais do que isso é chororô.

Vale lembrar que, apesar da superioridade, tiveram o tempo regular e a prorrogação para fazer um gol. A bola não entrou. “Mas Somir, fizeram várias finalizações!”. Pior ainda. Se a bola não chegasse, eu até entendia, mas a bola chegou nos supostos goleadores tão badalados, que fazem milagres em seus times e não fizeram nada pela Seleção. Não foi falha tática, a bola chegou. Foi incompetência na hora de finalizar, falta de pontaria, falta de habilidade. Isso é grave.

Outra coisa: uma expulsão desnecessária. Precisava? Não, não precisava. E uma expulsão vinda de um juiz açougueiro, que só marcava falta quando sangrava. Se não houve fratura não há falta! A pancadaria correu solta -detalhe que apanharam mais do que bateram. Ainda assim, com um juiz que faz vista grossa para a violência dentro de campo, conseguiram a proeza de ter uma expulsão. Meus sinceros parabéns.

“Mas Somir, não dá para fazer um elogio não? Você precisa ser tão crítico?”. Ao futebol, não. Ao técnico posso até destinar um único elogio: estava bem vestido. Tava elegante de sobretudo preto e gravata. Bem diferente de uns e outros que o antecederam. Tava chique, e só. Elogio ao futebol não consigo fazer. Talvez ao futebol do adversário, que em condições muito piores segurou o tranco, correu, marcou, mostrou raça.

Os pênaltis. O que dizer dos pênaltis? Melhor não dizer nada e deixar que aquela crendice da sabedoria popular siga adiante: “pênalti é sorte”. Não dá, porque eu sei que não é. Eu sei que pelas leis da física, se você chuta forte, rasteiro e no canto o goleiro NÃO PEGA mesmo que se adiante e adivinhe o lado. São profissionais, eles tem sim a obrigação de bater um pênalti bem batido. Não é tão difícil assim para quem passa oito horas por dia desde os dez anos de idade fazendo isso. Mas, abafa o caso, vamos deixar na conta da sorte mesmo porque é menos deprimente. Você seria capaz de dizer que um jogador que foi campeão brasileiro perderia um pênalti? Você apostaria que um jogador com experiência na Europa perderia um pênalti?

O técnico diz que, no que depender dele, não vai sair. Será?

É isso, a cobertura da Copa América termina por aqui, porque a gente perde interesse quando as nossas seleções são eliminadas.

Para dizer que não quer falar sobre Copa América, para dizer que o vexame da Argentina foi maior porque perdeu em casa ou para dizer que o vexame do Brasil foi maior porque perdeu todos os pênaltis: somir@desfavor.com

SALLY

O que foi este jogo do final de semana na Copa América?

Eu, que sempre sou pessimista, não esperava esse resultado. Sinceramente? Até jogou melhor mesmo, mas a bola não entrou, e no futebol o resultado se mede pelo gol. Mereceu se foder, porque perder quando você joga contra alguém melhor é compreensível, mas perder sendo visivelmente superior é duro de engolir.

O problema é que eles estavam confiantes demais, dominando o jogo e achando que a qualquer momento o gol sairia. Estavam acomodados demais para quem estava empatado. Se deram ao luxo de trocar passes dentro da área em vez de dar um chutão para acabar com o perigo. Se deram ao deleite de tentar dribles e firulas quando uma finalização feia mas precisa poderia ter sido muito mais útil. Poderiam ter feito mais, mostrado mais raça, mais fibra.

“Eles estão nervosos”, alguém comentou. NERVOSOS? Gente, eles só fazem isso da vida! Eles ganham em um mês o que nós provavelmente não ganhamos em um ano! Eles são profissionais, eles não tem o direito de usar nervosismo para amenizar mau desempenho. Como você se sentiria caso um cirurgião que comete um erro ao operar um ente querido seu vai até você e tenta justificar que errou porque estava nervoso no momento da cirurgia? Porra! Se ficam nervoso a ponto de cagar um jogo, então desculpe, mas não devem jogar na seleção. Fica a dica.

“O goleiro da outra seleção teve sorte”. Teve sim. Fez várias defesas muito difíceis onde não se sabe bem se ele foi na bola ou se a bola que foi nele. Fez defesa com o pé, em um misto de sorte e reflexo. Pegou pênalti. Ok, o goleiro da outra seleção provavelmente era muito bom e estava com sorte, mas não venham querer me convencer que um bom goleiro com sorte é imbatível. Já vi jogadores fazerem gol em goleiros melhores. Falando que o goleiro estava com sorte em tom conformista parece que seria impossível conseguir outro resultado!

Convenhamos, a coisa já vinha mal desde o começo. No primeiro jogo um empate com uma seleção fraca. No segundo jogo, outro empate com uma seleção fraca. No terceiro jogo, uma vitória com cara de prêmio de consolação contra uma seleção muito fraca. Aparentemente esta vitória deslumbrou os jogadores, que por algum motivo que não posso entender, acharam que ali iniciava um novo marco, que a Seleção havia “desencantado” e começaria a jogar bem. Muito mais agradável pensar que eles magicamente melhoraram do que pensar que só se saíram bem porque o outro time jogou mal. O ser humano é risível. A verdade é que só conseguiram jogar bem e vencer o terceiro jogo PORQUE era contra um adversário bem mais fraco.

O técnico não ajudou. Fez uma substituição muito equivocada neste último jogo que culminou na eliminação e tantas outras questionáveis ao longo da Copa América. Acredito que estava bem intencionado, mas também acredito que não presta para técnico da Seleção pois não vem mostrando resultados satisfatório faz tempo, mesmo em amistosos. Mais cedo ou mais tarde ele vai ser substituído e eu tenho muito medo de quem possa vir em seu lugar, porque os cotados são todos pessoas que eu desgosto tanto pessoal como profissionalmente.

Há quem diga que o gramado prejudicou. Ok, o gramado parecia mesmo um grande mictório de gato, mas eu deixo uma pergunta no ar: porque não prejudicou a seleção rival, que acabou eliminando-os da Copa América? Repito: são profissionais. Você conseguiria se esquivar de uma grande merda na sua carreira se alegasse uma falha em algum equipamento usado para o trabalho? E se o seu colega do lado, com mesma função, também usasse esse equipamento e tivesse um desempenho satisfatório? O gramado estava ruim para AMBOS, um ganhou. Ponto. Mais do que isso é chororô.

Vale lembrar que, apesar da superioridade, tiveram o tempo regular e a prorrogação para fazer um gol. A bola não entrou. “Mas Sally, fizeram várias finalizações!”. Pior ainda. Se a bola não chegasse, eu até entendia, mas a bola chegou nos supostos goleadores tão badalados, que fazem milagres em seus times e não fizeram nada pela Seleção. Não foi falha tática, a bola chegou. Foi incompetência na hora de finalizar, falta de pontaria, falta de habilidade. Isso é grave.

Outra coisa: uma expulsão desnecessária. Precisava? Não, não precisava. E uma expulsão vinda de um juiz açougueiro, que só marcava falta quando sangrava. Se não houve fratura não há falta! A pancadaria correu solta -detalhe que apanharam mais do que bateram. Ainda assim, com um juiz que faz vista grossa para a violência dentro de campo, conseguiram a proeza de ter uma expulsão. Meus sinceros parabéns.

“Mas Sally, não dá para fazer um elogio não? Você precisa ser tão crítica?”. Ao futebol, não. Ao técnico posso até destinar um único elogio: estava bem vestido. Tava elegante de sobretudo preto e gravata. Bem diferente de uns e outros que o antecederam. Tava chique, e só. Elogio ao futebol não consigo fazer. Talvez ao futebol do adversário, que em condições muito piores segurou o tranco, correu, marcou, mostrou raça.

Os pênaltis. O que dizer dos pênaltis? Melhor não dizer nada e deixar que aquela crendice da sabedoria popular siga adiante: “pênalti é sorte”. Não dá, porque eu sei que não é. Eu sei que pelas leis da física, se você chuta forte, rasteiro e no canto o goleiro NÃO PEGA mesmo que se adiante e adivinhe o lado. São profissionais, eles tem sim a obrigação de bater um pênalti bem batido. Não é tão difícil assim para quem passa oito horas por dia desde os dez anos de idade fazendo isso. Mas, abafa o caso, vamos deixar na conta da sorte mesmo porque é menos deprimente. Você seria capaz de dizer que um jogador que foi campeão brasileiro perderia um pênalti? Você apostaria que um jogador com experiência na Europa perderia um pênalti?

O técnico diz que, no que depender dele, não vai sair. Será?

É isso, a cobertura da Copa América termina por aqui, porque a gente perde interesse quando as nossas seleções são eliminadas.

Para dizer que não quer falar sobre Copa América, para dizer que o vexame da Argentina foi maior porque perdeu em casa ou para dizer que o vexame do Brasil foi maior porque perdeu todos os pênaltis: sally@desfavor.com

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Comments (18)

  • Puta que pariu….
    um puta texto grande do cacete…
    e vocês colocam o mesmo nos dois.
    Isso é confundir o leitor!!
    Pffff

  • Essa é, definitivamente, a parte mais triste, Paulo César. Mais triste que bater o recorde do Palermo (porque trabalho em equipe é sempre superior!) Não achei que alguém conseguisse a PROEZA de não ENTENDER isso -_-'

  • Sally
    Bons tempos eram os anos 90
    Que tinham Batistuta no auge da beleza e da carreira.
    Que tinham Túlio Maravilha fanfarrão e tirando onda de craque ,isso ele podia pq era verdadeiramente cômico e oportunista.
    Fazer o q? Hj em dia temos uma pasmem, seleção argentina embarangada e brasileiros ''super carismáticos''.Né Neymar?Né Robinho?
    Por hj termino aqui,só ressaltando q o jogo da Argentina fui visualmente mais atraente pq belo Batistuta hj quarentão assistia ao vexame dos compatriotas da arquibancada e a tv o filmava vez ou outra.Gato vendo nossa seleção não tinha .Só um Pato que ''tava'' em campo…
    Julia Raquel

  • Eu tô é felizzzzzzzzz! Tô louca pra que o Brasil deixe de ser o fuckin "Pais do Futebol" pra quem sabe a população se preocupar com coisa mais importante.

    Sou de Cuiabá, os serviços públicos são TODOS uma bosta e BILHÕES serão gastos com as obras da copa (só o estadio vai custar mais de 500 milhões e vão colocar um transporte coletivo super hiper mega faturado que, sozinho, vai custar 1 bilhão de reais) e o povo daqui tá super feliz por ser uma das sedes da copa (Y)!

    ODEIO FUTEBOL NO BRASIL, ODEIO AS MERDAS QUE FAZEM POR FUTEBOL NO BRASIL, ODEIO COPA DO MUNDO, PRINCIPALMENTE A NO BRASIL!

    Ri litros com a nossa desclassificação! \o/
    Vou torcer contra o Brasil em todos os jogos e pode me xingar quem quizer, acho um absurdo gastar 500 bilhões em uma merda de estadio que nao vai servir pra nada enquanto um monte de gente tá morrendo no pronto socorro por falta de atendimento. Acho um absurdo os jogadores ganharem tanto dinheiro, fama e paparicação pra nao fazerem merdaaaa nenhuma, enquanto a população que realmente trabalha ganha uma miséria que mal dá pra comprar comida!

  • Marciel, os textos estão propositadamente iguais, justamente para mostrar o ridículo da situação: as duas seleções tidas como favoritas tiveram o mesmo desempenho e o mesmo final.

  • Claro que se depender do técnico ele não sai, ninguém sai, o barato é ganhar milhões mesmo que só faça cagada.

  • Ficava tão fino quanto se escrevessem o texto uma vez só e apusessem ambas as assinaturas ao final. Mas enfim, cada qual cai do bonde como gosta…

  • Para os que não perceberam, postamos o mesmo texto porque este mesmo texto se aplica igualmente, palavra a palavra, para ambas as seleções.

    Uma forma fina de dizer TUDO A MESMA MERDA

    É por essas e outras que eu sou contra ser fina…

  • E pra dizer que até na hora de fazer merda o Brasil-sil-sil-sil-sil é melhor que a Argentina, que só perdeu UM pênalti, enquanto que nós tivemos as manhas de perder QUATRO?

    Ah, e por quê cargas d'água bisar o texto, ao invés de fazer um só e lascar as duas assinaturas no final?

    O bom desse fim de semana é que agora tem uma cortina de fumaça à menos para a imprensa e uma galinha morta a menos para o Desfavor perder tempo chutando no lugar de pegar pra capar em cima de quem merece.

  • Muita gente disse que é culpa do Mano, mas não concordo. Não acho que ele seja técnico pra seleção, porque todos os trabalhos dele por enquanto, levaram um bom período pra começar a dar frutos. Ele é tecnico de time, porém, armou bem o time. A superioridade em campo mostra isso.

    O que falta pros jogadores do Brasil é QI. Jogador burro pode fazer quantas embaixadinhas quiser, quantos dribles quiser, que não vai à lugar nenhum. Bando de jumento.

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