Desfavor da semana: Carecas do saber.

“A panicat Babi Rossi, 21, entrou no olho do furacão no último domingo, após aceitar raspar o cabelo ao vivo, no “Pânico na Band”. Sua atitude dividiu opiniões nas redes sociais e nos sistemas de comentários da internet.” FONTE

Sério que esse foi o assunto mais comentado da semana? Sério? Desfavor da semana.

SOMIR

Quando eu vi a notícia sobre a vadia genérica com o cabelo raspado no Pânico, não poderia imaginar que isso acabaria aqui no Desfavor da Semana. Até que é inusitado, mas está longe de ser uma grande novidade na mídia. Gerou curiosidade suficiente para um clique, pelo menos.

A história em si, grandes merdas: Mais uma das óbvias armações do Pânico para gerar atenção. Eu teria achado mais engraçado se ela tivesse escolhido o cabelo do Neymar, contanto. Uma crina comporia o visual de forma mais condizente com o conjunto da obra. E é basicamente essa a atenção que a notícia merece, certo?

Infelizmente no caso do Brasil, ERRADO! Foi impressionante o alcance dessa bobagem na opinião pública, notícias se multiplicavam, ânimos se exaltavam, grupos favoráveis e contrários ao êxodo capilar da panicat começavam a entrar em choque… Não é a notícia que gerou este desfavor da semana, foi a reação pública.

Como é fácil trollar esse povinho! E como eu sou inocente por ter me surpreendido com esse drama todo… O povo que acha que Big Brother não tem roteiro depois de mais de uma década obviamente ia cair que nem patinho nessa história do Pânico. É quase como se as pessoas se forçassem a acreditar nessas coisas só para ter algo fácil de opinar. Brasileiro se amarra num maniqueísmo, e algo assim torna bem simples criar bandidos e vítimas para uma vomitada opinativa básica.

E mesmo deixando de lado um pouco esse apagão cerebral do brasileiro médio para acreditar que tudo não foi armado, até mesmo as opiniões decorrentes são cretinas e desconectadas da realidade.

Sim, eu acho engraçado ler as asneiras que esse povo bunda escreve, dizendo que uma mulher que ganha a vida mostrando o rabo em rede nacional está sendo humilhada ao raspar a cabeça. Eu me amarro numa câmera baixa filmando bundas de mulheres gostosas nos meus programas televisivos, mas não vamos confundir as coisas: Raspar a cabeça foi provavelmente a coisa MENOS humilhante que a moça tenha feito no palco do programa até hoje.

Aquela lá era uma BUNDA até ter a cabeça raspada. Mesmo que por motivos bisonhos, estão entrevistando a moça e fazendo perguntas sobre os sentimentos dela naquele momento. Entre isso e ser encarregada de mostrar partes de seu corpo de forma provocativa para uma câmera por não ter mais nenhuma função prática, é um salto de dignidade tremendo!

E sobre a parte de exploração: Ah, vá. Tudo bem que a função exercida pela moça não prima pelos requisitos intelectuais, mas daí a achar que isso foi uma forma de abuso de incapaz já é chutar o balde. Essas mulheres não ganham duzentos reais por mês, como o povão acabou acreditando. Saiu entrevista de outra dizendo que chegou a faturar cem mil por mês com essa história de panicat.

Mesmo que ela só fizesse programas (não os de TV) para complementar a renda, já faria um belo pé-de-meia só com o impacto de mídia. O Brasil é um país onde ser famoso já basta, vide o quanto ex-BBB costuma faturar só para mostrar a fuça em festas e eventos. Porra, já começou uma campanha para que ela posasse assim na Playboy logo durante o programa. Novamente: Ficar famosa por algo além da bunda é um salto (mesmo que efêmero) de qualidade de vida.

Ah sim, o que mais me irritou nisso foi quem veio com papinho de que isso seria ofensivo para quem tem que raspar a cabeça por causa do câncer. Quando é que o Brasil ficou TÃO viadinho? Essa merda de indústria da ofensa tem que parar. Não se pode mais peidar sem ofender alguém (ABFC – Associação Brasileira dos Flatulentos Crônicos). Se o ocorrido tem qualquer mérito alheio ao fato deles terem ganhado atenção da mídia às custas da burrice do brasileiro, foi o de dar uma popularizada no visual careca e pelo menos por algum tempo tirar a presunção imediata de paciente terminal. Esse povo GOSTA de se ofender, se sente especial, só pode ser…

Estou contra argumentando as baboseiras soltas por aí mais por diversão, porque tem um ponto muito mais incômodo nisso tudo: Precisa de uma vadia genérica de um programa humorístico raspar a cabeça para o brasileiro se preocupar, mesmo que em 140 caracteres ou menos, com condições humilhantes e exploratórias de trabalho.

Meia dúzia de comentários quando empresa é pega se aproveitando de trabalho escravo, numa notícia que perde o interesse no dia seguinte. As pessoas continuam comprando os produtos como se nada. Milhares de notícias e discussões acaloradas, promessas de boicote e processos quando uma porra de um programa de HUMOR (em tese), conhecido por pregar peças, pega uma de suas empregadas e arma com ela um plano vantajoso de exposição na mídia. Vá à merda, Brasil!

Vai ver o problema com os inúmeros trabalhadores em condições de escravidão é não ter silicone, hormônios de cavalo ou cabelos descoloridos! Junta a peãozada, bota uns biquínis e enfia a câmera no cu deles. Quem sabe eles mereçam a valiosa atenção dessa merda de gente fútil e estúpida?

Dizer que a panicat foi humilhada e explorada é humilhar e explorar AINDA MAIS quem realmente está se fodendo nessa vida.

Para dizer que este texto é pura Enveja do alcance das trolladas do Pânico, para reclamar que só estamos botando mais lenha na fogueira, ou mesmo para dizer que só se interessa quando rasparem outra parte dela em rede nacional: somir@desfavor.com

SALLY

Impressionante como o brasileiro médio gosta de ser enganado e manipulado. Impressionante como escolhe acreditar na versão mais legal de uma história em vez da versão mais verossímil. A perda de foco, tempo e energia que as pessoas vivenciaram durante esta semana por causa de um NADA chega e me despertar pena.

Para começo de conversa, a pessoa tem que ter um retardamento mental muito acentuado para não perceber que a menina já sabia o que iria acontecer e já havia concordado previamente. Seus gestos, sua linguagem corporal e até mesmo algumas frases entregaram isso. Fazer o que? Ela não é atriz, não dá para esperar muito. Mas é muito mais legal e muito mais divertido acreditar que o Pânico é ousado o suficiente para fazer uma coisa dessas ao vivo sem nem consultar a moça. Foi nisso que as pessoas escolheram acreditar.

Daí surgiram comentários indignados, protestos e discussões. A menina teria sido “humilhada”, etc etc. Sério mesmo que neguinho passou a semana batendo boca só porque pegaram e rasparam a cabeça de, como diz o Somir, uma “vadia genérica”? Humilhado fica o trabalhador que acorda às quatro da manhã para pegar dois ônibus lotados e tentar chegar ao trabalho a tempo e no final do mês recebe um salário mínimo. Que tal a gente discutir isso? Não, né? A vadia raspada é mais relevante.

Será que as pessoas ainda não perceberam que a essência do Pânico é ter quadros que pareçam espontâneos mas que são previamente combinados e coreografados? É uma versão mais sofisticada daqueles programas de auditório, estilo DNA no Ratinho Livre. Como é feito por cabeças pensantes, fica um pouco mais sutil. Pelo visto um tiquinho de nada de sutileza já basta para enganar a massa. O que me entristece é o porque.

Se eu conseguisse acreditar que é um povo inocente/humilde/bom/bobo, seria mais fácil. Mas não é. Infelizmente de inocente o brasileiro não tem nada: é um tal de um querer levar vantagem em cima do outro, um armar para o outro, um comer a mulher do outro… nada inocente. Na verdade alguns são BURROS e por isso não tem subsídios para sacanear alguém de forma consistente, mas é total incapacidade e não bondade, se tivessem cérebro, seriam tremendos filhos da puta.

Mesmo tirando onda de malandros, estas pessoas espertas o bastante para armar, mentir e tentar se dar bem escolhem acreditar em uma encenação quase teatro infantil. Graças a este padrão de comportamento idiota e socialmente aceito é que a maior parte dos brasileiros se sente apta a bater no peito com orgulho e dizer que tem religião. Não é vergonhoso como deveria ser dizer que você escolhe acreditar em algo que não tem o menor sentido. Pode acreditar no Pânico, pode acreditar na ocupação do Complexo do Alemão, pode acreditar que Deus não quer que você use método anticoncepcional. Não é inocência nem bondade, é preguiça mental de descobrir e lidar com a realidade.

Em regra geral o brasileiro leva uma vida tão de merda, tão fodida, que procura se iludir em tudo aquilo quanto lhe seja permitido. Em termos gerais ganham merda e tem relacionamentos doentios (ô povo para ter relacionamentos pouco saudáveis, puta que pariu!). No meio deste mar de bosta resta apenas encostar no sofá e escolher acreditar em uma encenação ridícula, porque fica mais engraçado se pensar que a vadia genérica não sabia que seria raspada. O programa que a pessoa assiste é bacana, esperto e ousado e não uma armação caricata.

Depois, como é de praxe de pessoas com problemas mentais, a mentira acaba tomando conta da pessoa e virando uma verdade e quando você menos espera esta mesma pessoa que por um segundo escolheu acreditar está na internet, no seu local de trabalho ou no seu lar debatendo sobre a vadia raspada e as implicações éticas e sociais de algo que nunca existiu. A moça consentiu, foi uma pauta discutida. Mas vale tudo para tirar o foco da própria vida, já que se olhar para baixo a pessoa se verá atolada de merda até o pescoço. É preciso se agarrar a factoides para não olhar para si mesmo.

Eu sempre assisto ao Pânico com olhar técnico de troll. Acho que eles até que são bons no que fazem, mas me espanto como precisa de pouco para que as pessoas embarquem em uma historia fantasiosa e percam tempo e energia de suas vidas com isso. Essa coisa de fazer suspense e deixar para o final do programa a parte mais legal é mais velha do que a minha avó, mas aparentemente ainda dá certo. Uma pena que as pessoas sejam tão idiotas que uma fórmula dos anos 60 ainda funcione. Se as pessoas evoluíssem, os programas de TV também seriam obrigados a evoluir.

Neste ponto você deve estar se perguntando como é que a gente tem coragem de criticar uma mentira descarada depois do que fizemos no Dia do Troll. Bem, nós mentimos, mas nós mesmos nos desmentimos e não ganhamos absolutamente nada com isso, foi puramente antropológico e educativo. Bem diferente da vadia raspada, que periga virar ícone. Hoje mesmo eu vi uma garota com a cabeça raspada em “solidariedade”. Não duvido que essa porra vire modinha. Nós enganamos para alertar, para que a pessoa fique esperta e seja mais difícil enganá-la novamente.

O grau de preguiça mental é tanto que não duvido nada que algum brilhante membro do Ministério Público investigue o “abuso” cometido no programa. Provavelmente os mesmos que processam Rafinha Bastos. Eu sou a favor do aborto de Promotor anencefálico. Enquanto todos discutiam a relevância da vadia raspada, o STF aprovou a constitucionalidade das cotas para negros nas universidades (porque branco não nasce pobre) e a Câmara aprovou um texto bizarro do novo Código Florestal. Quem se importa? Muito mais legal falar sobre cabelo raspado, afinal, não precisa ler para falar sobre isso.

Se pareceu em algum momento que eu critiquei o Pânico, passei a impressão errada. Certos estão eles, enchendo o cu de dinheiro às custas da preguiça mental do brasileiro. Fazendo apenas “o necessário”, sem ir além, porque como está, está ótimo. Neguinho está engolindo! Vai ter trabalho e se sofisticar para que?

O grande desfavor é esse povo bunda, que tem uma vida de merda e precisa ficar embarcando em histórias e situações ilusórias para mitigar sua realidade toda cagada, em vez de arregaçar as mangas e tentar mudar. Um povo que usa o resquício de esperteza para tentar passar a perna e se dar bem, em vez de aprender a questionar e lidar com a realidade. Bobos da corte, encarcerados em sua preguiça mental, em sua necessidade de ilusão e alienação, sem perceber que é justamente isso que faz com que suas vidas fiquem cada vez mais cagadas. Corram todos para o Twitter falar da vadia raspada, por dez segundos isso vai atenuar sua dor.

Para dizer que prefere achar que a mentirosa sou eu, para vestir a carapuça e dizer que sua vida é ótima ou ainda para pedir que raspem a minha cabeça: sally@desfavor.com

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Comments (53)

  • Larissa Grotesca

    Esse programa é uma bosta…
    É engraçado as vezes, como o Fred Mecury platinado falando com os seguranças.
    Porem o cara estudou pra ser palhaço…

    O resto é apelação…tudo pelo Ibope.
    qualquer hora acaba essa merda…

  • Fiquei sabendo desse desfavor pelo facebook. Pensando seriamente em sair dessa porra, porque olha, tá me dando nos nervos, e me deprime um pouco saber que tenho pessoas em minhas relações sociais que debatem esse tipo de coisa, se importam e assistem esta merda de programa. Sou contra o aborto de bebês anencéfalos, devíamos abortar os bebês com cérebro, pra evitar que estes sofram convivendo com a maioria anencéfala brasileira. Quero voltar pro útero!

  • Porra.. Tenho tanto horror da programacao do domingo que nem perco meu tempo ligando a tv. Nem sabia q essa merda do Panico ainda tava no ar. Como pode?

    • kiko, desta vez a coisa tomou proporções nacionais. A imprensa falou nisso a semana toda, as antas de rede social falaram nisso a semana toda.

      Eu acho que o Pânico tem seu valor, desde que visto com olhos de troll profissional. Dá para tirar alguns conceitos bacanas sobre trollagem do programa. O que não pode é olhar com olhos de zebra, acreditando no que vê.

    • Deus escreve certo por linhas tortas, não é isso?

      Vai ver Ele achou que era hora dessa moça passar por isso, porque ele tem um plano maior para ela. Deus está colocando a fé dela à prova e fazê-la superar isso é uma provação.

      Se alguém conseguir pensar em mais algum clichê para debochar, por favor insira aqui!

  • que coisa paia. ultimamente nada de diferente ou realmente interessante parece acontecer na mídia, isto é, fora do futebol europeu! ahahaha

    E fora isso só se salva uma ou outra coisa dos esportes, mais nada. Não há vida fora do futebol europeu! :D

      • Nem ligo pro futebol europeu. Só acompanho meu tricolor e olha lá… Ainda assim não estou muito animado com as perspectivas para o jogo contra o Santos.

        Vamos ver se o time faz o resultado… Acho até que vou tirar o chip torcedor do meu aparelho para ficar menos nervoso.

      • Pra mim ele anda 100%. É que nenhum time vai vencer eternamente, rs. Mas no final a emoção e a qualidade dos jogos prevalecem. É um espetáculo.

  • Eu não assisto TV e não sinto a menor falta.
    Quando ocorre algo de relevante, acabo sabendo através de pessoas que ainda assistem. Mas esse acontecimento aí, passei ao largo. Ninguém teve o trabalho de me alertar sobre.

    Morra de orgulho de mim, Sally.

      • Eu também estou cercado, mas as pessoas não costumam debater essas coisas na minha frente. Eu costumo acabar com a graça da conversa quando comento sobre o contexto das coisas, sempre com muita polidez.
        E olha que quando ocorre, tem vezes que eu nem falo nada, justamente pra não acabar com a alegria momentânea do pessoal.
        Mas o pessoal só lembra de quando eu abro a boca e preferem evitar que eu participe dessas conversas filosóficas. Devem me achar um chato.

  • O que é vadia genérica? Remédio genérico é que copia a fórmula de outro, celular genérico é xingling falseta, então vadia genérica seria uma vadia falsa que imita outras?
    Cada povo tem o governo que merece. Vão continuar botando todos Tiriricas Genéricos pra votar leis esdrúxulas. O que vcs postam aqui é dar murro em ponta de faca, mas a esperança é a última que morre e tomara que algum imbecilóide que conversa com o Google caia aqui no blog e fique com a cara na poeira. A mulé tá lá ganhando os tubos pra raspar a cabecinha loura e os brasilóides indignados. Se fosse verdade eles iriam perder até o cu em indenização. Saiu de lá ela põe uma peruquinha e vai continuar dando a pexirica, com a bolsa cheia de dindin e rachando de rir desses manés.

    • Vadia genérica é uma vadia que não teve carisma e inteligência suficientes para ter seu nome lembrado. Aquela mulher que você sabe que é vadia mas não lembra nem o nome. Porque vadias como Luma de Oliveira, com grandes feitos no curriculum (chifre no Eike com Bombeiro! hahaha) merecem ter seu nome citado.

      Sim, eu tenho esperança que algum idiota que conversa com o Google leia o texto e comece a perceber algumas verdades. Se no meio de uma multidão a gente conseguir abrir os olhos de UM que seja, já terá valido à pena. É por essas e outras que a gente se escaralha para conciliar o Desfavor com nossos trabalhos de modo a manter isso aqui aberto e gratuito. Estamos tentando fazer a nossa parte, apesar de duvidar que funcione.

  • Outro desfavor que merece atenção nessa semana:
    Tá cheio de infeliz morrendo por não conseguir chegar a tempo no hospital. Essa semana a policia paulistana e a Companhia de Engenharia do Tráfego perderam tempo e desperdiçaram o dinheiro do contribuinte escoltando aquela subcelebridade, filho do Leonardo que veio de Goiania se tratar em hospital 5 estrelas de SP.
    Tomar no cu viu. Revoltante, de verdade.
    O pai dele poderia ter pago um helicóptero pra levar do aeroporto ao hospital, mas não, mobilizaram recursos públicos e de quebram cagaram (ainda mais) o transito. E o povinho bunda achando lindo.

    • Aliás, QUEM ERA ESSE NOBODY antes de se acidentar? Um cantorzinho que mal se ouvia falar! E agora, só porque ele se acidentou o Jornal Nacional fala dele! Um tremendo desfavor!

      • Eu só conheço uma pessoa que vai aos shows dele, uma garota que estudou comigo no ensino médio…coloca diariamente no twitter: #forçapedro. Certeza de que se ele for dessa pra melhor vai tatuar o nome dele no braço. Quero saber quem contrata uma pessoa que tatutou fuckin pedro e thiago como advogada.

  • Faz tempo que eu deixei de gostar do Pânico. Tenho a impressão que antigamente o programa era mais inteligente e as trolladas no público mais elaboradas, mesmo sabendo que era tudo armado, ainda ficava aquela sensação de “Será?”, agora, além de previsível, ta cada vez mais sem graça.

    • Eu até vejo alguma utilidade no Pânico, principalmente quando eventualmente eles perdem a mão e praticam bullying contra alguma celebridade. Mas tem que olhar com olhos criteriosos, com desconfiança.

    • Será que as pessoas não trabalham ou será que elas desviam tempo e energia que deveria ser do seu trabalho para falar desses factoides?

      • Esses dias teve greve onde eu trabalho, mas o cartório ia funcionar normalmente. Aí não resisti e disse ao colega que me explicou: “então os que trabalham irão trabalhar normalmente e os que não trabalham irão fingir normalmente também.” Ele, que é um dos que trabalham, foi obrigado a rir.

  • “O grande desfavor é esse povo bunda, que tem uma vida de merda e precisa ficar embarcando em histórias e situações ilusórias para mitigar sua realidade toda cagada, em vez de arregaçar as mangas e tentar mudar. Um povo que usa o resquício de esperteza para tentar passar a perna e se dar bem, em vez de aprender a questionar e lidar com a realidade. Bobos da corte, encarcerados em sua preguiça mental, em sua necessidade de ilusão e alienação, sem perceber que é justamente isso que faz com que suas vidas fiquem cada vez mais cagadas” – Sally

    Esta é a melhor definição do – maldito – povão brasileiro que já li na vida. Eu concordo com tudo.

    Na boa, não temos mais imprensa séria neste país. Agora os babacas descelebrados que se dizem “jornalistas”, ficam conectados a estas PRAGAS chamadas redes sociais – coisa feita para os imbecis carentes de atenção e desocupados em geral – como se qualquer coisa escrita fosse digna de algo. MALDITA INCLUSÃO DIGITAL.

    Adoro o Brasil, mas odeio o brasileiro pela forma como pensa e por dar importancia a qualquer porcaria, mas nunca por coisas que trariam o bem coletivo.

    Abraços, e Vida longa ao DESFAVOR!

    • Mauro, eu também tenho asco da imprensa brasileira. Ninguém opina, ninguém se compromete, fica todo mundo em cima do muro e aqueles que eventualmente opinam são processados. Nunca vi isso! Basta dar uma olhada na imprensa de outros países para ver que esse padrão em cima do muro é babaquice de brasileiro. Na Argentina a imprensa só falta chamar de filho da puta…

      • Eu tenho tido contato com jornalistas e assessores de imprensa…deprimente. Realmente ficam ligados no que rola no Twitter, FB e sei lá mais o que. O nível é baixíssimo, a falta de cultura é total.

        E o resumo da Sally realmente está bom…eta povinho bunda…

        • Como pode ser que a fonte de notícias e informação da população se informe pelo Twitter?

          CONTRATA EU! Eu sou mais jornalista do que esse tipo de gente!

          • Por que usam Twitter, Facebook e coisas do gênero como base?

            Simplesmente porque é a ondinha do momento e os hipsters adoram tais paradas virais.

            Pra falar a verdade, também tiram bem em cima disso, alavancando novela, BBB ou algo no mesmo (baixo) nível, sendo que revistecas na linha da Contigo e do Minha Novela não me deixam mentir.

            • Uma vergonha usar isso como fonte de informação. Se eu tivesse tempo ia me dedicar a trollar repórter pelo Twitter e fazê-los dar várias notícias erradas. Merece, não merece?

  • João Medeiros

    Qual é a graça de ver uma mulher tendo a sua cabeleira raspada em rede nacional? E como isso chamou tanto a atenção do público é uma coisa que eu ainda tento entender… Pensando bem, acho melhor não tentar entender, não.

    Fora que agora é questão de tempo pra Playboy convidar ela…

    • Acho que é um misto de sadismo (ela é bonita e famosa mas também se fode, que nem o povão) com curiosidade alienante (algo que chama tanto a atenção que desvia o cérebro dos problemas pendentes)

      Certeza que vai ter ensaio nu.

  • E eu já estava falando do ovo da serpente no caso das cotas com alguns amigos “de esquerda”… Custaram um pouco a entender onde eu queria chegar, mas o ponto obscuro ficou esclarecido.

    Quanto a questão do Código Florestal, sem comentários, mas é bom pensar que apesar de ruim, poderia ficar pior.

      • Mas INFELIZMENTE tem as suas razões… Do que adianta querer se revoltar contra “o sistema”, se a revolta, quando não é manipulada demagogicamente, tende a levar a um caos que pode colocar em risco a sobrevivência da sociedade como um todo?

        O jogo todo se baseia em um enorme castelo de cartas, sendo que na raiz, certos argumentos somirianos (como o dos “macacos pelados” ou o da necessidade de “referenciais” para poder se tocar a vida no cotidiano) fazem todo o sentido.

  • Só mesmo o Desfavor pra me dar o “prazer” de saber que uma “vadia genérica” – obrigado, Somir – teve sua cabeça raspada em rede nacional durante um programa ao vivo. Aos que se incomodaram tanto com isso: que tal deixarem de ser idiotas e começar a prestar atenção no que é realmente relevante, hein? Nem sabia dessa história porque praticamente não tenho mais visto TV, mas cheguei a engasgar com o que estava comendo quando cheguei neste trecho “Hoje mesmo eu vi uma garota com a cabeça raspada em “solidariedade”.” Sério que essas coisas estão mesmo acontecendo? Tem horas em que dá vontade de repetir uma frase que é velha, mas ainda válida: “Parem o mundo que eu quero descer!”

    • O assunto saiu da TV e foi parar em sites, blogs, jornais, revistas… o Pânico conseguiu o que queria. Todos parecem gostar de acreditar que naquele programa nada é armado.

      Vem por aí uma modinha de meninas com a cabeça raspada e não duvido nada que a vadia genérica careca pare na capa de alguma revista masculina

    • Nem que vc queira consegue ficar imune a noticias deste tipo. Daqui a pouco vai ter um mutirão de desocupado na porta da emissora protestando. hahaha.

      É mais fácil criar cotas pra negros do que idiotas. Agora faz sentido.

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