Desfavor da semana: Sandyces.

“Em temporada em Nova York, Nana, ex-titular da Banheira do Gugu e musa carnavalesca, postou no Twitter fotos em que aparece em pose sensual ao lado de cenas do estrago provocado pela passagem da tempestade Sandy pela costa leste dos Estados Unidos.” FONTE

Esse é o nível intelectual brasileiro. Padrão exportação… Desfavor da semana.

SOMIR

Não se engane achando que vamos só falar do ensaio çençuau de Nana “pelada é uma poeta” Gouvêa, essas fotos são meros exemplos de uma questão maior. Apesar de não ser lá muito empático, não é difícil imaginar como publicar um ensaio desse tipo poderia pegar mal ENQUANTO uma tempestade destruidora ainda atravessa o território de outro país. Quer dizer, não é difícil de imaginar se você pensar como um adulto.

Mas se você tiver a cabeça de um adolescente, esse tipo de inconsequência começa a parecer mais provável. E é aqui que eu entro na questão maior mencionada no parágrafo anterior: A globalização está mostrando, cada vez mais, quão imaturo é o brasileiro. E não tem a ver com as piadas feitas ao redor do assunto, senso de humor – principalmente o politicamente incorreto – é marca de sociedades bem mais desenvolvidas.

Isso é o resultado de um país com uma educação abandonada às traças por séculos, onde cultura é considerada elitismo e senso de auto-preservação é falsamente confundido com seriedade excessiva. Enquanto o povo tupiniquim se comunicava basicamente entre si, esse atraso de desenvolvimento ficou mascarado. Mas a internet e as redes sociais estão aí para derrubar barreiras geográficas.

E olha que o agora desertificado Orkut serviu como uma barreira entre brasileiros e o resto do mundo civilizado por vários anos. A maioria mal sabe como brasileiros são ridicularizados e rejeitados em grande parte das comunidades virtuais, principalmente as em que tiveram que socializar com estrangeiros primeiro, como as de games online.

Com o número de contas brasileiras em redes como o Twitter crescendo sem parar, era só questão de tempo até que esses “adolescentes globais” começassem a dar motivos para cagar a imagem de toda uma nação frente ao resto do mundo. Não é mais interação de nicho feito jogos online, agora é a essência brasileira que está se espalhando pelo globo. A barreira linguística da dificuldade de entender e se comunicar em inglês, que eu e muitos outros criticaram e criticam com frequência, por incrível que pareça é uma das proteções para um cenário de vergonha ainda maior.

Claro, imbecilidade, futilidade e alienação passam longe de ser problema exclusivo de brasileiros, mas essa mentalidade de vira-latino “nós contra os imperialistas” potencializa a babaquice. É tipo aquele adolescente que faz pose de politizado, cheio de opiniões e rebeldias contra o “sistema”, mas que resume suas atitudes práticas a não comer no McDonalds. Muito papo, pouca substância.

Podem ser as dores típicas do crescimento, o país ficou fechado além da conta por muito tempo mesmo. O brasileiro na internet tem aquele jeitão de moleque tentando ser respeitado como adulto, pagando de fodão e independente, esperando apenas para cair no mundo real e apanhar de tudo quanto é lado. Da forma que eu vejo, vai piorar antes de melhorar (considerando que melhore). Quanto maior for a pegada do brasileiro na rede mundial de computadores, maior o potencial de rejeição.

E vão ter de lidar com isso de forma bem melhor do que dizer “que é tudo inveja” e dizendo que não se importam. Isso funciona bem entre gente pouco desenvolvida, mas é atestado de burrice quando falamos de um cenário mais abrangente como a interação na produção e análise de conteúdo na internet. Se quer sentar na mesa dos adultos, tira esse boné e aprende a comer de boca fechada!

Sim, eu sei que posso estar parecendo excessivamente crítico com o brasileiro, mesmo que outras nacionalidades produzam um nível considerável de estupidez virtual. Babacas sempre vão existir, mas sem uma contraparte mais intelectual, fica só a imagem dos babacas. A dinâmica do mundo não é mais a mesma com a internet, estamos todos bem mais acessíveis e suscetíveis à visão alheia. Pague de moleque e vai ser tratado feito moleque.

Eu, por exemplo, tive a minha imagem dos americanos elevada consideravelmente depois de ter acesso a conteúdo de qualidade e contato com cabeças pensantes locais. Sei que muita gente nutre uma birra quase que infantil contra os ianques, mas eu garanto que isso tem muito mais a ver com ser brasileiro do que com as atitudes do americano médio. Até por isso achei irracional os comentários (mesmo que velados) fazendo pouco e até comemorando a tragédia natural que se abateu sobre eles.

Da mesma forma que não vivo chorando por causa do que acontece com países pobres e violentos no resto do mundo todos os dias, não vou ficar fazendo drama sobre as agruras enfrentadas pelos americanos com a tempestade Sandy (tinha que ser mulher para dar esse prejuízo!). Mas não faz a porra do menor sentido achar que só porque foi lá é mais merecido. O americano médio é um Joseph Ruela com pouca ou nenhuma participação em nenhuma das barbaridades cometidas pelo complexo militar que dita os rumos de seu país. O “império” não cai por causa de chuva e ventos…

E só para botar as coisas em perspectiva, vai descobrir o que o resto da América Latina acha sobre o Brasil, vai… O sapato vai servir muito melhor do que você imagina. Da mesma forma como você não passa meio segundo da sua vida agindo para ferrar a vida de um boliviano ou paraguaio genérico, o americano também caga e anda para um brasileiro genérico. Mas isso não impede o complexo de vira-latino, não é mesmo? A culpa tem o hábito de nunca se mudar para o seu bairro.

Essa coisa de “achar” que se rebela contra o adulto e acabar fazendo apenas papel de bobo (ou se fodendo, estilo Cuba) é muito típica da idade mental brasileira. Podem me cobrar nos próximos meses: A rejeição ao brasileiro na rede vai aumentar bastante. É o caminho natural… afinal, ninguém suporta adolescente.

Para dizer que eu sou um colonizado e fazer uma colonoscopia em forma de comentário, para dizer que não consegue reconhecer a Nana Gouvêa vestida, ou mesmo para bufar ironicamente antes de bater a porta do seu quarto: somir@desfavor.com

SALLY

Eu sei que o bicho tá pegando em São Paulo, mas porra, um povo que vota no PT tem mais é que se foder em matéria de segurança pública. Não teve para ninguém, o desfavor da semana foram os eventos que orbitaram em torno do furacão Sandy! É muita coisa tosca junta para ignorar.

Brasileiro faz vergonha em qualquer contexto internacional: esportes, eventos e até mesmo… catástrofes naturais! Não poderia ter sido diferente desta vez. A infinidade fotos estilo “book” feitas por brasileiros nos destroços do Sandy reviraram meu estômago. Destaque especial para a puta velha Sebastiana Gouvêa, conhecida como Nana Gouvêa, que posou de gatinha fazendo caras e bocas em meio a ruínas e destroços. O que uma pessoa dessas tem na cabeça? Depois reclamam da fama do brasileiro internacionalmente. Tem como ser diferente? Querer aparecer às custas de morte e destruição é baixo demais, até mesmo para brasileiros!

Mas o vexame não parou por aí. Brasileiros tocaram o terror nos aeroportos. Enquanto os americanos estavam todos entocados em casa como mandava o figurino, tinha brasileiros em aeroportos putos da vida reclamando da “falta de respeito” do seu voo ter sido cancelado. Oi? Tá passando um FUCKIN´ FURACÃO do tamanho da distância entre Brasil e Buenos Aires e os amentais querem subir em um avião e voar? OI? Deveriam ter colocado eles em um avião mesmo! Cheios de atitude, eles gritavam que queriam embarcar. A vergonha alheia não cabia em mim. Um semi-inglês macarrônico fechava com chave de ouro o espetáculo: “Iti ixx um bisurd! Iti ixx um bisurd!”

Por aqui também pipocaram desfavores. A começar pelas trocentas piadas sem graça e previsíveis relacionando a cantora Sandy ao furacão e a sexo anal. Montagens toscas e mal feitas, piadas exaustivamente repetidas. O humor do brasileiro médio é esquema Zorra Total e por mais que eu tente esquecer isso, a gentalha parece fazer questão de bombardear a todos com esta confirmação diariamente. Pior do que criar estas piadas previsíveis e sem graça é kibar estas piadas previsíveis e sem graça. O humor brasileiro está praticamente morto. Triste constatação.

Agora tenho que cortar na própria carne: um dos desfavores relacionados ao Sandy eu cometi. Eu curti. Eu curti ver os EUA se fodendo, como o empregado curte ver o patrão tomando no cu. Medíocre, mesquinho, babaca, até porque, só morreu gente inocente, em sua maioria pobre, fodida e explorada. Mas mesmo assim, quando eu vi o furacão devastando tudo, senti um calorzinho no peito, uma alegria brotando que não consegui controlar. Eu sei que é feio, mas meu coraçãozinho palpita feliz cada vez que morre gente em massa nos EUA, cada vez que fica claro que eles não controlam tudo, que eles não são intocáveis. Horrível, tremendo desfavor pensar assim. Como faz para deixar de se alegrar ao ver o “Xerife do Mundo” se fodendo? Eu queria tirar isso de mim…

Mais um desfavor oriundo da tragédia: nos EUA, um país em tese preparado e organizado, morreram mais de cem pessoas e o prejuízo, até agora, é de mais de 50 BILHÕES DE DÓLARES. O que, inevitavelmente me fez pensar: E SE ESSA PORRA FOSSE NO BRASIL, ia acontecer o que? Todo mundo morria, né? Imagina isso em São Paulo! Os prédios caindo igual a dominó! No Rio o mar ia chegar até a cintura do Cristo Redentor. Pois é, o Sandy me fez lembrar que moro em um país despreparado e desorganizado e que por um acaso uma catástrofe natural desse porte acontecer por aqui, vamos todos morrer, se não soterrados, de fome.

Mais um desfavor: a imprensa só está falando dos EUA. O furacão Sandy passou por outros países como Cuba, Jamaica, Haiti. Bahamas… e deixou mortos e estragos por lá também, ok? Como sempre, vítima americana vale o dobro. Só se fala dos mortos de Nova Iorque, dos mortos branquinhos, dos mortos classe média. Os EUA acharem que seus mortos são mais importantes do que os demais eu até entendo, mas a imprensa brasileira achar isso é um tremendo desfavor! Quem lê os jornais brasileiros acha que o furacão só fez vítimas nos EUA e, até onde eu sei, o numero de vítimas fora dos EUA ultrapassa as cem pessoas. Mas quem se importa? Os EUA vão paunocuzar com isso como fizeram com 11 de setembro, o Sandy vai virar uma espécie de Holocausto Natural e vai ser lembrado e dramatizado em centenas de documentários. Saco.

Tá pouco? Tem mais. Mesmo com todas as catástrofes naturais que andam se abatendo sobre os EUA (Katrina? Oi?) nenhum dos dois candidatos à presidência tem propostas concretas eficientes para a questão ambiental. Ou seja, os EUA vão continuar sendo um dos maiores poluidores do mundo, mesmo tomando uma trolha da mãe natureza por mais de uma vez. Se nem isso os faz repensar sua política de lucro a qualquer custo, provavelmente nada os fará. Não que eu ligue muito para o planeta a longo prazo, mas mesmo uma pessoa como eu tem um certo receio de que uma porra dessas aconteça por aqui e não sobre uma alma viva. Pelo visto os danos não vem só a longo prazo, eles estão chegando agora.

Ainda nesse raciocínio de “se lá está assim, imagina se fosse aqui”, mesmo quem sobreviveu ao Sandy está passando perrengue: falta de energia elétrica, falta de combustível, falta de água, transporte público fechado, etc. Desagradável essa sensação de vingança da mãe natureza, de que se ela quiser, ela fode a gente sem que toda nossa infraestrutura, ciência e tecnologia possam dar conta. Fico me perguntando o numero de falácias que uma pessoa que acredita em Deus tem que usar para explicar porque o seu Deus permite que aconteça uma coisa assim. Mesmo com esse tapa na cara, as pessoas continuarão acreditando que podem tudo contra a natureza e que existe um Deus bondoso zelando por elas. DES-FA-VOR!

Teve também a tão badalada “vítima brasileira” do furacão. Um cidadão estava dirigindo de volta para casa quando bateu em uma árvore. Segundo jornais “Ventos e chuva forte castigavam a região no momento do acidente, no dia mais crítico da passagem do furacão Sandy”. Assim… sem querer ser escrota, mas… o que não faltou foi aviso. Porque a pessoa insiste em sair de casa no pior dia do furacão? Provavelmente por não ter o menor amor à vida. Francamente, guardo meus lamentos para o trabalhador que é assassinado no ponto de ônibus, não para quem voluntariamente coloca a vida em risco. Dá um tempo. Se o seu chefe te manda ir trabalhar no meio de um furacão, você vai? Se vai, tem mais é que morrer para deixar de ser otário. Colocar a vida em risco por um emprego é tudo que eu abomino.

Enfim, o furacão Sandy trouxe tristes constatações: contra a força da mãe natureza nossa tecnologia é merda, brasileiro sempre que pode dá vexame em qualquer evento que seja e se um dia acontecer alguma catástrofe natural de grande porte no Brasil estamos todos muito fodidos: quem não morrer esmagado ou soterrado vai morrer de fome ou doença. O cu do mundo piscou. Tenham medo.

Para dizer que também curtiu ver os EUA se fodendo, para fazer uma piada sem graça sobre sexo anal ou ainda para dizer que adoraria ver um desses passar por aqui no meio da Copa do Mundo: sally@desfavor.com

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Comments (67)

  • Gente, que saudade do Desfavor. Meus professores da faculdade acham que nos não temos vidas, nem tempo pra “nerdiar” não tenho mais. So passo as vezes pra ver do que vocês estão falando aqui.

    Sally a prima do meu namorado se chama Sandy e a coitada aparentement recebeu milhares de SMS tirando sarro da cara dela, nada com sexo anal, mas aqui o povo é tonto também.

    E aqui também, ninguem fala dos outros paises, so dos EUA. Talvez uma notinha ali ou aqui, mais nada.

    E mudando de assunto, li alguma noticias bizarras sobre o ENEM hoje. Mulher dando luz no meio da prova! WTF brasileirada?!

  • não ha razão para gostar dos EUA, eles exploram o mundo todo, querem acabar com todas as culturas, eles se ACHAM, melhor dizendo.
    fiquei feliz em saber da tempestade, não são eles tem dinheiro para jogar fora? fazendo filmes sem conteúdo, seriados estereotipados (a maioria) etc…
    no fundo, não estão nem aí para o mundo, que se foda tudo. Pena que eles são ricos, isso os torna imunes (maldita economia)!

    • Ok, não se trata de gostar dos EUA. O furacão matou gente inocente e tão explorada como todos nós. Um furacão não é um “ato contra os EUA”, é um fenômeno da natureza e só quem perde com ele é trabalhador e gente como a gente.

      E mesmo sabendo de tudo isso racionalmente, eu continuo achando bonito de se ver. Não há esperança para essa minha incoerência…

  • E cacetes…por que ainda se acha que o furacão Sandy ou qualquer outro seja causado por poluição humana? Sempre tiveram desastre naturais, sempre vão haver, não somos nós reles humanos que os causamos…

    • Causado eu não sei se é. Mas que é uma prova da força da mãe natureza, isso é. Se ao natural é assim, imagina quando as consequências da ação humana se manifestarem…

  • Já viajei pra muitos lugares, tenho amigos e conhecidos de vários países. Sempre que vou para outro país ou cidade do Brasil presto atenção nos costumes, hábitos das pessoas. forma de pensar, de se organizar. Como a sociedade se estrutura, como lida com seus problemas.

    Conheço parte da Europa, USA e América Latina. Ficar falando mal de americano é um complexo de inferioridade brabo. Na Europa é misturado, Espanha, Portugal e parte do leste é parecido com Brasil. Itália, França, Holanda, Inglaterra são países que há muito superaram os estágios básicos de civilização. Educação muda tudo.

    Na AL tem o Chile que se destaca, o resto é uma merda, só varia o fedor. Venezuela fede mais que Argentina, mas os dois fedem, assim como o Brasil.

    Eu reparo nas pequenas coisas, Como eles organizam uma fila no aeroporto. Como atendem nas lanchonetes. Como é pensando o lay-out de um shopping. As regras de trânsito. Pois isso é o que conta no dia-a-dia das pessoas em qualquer lugar.

    É absurdamente superior ao que vemos na AL. Os caras são práticos, racionais, usam método pra resolver as coisas. O conhecimento que eles tem nós também temos acesso mas nosso povo na média é muito burro pra entender ou aplicar esse conhecimento.

    O foco deles é produtividade. É fazer mais com menos esforço, menos gente, menos dinheiro. É trabalhar menos e poder ter vida pessoal. É ser produtivo em uma reunião de trabalho. É não se melindrar por qualquer merda e por isso deixar de fazer seu trabalho.

    E tem uma coisa certa no post. Americano encara a raivinha de brasileiro como nós nos preocupamos com o que alguma pobre alma da Guiana Francesa pense do Brasil. Eles tem mais preocupação com o que vão comer no breakfast do que com o que se passa aqui…

    • Acho natural ter antipatia pelos EUA em função dos inúmeros abusos que eles cometem enquanto país, mas tenho plena consciência que não tem que comemorar furacão porque só morre gente inocente. E apesar disso, continuo me alegrando quando uma coisa dessas acontece, mesmo sabendo que está errado.

      • Você acha que se o Brasil fosse a potência dominante global faríamos menos injustiças? Se fosse a China seria melhor? Ou se a URSS tivesse assumido a liderança global teriamos um mundo mais pacífico???

        • Não sei se faríamos menos injustiças, mas creio que essa arrogância de se enfiar onde não é chamado e sair dando ordens é peculiar dos EUA. Tem outras potências mundiais que estão muito bem e não fazem isso.

        • Bionicão, eu tenho uma visão muito parecida com a sua em relação aos EUA. O que eles tem, a vida média do americano, a capacidade de trabalho e produtividade, a educação, o que eles fornecem para que uma pessoa possa se desenvolver, é fantástico e muito superior ao que vemos por aqui. É sim um país muito bacana de morar, se vc tem valores parecidos com os deles. Em relação à parte cultural, assim como nenhum país “novo”, os EUA não são muito bons, mas pelo menos compensam nas universidades, pesquisa e desenvolvimento.

          Também acho que eles são uma nação meio sem-noção em algumas coisas, como querer foder com o território alheio em função de necessidades internas ou qualquer interesse que o governante naquele momento tenha (petróleo x Bush, por exemplo).

          Nesse ponto acho que nenhuma nação está completamente preparada para assumir um posto de “comandante mundial” como o que eles tem. Alguns países, como Inglaterra, França e Alemanha já mostraram que fariam a mesma coisa em pontos da história em que tiveram essa oportunidade. Outros, como o Brasil, simplesmente não nasceram para líderes (muito inclusive, por conta dessa nossa falta de “adulticidade”). Somos cachorros Labradores bobões que entregam o osso (ou a Petrobrás, ou o gás, ou …) ao primeiro rosnado de um Chihuahua. E por fim, alguns cagariam tudo, como a China e a Russia, que não conseguem tratar bem nem a própria população, o que dirá países “subordinados” economicamente.

          Sally, essa visão pode ser um ranço esquerdista sim, mas não acho que toda a esquerda seja ruim, só acho que toda esquerda é utópica… Não temos (nem tivemos) nada que se sustentasse “esquerdisticamente” ao longo do tempo. Por isso, apesar de todas as cagadas americanas, não consigo enxergá-los como uma nação pior do que outras (especialmente as que não conseguem cuidar nem do próprio povo).

          • Minha bronca com os EUA não é internamente, acho que, apesar da saúde pública cagada, os EUA tratam muito bem seu cidadão. Minha bronca é a postura dos EUA como nação frente a outras nações, o que é algo completamente diferente.

            • É… nesse ponto eu acho que eles fazem cagada mesmo.

              Só não sei o quanto tb os outros países deixam isso acontecer. Quando um tem um interesse “maior” (acabar com outro país, ter armas, etc), vira todo ‘amiguinho’… Dá o poder. Depois fica difícil de tirar.

              Eu acho que é uma relação de dominância igual a de cachorros… Não que isso justifique o que eles fazem, longe disso. Só acho que essa postura envolve muito interesse individual e politicagem.

                • A história é cíclica. Tirando alguns casos, como o Tibet, o país passa por altos e baixos, momentos bons e ruins. Um país que está tomando no cu hoje provavelmente já botou no cu de muita gente quando estava “bem” e provavelmente já se aliou aos Estados Unidos (ou outro que estivesse “por cima”) para conseguir o que queria. Numa guerra, numa aliança comercial, num tratado de armas. O governante que quer algo pessoal dá poder aos EUA hoje para que ele bote no cu do seu inimigo. O problema é que amanhã é no dele.

                  Iraque que o diga…

  • Ela agora ta apavoradinha pq ta sendo perseguida a ameacada bloquearam ate a conta bancaria dela. Quem mandou fazer merda

    • Que nada, isso é drama, é exagero, é vitimização. Brasileiro é assim: faz merda convicto e quando sai errado começa a se fazer de vítima e a justificar tudo apelando para o sentimentalismo e dizendo que é humano…

  • Não comemorei tragédia acontecida por lá, até porque quem se fodeu lá, toma no cu tanto quanto a gente aqui. Seria o mesmo que comemorar um terremoto em Brasília sem que tenha morrido nenhum político.
    Brasileiro médio é um povo nojento. Eu teclo com muitos americanos e nenhum deles fica me pedindo foto de peitinho. Não é latino que é sacana porque também tenho amigos mexicanos e até argentinos e eles são muito educados, só brasileiro que é podre.
    Se eu pudesse fazer triagem e só teclar com brasileiro lê o Desfavor seria outra coisa, mas como não posso, então cada dia faxino minha lista de contatos e acho que não vai sobrar nenhum brasilóide.

    • A gente tem um projeto de uma rede social altamente filtrada apenas para impopulares ativos nos comentários, mas acho que isso vai demorar um tempo.

      Concordo plenamente com você, quem se fodeu foi pobre, trabalhador. Não tem porque comemorar. Mas eu tenho esse sentimento anti-EUA irracional que me causa uma alegria incontrolável quando qualquer coisa em qualquer escala atinge os EUA a ponto de fode-los aos olhos do mundo. Eu quero muito me livrar disso, mas não sei como.

      • Vai para os USA Sally. Vai conhecer o que é bom. Primeiro mundo é bom pra caralho. Acabo de voltar de Los Angeles e o nível de civilidade e organização me espantaram mais uma vez.

        Fui muito bem tratado em todos os lugares, é incrível o nível de profissionalismo dos caras.

        Os USA tem defeitos como qualquer país. O povo americano é feito de gente normal, tem legais e babacas como em qualquer canto. A diferença é que o nível do americano médio é MUITO, mas MUITO superior ao do brasileiro médio. E não falo de grana não, e sim de nível cultural.

        Acho muito triste esse seu sentimento de inferioridade que te faz ficar feliz quando americano se fode…vai pra Cuba então!

        • Já fui aos EUA diversas vezes. Em matéria de produtividade e organização eles são ótimos, mas culturalmente eu achei um lixo. Não voltaria lá podendo ir para a Europa, me acrescentou muito mais.

          Não é sentimento de inferioridade, é uma falsa sensação de justiça, de ver que apesar de dizimar nações, cometer genocídio, mandar e desmandar no mundo, prender, torturar, impor sua cultura e ser Xerife do Mundo, os EUA se fodem de vez em quando. Mas eu sei que estou errada.

          • Não acho que está “errada”, é só ter consciência de que eles não são (nem de perto) os únicos que fazem esse tipo de coisa o tempo todo…
            Eles só aparecem mais na mídia…

                • Sua bronca chega ao ponto de comemorar a morte de pessoas inocentes só para que a imagem internacional do país fique arranhada? A minha chega e eu não consigo tirar isso de mim…

                  • Não, meu cérebro é compartimentado em “governo” e “pessoas”. É estranho, mas falar sobre o “Brasil” governo é uma coisa, falar sobre o “Brasil” pessoas outra. É símbolo x realidade.

                    Não consigo ficar feliz quando morre a população “normal”, nem quando vejo crianças sem escola, mas fico feliz quando matam bandidos, quando fazem um filme onde o presidente é flagrado segurando um livro infantil por cinco minutos de ponta cabeça, ou quando uma nação gigantesca aparece sem nenhuma universidade entre as top 500 do mundo (símbolo x real). Acho mais humilhante(joguem pedras).

                    Os bandidos, assim como “os políticos”, assim como “o país” são símbolos para mim. Assim consigo ter raiva de todo um contingente sem “rosto”. Dizem que é assim que as pessoas matam na guerra, não vêem o indivíduo, que é muito parecido com ele próprio.

  • Ja que estamos nessa vibe de falar dos eua… Sexta-feira vi um livro que nunca tinha notado: O Livro Negro dos Estados Unidos. Me fez pensar se o livro é destinado a quem não gosta dos norte-americanos, esculhambando eles, ou se é pra falar algo decente e que tenha provas.

  • nenhum dos dois candidatos à presidência tem propostas concretas eficientes para a questão ambiental

    Emenda: Nenhum dos dois candidatos à presidência tem propostas concretas eficientes seja para a questão ambiental, seja para a questão econômica, sendo que o furacão ajuda a complicar mais ainda o que já estava difícil.

    • Certamente algumas medidas protetivas para o planeta teriam custado bem menos de 50 bilhões de dólares, mas a ambição parece cegar esses filhos da puta.

      • Por lá o cachorro corre atrás do rabo e o presidente pouco pode fazer, seja amarrado por questões políticas, burocráticas ou mesmo relacionadas ao lobby do meio corporativo.

        Enquanto isso, os olhos ambiciosos ficam mirando a “potência do oriente”. Pode até ser que alguns deem sorte nisso, mas a maioria vai passar a margem da festa maior.

      • Sally e se fosse um terremoto? Um vulcão soterrando uma cidade em chamas? Poderiamos relacionar alguma ação humana como causa deste tipo de catástrofe?
        Gostaria de lembrar que o tsunami de 2004 no Oceano Índico matou cerca de 230.000 pessoas. Definitivamente não consigo relacionar um maremoto com algum tipo de ação humana sobre o meio ambiente.

  • Larissa Aborrecente

    Acho que o brasileiro eh sacaneado assim como varias outras nacionalidades tambem se sacaneam. Concordo que passamos do limite muitas vezes e que realmente existe essa coisa meio adolescente no comportamento. Eu lembro que quando estava no orkut, achava podre ver amigas minhas colocando coisas do tipo “Cantinho da Fulana”, como vejo em muitos blogs tambem… Nao aguento ver mensagens muito melosas ou foto de unha pintada no meu facebook…. estao todos bloqueados. Aqui na Espanha o comportamento adolescente existe e na minha opiniao eh pior do que no Brasil alem de uma necessidade exagerada de se sentir importante e aparentar para os outros. Ainda posso citar o comportamento de outras nacionalidades. A diferenca eh que o brasileiro sai e entra do papel de adolescente e muitas vezes utiliza e/ou utilizou isso como forma de escapar do pessimismo e ir a luta. No momento que tem que ser companheiro, ajudar… as pessoas tem coracao, talvez porque ainda mantem esse lado “crianca” dentro. Existe excessoes mas as pessoas por aqui sao extremamente individualistas, egoistas, extremistas e muitas vezes falta “balance” na hora de julgar ou determinar algo para a coletividade.
    O espanhol, sejam nas fotos, nas atitudes, na forma de falar, nas fofocas, no trabalho…. todo o tempo e o tempo todo. Querem parecer 007, CR7 ou indi cool. Se eu for falar da parte comportamental, passo de 4 paginas. Ingleses e alemaes…. nossa! Nao tem fotos de bichinhos carinhosos mas o que geralmente vejo no meu face sao fotos de gente muito embriagada, gente nua, festas loucas…. Os alemaes sao mais comedidos, quando nao estao de ferias… e poderia falar sobre varias nacionalidades mas ficaria extenso.

    Eu sou o tipo de “guiri” aqui que nao esta so com brasileiros. Meu entorno eh de 80% estrangeiros como eu. Ja me assustei muito, me surpreendi, aprendi… e no final sempre morro de saudades da minha gente.

    O Brasil esta uma zona e sempre foi assim.. Necessita pessoas serias no governo, necessita eleitores serios… eh verdade! mas ainda assim, nao consegui achar um povo melhor do que o meu. Conheci pessoas cultas, pessoas boas que em geral eram casos a parte.
    A Nana foi muito infeliz e azarada nesse ensaio de fotos… mas seria muito pior se ela estivesse realmente debochando desse desastre nos EUA.

    • Acho que o brasileiro é movido por esse complexo de vira-lata, essa baixa autoestima, esse complexo de inferioridade, o que torna mais patética sua tentativa exagerada de conseguir atenção.

      • João Medeiros

        Sally, nos meus tempos de cursinho, eu tive um professor que vivia falando mal dos EUA, do imperialismo, das pessoas curtindo “essas merdas de norte-americano!”… O engraçado é que ele dava aula de… Biologia! Sério, não sei como, mas ele sempre dava um jeito de meter um discurso panfletário nas aulas sobre fotossíntese ou do núcleo das células.

        • João, eu tenho uma raivinha dos EUA enraizada e isso não sai de mim nem com reza brava. Sei que é escroto, racionalmente acho escroto, mas quando os EUA levam uma passada de mão na bunda eu rio. Como faço para tirar isso de dentro de mim? Sinto que é hora de evoluir…

            • Eu nasci em berço vermelho, cresci em uma casa de ateus, comunistas e revolucionários. Acho que o ranço da criação de esquerda (de esquerda DE VERDADE) entrou e não sai mais

                  • Toda esquerda é assim Sally, porque o socialismo ou comunismo são receita certa de pobreza e fome. Foi assim em todo lugar que se instalou.

                    A humanidade avança com os esforços dos indivíduos, quando o coletivismo impera, ninguém mais dá aquele gás a mais e tudo vai decaindo. A sorte da humanidade é que então vem um novo ciclo de capitalismo e avançamos de novo.

      • Larissa Aborrecente

        Tem muito complexo mesmo… isso eh verdade. Todo brasileiro deveria ter a oportunidade de viver fora pra largar esse complexo pra la…

          • Larissa no mundo dos amargurados

            Acho que quando voce ve que a realidade não é exatamente como pintam… a visão do que é o europeu, o americano… muda muito sim. Todos somos “cerumanos” no final das contas. Uns com mais oportunidades e outros com menos. Nunca entendi isso de nego se achar melhor que o outro.~.. mas de verdade, tenho preguiça desse tipo de conversa, porque vivo isso todos os dias. Eu não escolhi exatamente estar aqui… nunca imaginei que viria estudar na Espanha, não sabia como eram os espanhóis e tinha outra visão de europeu. A mocinha ai em cima falou sobre latino que pede pra mostrar os peitinhos… pelo menos voce já se dá conta de que o cara é um pangó. No entanto o americano, se ele é um psico ela irá te convencer pela educação mesmo, só que você não tem idéia do há por trás… Te oferece flores enquanto pensa como vai te fazer de trouxa. Pffff…..

  • Os evangélicos vão dizer que isso é Deus dando um aviso: Ímpios, convertei-vos enquanto há tempo! Se agora já foi assim, imagina no apocalipse.
    Bondade, misericórdia e amor ao próximo são bem relativos, já sabemos disso desde a destruição de Sodoma e Gomorra.

    • Mas que aviso é esse que fode com quem já se converteu? Esse Deus, que é tão poderoso, poderia ter poupado aqueles que já acreditam nele, né?

      • Sally, muitos cristãos que eu conheço tem como visão “morrer pra mim é lucro”. Se morrer vai pro céu e não tem mais tristeza e provação.

          • Se eles fossem um pouco mais evoluídos intelectualmente pensariam em suicídio coletivo. Como não são, ficam lá pagando dizimo e esperando uma tragédia natural ou a velhice.

            • Quem sabe em dezembro de 2012 alguns religiosos não se convencem que o mundo vai acabar e de fato não se suicidam? A esperança é a última que morre…

              • Larissa Aborrecente

                Nossa… que tipo de pessoas sao voces que querem ver a desgraca dos outros e desejam a morte a pessoas??!!… nao interessam quais, seja por sua ignorancia ou pela religiao que seguem.

                Se ser ateu te faz desejar isso a outras pessoas em comentarios tao infelizes como estes… realmente eu morro velha e ignorante. As vezes pouco eh mais, quero dizer que muita nerdisse, muito bla bla bla, muita reclamacao sobre brasileiro, evangelico e o caralho a quatro e pouco senso humanitario.

                • Larissa, não desejo a morte ou a desgraça das pessoas que foram mortas ou feridas pelo furacão, meu desejo é que fique claro ao mundo todo que os EUA não são tão poderosos como acham e que os EUA aprendam uma lição de humildade.

                  EU SEI que morte de inocentes não é o caminho e que é errado achar isso bonito. É que minha raiva dos EUA é tanta que comemorar sua fodeção é quase que inevitável, mesmo quando inocentes morrem. Eu sei que estou errada.

                  E isso não tem absolutamente nada a ver com ateísmo.

                    • Não parece que você leu os comentários, se não teria percebido a parte onde falamos “OS EVANGELICOS ENXERGAM A MORTE COMO REDENÇÃO” e teria entendido que a conversa se desenvolveu a partir disso.

                      Mas tudo bem, você é burrinha e interpreta da forma como quer. Perda de tempo você.

            • Esse tipo de gente não se mata nem se a trolha estiver fundo no cu. É uma vibe meio mulher de malandro “deus não me daria provaçãoes maiores do wue eu posso suportar” e esperam uma recompensa depois. Eles esperam calminhos jesus voltar e levar a igreja pra depois sambar na cara de quem ficou.

  • O caso de São Paulo é um desfavor a parte. Na capital, é meganha com medo de perder a boca com a entrada do HaHaHa Haddad na prefeitura da cidade, tocando o terror com a farsinha da guerra com as marionetes do “Pseudo Comando da Capital” pra valorizar o passe.

    Já no interior, o que rola é “queima de arquivo”, na boa e velha linha dos tempos do Sérgio Fleury.

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