Reinfecção.

Taxa de novos casos da doença em sete dias supera marca de 200 a cada 100 mil habitantes pela primeira vez. Associação de professores alerta para perda de controle nas escolas.A incidência de novos casos de covid-19 na Alemanha em sete dias atingiu a marca recorde de 201,1 a cada 100 mil habitantes, segundo divulgou nesta segunda-feira (08/11) o Instituto Robert Koch (RKI), a agência alemã para controle e prevenção de doenças. É a primeira vez que a taxa, usada para medir o estado da pandemia no país, fica acima de 200. LINK


Até tu, Alemanha? A volta do coronavírus na Europa causada pelos não vacinados é sinal de um grande Desfavor da Semana.

SALLY

Taí uma coisa que eu não esperava: que séculos de conhecimento fossem destruídos em tão pouco tempo. Eu sempre escutei que conhecimento é o bem mais precioso, pois uma vez adquirido, é algo que ninguém te tira. Parece que não é bem assim.

O fato da Europa estar se tornando novamente o epicentro de covid-19 e que a Alemanha, um de seus países mais desenvolvidos, esteja em estado crítico, nos fez refletir. Negacionistas estão brotando e se multiplicando em países onde a população era supostamente bem-educada. Hoje, a Alemanha é o país europeu com o maior número de negacionistas. O que deu errado?

Essa resposta só o tempo poderá atestar, mas, até lá, nós temos teorias que gostaríamos de debater com vocês.

Eu vi pessoas que tinham formação científica negarem a ciência e se tornarem negacionistas da pandemia. O que deu errado ali? Essas pessoas nunca tiveram essa informação, apenas a decoraram sem compreendê-la? Essas pessoas estavam em um estado emocional tão ruim que foi mais cômodo aderirem a teorias fáceis que vão de encontro a tudo que lhes foi ensinado desde que os deixe mais tranquilos? Não sei. Só sei que algo falhou miseravelmente.

Foram séculos para que a humanidade construa e consolide conhecimento e para que ele seja democratizado e bastaram algumas décadas de internet para que se comece a jogar tudo ladeira abaixo.

“Ain bem-feito o país que vocês tanto idolatram” – dirá um vira-lata qualquer. Atenção ao tema: Alemanha e a maior parte dos países europeus continuam sendo países melhores do que o Brasil, isso não mudou. As pessoas são mais educadas, as instituições funcionam melhor. O fato de um país melhor se foder não faz do seu shithole melhor. Ou alguém aqui acha que o brasileiro se vacinou por consciência? Por amor à ciência? Façam-me o favor.

Como é que um conhecimento que demorou séculos para se formar está sendo destruído/ignorado/relativizado em tão pouco tempo? O ponto aqui é maior, inclusive maior do que a própria pandemia: que tipo de seres humanos o atual sistema educacional está criando, que acham lógico ignorar séculos de estudos e conhecimento e trocar por algo que, à luz da lógica, não faz o menor sentido?

Eu suponho que por mais que tenhamos nossas divergências de pensamento aqui, ninguém é lunático de achar que pandemia não existe, que o vírus não existe e que tudo que vimos acontecer foi uma grande conspiração. Eu tenho muita dificuldade em entender como é que uma pessoa com algum estudo pode aceitar essa ideia. E essas pessoas existem, inclusive no Brasil.

Todo o conhecimento ao qual a pessoa teve acesso, por ano, às vezes décadas, é jogado na privada e é dada a descarga por uma informação de internet. Séculos construindo conhecimento para que ele tenha a mesma importância do que o achismo de um Youtuber. Gente, algo deu muito errado. E esses reflexos não serão sentidos apenas na pandemia não, isso vai nos afetar em muitas outras situações.

Não temos como bater o martelo do conjunto de fatores que deram muito errado, mas temos como dizer: “Ei, tem algo muito errado aqui, é hora de olhar para isso e corrigir”. E seria bem bacana olhar para isso e corrigir o mais rápido possível, pois se continuar nesse caminho, o futuro é preocupante.

Arriscando a falar sobre um assunto que ainda não amadureci, eu chuto que teríamos que começar a analisar duas frentes: a educação em casa e a educação nas escolas.

Em casa não é ensinada inteligência emocional, capacidade de questionamento, lógica, raciocínio, manejo de expectativas, capacidade de frustração nem controle emocional. Muito pelo contrário, o que mais tem são pais se portando de forma lamentável, descontrolada, imatura e irracional. Tem coisas que só se aprende em casa, que devem ser estimuladas pelos pais. Um adultinho sem controle emocional, inseguro e incapaz de se frustrar vai aderir às ideias que sejam mais agradáveis para ele.

A escola, por sua vez, parece só empurrar conteúdo pronto, processado, para que o aluno o memorize. Não estimula uma compreensão real e profunda do que está sendo dito, nem questionamento, nem pesquisa. Quando você é condicionado desde pequeno a abrir a boca e engolir o conteúdo mastigado que te passam, repete esse padrão para o resto da vida. E se alguém aparecer com um conteúdo mais “gostoso”, você vai querer engolir esse e não vai ter ferramentas para avaliar, questionar ou ponderar.

O que estamos vendo acontecer em muitos países hoje, e que sim, aconteceu no Brasil também, pois filho da puta não sossegou o cu em casa e acreditou que Cloroquina protegia, é um aviso, um alerta: tá tudo errado. Tem que melhorar muita coisa. A humanidade está retrocedendo.

Neste exato momento, o Brasil deu sorte, pois é um país com cultura de vacina, é um país onde se todo mundo posta foto em rede social fazendo uma coisa, as pessoas copiam, é um país onde o povo adora fazer fila para ganhar algo de graça. Mas, é questão de tempo: esse modo de funcionar desprezando séculos de conhecimento em detrimento de informações não confiáveis, vai dar ruim para todo mundo.

E se você ainda não entendeu como isso funciona, não é um problema europeu, é de todos. Se, pela grande circulação do vírus (sobretudo em meio a tantos vacinados), surgir uma variante que escape às vacinas que temos, o que vai acontecer é simplesmente tenebroso. Sobretudo no Brasil, onde as pessoas não vão ficar em casa, mesmo se estiverem vulneráveis a uma nova cepa. Então, não é “problema deles”, é um problema mundial.

Hora de refletir o que deu errado para que, mesmo quem teve acesso a boa educação e boa formação, no Brasil ou no mundo, jogue fora séculos de conhecimento consolidado por uma versão duvidosa que lhe agradou mais – e de corrigir isso, qualquer que seja a causa.

“Ain mas vocês são mesmo uns filhos da puta todo sábado isso jogam o problema e não dão uma solução”. Aqui vai uma solução para você: eduque seu filho ensinando a questionar tudo que lê, ensinando a mensurar a confiabilidade de cada informação de forma imparcial, para que ele não escolha acreditar no que lhe gera sensação de pertinência em um grupo, no que for de fácil compreensão ou no que for mais agradável.

Criem pessoas com discernimento, com senso crítico, com raciocínio lógico e com conhecimento assimilado (e não decorado), assim elas não vão cair em nenhuma imbecilidade, mentira ou teoria da conspiração.

Eu não deixo filhos neste mundo e em algumas décadas nem vou estar por aqui. Vocês que lutem.

Para dizer que nem negacionista o brasileiro tem competência para ser, para dizer que se o Brasil tivesse o inverno que a Alemanha tem estariam todos mortos ou ainda para fazer disso uma rivalidade com outros países como se pandemia não fosse mundial: sally@desfavor.com

SOMIR

Eu costumo dizer que burrice e ignorância são coisas diferentes. O ignorante não sabe a informação, o burro a usa da forma errada. Ignorante todo mundo é, em muitos mais assuntos do que não é. Evidente: existe tanto conhecimento disponível no mundo que é impossível mesmo você desenvolver cada um deles. Burrice, por sua vez, é passo mais avançado.

Tanto para desenvolver quanto para corrigir. Ignorância é simplesmente questão de colocar na cabeça algo que não estava lá, burrice já parte de uma informação absorvida, que por uma série de fatores, encaixou errado com o resto do seu conhecimento, ou mesmo foi distorcida pela fonte antes mesmo de chegar em você.

Ignorância é um estado natural, burrice é uma doença intelectual muito contagiosa. Sim, doença intelectual e não doença mental: a crueldade da burrice é que ela pode conviver com uma mente aparentemente estável. A pessoa acometida por uma ideia burra pode parecer absolutamente normal, confiável até. Chamo de doença porque é algo funcionando errado no processo intelectual da pessoa, que acaba criando diversos sintomas na sua forma de lidar com o mundo exterior.

Assim como uma gripe pode te incomodar sem tornar sua vida impossível de viver, ideias burras conseguem entrar na sua cabeça sem impedir o resto do processo intelectual de funcionar. O problema é que toda vez que a burrice estiver no meio de um pensamento, ele vai sair contaminado. E isso vira uma bola de neve: basta uma burrice pequena lá no começo do raciocínio para que a pessoa termine com uma visão de mundo completamente insana!

Percebam o problema: a pessoa tem uma ideia burra na base de uma construção supercomplexa do mundo ao seu redor. É meio como usar dez gramas de enxofre na receita do seu bolo de chocolate. Parece muito pouco perto de todos os outros ingredientes, o bolo sai muito parecido com o que deveria sair mesmo, mas assim que você der uma mordida, vai ser o bolo de chocolate mais horrível da sua vida.

Uma pequena burrice já pode estragar qualquer conclusão aparentemente lógica. E o que isso tem a ver com a Europa sofrendo com a volta do coronavírus por causa dos não vacinados? Pois bem: ser burro é uma evolução de ser ignorante. Não é que seja melhor, mas é algo que só acontece na sequência. Você só pode ser burro quando acumula uma informação errada ou quando a compreende de forma errada. Precisa de algum esforço para ser burro.

Se você sair perguntando para o brasileiro médio se a Terra é chata ou redonda, é provável que boa parte diga redonda por hábito. Mas se você conseguir prender a atenção dele por alguns minutos com argumentos em prol do terraplanismo, da próxima vez que perguntar, vão dizer que a Terra é chata. É muito fácil convencer uma pessoa que nunca entendeu o motivo de ter uma informação na cabeça. Eu vivo chamando as pessoas de burras, mas é por praticidade de escrita, na verdade eu quero dizer ignorantes. O ignorante aceita informação séria e bem estudada da mesma forma que aceita qualquer burrice que lhe for dita. Pra quem não sabe nada, não faz diferença!

E não é culpa do ignorante. Se você disser para uma criança que não tem problema enfiar um garfo na tomada, ela vai tomar um choque. E a culpa não é dela por acreditar em você, a culpa é sua por dizer algo estúpido para ela. Não se culpa alguém por não saber uma informação: esse é o estado padrão do ser humano. Na dúvida, presuma que a outra pessoa não sabe as mesmas informações que você. E quanto mais indicadores de precariedade de acúmulo de informações no outro, seja por idade ou por falta de oportunidades de aprendizado, maior deve ser essa presunção.

No Brasil, temos uma maioria ignorante o suficiente para sequer ter muitas ideias burras na cabeça. E isso é verdade para a maioria dos lugares com uma grande concentração de miseráveis. Educação não chega, não tem exemplos, não tem convívio com gente mais bem educada. O ignorante pode aceitar ou rejeitar a vacina com a mesma facilidade, se for algo natural que todo mundo faz, o ignorante quase com certeza vai se vacinar.

Agora, o burro? O burro (que é quem está burro, não é sentença pra vida) depende muito de fatores como “dieta de informação” para ser previsto. Pode parecer surpreendente, mas: saber que vacinas são uma ideia muito antiga e consolidada baseada no funcionamento do nosso próprio sistema imunológico e saber que o Bill Gates está colocando chips de controle mental em cada uma das vacinas para causar autismo são duas formas válidas de deixar de ser ignorante.

Nos dois casos, você ocupou o vazio relacionado à vacina na mente. Ignorância resolvida! Mas uma delas te permite conclusões razoáveis sobre o tema, enquanto a outra te faz arriscar sua saúde e das pessoas ao seu redor. O europeu médio, e nesse caso falamos dos alemães, deu um passo a mais na escala da ignorância: acumulou informações sobre a doença e vacinas. Mas muitos deles pegaram a informação… errada.

A informação confiável, testada pela ciência, veio no sabor chuchu; a informação bizarra baseada em teorias da conspiração veio coberta de chocolate. Boa parte da população que não se vacina escolheu a cobertura de chocolate… porque faltavam bases para que a pessoa pudesse comparar as duas informações recebidas para começo de conversa.

Se for para guardar uma coisa do que eu disse nesses anos de Desfavor, por favor guarde o conselho de sempre estudar os elementos mais básicos de uma informação que você recebe. Se está com medo de vacina, vai ver o que é uma vacina, vai ler sobre como uma vacina funciona. Vai se informar sobre o que é um vírus e como seu corpo luta contra um vírus. Se você começar a ler textos sobre o perigo das vacinas sem saber o que diabos é uma vacina, é praticamente certeza que vai colocar uma burrice na sua cabeça.

E daí pra frente, tudo o que depender dessa burrice vai ficar contaminado. Ignorantes somos todos nós. Sempre vamos ser, porque sempre tem informação extra para aprender nessa vida. Só podemos evitar burrice, e burrice é consumir informação sem se importar se ela faz sentido. O brasileiro médio ainda tem uma dieta famélica de informações, mas com o passar dos anos, vai começar a receber mais e mais assim como boa parte dos europeus e americanos que estão atrapalhando a controle do coronavírus por medos oriundos de burrice.

O grande desfavor que essa notícia nos fez perceber é que a humanidade parece estar fazendo a transição de ignorância para burrice. Não deixa de ser um avanço, mas é provavelmente o avanço mais perigoso que já enfrentamos como espécie. A ciência vai sofrer. Espero que esse não seja o Grande Filtro que explica o Paradoxo de Fermi…

Povo ignorante toca uma sociedade pra frente, mesmo que aos trancos e barrancos. Mas povo burro é um desafio que nunca vimos de verdade até hoje. Se você vai deixar descendentes, tome muito cuidado para protege-los disso.

Para dizer que pra me fazer ficar pessimista a coisa é feia mesmo, para dizer que o futuro é colocar anos-luz de distância do povão, ou mesmo para dizer que não tinha mais o que desanimar: somir@desfavor.com

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Comments (20)

    • Conspiracionismo é o grande negócio do século XXI, mas claro, a mídia do mainstream e os alternativos panfletários do lado pretensamente progressista querem varrer isso pra debaixo do tapete por verem nisso um risco a seus negócios.
      A parada de Fake News é o bom e velho “se gritar pega ladrão…”.

  • No Brasil, temos uma maioria ignorante o suficiente para sequer ter muitas ideias burras na cabeça. E isso é verdade para a maioria dos lugares com uma grande concentração de miseráveis. Educação não chega, não tem exemplos, não tem convívio com gente mais bem educada. O ignorante pode aceitar ou rejeitar a vacina com a mesma facilidade, se for algo natural que todo mundo faz, o ignorante quase com certeza vai se vacinar”.

    E é justamente aí que mora o perigo, Somir.

  • Aqui no Hell de Janeiro, já passamos dos 80% de adultos totalmente vacinados e li numa reportagem que de 10 internados 9 não se vacinaram (são da seita do Bozo) ou não tinham completado ao menos 2 doses. Agora que tá ficando bom, a besta do Eduardo Paes quer fazer carnaval e abrir as pernas pra turistada vir trazer mais vírus. Prefeito pau no cu!

    • Pois é, agora finalmente está começando a morrer quem “escolheu” correr o risco.
      Mas acho muito complicado abrir tudo assim, para eventos multitudinários. É um risco para o mundo todo.

  • “Neste exato momento, o Brasil deu sorte, pois é um país com cultura de vacina, é um país onde se todo mundo posta foto em rede social fazendo uma coisa, as pessoas copiam, é um país onde o povo adora fazer fila para ganhar algo de graça.”
    E também porque somos mais dóceis em relação a autoridades, comparados com os europeus que qualquer coisa já chamam todo mundo e fazem manifestação, plebiscitos e afins (morar em democracias plenas deve ser uma delícia). Não temos muita ideia de como vacinas funcionam, mas se a autoridade falou que faz bem…

    • Eu tenho uma opinião extremamente impopular sobre o assunto: eu acho que brasileiro gosta de coisa de graça e também gosta de coisa que traga status. Vacina juntou essas duas características: vai tomar PIFÁIZER e tirar onda com quem tomou Coronavac, “sambando na cara dazinimia” postando no Instagram.

      Como virou um item de status, as pessoas se estapearam por ela. Mas claramente poucos o fazem por consciência do funcionamento de uma pandemia. Tanto é que teve muita gente tentando tomar 3, 4 doses.

    • “E também porque somos mais dóceis em relação a autoridades, comparados com os europeus que qualquer coisa já chamam todo mundo e fazem manifestação, plebiscitos e afins (morar em democracias plenas deve ser uma delícia). Não temos muita ideia de como vacinas funcionam, mas se a autoridade falou que faz bem…”

      Concordo totalmente, Anônimo.

  • As regiões da Alemanha com menor adesão à vacina são justamente as mais pobres, da antiga Alemanha Oriental. Aliás, no geral a parte leste da Europa é mais desconfiada das vacinas e das autoridades. Porém, não é apenas burrice ou pobreza.
    Esse artigo é interessante e mostra que o contexto histórico (leia-se: comunismo, URSS etc.) também contribui com essa desconfiança:
    https://www.bloomberg.com/news/articles/2021-11-13/germany-s-east-west-vaccine-divide-leads-to-record-covid-cases

    • Uma pessoa de total confiança minha que mora lá falou que a grande cagada é dos imigrantes, mas como eu não tenho dados concretos para embasar isso, achei melhor não falar.

      • Essa pessoa está certíssima. E isso está acontecendo não apenas na Alemanha. Na Dinamarca, cerca de dois terços dos negacionistas são imigrantes ou filhos de imigrantes. Do terço restante, a imensa maioria vive em bolsões de pobreza (sim, existe pobreza aqui também, embora para padrões brasileiros está mais para classe média). Ou seja, a ligação entre pouca educação e negacionismo é didaticamente evidenciada.

        • PS: Posso enviar vasta bibliografia sobre o tema, desde artigos de jornais até estudos do SSI – o instituto oficial de vacinas e epidemiologia. O problema é que está tudo em dinamarquês. Mas se vc usar o Google translator de dinamarquês para inglês dá uma tradução decente (para português ou espanhol não funciona bem)

  • Essa pandemia serviu pra expor que o atual sistema educacional está mais do que defasado. Escolas são simplesmente creches pra adolescentes, até tenho minhas dúvidas se a socialização vale pra manter esse sistema. Por mim colocava tudo EAD e só deixava as escolas físicas como ambientes pra quem não tem um lugar decente pra estudar em casa, com professores e psicólogos disponíveis a hora marcada pra tirar dúvidas ou conversar.

  • O caldo de alternatividade combinado a cultura hater deu o tom nisso, sendo que tem um tempero todo especial de o controle tecnologico estar na mão de verdadeiras oligarquias.

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