Flertando com o desastre: Frenesi de fim de ano.

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Atenção: é hora das pessoas de bom gosto e bom senso se recolherem em seus lares e só saírem da casa após o mês de fevereiro. Está dada a largada para a temporada mais pau no cu do Brasil: calor + férias escolares + festas.

Começou o frenesi de natal. Aquela época do ano onde as pessoas começam a sair das tocas em massa e transformam as ruas e o comércio em um grande formigueiro. Talvez seja pior do que um formigueiro, porque formigas não tem cecê e não escutam música ruim em alto volume em seus celulares. O fato é que nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro há um “aumento populacional” nas ruas, agravado pelas altas temperaturas e pelas férias escolares.

Eu não sei o que acontece, mas todo mundo decide sair de casa em dezembro. Não me venham dizer que são as compras de natal, porque você tira uma ou duas tardes e faz a porra das compras ou então faz pela internet. Não são as compras de natal. É um frenesi natalino movido sei lá por quais motivos. Talvez pelo fato de receber um 13° salário as pessoas saiam mais de casa, já que tem mais dinheiro para gastar. Talvez seja o calor, é foda ficar em casa suando, nada como usufruir do ar condicionado do shopping. Talvez sejam os filhos, pais não estão acostumados a ficar o dia todo com seus filhos e devem querer fazer programas para ocupa-los.

Não sei muito bem a causa, mas posso detalhar as consequências: TUDO lotado. Tudo. Restaurante, shopping, praia, transporte público, táxi… TUDO LOTADO, ao menos nas grandes cidades. Por hora, só posso falar do Rio de Janeiro: gente em tudo quanto é canto, tanta gente, mas tanta gente que te faz pensar em como jogar uma bomba e dizimar metade da população melhoraria a qualidade de vida da cidade. Gente frenética, gente apressada, gente histérica. Parecem um bando de zumbis do Papai Noel vagando pela cidade.

Mesmo com calor escaldante (45° quando eu saí) os cariocas são de uma agilidade impressionante. Gente cascuda. Eu, debaixo de um sol de 45° não consigo nem piscar sem desmaiar. O carioca não, o carioca parece movido a energia solar, salta todo pimpão cheio de desenvoltura enquanto os raios ultravioletas fritam seu cérebro. No Rio de Janeiro, deveriam mudar o nome, deveria ser raios ULTRAVIOLENTOS. As pessoas ficam tão agitadas e eufóricas que eu me canso só de olhar. Estas pessoas correm para cima e para baixo, cheias de sacolas, com uma disposição que dá nojo.

Todo mundo compra tudo. Os mesmos que passaram o ano todo dizendo que não tinham dinheiro para nada, compram tudo, de modo a assegurar que ano seguinte também não tenham dinheiro para nada, já que pagarão estas compras parceladas em 12x. Pessoas abarrotadas de sacolas pegando ônibus, porque comprar uma peça a menos e ir para casa de táxi com conforto e dignidade nem pensar. O dinheiro não vai para conforto, dignidade ou outros bens intangíveis como cultura, educação ou aprimoramento pessoal, o dinheiro vai para bens tangíveis e de preferência de marca.

As pessoas perdem sua humanidade (a pouca que ainda lhes resta) e começam a se portar como símios. Parecem sofrer algum tipo de enlouquecimento temporário. Perdem o bom senso e a autopreservação. Vão para lugares que sabem estar abarrotados de gente e ficam horas em filas ou em empurra-empurra. Usam roupas inadequadas para a estação do ano só porque as acham bonitas e se comportam como se o fim do mundo estivesse chegando e elas só tivessem poucos dias de vida.

Compram qualquer merda que esteja relacionada com natal. Pode ser um tolete de cachorro com um chapeuzinho do Papai Noel, não importa, sempre vai ter um filho da puta para comprar. Obrigam seus filhos a tirar foto com aquele Papai Noel de shopping mesmo que a criança não queira e saia na foto aos berros, afinal, a vontade da criança não conta nada, quem quer aquela maldita foto são os pais e eles não parecem constrangidos ao ver a cara de terror e choro do filho na foto. O importante é ter uma foto com o Papai Noel, foda-se o sentimento.

O calor torna tudo mais sofrido, pois pelo que estou observando, não importa em que parte do Brasil você esteja, no verão você vai passar calor. Calor piora tudo nessa vida, mas em se tratando de aglomerações, exerce um efeito quase que insuportável. Pessoas suadas encostando em você no transporte público, pessoas suadas que fazem questão de parar na fila a meio milímetro de distância de você, de modo a ficar bufando ar quente no seu pescoço. Pessoas suadas que não percebem que seu desodorante venceu e levantam o braço para se segurar no ônibus colocando um sovaco azedo na sua cara. Porque ninguém ensina que algumas pessoas precisam reaplicar o desodorante duas ou três vezes por dia?

O comércio fica um inferno, não apenas pelo aglomerado de pessoas, mas também pela decoração. Não apenas decoração natalina, que é brega e contraproducente, uma vez que é feita com luzes em um período de racionamento de energia. As armadilhas para crianças também brotam graças às férias escolares: pessoas fantasiadas de bichos gigantes transitam para divulgar lojas ou filmes assustando crianças. Anões vestidos de elfos do Papai Noel perdem sua dignidade em corredores de shopping. Os cinemas ficam abarrotados de filmes para crianças de péssima qualidade.

Falando em crianças, elas se fazem presentes em tudo quanto é canto, pois estão em férias escolares e os pais nem sonham em abrir mão de um programa que seja inadequado para uma criança durante um mês de suas vidas: as levam para todos os lados. Não estou mandando deixar a criança em casa, estou sugerindo que naquele mês se escolham apenas programas que sejam compatíveis com crianças. Mas não, neguinho bota filho no mundo e não quer abrir mão de seus programas. Daí levam crianças para lugares inapropriados e evidentemente a criança são sabe se comportar e enche o saco de todo mundo à sua volta.

Os próprios pais já parecem estar de saco cheio, porque né, conviver com o SEU FILHO o dia inteiro deve ser um inferno! Com a paciência mais do que esgotada, eles já não tem mais forças para corrigi-los ou repreendê-los e deixam que façam o que eles quiserem, porque corrigir e educar dá muito mais trabalho do que aturar criança fazendo o que ela quer. O grande problema é que eles sujeitam todas as pessoas do lugar a essa escolha, todos tem que aturar a criança fazendo o que ela quer. Daí começam os estupros sensoriais: criança gritando, criança correndo, criança derrubando coisas…

E por falar em estupro sensorial, temos para todos os gostos nessa época do ano. O auditivo pode ser observado com músicas natalinas ou com aquela onipresente música sacal do Roberto Carlos, além, é claro, das crianças gritando. Tem também os mal educados berrando ao celular ou até mesmo ouvindo músicas em alto e bom som. Os nervos ficam à flor da pele, então não raro vemos pessoas discutindo, casais brigando e outros tipos de embate que transtornam nossa paz auditiva. Ah sim, tem sempre os babacas dos fogos, porque no Brasil, não importa a comemoração, sempre tem um babaca soltando fogos.

Tem também o estupro sensorial tátil. Pessoas se esbarrando o tempo todo, ou esbarrando sacolas de compras em você. Crianças correndo sem freio batendo em você enquanto os pais fazem cara de inércia contemplativa. Pessoas que não respeitam seu espaço individual em filas, aglomerações ou veículos. Tem gente que empurra, tem gente que cutuca. Tem crianças com as mãos sujas tocando em você e, se você for tão azarado como eu, tem uma criança desconhecida que se sente no direito de se aproximar e assoar o nariz na sua roupa enquanto a mãe lê um jornal e diz “João Vítor não faz isso não que a mamãe fica triste” sem abaixar o jornal.

E os estupro olfativo? Começa pelo cheiro de suor desse povo todo, que muitas vezes ultrapassa a barreira do desodorante, mas não se resume a isso. Se for em shopping ficam borrifando aqueles perfumes em você quando você passa pela porta da loja. Se for na rua, nos feriados pode haver um mix de cheiro de mijo com cheiro de lixo, que nos dias quentes tomam proporções gigantes. Tem também os perfumes vagabundos e adocicados no qual essa gentalha parece tomar banho antes de sair de casa e se você morar no Rio, tem o cheiro dos peixes mortos das lagoas e mares. E se morar em Copacabana, tem um cheiro de merda vindo do esgoto que não se suporta.

O estupro sensorial visual também é pesado. É uma época quente, o que faz com que alguns seres humanos se sintam autorizados a usar pouca roupa, ainda que seu físico não se coadune com esta realidade. Daí vemos gente de barriga de fora ostentando uma barriga tal que se alguém enfiasse uma ameixa no umbigo diria que era um manjar. O verão também parece de alguma forma autorizar as pessoas a usar cores, muitas cores, sem qualquer critério. Roupas fluorescentes ofuscam os olhos, combinações de estampas inaceitáveis te fazem desviar o olhar por medo de ter um ataque epiléptico. Os cabelos são um caso a parte, porque no verão as pessoas sentem um ímpeto por serem loiras, e loira se nasce, caso contrário, na maioria dos casos, fica terrivelmente artificial e brega. Os pés invariavelmente estão de fora em Havaianas ou rasteirinhas, porém nem sempre estão bem cuidados, o que te obriga a olhar para um pé cracudo e tentar desviar o olhar o mais rápido possível.

O paladar não se salva. É uma época do ano onde as pessoas te empurram comida em comemorações de todo tipo: de trabalho, de família, amigo oculto ou o que mais seja. Você não tem o direito de não comer, porque as pessoas se ofendem. Você não tem o direito de recusar por estar de dieta, porque aquela pessoa que fez aquela bosta se acha super importante e não comer aquela bosta é uma desfeita. Nessa a gente acaba comendo muita coisa ruim, muita coisa que não gosta e muita coisa mal feita. E no calor, comida ruim cai sempre mais pesada, parece que fermenta dentro da gente, podendo gerar consequências desagradáveis que proporcionarão um estupro sensorial olfativo naqueles que nos cercam. Quando alguém te empurrar uma rabanada (aquilo parece demais com um cocô para que eu o coma) você tem que sorrir, pegar e tentar jogar pela janela ou dar para o cachorro sem que ninguém veja. Quando alguém te der um Papai Noel feito de chocolate de terceira categoria que mais parece sabão, tem que comer sorrindo.

As pessoas ficam desagradáveis, hipócritas e chatas nessa época do ano. Gente que não liga a mínima para aprimoramento pessoal, que não tem um pingo de cultura mas que dá uma importânciaaaa para o tipo de bolo que vai colocar na mesa naquela noite comemorativa. NISSO a pessoa se esforça, né? Compra toalha de mesa do Papai Noel, guardanapo de rena, mas não sabe quem é o Ministro da Fazenda nem qual é a capital da Romênia nem qual é a última inovação na sua área de trabalho. Porque o importante é a porra do enfeite naquele jantar. Tem que ser mais bonito e maior do que o da sua irmã/sogra/cunhada/vizinha. Prioridades trocadas, futilidade exaltada.

A mesma pessoa que reclama que ganha mal, que o chefe não a valoriza pega o dinheiro do 13° e compra um vestido branco caro para o ano novo em vez de investir em livros ou em um curso para se aprimorar profissionalmente ou até mesmo conseguir um emprego melhor. E ainda pensa “Eu mereço, eu trabalhei o ano todo”. Não, não merece. Porque trabalhar é obrigação de todos nós. Quem merece é quem além de trabalhar se esforça para crescer profissionalmente e como ser humano. Quem vai lá e faz o feijão com arroz sem acrescentar ou inovar merece a estagnação mesmo. O importante na vida não é o esmalte, o sapato ou a roupa, o principal investimento deve ser no cérebro. Mas isso ninguém quer, muito mais fácil posar de injustiçados pelo patrão.

No final das contas as pessoas compram roupas, comidas, arrumam as casas e organizam eventos mais preocupadas no que os outros vão pensar ou achar do que em ser felizes. Gente que ou precisa da aprovação de um terceiro ou tem uma tara por estar sempre competindo com um terceiro. Abraçam pessoas na ceia de natal das quais falaram mal o ano todo e falarão mal no ano seguinte se achando super bondosas, afinal, é tempo de perdão. Muito mais elevadas que uma pessoa como eu, que mantém a coerência do desgostar linear, né? Então tá.

Boa sorte a todos com esse período nojento cheio de calor, crianças e comemorações pau no cu, que infelizmente só acaba em março. Vamos todos tentar sobreviver a esta merda com a maior graça e dignidade possíveis. Ainda fico rica, alugo um chalé nos Alpes e sumo do mapa de dezembro a março…

Para dizer que já está sentindo a depressão natalina, para dizer que ano novo é pior ou ainda para desanimar só de pensar no carnaval: sally@desfavor.com

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Comments (107)

  • Não gosto de calor e não vejo nada no natal que combine com nosso climas e culturas aqui no Brasil. Num estado laico sério, não seria nem feriado. Sempre vou preferir carnaval e São João.

  • Nossa,esse texto seu,Sally,traduz exatamente o que eu penso e sinto a respeito desta época do ano. É um inferno,eu realmente evito de sair de casa nesse período,só saio para trabalhar e repôr as coisas que faltam em casa,no mercado. Procuro evitar a praia,coisa que adoro,mas já deixei de ir,devido à superlotação,restaurantes badalados,supermercados em horário de pico,etc. Minha paciência diminui a cada ano,e fico pensando que um dia,vou virar uma ermitã,nem que seja depois de aposentada,vou comprar uma chácara,um sítio,e ir morar no meio do mato.

    • Existem cidades onde o frenesi de final de ano não é tão ruim, pois a densidade demográfica é menor. Não precisa ir para o meio do mato, apenas saia da sua cidade para outra menos povoada, já ajuda!

    • Eu também. Deveriam existir clínicas de sonoterapia onde a pessoa pudesse se internar e dormir de dezembro a março

  • Permitam-se ser uma pedante filha-da-puta: AINDA BEM QUE NAO MORO NO BRASIL!!!

    Fiz minhas comprinhas de Natal tranquilamente. Bem “inhas” mesmo pq só tenho que gastar com minhas duas quianssa e o marido, o resto da família está toda no BR. E meu marido é tão anti-social que não vamos nunca a nenhuma festa da família dele, meus sogros moram em outro país (YES!!!!) e meu cunhado, que é o único que mora mais perto da gente, também detesta essas reuniões familiares ultra-forçadas. Ou seja, economizo horrores em presentes.

    E aqui está frio, chuvoso…excelente porque odeio calor.

    Felizes festas, amados!

  • Eu morro de rir com os comentarios sobre o Rio. Eu moro num bairro no Rio bem bacana, super tranquilo, nao passo nenhum desses perrengues que voces, mortais, descrevem. Claro que nao vou dizer onde é pra nao alimentar a maldita especulacao, e pra que o bairro continue assim.

    • Fernando, já morei na Urca, no Leblon, em Ipanema e no Jardim Botânico, bairros considerados bem bacanas. E passei inferno em todos. Sabe porque? Porque em todos havia CARIOCAS

      • Pois é, eu devo morar num reduto de estrangeiros, longe da ZS. Eu pessoalmente acho que a ZS está deteriorada e super lotada. As paisagens são bonitas, mas talvez a qualidade de vida não seja tão boa. Eu não posso afirmar isso, pois nunca morei na ZS. Preferi morar perto do trabalho, o que facilita a vida. Bom, também existe a hipótese de eu ter cariocado, apesar do sotaque, que dificilmente mudará…

        • De fato a Zona Sul tem esses defeitos, mas a Zona Norte e a Zona Oeste tem defeitos ainda piores… estou achando que você não mora no Município do Rio de Janeiro e sim no Estado

    • Mentira – Mentira -Mentira – Mentira -Mentira – Mentira -Mentira – Mentira -Mentira – Mentira – Só pode ser mentira, simplismente porque no Lixo de Janeiro não existe nenhum bairro aproveitável! Ô cidade desgraçada! Até o clima e as pessoas são desgraçadas, parece que um vai contaminando o outro.
      No meu trabalho umas putas periguetes vão seminuas e depois ficam reclamando que o ar condicionado tão frios. Quente é o rabo dessas piranhas cariocas!
      Sally, vc que é feliz porque saiu dessa desgraça! Vc se aposentou? Faço votos que em breve deixe o Brasil também e vá para um país de seres humanos descentes.

      • Eu também acho que no Município do Rio não tem bairro 100%. Os bairros que eu morei são considerados como razoáveis e mesmo assim, tinha tudo de ruim que você possa imaginar. Ipanema, tão badalada, tão chique e tão cara (um dos maiores IPTUs do mundo) tinha buraco de bala perdida no apartamento. Leblon, de Manoel Carlos, tão lindo e arrumado tinha arrastão e estupro na rua. Francamente, não vejo como morar com tranquilidade no Rio.

        Tinha muita vontade de sair do Brasil, o problema é que fora daqui meu diploma vira pó.

        • Bom, no meu trabalho não tem periguetes seminuas (não sei se isso é bom ou ruim, mas enfim, periguete reclamando é chato) e acho que não tenho nada do que reclamar do meu bairro. Moro no Rio tem 6 anos, nunca sofri violencia ou assalto, o que em São Paulo sofri tres vezes (uma inclusive com trezoitão na minha barriga). Eu sei que não é correto generalizar a experiencia individual de cada um, mas minha opinião sobre o Rio é bem positiva. Tô achando que carioquei.

          • Mas você mora no ESTADO do Rio de Janeiro ou no MUNICÍPIO do Rio de Janeiro

            obs: 38 é revólver de atirar em sogra e em amigo, carioca normalmente é assaltado de fuzil. Espero que esse dia não chegue nunca para você.

  • O Desfavor faz com que eu me sinta gente. Chega essa época do ano e é aquela coisa de verão, piscina, festas de natal e ano novo, carnaval e blábláblá e eu fico pensando em como seria bom pular de novembro para março, quando essa paunocuzação acabar. É triste o rótulo de anti-social, nojenta, chata e etc, mas eu aguento, na boa! Me retirando do convívio da família e amigos em 3,2,1…

  • Eu estou sem dinheiro porque sou um gastador compulsivo. E tento ao menos guardar o dinheiro da minha nova tattoo. Então sem presentes até mesmo para meus sobrinhos. Que eles cresçam me odiando como eu odiava os tios que nada me davam.

    Vou passar o natal com dois amigos com vida fodida tipo a minha. Uma a mãe é evangélica e louca e nunca comemorou natal, o outro a família é tradicional e ele já tem 35 anos e solteiro e mora com eles (ou seja, é um vadio pressionado).

    E assim será.

    Não quero ir pra casa dos meus pais com meu irmão e sobrinhos porque tem aquela maldita pressão de eu ser solteiro e sem filhos enquanto o mais querido da família tem um casal lindo de crianças.

    Eu odeio essa época.

      • Não se preocupe, não estão sozinhos. Eu já estou preparada para o “quando vai ser?” paunocu de todo ano… Isso porque todo ano dou a mesma resposta: “quando quem me pediu estiver à disposição para cuidar”…

        • Felizmente ainda não começaram a me importunar com isso, também, fodida do jeito que eu sou, não consigo cuidar nem de MIM, que dirá de uma criança.
          Acho que minha mãe já largou os bets comigo e tá investindo no meu irmão mais novo pra ser o filho bem-sucedido. :(

  • Já tô estocando comida em casa… vou me trancar e esquecer do mundo lá fora. Tenho internet, livros, comida e chave na porta do quarto. Foda-se o que acontecer fora daqui.

    Já dei o presente da minha mãe e vai ser a única que vai ganhar. Ela me jogou um verde e eu pesquei. Tá dado, acabou.
    No natal eu vou tomar meu santo rivotril e só quero acordar quando essa merda toda passar.

    Amigo secreto da família eu me recusei, fui chamada de chata e anti-social. Odeio meus parentes. E não vou gastar dinheiro com presente pra parente que eu tenho certeza que não vale meia paçoca mordida e esfarelada (todos eles não valem isso, juntos).

    Minha sorte que moro numa cidade pequena no interior de Santa Catarina. AINDA BEM que eu sai do Rio de Janeiro, porque a descrição que você fez, Sally, quase me fez chorar, de pensar que eu passei 3 anos por isso, nessa cidade cu.

    Do carnaval eu tô salva.

    • Finalmente alguém que MOROU no Rio diz que a cidade é um cu… carioca tem a mania de achar aquela bosta maravilhosa

      • Também já morei no Hell e posso te falar que não existe povo mais bizarro. Vc se impressiona com a energia deles no calor torrando, pois carioca é um povo viciado em suar! Esses dias eu tava naquele forno, daí começou uma chuvinha de verão, bastou isso acontecer e eu sair pra rua que logo vi uns manés de fuckin MANGA COMPRIDA E CASACO! Isso mesmo, basta ficar nublado ou chover, mesmo que a fornalha continue, vai ter gente com saudade de suar que já pega o agasalho. A gente tá no maior mormaço, chega num lugar com ar condicionado ótimo geladinho, de vez em quando tem um que fala “tá ficando frio” Gzuis! Quando alguém pedia pra diminuir o ar de onde eu trabalhava dava vontade de pegar o facão do Dexter e esquartejar o infeliz. Graças a D-us que estou morando em Porto Alegre. Não pretendo voltar mais. RJ é sala de espera pro inferno.

      • E eu odeio todos por isso. Rio de Janeiro é uma merda. Fede! Tudo naquele lugar fede. Ou a esgoto, ou a mijo. Eu odeio a Lapa, eu odeio Copacabana, eu odeio a Barra que é longe de tudo, eu odeio ter que ir pro Galeão, eu odeio a Rodoviária, odeio o metrô. Eu odeio tudo naquele lugar. Eu sofri o tempo que eu passei lá com o calor, com aquele povo nojento que acha que tudo é festa, pagode e funk, com tiro todo dia, o dia todo, com caveirão apontando aquela arma gigante pra tua cara. Eu odeio o mercadão de madureira e aquela catinga de macumba e peixe podre às sextas feiras. Odeio o saara com aqueles caras gritando o dia inteiro no teu ouvido.

        Odeio o norte shopping e aquela gente fedida e pobre que come pão com água o ano inteiro mas fim do ano vai na Casa&vídeo comprar panela e toalha de banho em 12 vezes sem juros. Aquela gente escandalosa que faz barraco por tudo, com brincos de ziper fluorescente (???)e camisa de listras fluorescente e shorts com bolso à mostra.

        AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Não sei onde essa cidade é maravilhosa. Maravilhoso foi quando eu larguei tudo e saí daquela sucursal do inferno.

  • Acho o carnaval pior. Tenho um lado brega e acabo achando a maioria das decorações de natal bonitas, só não gosto das muito forçadas tipo boneco de neve e o papai noel com aquela roupa de neve nesse nosso verão de rachar mamona. Laços, sinos e luzes eu acho bonitos.

    Quanto aos incovenientes, 80% não existiria se as pessoas tivessem educação. Educação de não ficar impondo comida, impondo festa, impondo presente, educação pra repassar aos filhos ou deixá-los presos em casa e por fim educação intelectual suficiente pra mandar pro espaço essa porra de imposição de roupa dessa cor e não sei o que mais.

  • Uma coisa que me irrita são as confraternizações de fim de ano em ambiente de trabalho. Todo mundo fingindo que se ama, se adora, se perdoa quando na verdade passaram o ano todo metendo o pau um no outro, puxando tapete, fazendo fofoca… Onde trabalho fizeram uma pequena confraternização com direito a videozinho com musiquinha irritante e frases do tipo “que o senhor gezuiz abençoe a todos”. Não sei o que foi pior, isso ou uma SENHORA que PENSA que canta cantarolando sem parar “então é nataaaal”.

    • Confraternizar com colegas de trabalho é uma das piores torturas que eu já vivi. Prefiro confraternizar com o Alicate do que isso!

      • Club Anti-Social

        Imagine então quando a pessoa tem um chefe é tão nojento quanto o Alicate. Este ano chutei o balde e simplismente disse que não ia participar do amigo oculto nem do almoço de confraternização onde eu trabalho. Não vão me demitir por causa disso e mesmo se fossem, seria até um bem pra mim.
        Outra coisa que me irrita são as tais Caixinhas de Natal. Na mesa do porteiro tá lá o maldito livrinho encapado com papel vermelho-papai-noel e do lado da caixinha. Espero que neste ano o porteiro não venha me convidar a fazer uma doação, porque senão eu vou ter que explicar pra ele o que eu falei pro porteiro do ano passado: Que a profissão dele não é privilegiada em relação as demais pra exigir bonificação extra, que tanto ele quanto os moradores ganhamos salário e 13 igualmente e que não há motivo pra eu presentear os porteiros se eles não irão me presentear de volta.

  • Eu pouco saio de casa no verão, quando saio é à noite ou depois que o sol foi embora. Pior que minhas férias são no verão, então não dá quase pra aproveitar. Em vários bairros que os termômetros chegam nos 45 ou mais. O fatídico “horário de verão” já é um prenúncio de tempos ruins porque o sol vai nos torrar até mais tarde, depois entra dezembro com a pobralhada eufórica com o 13 junto com as cafonices natalinas, depois o carnaval aí fodeu de vez. Eu queria dormir com meu ar condicionado ligado e acordar só em março.

      • Sally às 7:00 da manhã os termômetros já marcam 30 graus?
        Isto é desolador. A única forma de ter conforto a abrigar-se em algum ambiente com ar
        condicionado.

  • Moro ao lado de uma escola de samba. Os ensaios começam a partir de Outubro, e vão até o carnaval, às vezes até depois, se a escola de samba ganha, pois ainda ficam um tempão comemorando. Ter escolas de samba em área residencial devia ser crime. Além do estupro auditivo, os ensaios juntam o maior povão, chega até a dificultar sair de casa. Ou seja, junta o frenesi de fim de ano com o do carnaval de uma só vez. E às vezes ficar a salvo em casa nem é opção, o som é tão insuportável q m obriga a sair e ter q encarar locais lotados.
    Depois soldadinho não entende quando acontece massacre em massa.

    • Sem contar que fechar a janela não é uma opção, pois o calor não permite (quem de nós pode passar 24h por dia com o ar ligado?)

      E quando o carnaval chegar, trocentos blocos de rua farão estupro auditivo em bairros residenciais

  • Essa época de fim de ano me deixa metade animada, metade melancólica, só eu que me sinto ligeiramente deprimida quando o ano termina, e perto do aniversário, que pra mim é a mesma coisa? Fico pensando nas coisas que não fiz, no que deu errado, por aí. Mas, ao mesmo tempo, gosto de fazer aniversário porque fico me sentindo um floco de neve único e especial, pelo menos UM dia no ano eu mereço, né? No mais, concordo contigo, odeio o shopping cheio, o Centro cheio, tudo é um inferno. Felizmente Curitiba faz parte do rol de cidades que esvazia no verão.

      • Não, depois do Natal todo mundo volta ao normal.
        E aqui não temos Carnaval, apenas o Pré-Carnaval no Centro Histórico, que é até bem divertido (abstraindo o fator multidão) e dá uma galera jovem e alternativa.

  • Acrescentaria a esse seu cenário a árvore de natal do Ibirapuera, o que foi feito aqui na Paulista e o trânsito decorrente disso tudo…

    • Você acredita que no Rio a árvore é colocada no meio de uma lagoa e mesmo assim caga o trânsito? É que os babacas reduzem a velocidade para ver a árvore e causam congestionamentos enormes…

  • Juro que li “decoração naftalina” no lugar de “decoração natalina”… Tem vezes que reaproveitam a mesma “decoração” no ano seguinte que muitas vezes está fedendo a naftalina por motivos óbvios.

    E quanto ao “vestido branco” eu chamaria de “vestido DEU branco” porque é uma coisa modinha de tão sem inteligência. Parece até que a tal virada de ano vai ser uma grande revolução nas relações pessoais da figura mediocre, mas… SÓ QUE NÃO!

      • Sabe como é gente crédula, né? Não saca que para ter uma vida melhor, NÃO é esse tipo de coisa que vai fazer progredir. E tem um detalhe que piora tudo.

        Roupa branca é uma beleza também pra manchar e pra sujar, o que prova que esse povinho é nota dez em termos de credulidade e nota zero em termos de perspicácia e de praticidade.

        Depois se perguntam do porque estarem na MERDA.

        • E vira e mexe chove no ano novo: roupa branca + chuva = roupa transparente

          Sem contar que mandam usar calcinhas coloridas, por exemplo, vermelha para atrair amor. LINDO uma rouba branca com uma calcinha vermelha!

        • Eu sou chegada no ateísmo desde sempre. Candomblé tem que usar branco o ano todo em determinados dias. Apenas admiro e respeito, mas não sou praticante

  • Eu não sei o que é pior: propaganda de desodorante 48horas (PARA QUE??? Pro povo achar que pode tomar banho a cada dois dias?), criança + mãe + sogra + presentes ocupando todas as cadeiras do restaurante (e vc em pé, rezando para conseguir almoçar em UMA hora), gente que acha super normal e acima da média parar o trânsito de alguma grande avenida (Paulista, oi?) para ver uma fuckin árvore de Natal…

    Essa época é um inferno, mas ainda tenho esperanças que dia 21 ZZUISE GODZILA baixe no Cristo e leve metade da população do Brasil…

      • Preguiça de ter de se agachar e colocar a tralha no chão, bem como medo de que alguém aproveite o “descuido” pra passar a mão nos bagulhos comprados pelos manoletes.

        Jenial, não é mesmo?

    • Por favor, evitem passar pela Paulista nessa época. Na primeira vez que colocaram aquela bosta de passarela com enfeites gigantes, levei 4 horas ao atravessar a avenida para assistir uma peça de teatro. E este ano falam que será liberada a ciclovia na semana do natal!!!!

      • Ciclovia é outro inferno em SP. Ciclista obedece (ou não) a regra que convém na hora. Se o sinal fecha, ou ele passa mesmo assim (foda-se o pedestre) ou sobe na calçada (foda-se o pedestre). Se está aberto, anda na faixa da direita se convém (foda-se o transporte coletivo), não deixa carro converter a direita se ele quer ir reto (foda-se o motorista) e tem uns que ainda querem andar na faixa da esquerda (na Marginal Pinheiros expressa, sim, EU VI).

        Depois toma tapetada na USP e acha ruim…

        PS: QUATRO horas é de morrer… Em quantas maneiras distintas de matar multidões vc conseguiu pensar?

        • Pois é, primeiro pensei em imitar o Michael Douglas, no “Dia de Fúria”, e largar o carro lá. Depois em descer do carro com uma AR-15 e crivar as pessoas que, dos carros, tiravam fotos de tudo que era enfeite ao longo da avenida. Em seguida, colocar uma grande quantidade de explosivos plásticos no pé do palanque com o papel noel gigante (ou estacionar um carro bomba debaixo dele), jogar um coquetel molotov no coral do Bradesco ou no do Center 3…isso tudo apenas na primeira hora do congestionamento, em um sábado à noite.

          Mas coitado mesmo do Oscar Filho que, a cada pessoa que chegava atrasada na sua peça naquele dia, interrompia o stand-up para dizer “é, a paulista, eu sei”…

  • Esse ano vou passar o Natal numa praia do Sul, sem a família, só com namorada. Longe da muvuca…shopping…compras…etc.

    É interessante mesmo esse comportamento de manada pra comprar tudo que vê pela frente, eu mesmo já me vi fazendo isso. Acho que na maior parte das vezes é carência, sua vida está meia-boca ( ou uma merda mesmo) e você desconta ali no consumo.

    To bem curioso de ler textos da Sally daqui a 1 ano, quando já estiver há algum tempo longe do Rio. Será que esse ódio todo vai permanecer? Porque pra irritar alguém não existe nada como o Rio de Janeiro e os cariocas…

  • Sally, se te conforta nos meses de janeiro e fevereiro a cidade de Porto Alegre reduz consideravelmente sua população que migra para o litoral.
    O trânsito fica melhor, as ruas ficam melhores, isto até o retorno das aulas quando tudo volta a ser um inferno…

  • Depois de 5 anos estou voltando para o Brasil para as festas de fim de ano. Pra mim é mais pra ver a minha familia, mas ter que aquentar calor é foda mesmo. Ainda bem que não vou fazer compras de Natal.

    Sally, nessas ultimas semanas estou sentindo realmente o que é ir contra a maré: falei para algumas pessoas que não ia fazer meus filhos acreditarem no papai noel (na França é algo que eles têm que fazer) e ja me jogaram tantas pedras! Tipo, pessoas que ficaram bravas e discutiram comigo, coisa violenta mesmo. Gente, eu achei isso o cumulo! Oi, minha vida, meus filhos. Eu faço o que eu quiser.

    • Se te serve de consolo, meus pais nunca me deixaram acreditar em Papai Noel. Normalmente países mais evoluídos não acham graça nessa mentira. Francamente, o que as pessoas tem que opinar em uma escolha tão particular???

      • Não sei. Quando falo isso as pessoas me olham com um olhar realmente de raiva! Acho que elas se ofendem porque eu falo que nao serve pra nada, etc.
        Meus pais também não me fizeraù acreditar no Papai Noel. Hoje sou uma pessoa que vai muito bem, obrigada. Não fui uma criança traumatizada.

        • O diferente é encarado como uma afronta por algumas pessoas, gente medíocre que não sabe conviver com a diversidade

  • Pro meu alívio minha cidade esvazia em janeiro, falo mais pelo transito, mas tb é um saco para quem leva à sério seu trabalho e o ritmo normal só volta em março. O mundo para, por conta dessas datas comemorativas, quando tem jogo da copa, e quando tem feriado na terça ou quinta, pois emendar o feriado é legal. Vc é obrigado á tirar férias quando vc não quer tirar férias. Quem trabalha na área da saúde sabe do que estou falando. Claro que dentro de exceções. Toda a equipe leva bolo de paciente, porém, eles têm data exata para voltar dizendo que estão morrendo, exigindo encaixe a todo custo, cobrando a presença quando não é o caso, pois cada um tem sua função, se está morrendo tem que ir para o pronto-socorro. E por falar em pronto-socorro: muito comum ficar lotado apenas dia depois das comemorações, pois a culpa sempre é da rabanada, nunca da cachaça. Hábito também muito comum após jogo de futebol. Trabalhar pra quê, né? A vida é uma festa!

    • Se eu te falar que isso acontece em outras áreas, tipo direito, você acredita? Eu instituí uma “taxa de urgência” nos meus serviços: chegou cheio de pressa pedindo algo de última hora que poderia ter sido solicitado com antecedência o preço dobra.

      • Acredito. E gostei da sua estratégia… Tenho as minhas, porém não tem como alterar o preço, pois tudo é tabelado.

        • Não tem como mentir e dizer que por causa de compromissos pessoais só seria possível atender a domicílio? Até onde eu sei, a domicílio é dobrado…

          • Não tenho essa coragem. Mentir não! Fora que é inviável para mim, pelo tempo gasto e tudo. De fato atendimento domiciliar dobra o preço, mas para isso só paciente pós cirúrgico ou outras excessões. Tenho minhas regras tb. E isso tem que partir da demanda da pessoa tb, entende? É diferente!

        • Quando conseguir viver do Desfavor. Tenho a esperança de criar várias franquias correspondentes a casa coluna: por exemplo, um SPA que serve apenas para superar término de namoro chamado Sally Surtada, com todo tipo de estímulo que ajude a esquecer a pessoa amada (desde palestras-esporro até garçons lindos servindo de sunga). Vai ser bom para aquelas pessoas que terminam e voltam com aqueles escroques porque não conseguem sustentar o término: tira um mês de férias e se interna lá que eu garanto!

          • É um cachorro pequeno, de cerca de 5 ~8 quilos, com pelagem bem fácil de cuidar (escovar as orelhas uma vez por semana e uma geral no pêlo todo a cada 15 dias – não precisa de tosa), que é inteligente mas pode ser um pouco teimoso (é bom andar sempre de coleira em lugares abertos). Precisa de um pouco de exercício (uma volta de meia hora por dia – ele aguenta mais se quiser) e late pouco. Também não é de destruir coisas depois de adulto, costuma ser comportado. De saúde, geralmente, não tem muitos problemas, sendo os mais comuns luxação de patela, problemas cardíacos e APR (atrofia progressiva de retina). Os bons criadores no mundo fazem exames para essas doenças antes de acasalar.

            Tem tb um problema sério que é a Siringomielia, problema neurológico sem cura (em cães, não sei em gente) que acaba levando o cão à morte. Os primeiros sintomas são coceiras insistentes (MESMO, não uma coçadinha), choro em situações normais ou outros comportamentos similares a TOC (correr atrás do rabo por horas, por exemplo). Infelizmente muitos criadores tem cães portadores e os acasalam (os cães podem ser portadores e não ter o desenvolvimento da doença com sintomas).

            Fisicamente se parece com o Cocker Inglês miniatura. Tem um “primo”, o King Charles Spaniel que é diferente: tem o focinho BEM curto e é um pouco menor de tamanho. Tem várias cores possíveis: tricolor e marrom e branco são as mais comuns.

            Se quiser um desses, peça os exames dos pais (exames do coração e olhos), e pergunte descaradamente sobre siringomielia (pode dizer que ficou preocupada porque viu no documentário “Segredos do Pedigree” da Discovery. Se o criador ficar irritado, não compre. Ele tem que te dar todas as informações pertinentes à isso, dado que é comprovado que existem casos na raça. Se puder importar prefira os americanos. Eles criam melhor do que os ingleses.

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