Siago Tomir não mata lagartixa

O que Sally realmente vê.

Sem exceção alguma, todos os finais de semana que viajamos, durante toda a constância da nossa relação (ok, alguns depois também), que deveriam ser finais de semana românticos, acabaram como episódios Eu Desfavor ou Siago Tomir. Volto a falar das nossas viagens aqui. Tudo começou pela escolha de um lugar.

Sally: Olha só, eu vou onde você quiser…

Tomir: Mas…?

Sally: Mas não pode ter natureza

Tomir: HAHAHAHAHA

Sally: Sério, eu odeio a natureza, você sabe disso

Tomir: HAHAHAHA

Sally: Não é que eu odeie, só não quero ela perto de mim

Tomir: Pantanal nem pensar?

Sally: Jamais

Tomir: Fernando de Noronha?

Sally: Nem pensar

Tomir: Bonito?

Sally: MAS QUE CARALHO, TOMIR! VOCÊ QUER ME IRRITAR?

Tomir: HAHAHAHAHA

Definimos um local. Era um feriado prolongado, passaríamos uma semana por lá. Supostamente não deveria haver natureza nas proximidades. Mas um pedacinho da mãe natureza estava no quarto daquele maldito chalé.

Sally: AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHH!!!

Tomir: *Largando as malas e bufando

Sally: AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHH!!!

Tomir: *cruzando os braços e bufando

Sally: AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHH!!!

Tomir: onde?

Sally: *apontando para um canto da parede, de olhos fechados

Tomir: saco…

Lá estava ela. Uma pequena lagartixa. Aquela que não morde, que é um bicho limpinho, que é boazinha, que come mosquito e que tem mais medo de mim do que eu dela. Essa mesma. Lá estava ela no canto da parede, me olhando com aqueles olhos. Sério, o que são aqueles olhos?

Sally: O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?

Tomir: Abrindo a janela, ué… vou colocar ela para fora

Sally: EU NÃO ACREDITO, TOMIR! EU NÃO A-CRE-DI-TO!

Tomir: *pensando no que foi que fez de errado e coçando a testa

Sally: DEPOIS DE TANTO TEMPO VOCÊ NÃO ME CONHECE NA-DA!

Tomir: Ok, vamos lá. *sentando na mala e pensando

Sally: QUE NOOOOOOJOOOOO! ELA ESTÁ SE MEXEEEENDO!

Tomir: Você não quer que ela saia… mas você tem medo dela… não faz sentido.

Sally: SE ELA SAIR, ELA PODE VOLTAR, EU QUERO ELA MORTA! MOR-TA!

Tomir: Mas…

Sally: N-Ã-O O-U-S-E

Tomir: Calma…

Sally: NÃO OUSE FAZER ESSE DISCURSO DE HIPPIE IMUNDO AMANTE DA NATUREZA, PORQUE EU TE DOU UM FORA AGORA MESMO

Tomir: Ok, ok. Matar é legal, expulsar é não é legal, entendi a mensagem

Sally: O que vamos fazer depois de matar?

Tomir: Mostrar o copro

Sally: Porque?

Tomir: *imitando voz de mulher – Porque todo homem é um babaca filho da puta que inventa que a lagartixa foi embora quando na verdade ela só se escondeu

Sally: Ao menos algum conhecimento eu consegui passar para você!

Tomir: Os OUTROS faziam isso com você eu pago o preço da desconfiança?

Sally: É uma canalhice milenar que se propaga por anos, a lenda do “ela foi embora”. TODO homem conta!

Tomir: Lá vem…

Sally: É como a história do cachorro que morre mas os pais falam que ele “foi para o sítio”

Tomir: ÀS VEZES ELAS REALMENTE VÃO EMBORA, SALLY!

Sally: ELAS NUNCA VÃO EMBORA *sacudindo Tomir

Tomir: Sally…

Sally: Não ouse falar aqueles clichês hippies de “ela tem mais medo de você do que você dela” e cia

Tomir: Não, não. Só ia comentar que ela foi embora.

Ambos olhamos para a parede. Ela não estava mais lá.

Sally: NÃO! NÃO! NÃÃÃÃÃÃÃÃOOO!

Tomir: Às vezes elas vão embora

Sally: ELA NÃO FOI EMBORA

Tomir: Sally, vamos raciocinar: abri a janela, fizemos barulho, você gritou… ela provavelmente se assustou e foi embora

Sally: ELAS NUNCA VÃO EMBORA! NUNCAAAA!

Tomir: Sua sorte é que você é bonita, porque maluca desse jeito…

Sally: VOCÊ VAI ACHAR ESSE BICHO

Tomir: Saudade dos tempos onde eu só tinha que fazer uma poesia para manter a minha relação…

Sally: TOMIR, ISSO É MUITO SÉRIO. EU TENHO FOBIA, NÃO SE BRINCA COM ISSO!

Tomir: Ok, senta ali na cama que eu vou procurar

Sally: Eu não, vai que ela está na cama!

Tomir: COMO, SALLY? COMO? SÓ SE ELA SABE VOAR!

Sally: TOMIR! ESSES BICHOS PULAM!

Tomir: Ok, fica parada aqui então, eu vou procurar

Sally: E se encontrar…?

Tomir: Vou matar

Sally: E se matar…?

Tomir: Vou te mostrar o corpo

Sally: Ok

Tomir: E você vai ficar gritando que nem uma maluca uns cinco minutos

Sally: MUITO FEIO RIR DO MEDO DOS OUTROS

Tomir: Não disse que era bonito

Sally: AI! AI! ACHO QUE ELA ESTÁ EM MIM! OLHA AQUI! NAS MINHAS COSTAS!

Tomir: Não, Sally, ela não está em você…

Sally: MAS VOCÊ NEM OLHOU!

Tomir: Sally, você precisa se acalmar

Sally: ELA ESTÁ ENTRE NÓS, EU SINTO O BARULINHO DELA ANDANDO

Tomir: Você está é maluca…

Sally: O QUEEEE?

Tomir: Erro básico. Não se chama maluco de maluco *falando consigo mesmo

Sally: TÁ ME CHAMANDO DE MALUCAAAA?

Tomir: Maluco não gosta de ser chamado de maluco Somir! Você sabia disso… erro primário! * falando consigo mesmo

Sally: OLHA AQUI, TOMIR, ME ESCUTA BEM…

Tomir:

Sally: SE UM DIA, MESMO QUE NÃO SEJA HOJE, QUALQUER DIA DA MINHA VIDA

Tomir:

Sally: SE UM DIA EU SOUBER QUE VOCÊ PODIA ME IMPEDIR DE TER CONTATO COM UMA LAGARTIXA E NÃO O FEZ

Tomir:

Sally: EU NUNCA MAIS OLHO NA SUA CARA, EU NÃO LHE DIRIJO MAIS A PALAVRA

Tomir:

Sally: EU TERMINO COM VOCÊ E SUMO DO MAPA, NEM AMIZADE VAI FICAR!

Tomir:

Sally: ENTENDEU?

Tomir: Entendi.

Sally: PORQUE SE VOCÊ ME TRAIR, EU POSSO ATÉ PERDOAR

Tomir:

Sally: MAS SE VOCÊ DEIXAR UMA LAGARTIXA CHEGAR PERTO DE MIM E NÃO FIZER NADA, NÃO VAI TER VOLTA

Tomir: Sally, eu entendi

Sally: Agora procura essa porra dessa lagartixa, fazendo o favor!

Tomir: Como é meiga a minha namorada…

Fiz o Tomir procurar no quarto todo. Revirou tudo. Tudo mesmo. Nada da lagartixa aparecer. E ele, suicida como é, insistindo na versão equivocada de que ela tinha ido embora.

Sally: Eu SEI que ela está aqui, eu SINTO!

Tomir: Que desperdício… sente os números da Mega-Sena!

Sally: Olha atrás do quadro! Tira o quadro da parede!

Tomir: Sally…

Sally: TÔ FALANDO SÉRIO, QUADRO É TIPO O QG DAS LAGARTIXAS!

Tomir: Sally…

Sally: ELAS ADORAM FICAR ATRÁS DE QUADRO!

Tomir: Sally…

Sally: TIRAAAAA A PORRA DO QUADRO PELAMORDEDEEEEUS!

Tomir: Pronto, tirei. Não tem nada aqui!

Sally: Não é possível! Não é possível! Hoje eu não durmo!

Tomir: Ela foi embora, Sally…

Depois de procurar por horas, deixei ele parar com as buscas. Não que eu tivesse me convencido de que ela tivesse ido embora, ELAS NUNCA VÃO EMBORA, é que simplesmente não tinha mais onde procurar. Ele me perguntava onde eu queria que olhasse e eu não sabia o que dizer.

Sally: Ok, eu admito, você se esforçou

Tomir: Podemos relaxar agora?

Sally: Você pode, eu não consigo

Tomir: Sally, deixa de ser boba, esquece isso…

Sally: EU NÃO CONSIGO! EU NÃO CONSIGO! MAS QUE MERDA, VOCÊ NÃO ME ENTENDE! VOCÊ NÃO PERCEBE QUE…

Tomir: Ok, Sally, desculpa.

Sally:

Tomir: Vamos fazer o seguinte, vou encher a banheira e a gente toma um banho para relaxar

Sally: Sei lá…

Tomir: Você tem alma de pobre, você gosta de banho de banheira…

Sally: Tá, mas eu vou com você, não quero ficar sozinha

Tomir: Tudo bem, Sally, vamos lá para o banheiro encher a hidro

Tomir entrou no banheiro com naturalidade e abriu as torneiras da banheira. Eu entrei olhando para todas as paredes apavorada.

Tomir: Sally, use a cabeça: pelo lugar onde ela estava, seria IMPOSSÍVEL que ele viesse parar aqui

Sally: É?

Tomir: Claro! Simplesmente não tem conexão! Além disso ela correu para o lado oposto!

Sally: Você viu?

Tomir: Eu vi! Ela correu em direção à lareira…

Sally: Nesse caso, fico mais tranqüila…

Tomir: Além disso, lagartixa não nada, ela jamais ficaria em uma banheira cheia de água!

Nesse ponto ele acertou mesmo. Porque quando a água começou a subir, a lagartixa, que estava lá dentro, se mandou. Isso mesmo, aquela que era IMPOSSÍVEL estar ali, não só estava como ainda estava vindo na minha direção.

A situação era a seguinte: eu, sem roupa, encostada (de costas) na banheira, prestes a entrar e Siago, de frente para mim a uma distância de uns dois metros, tirando a roupa dele. Foi quando Siago viu a lagartixa subindo para fora da banheira, se aproximando de mim. Eu, de costas, não vi nada.

Até hoje ele fala que quando viu a lagartixa ecoou a minha voz na cabeça dele gritando “MAS SE VOCÊ DEIXAR UMA LAGARTIXA CHEGAR PERTO DE MIM E NÃO FIZER NADA, NÃO VAI TER VOLTA”. Também passou pela cabeça dele o triste episódio da libélula, já contado em outro “Eu, Desfavor”, onde não tive pudor de correr com as calças arriadas para o meio da rua por medo. Para ir em direção ao quarto, eu teria que passar pela lagartixa, logo, a porta que eu optaria seria a porta de saída do chalé, que ficava do lado oposto à lagatixa.

Então, em uma fração de segundos, ele pensou: “Se eu conto, ela sai correndo para fora do chalé pelada, se eu não conto, ela termina comigo e me odeia para sempre”. O que Siago Tomir fez? O DE SEMPRE, quis dar uma de esperto e sair bem com todo mundo.

Tomir: Sally, vem aqui agora

Sally: Eu hein… isso é jeito de falar comigo? Que cara é essa?

Tomir: Sally, vem aqui agora

Sally: Que cara de bunda é essa? Não gosta mais de mulher pelada não?

Tomir: Sally, estou pedindo…

Sally: Vem cá você, ué!

Tomir: NÃO, SALLY, VEM CÁ VOCÊ! CUSTA?

Sally: AGORA NÃO VOU! NÃO VOU PORRA NENHUMA! VAI GRITAR COM A SUA AVÓ!

Tomir: Sally, por favor, é muito importante para mim que você venha aqui

Sally: É nada! Te conheeeeço! Você quer testar o quanto eu te obedeço!

Tomir: Sally…

Sally: Se eu for, você fica rindo, apontando e dizendo “Ganhei! Ganhei!”

Tomir: Sally, eu prometo que dessa vez eu não vou fazer isso (foco no “desta vez”, Caro Leitor…)

Sally: Alguma você está aprontando, você está com uma cara estranha

Nesse momento, a lagartixa andou mais um pouco mais na minha direção.

Tomir: Sally, eu quero fazer a barba e quero que você me ajude

Sally: HÁ! PEEESSIMO MENTIROSO! É RUIM DE VOCÊ FAZER A BARBA! INVENTA OUTRA!

Tomir: Sally…

Sally: Você tá é querendo me trollar, só que eu sou ES-PER-TA e não vou cair!

A lagartixa andou ou pouco mais, segundo relatos de Tomir, estava a poucos centímetros da minha mão.

Tomir: É que eu tenho que confessar uma coisa

Sally: O que?

Tomir:

Sally: O que, Siago?

Tomir: Eu te traí

Sally: O QUE?

Tomir: É isso, eu te traí, por isso estou com essa cara

Sally: ME TRAIU?

Tomir: Eu te traí

Sally: COM QUEM?

Tomir:

Sally: EU PERGUNTEI COM QUEM!

Tomir: Com a minha ex-esposa

Sally: COM A MAMUTA?

Tomir:

Sally: COM A RINOCERONTA?

Tomir:

Sally: COMEU BOSTA DE ME TRAIR COM UMA BARANGA DESSAS? SEU MALUCO! NO QUE VOCÊ ESTAVA PENSANDO!

Pulei em cima do Tomir, ele me segurou, e me virou à força (enquanto resmungava “que mulher difícil…”) em direção à banheira. Olhei a lagartixa, gritei, e conforme o previsto, tentei correr para fora do chalé sem roupa, mas ele não me soltou. Me colocou debaixo do braço (benefícios de quem tem 1,80m) e me levou para o quarto, passando próximo à lagartixa, enquanto eu me debatia e gritava.

Tomir: Espero nem ter que dizer que eu não te traí…

Sally: Me larga e vai matar a lagartixa!

Tomir matou a lagartixa e, como de praxe, mostrou o corpo. Eu, como de praxe dei uma rápida olhada e fiquei gritando mandando ele tirar aquilo dali.

Agora o grande final. Vejam como o orgulho de um homem se sobrepõe ao bem estar de sua mulher:

Tomir: Pronto! Problema resolvido!

Sally: Confessa que você não viu ela correndo para o outro lado porra nenhuma e só falou isso para que eu pare de encher o saco!

Tomir: Não, não. EU VI mesmo!

Sally: Cabeça dura! Confessa que você estava errado!

Tomir: Não, não estava!

Sally: Você hein… tentou me enganar e me convencer de que ela não podia estar lá! Sacanagem!

Tomir: Mas não podia mesmo!

Sally: Não? Então como é que ela estava lá?

Tomir: Deve ser outra

Sally: Siago… SIAGOOOO! PORQUEEEE?

Tomir: *dando tapa na própria testa e indo revistar o quarto mais uma vez.

Se você encontrou algum erro na postagem, selecione o pedaço e digite Ctrl+Enter para nos avisar.

Comments (17)

  • Sally vc é ótima… Adoro….
    Ri muitooo aqui!
    Tenho pânico desse demônio q carrega o pseudônimo de largartixa!
    100% a favor da morte a todos os demônios da noite!!!
    E foda-se q ela come os insetos… Com os insetos eu me acerto sozinha… Esses demônios pre histórico devem morrer!
    Beijaooo

  • Depois dizem que a gente não aprova comentários de quem discorda do nosso ponto de vista…

    Algumas constatações:

    1) A pessoa acreditou 100% em um Siago Tomir, obra de ficção

    2) A pessoa acreditou 100% na existência de Sally Somir

    3) A pessoa saiu do sério e xingou um personagem imaginário e ainda traçou um perfil psicológico com base em poucas linhas de um caso isolado

    internet, coisa séria.

    Eu poderia rir, mas quando penso que pessoas assim votam e fazem filhos, me dá vontade de correr para o aeroporto e voltar para minha terra natal.

    Desfavor: tirando idiotas do sério desde 2008.

  • Eu quero que você se foda, sua filha duma puta!

    Ter fobias não quer dizer se entregar como uma perfeita idiota(que você é) ao seu medo, e em consequecia fazer coisas absurdas…

    Pra você é mais importânte ficar longe de uma lagartixa, do que a integridade moral de seu namorado.

    Sally, você é o pior tipo! Além de ser cruel como os animaizinhos, você é uma vadia chantagista manipuladora, eu quero que você vá para o inferno!!

  • haha.. tá beem mais pra "Eu, desfavor"!
    O Somir foi bonitinho até!

    E ri um monte com a história do Jacinto! Mto boa! haha

  • A propósito, esse final da Sally me lembrou muito o Kenan daquele show babaca, exagerado e antigão ( e que eu ainda racho o bico quando vejo) do "Kenan e Kel".

    aahh….Por que!!???

  • UASHDUAHDAUDHAUDHAUSDHUDHADUAHSDUAHDAUDHU

    Somir, sei como é isso. Minha irmã também tem fobia de lagartixa.

    E sim, a desculpa de "Eu vi ela indo pra lá/saindo do quarto, pode ficar tranquila!" quase sempre é uma mentira deslavada, tanto que eu nunca tenho coragem de usar, porque eu fico me remoendo depois. Vai que a lagartixa aparece? A confiança que a sua irmã/namorada/amiga tinha em você faz puff!.

    Lagartixas são bichos absolutamente inofensivos, mas são muito esguios; você só tem UMA CHANCE de tentar matar ela. SÓ UMA! Por alguma razão, sempre que ela está no teto (naquela junçãozinha entre o teto e a parede, como SEMPRE acontece) e a gente tenta matar ela e ERRA, ela SOME! Sério, eu não to nem brincando, a bichinha some! Você procura na parede, no teto, no chão, embaixo das gavetas e dos móveis, DENTRO das gavetas e dos móveis, atrás dos quadros (tem 4 quadros no quarto da minha irmã -_-'), dentro do banheiro, embaixo da cama, entre os lençóis, dentro do cú… E NADA! Elas simplesmente entram em algum portal interdimensional e desaparecem por algum período indeterminado de tempo. É foda! Aí você tem que suportar as consequências, que são gritos histéricos, ameaças reais de choro e, o pior, "como você pôde deixar ela fugir??? Como que eu vou dormir agora, hein hein????" e a culpa na consciência.

    Lá se vai um ótimo dia direto pro lixo.

    Por isso, para não haver erros desnecessários e estresses desse nível, recomendo o uso do aspirador de pó. Rápido, prático e não tem como errar; o único problema é que, as vezes, a "mangueira" do aspirador não chega no teto, direito… mas pra tudo dá-se um jeito. De qualquer jeito, é de longe o melhor método.

  • Seria mesmo este um siago Tomir?
    Pra mim parece mais Eu, Desfavor.

    ;)

    ps.: Pra mim parece muito bizarro casais onde a menina tem 1,50 (assim como eu) e o cara com 1,80. Mesmo que a fulana viva montada no salto, um dia ela calça um chinelo, e fica muito estranho.

  • Tenho pavor de lagartixa…
    Eu devo ser pior q vc , pois não ficaria no quarto esperando ele procurar…

    As piores são as gordinhas.. elas são transparentes.. arghhhhhhhhhhhhhh!( Pânico agora, só de pensar…)

    Rolei de rir com a história do Jacinto.. figura

    Lola

  • Jacinto Pinto Aquino Rego

    Tive uma viagem natureba-estaile que foi comédia. Fui com a namorada e a família para um hotel fazenda na cidade de Ouro Fino, para a comemoração do aniversário do sobrinho da namorada. Ficamos na seguinte disposição: Pai, mãe e namorada em um chalé e eu em outro chalé com a cachorra (sim, a cachorra dormiu comigo na cama). Foda.

    No dia seguinte (chegamos de noite) acordamos cedo para aproveitar o passeio. Meu sogro veio me chamar e fui tomar banho, Entrei no chuveiro peladão obviamente, entro na agua quentinha e sinto uma coisa gelada na minha testa, depois na minha coxa. Olho no chão e tem um sapo dentro do boxe (boxe o caralho, cortinha) pulando naquele esquema ÁGUA QUENTE NÃÃÃÃÃO!! Eu não sou fresco, mas isso me deu um susto do cacete. Gritei com minha voz de ogro "-BICHO FILHO DA PUUUUUTA!!!". Acho que ouviram a uns 10 chalés de distância. Meu sogro veio correndo e meteu a cabeça na janela do banheiro, que estava aberta (dava para of undo do terreno, ninguém passava lá) e pergunta "-TÁ XINGANDO A CACHORRA PORQUÊ?". Um mero detalhe, eu estava pelado, de 4, com o saco de plástico da toalha na mão tentando pegar a perereca naquela pose frango-assado-examinaram-minha-hemorróida-em-detalhes. Deveras constrangedor. O sapo foi para o quarto, se enfiou embaixo da cama, a cachorra começou a brincar, pegou na boca. Maravilha, a cachorra que lambe minha boca toda vez que estou distraido, além de comer merda humana gosta de picolé de sapo. Quando consegui pegar a porra do sapo arremessei pela janela esquema somir=bicho=grilo=de=Campinas, pena que o sogro não tava mais lá, acertar a testa dele com o sapo seria bastante reconfortante após ter minha rosca examinada por outro macho.
    Beleza, a merda não parou por aí. O cachorro em questão é um beagle, muito fofo, muito bonitinho, mas com um feeling pra fazer merda impressionante. Essa raça, originalmente usada para caça, guarda o instinto caçador. Quando andavamos pelo bosque do hotel fazenda a bicha viu os patos na lateral do lago. Se estivessemos em um terreiro de macumba, o comportamento dela seria adequado. Baixou o santo. Ou melhor, o capeta. Saiu correndo como se tivesse pimenta no cu, latindo que nem uma retardada. Beleza, os patos se assustaram e entraram na água. A filha-duma-puta entrou atrás. Era inverno, a temperatura estava na casa dos 15oC. Lá foi titio Jacinto tirar a roupa para ir atrás da corna, com a namorada gritando feito um porco torturado MAGIIIIIIIIIIEEEEEEEEEEEEEE VOOOOOOOOOOOLTAAAAAA NENÉÉÉÉÉÉÉÉM e eu entrei no clima CACHORRA FILHA DUMA PUTA DO CARALHOOOO VAAAAAACA DESGRAÇAAAAAAADA VOLTAAAAA EU TE MATOOOOOO… again, meio hotel fazenda ouviu minha discreta voz proferindo essas delicadas palavras. Gordinho-de-cueca-quase-pulando-no-lago-gelado. A vaca da cachorra acabou voltando.
    Adoro essa cadela, eu que dei de presente para a namorada. Mas esse dia eu quis matar ela.
    Viagens natureba estaile realmente tem um componente surpresa que as vezes fodem com tudo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Relatório de erros de ortografia

O texto a seguir será enviado para nossos editores: