Desfavor da semana: iCancer

iAiai

SOMIR

Tem gente que enche o saco até depois que morre. O legado de Steve Jobs vai ser duradouro, infelizmente. Se me alentou a sensação que a humanidade ficou um pouco menos viadinha depois que ele bateu as botas, não posso dizer o mesmo sobre a reação pública.

Nas horas subsequentes ao aviso oficial do falecimento, pareceu-me que haviam levantado a tampa de um bueiro e milhares de insetos asquerosos correram livremente pela rua. Eu sei que eles vão voltar eventualmente e teremos uma sensação de normalidade aparente, mas nunca é uma boa experiência assistir como a humanidade consegue se enganar.

Vivemos numa sociedade baseada em exploração e consumo, tenho horror às ideias comunistas por serem frequentemente totalitárias, mas que os desgraçados pegaram na veia com essa análise, pegaram. Só numa sociedade como a nossa que milhares (torço para que não, mas possivelmente milhões) choram pela morte de alguém como Steve Jobs.

Como já havia mencionado numa postagem anterior, até respeito o tino comercial dele, mas não o julgo como um divisor de águas positivo para a evolução tecnológica humana. Imagem e status na frente de avanços? O mercado vai seguir nesse caminho cretino ainda por muuuuitos anos. Infelizmente.

E olha que nem estou censurando quem se sentiu movido pelas conquistas e dramas pessoais de outro ser humano. É natural. Por mais que eu consiga enxergar um lado positivo na sua ausência, não tinha o menor desejo de que algo de ruim acontecesse a ele. Morreu? Pena para ele, para a família e os amigos.

Mas não é assim que a banda toca para boa parte da população. Tem algo a mais na reação popular. Algo que explicita como somos nossos próprios capatazes na escravidão da economia moderna. A grande estratégia de marketing da Apple desde que renasceu nas mãos de seu fundador foi transformar a marca num “clubinho”. Não de atitudes ou ideias, mas um clube de consumo.

Para fazer parte da “experiência Apple”, bastava botar a mão no bolso. E foi brilhante como ele e sua equipe conseguiram fazer isso bem debaixo do nariz de todos. As convenções messiânicas, os anúncios, o design dos produtos… Funcionou muito bem. Quando Jobs morreu, pessoas cuja ÚNICA conexão real com ele era o consumo dos produtos da sua empresa acusaram o golpe como se fosse seu guru pessoal.

Se tudo o que se espera das pessoas hoje em dia é capacidade de consumir, nada mais natural do que buscar pertencimento e propósito a partir disso. Steve Jobs não criou nada, apenas enxergou a oportunidade. E jamais pode-se negar o crédito disso. A história vai se lembrar dele de forma cada vez mais elogiosa com o passar das décadas. Tudo bem que não foi overdose, mas se aproxima demais de uma morte de rockstar. No auge.

Mais curioso ainda é que Bill Gates, o cara que REALMENTE botou essa indústria de pé, vai ser lembrado apenas como o rival maligno. Aposto que numa balança objetiva de serviços prestados à humanidade, Bill ganharia de longe (Não aprovo tudo o que ele fez, mas o cara já doou mais dinheiro à caridade do que o resto da humanidade… junta… na história.). Mas Bill Gates é um homem de negócios, Steve Jobs foi um guru de negócios. E nem é um texto para homenagear o dono da Microsoft, é uma constatação de como não é só como você movimenta o dinheiro das pessoas, é como você movimenta as ilusões delas.

Steve Jobs ajudou a criar um dos mais bem sucedidos clubes de consumo da história, dando um pouco mais de sentido à vida vazia de muita gente. Steve Jobs morreu de câncer, mesmo sendo bilionário. E é justamente aí que ele comprou a passagem só de ida para o lado positivo da memória humana. Gostamos de quem reforça algumas mentirinhas sociais “necessárias”.

O pobre se deleita quando o rico sofre. Claro que uma série de regrinhas sociais que mantemos evita que muita gente sequer racionalize as coisas dessa forma, mas é justamente no disfarce que a coisa fica explícita: Complacência. Perda real não gera complacência. Gera tristeza, revolta, apatia… mas não esse tipo de pena.

Toda vez que alguém diz “Olha só, era tão rico e morreu de câncer como um qualquer”, está tentando se convencer que a peça que falta na sua vida NÃO é a riqueza. E ironicamente, ao mesmo tempo consomem para tentar se aproximar dessas “pobres” figuras multibilionárias. Steve Jobs foi uma peça perfeita nesse quebra-cabeças paradoxal da humanidade consumista. Viveu para alimentar o desejo de riqueza alheio, morreu para expurgar a frustração dos que fracassaram.

Mas não passa de uma ilusão. Ainda é SEMPRE melhor ser rico. Preste atenção no mundo onde você vive, dinheiro sempre vai comprar o que é necessário para se alcançar os desejos incutidos na cabeça das pessoas. O objetivo “final” da população tem que ser colocado distante o suficiente para a maioria da humanidade jamais ser capaz de alcançá-lo. Incrível como celebramos esse golpe.

Eu não sou paranóico com essas coisas, não acho que seja um plano consciente perpetrado por um grupo seleto de pessoas, acredito que a humanidade se organiza da forma que funciona. As pessoas não querem derrubar o sistema por medo. Não medo de repressão… Medo de perder uma chance de ser um dos privilegiados.

Mas não podemos dizer isso publicamente, podemos? Aliás, é melhor nem pensar nisso. Não seria agradável considerar que TUDO na nossa vida atual seria melhorado com alguns bilhões na conta. Melhor fingir complacência. Melhor acreditar que sem o dinheiro, ele teria sofrido mais e vivido menos.

Steve Jobs foi mesmo o gênio que a nossa era mereceu.

Para dizer que eu levei o sentimento anti-Apple longe demais, para reclamar que estava esperando mais piadinhas, ou mesmo para dizer que eu sou o capitalista mais comunista que você conhece: somir@desfavor.com

SALLY

Eu queria falar do Rafinha Bastos novamente. Porque quando programas como Zorra Total sacaneiam ou humilham preto, pobre, favelado, mulher ou judeu tá tudo bem, quando a Hope faz comercial com piada de mau gosto “é só brincadeira”, mas quando Rafinha Bastos faz todo mundo cai de pau. Porque será? Porque o cara INCOMODA, mete o dedo em um monte de ferida importante, confronta políticos, faz denúncias, mexe com “imexíveis”. Mas o porra do Steve Jobs resolve morrer nesta semana, então, deixa o Rafinha Bastos para outro dia. Certeza de que não vai faltar oportunidade.

O grande desfavor da semana surgiu com a morte do Steve Jobs. Não, não é a morte dele, o cara não era gradesbosta. Era bem filho da putinha, diga-se de passagem. Humilhava funcionários aos berros, não reconheceu a filha alegando ser estéril e tinha valores estranhos. Em uma reportagem ao New York Times, pediram que ele liste as coisas mais importantes que já fez. Sabe o que estava na lista? Usar LSD. Sua empresa era acusada de usar trabalho infantil e trabalho escravo (Foxconn, oi?) e sua vida é um rosário de atitudes escrotas e incorretas que eu poderia desfiar aqui.

Mas não vou. Sabe porque? Porque tudo está sendo dito em blogs, jornais, documentários e biografias. Minha intenção não é falar por cima do que já foi falado, por isso não fiz um Processa Eu sobre ele. Todo mundo conhece os detalhes da escrotidão desse sujeito, não preciso dizer o que já está no Google. Bacana é contar a escrotidão do Papa, do Che Guevara e da Madre Teresa da Calcutá. A morte do Steve Jobs vem sendo tratada por uns como um desfavor porque morre um gênio, alguém admirável e por outros como algo bem feito porque morre um tremendo filho da puta. Cagamos para a pessoa do Steve Jobs, nosso enfoque hoje é na reação popular e não no morto.

Sim, o grande desfavor da semana foi a reação do populacho à morte do Steve Jobs. Aquelas frases conformistas de gente que vota no Tiririca se espalharam rapidamente: “Tá vendo? Era rico mas morreu jovem, de câncer, dinheiro não compra saúde” ou ainda “Tá vendo? Ele era rico e está morto, não vai levar nada dessa vida”. Pobre tem essa mania de tentar se enganar querendo se convencer que os ricos tem um karma de infelicidade por serem ricos e que eles são pobres, mas em compensação são mais felizes que os ricos. Pena que não é verdade. Fala isso para um pobre! Eles ficam super irritados.

Para começo de conversa, DINHEIRO COMPRA SAÚDE SIM. Excepcionalmente não. É o contrário do que dizem. A regra geral é que dinheiro compra saúde. Conheço muita gente rica que não estaria viva se não tivesse muito dinheiro. Basta ver a taxa de mortalidade de pobre e de rico. Porque UM rico morreu, querem presumir que na hora da doença tanto faz ser rico ou ser pobre? De jeito nenhum! Ainda mais em um país como o Brasil, onde a saúde pública é uma titica. Dinheiro compra saúde e te salva da morte COMO REGRA GERAL, excepcionalmente não. EXCEPCIONALMENTE. Vamos ficar apontando para cada caso de cada rico que se salvou da morte por ter feito tratamentos de ponta? Aí a gente pode computar se dinheiro, em termos gerais, não compra saúde.

Alguém me explica porque pobre fica tão feliz quando rico se fode? Chega a ser ridículo, pobre se fode a vida toda, o ano todo, todo santo dia. Quando o rico se fode em UMA OCASIÃO, o pobre aponta e ri. Os mesmos que se dizem super tementes a Deus comemoram a desgraça alheia. Ninguém duvida que pobre se fode muito mais do que rico nessa vida, no entanto, quando um rico se fode por algum motivo a pobralhada toda faz alarde e começa a gritar que dinheiro não compra a felicidade. Quem diz que dinheiro não compra felicidade é porque não conhece a loja. Falando sério, dinheiro não garante que você vá ser feliz, mas puuuta que pariu, como aumenta as suas chances! Até parece que pobreza é certeza de felicidade.

Com a morte de Steve Jobs a pobralhada tá quase que agradecendo por ser pobre, porque parece que o efeito colateral de ser rico é morrer de câncer. Pobre tem câncer também, e tem mais do que rico. E morre mais quando tem. E mesmo que só rico tivesse câncer, você prefere o que: uma vida de oitenta anos na pobreza ou cinqüenta anos a La Steve Jobs? Vá pá puta que pariu, bando de recalcados! Ter dinheiro não é um erro, achar que dinheiro é a coisa mais importante da sua vida sim.

Essa mentalidade ridícula foi incutida ao longo de anos na cabeça do brasileiro: ser rico é uma ilusão de felicidade, na verdade, se você for rico, vai ser solitário, frustrado, problemático, doente e infeliz. Muito cômodo tentar convencer o povo de que, no fundo, no fundo, eles estão melhor na pobreza. Pena que não é verdade. Mas esse povo é tão bunda que parece nutrir até um certo receio de enriquecer, como se com isso fosse ficar automaticamente infeliz. Parece que o dinheiro vem “amaldiçoado”. Todo pobre vai saber te contar alguma história de alguém que era muito feliz pobre e depois que ficou rico sua vida ficou toda cagada.

Infelicidades e desgraças pessoais todos passamos na vida. Só que quando se tem dinheiro para lidar com isso e se escorar nos melhores profissionais que possam te ajudar, as mais divertidas formas de lazer, as mais agradáveis distrações, os melhores remédios, as melhores comidas e tudo mais que o dinheiro pode comprar, o sofrimento se atenua. Ilusão de pobre pensar que o rico sofre tanto quanto ele. Sofre muito menos. Só que rico não é imortal. Uma hora os ricos morrem. E quando eles morrem a pobralhada aponta e grita “Viiiiu, Gislayne! Não adianta nada tê dinhêro, morreu de cânci que nem qui a gente!”. Ricos e pobres morrem, é verdade, mas os ricos vivem muito melhor e morrem muito melhor.

O grande erro é achar que APENAS dinheiro basta para assegurar a felicidade de alguém. APENAS dinheiro não basta. Mas ser feliz SEM dinheiro, ao menos aqui no ocidente, não acho viável. Porque infelizmente precisamos de dinheiro para ter alguns direitos básicos como saúde e educação. Então, se existe um grupo que está fadado à infelicidade e à doença são os pobres e não os ricos. Não que eu goste, não que eu ache bonito. Acho que todos deveriam ser ricos. Mas não é isso que acontece. Por isso me causa espanto que os mais fodidos apontem para os privilegiados e fiquem tirando onda. Que falta de bom senso, de senso do ridículo!

Está na hora de acabar com essa presunção de que se o sujeito é rico ele leva uma vida vazia, é infeliz no amor, tem problemas familiares e acaba adoecendo. Estas coisas acontecem tanto com ricos como com pobres, sendo que o rico tem muito mais chances de superar e reverter. Está na hora de acabar com esse recalque horrível e ridículo de comemorar quando um rico se fode e depois encher a boca para falar de Deus. Não estou defendendo Jobs, que era um desfavor ambulante, estou reprovando uma conduta genérica que estimula as pessoas a se sentirem gratas por não serem ricas. Mecanismo mais imbecil de contenção social!

Dinheiro infelizmente compra QUASE TUDO. Quando surge uma exceção que o dinheiro não compra, todo mundo aponta e grita fazendo parecer que é regra geral. Com isso a revolta em ser pobre diminuí e as pessoas se sentem compensadas por uma punição divina ou karmica contra os ricos. Está na hora dos pobres começarem a se revoltar com a desigualdade social e exigir outro padrão de vida, ainda que seja à força. Chega de se enganar, chega de romantizar pobreza e alimentar o mito que ser rico gera dor e sofrimento.

Se eu ouvir mais um infeliz repetindo que dinheiro não adianta nada e que Steve Jobs era rico e mesmo assim morreu de câncer eu vou dizer que pelo menos não morreu na fila do SUS. Só dinheiro não garante a felicidade, mas a falta de dinheiro com certeza a dificulta por demais.

Para dizer que Marco Luque é que deveria se recusar a gravar comercial da Claro ao lado do Ronaldo porque ele mancha a reputação dos outros com sua fama de TRAVEQUEIRO, para dizer que Steve Jobs não morreu e é tudo um golpe de publicidade da Apple ou ainda para fazer qualquer piadinha ou trocadilho com i-alguma-coisa: sally@desfavor.com

Se você encontrou algum erro na postagem, selecione o pedaço e digite Ctrl+Enter para nos avisar.

Comments (47)

  • Ele revolucionou sem criar nada admito, mas revolucionou.

    Quando a xerox enxergava (lenda urbana, mas provavel) o mouse como um rato morto em cima da mesa. Ele fez bom uso do mesmo com uma interface gráfica que permitiu quem não sabia trabalahr com linha de programação usar computador.

    Quando toda a tecnologia de touch, acelerometros etc estavam disponiveis a anos, todo mundo se contentava com navegação em wap e no mximo mandar uns mails pelo celular.

    Quando niguem se preocupava aliar função com bom designer ele usou o que ja estava pronto e revolucionou.

    Claro, ele e as pessoas que ele gerenciava. Ninguem faz nada sozinho.

    Ele foi responsavel por popularizar firewire, usb, pdf, tocadores de mp3, smartphone, computadores pessoais que eram mais que maquinas de trabalho (se bem que pra trabalho eram muito boas).

    Já abriu um g5 pra ver como é por dentro? É quase arte aliada a um melhor aproveitamento do fluxo do ar pra resfriar o mesmo.

    Fora todos os tipos de serviços que todo mundo correu atras por causa dele.

    Não sou paga pau do cara. Imagino o quao filho da puta ele deve ter sido. Mas dizer simplesmente que ele foi irrelevante, não da pra fazer com tanta coisa a nossa volta que existe graças a ele.

    Ah..E meu ultimo produto apple foi um mac g4. Mas muita coisa uqe uso hoje imita o que ele obestinava.

    Eu acompanhei a evolução do mac os. a morte do mac os 9 e deposi a mac x com sistema unix e interface baseada no next que era uma empresa dele. O IOS é variante disso.

    E se jobs e gates não são 'genios' (ok tem um certo exagero nisso) quem é atualmente?!

  • BOOMP!

    Foda-se Hugo. Eu falei da paunocuzação e frescurada de todos pela morte dele.

    E ele não criou o Ios, não o desenvolveu. Não é um gênio, assim como o William Gates não é um.

    Sim, desenterrei.

  • Sabe o que é mais irritante? Deixemos de lado os méritos profissionais do cara – a morte dele causou uma comoção estúpida, e a estupidez está justamente no fato de as pessoas terem reagido como SE CONHECESSEM O MORTO.

    Sério, é muita histeria coletiva pros meus ovos tolerarem. Cuidado gente, vai que semana que vem morre aí um piloto de fórmula 1 e vocês vão precisar dessa energia pra consagrar um herói nacional baseado em nada?

  • Sally, eu também não sou fá do humor arcaico e pastelão que a Globo/Sbt/Record nos proporciona de modo tão medonho. Comédias tipo zorra total, a praça e o programa do "gugay", já estão utrapassado há anos.
    O CQC entrou com um humor mais critico, coisa que gosto, pegando no pé de pessoas que sem nenhum talento frequentam as telas de tv aberta e fazendo delas o que todo mundo espera, palhaços, ok, legal.
    Mas neste programa me aparece, este tal rafinha bastos, com um humor totalmente fora de sintonia,sim, porque você criticar a pessoa em seu compotamento artististico, seu talento inexistente, seus foras, sua ignorância intelectual, suas imbecilidades na frente da tela, tudo bem. Mas ofender a pessoa gratuitamente e junto a isto colocar termos agressivos e sem fundamento, não tem o menor nexo.
    Veja bem Sally, assisti os stand-ups deste individuo(para fazer melhor analise)e em mais de 1:30 hs não consegui mexer os lábios, pois a apresentação dele se baseia em fatos coloquiais e diários e até em contar estes, ele os conta de forma agressiva e destoada, para mim não passa de um babaca gigante sem noção(tipo boneco da meia-noite)que realmente precida de uma repreimenda para ver se emenda.
    Veja Sally, não estou aqui para tentar mudar sua opinião, nem seu gosto humorístico,mas apenas mostrar os fatos e posso lhe garantir com 100% de certeza; O humor brasileiro não sentiria nenhuma saudade se este cidadão for deletado do mercado, igual a ele, tem mais de mil.
    ABS

  • Sally, eu também não sou fá do humor arcaico e pastelão que a Globo/Sbt/Record nos proporciona de modo tão medonho. Comédias tipo zorra total, a praça e o programa do "gugay", já estão utrapassado há anos.
    O CQC entrou com um humor mais critico, coisa que gosto, pegando no pé de pessoas que sem nenhum talento frequentam as telas de tv aberta e fazendo delas o que todo mundo espera, palhaços, ok, legal.
    Mas neste programa me aparece, este tal rafinha bastos, com um humor totalmente fora de sintonia,sim, porque você criticar a pessoa em seu compotamento artististico, seu talento inexistente, seus foras, sua ignorância intelectual, suas imbecilidades na frente da tela, tudo bem. Mas ofender a pessoa gratuitamente e junto a isto colocar termos agressivos e sem fundamento, não tem o menor nexo.
    Veja bem Sally, assisti os stand-ups deste individuo(para fazer melhor analise)e em mais de 1:30 hs não consegui mexer os lábios, pois a apresentação dele se baseia em fatos coloquiais e diários e até em contar estes, ele os conta de forma agressiva e destoada, para mim não passa de um babaca gigante sem noção(tipo boneco da meia-noite)que realmente precida de uma repreimenda para ver se emenda.
    Veja Sally, não estou aqui para tentar mudar sua opinião, nem seu gosto humorístico,mas apenas mostrar os fatos e posso lhe garantir com 100% de certeza; O humor brasileiro não sentiria nenhuma saudade se este cidadão for deletado do mercado, igual a ele, tem mais de mil.
    ABS

  • Deja, você falou tudo. Ladrão. Fez fortuna e nome explorando a criação dos outros. Mas, hoje em dia, tudo que aparenta ganha status de realmente ser, então, ele vai levar a fama de gênio e quem falar o contrário vai ser execrado…

  • Carol,não apenas tirania, ele se apoderou de idéias e criações alheias e assumiu todo o crédito por elas. Acho isso muito feio.

    Eu não sinto necessidade do grau te tecnologia da Apple no meu dia a dia, talvez porque meu trabalho não demande nada além de um processador de textos.

  • Tritória, não é minha intenção convencer ninguém de que o humor do Rafinha Bastos é engraçado. Isso é muito subjetivo. Eu acho muito engraçado mas respeito totalmente quem não acha.

    O que não pode é ficar nesse mimimi todo por causa de um humor politicamente correto. Eu quero viver em um país onde pessoas como o Rafinha Bastos POSSAM dizer esse tipo de merda.

    Além disso, você não precisa concordar com a pessoa para entender sua genialidade. Veja o grande meste Alborghetti, por exemplo. Eu tenho adoração por ele, por sua sinceridade, por sua coragem mas sou totalmente contra seus argumentos: sou contra pena de morte, contra tortura e contra prisão perpétua. Porém sou a favor de alguém que rompa com esse padrão lucianohuckizado de politicamente correto na TV. Pena que grande mestre D´Alborga morreu…

  • Anônimo da inveja,

    Sério mesmo? Três anos de blog e este argumento ainda está sendo utilizado?

    Eu merecia adicional de insalubridade por ler os comentários…

  • Mimi, todos os outros que trabalham com a Foxconn também são igualmente condenáveis.

    Eu falo mal do iphone, odeio a política da empresa e todo o conceito do iphone e não tem nada a ver com falta de dinheiro. Mania de presumir que tudo é recalque ou inveja…

  • Se apropriou do trabalho dos outros…Vejamos:

    Ele pegava idéias abandonadas ou subjulgadas e combinava fazendo algo útil. ok…ou pelo menso bonito.

    Não precisava dar crédito. Isso é questão que fica a credito de briga de patentes. QUe não vem ao caso.

    O caso é: Independente de ter roubado idéias ou não. Se ele não tivesse feito isso, se não existisse, tudo seria do mesmo jeito que é hoje? Ele influenciou muita coisa. Olho o legado.

  • Felipe, povão tem MAC sim. Porque hoje em dia qualquer subcelebridade baixo nível, jogador de futebol e cia adoram ostentar um MAC. Isso "embregueceu" bastante a Apple aqui no Brasil.

    iphone é uma ode à evasão de privacidade. Não foi pensado para isso, mas é para isso que as pessoas usam aqui no Brasil: postar fotos em tempo real de onde estão, ficar narrando cada passo que dão no Twitter e etc.

    Eu, particularmente, tenho horror. Não passo nem perto de iphone.

  • Chelsea, sobre a frase, só o Somir pode responder…

    Sobre essa compensação fictícia que as pessoas presumem, concordo plenamente com você. Criou-se esse mito de que dinheiro é amaldiçoado e que se você ganhar dinheiro, vai ter que abrir mão de alguma parcela feliz da sua vida, o que não é verdade!

    O dia em que o povo perceber isso vai dar uma merda…

  • Marciel, tá todo mundo falando de tudo sobre Jobs agora que ele morreu. Não tem razão de ser fazer Processa Eu, primeiro porque tudo já foi dito, segundo porque agora fica impossível saber o que é verdade e o que é mentira, já que estão sendo divulgadas uma avalanche de informações para pessoas sedentas por conhecer a vida de Steve Jobs.

    Eu tenho contatos bons, mas porra, para saber da intimidade de Steve Jobs eu ainda falta muito chão. Um dia eu chego lá…

  • Anônimo, é por causa desse seu pensamento que o mundo está como está. Que se foda se a pessoa mata, que se foda se a pessoa estupra, que se foda se a pessoa escraviza, que se foda se a pessoa bate em mulher, que se foda se a pessoa comete crime. Se for bem sucedido profissionalmente, não importa.

    Maluf mandou lembranças para você viu? Rouba mas faz.

  • Anônimo, você está falando de um tipo muito especial de pessoa: aquela que fica rica mas não evoluí, tipo jogador de futebol, que usa dinheiro para comprar corrente de ouro e carro importado. Sim, ESSE tipo nunca será aceito e vai ter que renunciar a seu antigo círculo de amizades.

    Mas existem pessoas que quando ganham dinheiro, investem em outras coisas além de bens materiais, tornando-se pessoas cultas, agradáveis e cercadas de amigos, super aceitas socialmente. E ao investirem em si mesmas aprendem a se conhecer e a se relacionar, mantendo antigos vínculos de amizade, ajudando velhos amigos e cultivando amizades novas. Conheço várias pessoas assim.

    Nem sempre o pobre que enriquece é burro, viu?

  • Rorschach, sim, o nome Jobs vai virar uma marca. Como sempre, surgirão relatos maniqueístas onde ele será pintado como um budista iluminado e talentoso e relatos do mal onde ele aparecerá como vilão que se beneficia de trabalho escravo.

    Provavelmente nunca saberemos a verdade completa. O assunto ganhou destaque demais para que alguém se manifeste de forma imparcial. O que quer que divulguem dele, será devidamente colorido, para mais ou para menos.

  • Hugo, Jobs se apropriou do trabalho de muita gente sem dar o devido crédito. Ela era foda sim, mas por saber se cercar das pessoas certas e saber como contratá-las, para que toda a criação elaborada caia na conta e no mérito dele…

  • Morena Flor, você tocou em um ponto importante: como a Igreja fomenta esse culto ao sofrimento. Incutem essa ideia de que quanto mais você se fode melhor será seu futuro após a sua morte.

    E não é apenas a religião católica não! Até mesmo os espíritas dizem que cada vez que você sofre está resgatando um "débito" e evoluindo.

    Mas nem morta eu vou aderir a uma crença na qual tenho que sofrer para melhorar. Não sou cachorro para aprender na porrada!

  • Deja, vc só tem Android porque existe o Ios.

    Eu não acho o custo beneficio do iphone razoavel. Tambem uso android, mas como disse, o design, o modo como o operamos pode ter melhorias, mas é baseado no que a apple fez.

    Tambem posso falar isso da interface grafica, na popularização do usb, no fato de não ter drive de disquete nos pcs de hoje, no fireware, do abandono dos promissores netbooks porque jobs achou melhor algo no formato do ipad. A importancia da tipografia, a popularização do pdf, etc

  • Apple é coisa de viado. Eu tinha um iPhone em uma época que eu estava meio com dúvidas pessoais, sabe? Acontece com todo mundo, né????? Daí hoje tem um com Android.

    Enfim, puta paunucuzação a choradeira em redes sociais pela morte dele, ô mundo de merda esse! O bosta era um arrogante dos infernos, caráter duvidoso, ele nem era um gênio, era um safado ladrão. Steve Wozniak que era o cara, se ele não tivesse virado um hippie…

  • A empresa dele só se tornou o que é por causa da tirania dele. Essa é a verdade. E ele podia não ser um ser humano dos melhores, mas meu iPhone, iPad e MacBook funcionam como mais nada nesse mundo consegue. E ainda são lindos.

  • Sally, vou aguardar você postar alguma coisa do Rafael Bastos e já lhe adianto; Este cara não têm nada de engraçado e suas piadas, além de grosseiras, não conseguem fazer rir nem uma hiena risonha.
    Abs

  • Quanta ENVEJA do coitado em.
    Ele era o cara queira vcs ou não.
    Cuidado em povinho,inveja tambem causa cancer em.
    Mordam a lingua.

  • Pois é, também achei ridícula toda essa comoção social. Quando li a notícia da morte dele, senti apenas o que sinto por qualquer pessoa que não pertence ao meu círculo pessoal: lástima.
    "que os familiares e amigos consigam passar por esse momento".

    Ah, recomendo muito que assistam (caso não conheçam) "Pirates of Silicon Valley". O filme em si é interessantíssimo, e mostra bem a pessoa BOUA que ele era.

    No mais, aos adoradoreszinhos do tio Steve; Enfiem a maçã no cu.

    Obrigada, de nada.

  • Só lembrando que a Foxconn trabalha para várias marcas famosas e não apenas para a Apple. Steve é um ícone do capitalismo assim como muitos outros Steves que ainda irão aparecer. Só acho engraçado falar mal de um cara desses mas passar a vida toda tentando ter a sua fortuna, usando seus produtos e suas invenções. Quem fala mal de iphone, ipod, ipad etc é pq não pode comprá-los, fato. Não gostar é uma coisa, odiar é outra. Assim como existe fanatismo em relação à Apple, os anti-fanboys também são outra espécie de fanáticos.

  • Ah… o cara morreu, tem um monte de "viadinhos" chorando e lamentando a perda de um "estilista" do mundo tecnológico… Ok, concordo, o cara não era lá nenhum exemplo de "humanitarismo" sim, mas e daí? Uma coisa é vc ser anti-apple devido a frescuraiada, outra é vc dizer que a apple não é lá tudo isso e escarnear o "design". Sim Sr. Somir, a apple é afrente do pequenomole, a tecnologia empregada é muito boa e um de seus criadores, Jobs, foi um gênio contemporâneo e grande homem de negócios. Como você mesmo disse "Gates é um homem de negócios, mas Jobs foi o guru de negócios"
    OBS: Povão não tem Mac, isso é bom!

  • Adoro essas dissecações dos fatos que vocês fazem. Quando eu crescer quero ser assim. :]

    Aliás, posso estar falando besteira, mas essa frase não está trocada: "Melhor acreditar que sem o dinheiro, ele teria sofrido mais e vivido menos."?

    Afinal, os "pobres" que ficaram com muita pena do Steve, preferem pensar que sem o dinheiro ele teria "sofrido menos e vivido mais", como eles esperam que aconteça com eles, certo?

    Até porque o ser humano tem uma mania de achar que a vida possui um enorme senso de justiça parcial. Então, se você não tem dinheiro e sofre com isso, ao menos não vai sofrer muito em outros âmbitos para compensar e vice-versa. E tudo isso indepentende de você tomar atitudes coerentes para que merdas não te aconteçam!

    Triste.

  • "Você não vai mais jogar porque não tem namorada? Se isso fosse motivo para não jogar D&D esse jogo teria sérios problemas…" – Sheldon Cooper, no episódio novo, 5×04

    Gostaria de deixar registrado esse ocmentário extremamente pertinente do Sheldon. Esse é pro Somir.

  • Em tempo, minha conta na desciclopédia tem a letra I de login em parte pela viadagem em torno daquela merda de iPods, iPads e iPhones.

  • Vocês poderiam ter ajuntado o desfavor do kickass do Rafinha com o desfavor da morte do Jobs.
    E em tempo, até estranhei a não feitura de um Processa Eu sobre tal figura.

  • Que se foda que ele era um cu de pessoa, mas como profissional eu pago pau pra empresa dele sim!
    Do mesmo jeito que se foda se o cara é um travequeiro bêbado ou drogado, se jogar bem ninguém liga.

  • Sally, quanta repetição, quantos paragrafos dizendo o mesmo, quantas frases com o mesmo significado, quanta coisa igual, quanta palavra repetida, quanto…

  • Pro Somir nem falo nada, a Sally já o corrigiu em caixa alta.

    Sally, só uma coisa: doença todo mundo tem, sofrer todo mundo sofre, vida vazia todo mundo pode ter independentemente da grana e sem grana até piora, mas dependendo do caso específico dinheiro traz solidão sim senhora. Explico: se o sujeito já nasce rico, beleza; mas quem nasce pobre e depois enriquece, se fode redondinho.

    Acompanhe comigo.

    O carinha que nasce rico tem amigos e familiares ricos em volta e encontra até o amor de uma garota rica e casa para ter filhotinhos riquinhos, tá tudo em casa.

    Já se o sujeito nasce pobre e enriquece ele é obrigado a perder todos os seus círculos familiares e de amizades E não será aceito nem fodendo nos círculos de convívio social correspondentes ao seu novo poder aquisitivo. Isso por que:

    1. Terá que se isolar por que nos círculos originais dele vai todo mundo querer tirar uma casquinha do dinheiro e ou ele se isola ou:
    a) a grana se esvai dividida pelo formigueiro; ou
    b) neguinho vai ter que passar o resto da vida ouvindo merda de quem não receber um quinhão (todo mundo que tem parente rico e não consegue vampirizá-lo o maldiz aos quatro ventos).
    2. E nos novos círculos ele morrerá sem ser aceito por que:
    a) Não fala o mesmo idioma que a galera: seus gostos são diferentes, suas opiniões são diferentes e todo o seu conjunto de referências é diferente. Essa diferença de referencial destrói qualquer possibilidade de comunicação; e
    b) Rico que nasce rico sempre hostiliza nouveau riches, é atávico.

    Enfim, se você nasceu pobre e tem espírito de lobo solitário, que se basta e não precisa de gente em volta, ótimo. Enriqueça e se esbalde, que o mundo será todo seu. Mas se você tiver uma necessidade incontrolável de companhia humana de qualidade…

  • A parte mais irônica disso é que Steve Jobs é um dos responsáveis pelo overconsumismo de hoje e pela facilidade da transmissão da informação, que as redes sociais se beneficiam. Ok, saber em tempo real que o Gadaffi caiu, que Londres está pegando fogo e coisas assim, sem passar pelas mãos da imprensa, é bem útil. O problema é o que acontece no intervalo entre essas boas utilizações. Quando um acontecimento tipo esse acontece, TODO MUNDO TEM DE TER UMA OPINIÃO. Gente que nem sabe quem é Steve Jobs tem de comentar a morte do homem. Eu respeito que cada um tem o seu direito de falar sobre o que quiser, não respeito é que as pessoas tenham o dever de falar sobre algo.

    Fora isso, já começam a pipocar as HQs com biografia do Jobs, a Sony vai fazer um filme dele, o Submarino adiantou o lançamento da biografia dele e já começou a pré-venda. Enfim, consumismo e má utilização da tecnologia. Legado de Steve Jobs.

  • EU uso macintosh desde o performa 600. Depois quadras. 7600. 8600, g3, g4, g5.

    O cara era foda. Era um carrasco, foda-se isso fez a empresa ser o que é. Não gosta do emprego, pede demissão. As pessoas só funcionam sobre pressão.

    Desfavor realmente é a comoção pública, mas o cara fez muita coisa. DIgo isso porque acompanhei.

    Gates sempre foi 'mais humano', mas quem precisa de humanidade, quando temos gadjets incríveis. rs

  • "Se eu ouvir mais um infeliz repetindo que dinheiro não adianta nada e que Steve Jobs era rico e mesmo assim morreu de câncer eu vou dizer que pelo menos não morreu na fila do SUS".

    Eu mandaria este mesmo infeliz ver na TV – ou eu mesma enumeraria – a quantidade ABSURDA de POBRES q morrem na fila do sus todos os dias, os q morrem por não conseguirem comprar os remédios CAROS dos quais necessitam, devido à falta dos mesmos nos postos de saúde, dos q morrem jogados em macas de hospitais superlotados, os q morrem por demora de atendimento de urgência, os q morrem ou ficam com sequelas devido a erros médicos crassos, como operações erradas, médicos q "esquecem" objetos nos corpos das vítim.. ops, pacientes, os q morrem pq falta especialista naquela doença grave e rara q têm, os q morrem nas "peregrinações" q fazem através dos hospitais PODRES – os únicos hospitais disponíveis para eles(lembram daquele caso HORROROSO q teve esta semana do rapaz q caiu da laje, bateu a cabeça e teve q passar por 5 hospitais e morreu por demora no atendimento, por falta de neurologista? E do senhor de idade q morreu nesta mesma situação? pois é!)etc, etc, etc… Tá na hora da pobralhada admitir q pobreza não tá com nada e lutar e exigir o q é de direito – e, antes de tudo, olhar pro próprio espelho, para os problemas e limitações REAIS q têm em sua condição antes de criticar e louvar a desgraça dos ricos. Penso q é esta a cereja do bolo q falta para os pobres tirarem de vez esse papinho de se acharem os felizes e os "fodões" por serem pobres.

  • Gostei dos textos de vcs 2!

    Sally e Somir, é por aí mesmo: Os pobres, no fundo no fundo, almejam ser ricos, não conseguem e ficam com esse recalque frustrante, q os induz, catalizados por forças(igreja em especial) q os induzem a continuar na pobreza, a literalmente louvar(mesmo q secretamente) a desgraça dos ricos(qdo, bem no íntimo, gostaria de ser com eles). Um paradoxo e tanto!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Relatório de erros de ortografia

O texto a seguir será enviado para nossos editores: