Ele disse, ela disse: O mensageiro.

Muito embora Sally e Somir tenham visões parecidas sobre perdoar traição num relacionamento, há uma útil (para a coluna) discordância sobre que diferença faz se fica-se sabendo da traição pela pessoa ou por terceiros. Diferença positiva, que fique registrado. E os impopulares estão convidados a expor suas opiniões, com a maior fidelidade possível.

Tema de hoje: Faz diferença saber da traição por quem te traiu?

SOMIR

Faz. Normalmente eu começaria explicando porque ser mais racional numa hora dessas é melhor para uma pessoa, mas estou cada vez mais inclinado a aceitar que a maioria das pessoas gosta de viver nesse supervalorizado carrossel hormonal da passionalidade.

Se por um acaso você que está lendo compartilha da visão de que ser escravo de sentimentos é atraso de vida, podemos nos entender nesta argumentação. Se não é o caso, pelo menos dê uma chance, garanto que você não tem nada a perder.

Não dá para tapar o sol com a peneira e dizer que para grande parte das pessoas uma traição num relacionamento amoroso não é bem dolorosa. Com a presunção de fidelidade andam juntas ideias de valor próprio e até mesmo de justiça “universal”. Terrível ser passado para trás, claro. Mas uma das coisas mais importantes dessa vida é saber a hora de parar.

É humano se sentir mal depois de uma traição, mas é masoquismo ficar alimentando esse sofrimento além do necessário. Quando a merda está feita, está feita. A pessoa não pode mais te destrair. A partir do momento que se sabe do fato, sobra apenas sua reação.

Tem gente que perdoa e continua na relação. Tem gente que perdoa e se afasta. Tem gente que não perdoa, mas continua dando murro em ponta de faca… E tem aquelas pessoas que mesmo com muita vontade de ceder, não perdoam e não reatam. Eu parto do ponto de vista de quem não vai considerar mais a relação viável depois disso.

E mesmo assim, acredito que faz diferença saber pela própria pessoa. Se ela vai usar isso para se sentir melhor com ela mesma, já foge do meu controle, e sinceramente, do meu interesse. As pessoas se auto-perdoam com muita facilidade, nem acredito que dê para punir muito mais a pessoa depois de se separar. Quer dizer, não sem SE punir junto. Ex-namorados e namoradas doentes da cabeça estão aí para provar que dá para infernizar a vida de alguém se você usar seu auto-respeito como moeda de troca…

Não me faz diferença alguma se a pessoa que eu não quero mais na minha vida vai sofrer mais ou menos. E nem é questão de ser um “ser de luz”, é a falta de diferença prática que isso fará na minha vida. Talvez seja até melhor que ela se sinta leve e livre para continuar a vida dela, menor a chance de ficar me pentelhando depois. Querer distância é um compromisso que deve-se levar a sério. Acho vergonhoso ficar preocupado com o sofrimento de alguém que não deveria mais fazer diferença para você.

E se você pretende argumentar que não tem sangue de barata, já entenda que eu não estou considerando a frieza como passividade, e sim como caminho para se reerguer mais rápido e atender aos interesses próprios da melhor maneira. Ficar encanado com ex que te traiu é buscar sofrimento. Burrice.

Pois bem. Faz diferença positiva saber da traição por quem traiu porque isso te permite fechar melhor esse capítulo da sua vida. Como você vai seguir a partir daí pode variar, mas a vantagem de ter o assunto fechado com a confissão é que fica mais simples dar os próximos passos.

Novamente, vou pela minha reação: Término imediato e irreversível da relação.

Tem gente que MESMO diante de provas contundentes sobre sua culpa, continua se dizendo inocente. Isso é uma merda se você gostava muito da pessoa… Eu pelo menos tenho uma tendência de acreditar no limite da insanidade no que uma pessoa muito querida me diz. É a questão da chance ínfima de ser verdade mesmo, e como eu gostaria de receber o mesmo tratamento se fosse falsamente acusado.

Como já está muito bem estabelecido que a traição ocorreu, o suficiente para que eu queira terminar, se a pessoa não se confessar, eu vou ficar eternamente com aquela sensação da “chance ínfima” na cabeça. Não é para acabar com sua vida, mas, porra, não faz bem.

Além disso, se a pessoa não teve nem a coragem de te contar a merda que fez, deve ter considerar otário ou incapaz de lidar com a verdade. Duas presunções que eu detestaria descobrir que a mulher que estava comigo tinha de mim. Contar a verdade não perdoa o fato, mas a merda já está feita. Que pelo menos a pessoa tenha o mínimo de respeito de reconhecer o erro e validar que eu não estava completamente louco de escolhê-la em primeiro lugar.

Saber apenas por terceiros (ou por si mesmo) te isola de uma parte importante do processo de “cura”: A compreensão. Não no sentido hippie de achar bonito e aceitar numa boa, digo compreensão do verbo compreender mesmo. Se a pessoa te conta a traição, pode te contar suas motivações. Isso não serve apenas num perdão, serve também para que você possa perceber o que deu errado, se tem como evitar futuramente, ou se foi algo que você jamais poderia controlar. Até porque essas coisas podem te deixar paranóico em relações futuras.

É besteira achar que existem métodos para encontrar alguém que jamais te trairá, mas dá para entender melhor como levar uma relação que minimize esse risco. Se soltou demais, se prendeu demais, se deixou de perceber problemas óbvios na outra pessoa… Conhecimento é poder. Não fuja dele.

E para ser honesto, uma mulher que me conhecesse bem estaria mesmo me fazendo uma boa ação me contando sobre a traição. Me permitir terminar tudo e seguir em frente buscando melhores oportunidades não parece algo tão ruim assim. Relações começam e terminam, e pra mim nenhuma vale mais do que ter a fidelidade (num sentido bem mais amplo do que apenas fazer sexo com outra pessoa) da parceira. Acho muito possível que eu não guarde rancor nenhum dela, pelo simples fato de me “livrar” dela mesma.

Não, não posso garantir que a pessoa fez isso por algum motivo mais nobre do que tentar conter danos de uma cagada prestes a estourar publicamente, mas, novamente: Ela já não vale mais esse tipo de preocupação. Vale o que me for mais conveniente.

É ruim, é dolorido, mas a vida continua. E para a vida que continua, faz diferença sim saber pela pessoa sobre a traição.

Para me chamar de corno manso, para dizer que sem drama sua vida não faz sentido, ou mesmo para reclamar que acha absurdo que alguém não tente jogar toda a culpa nas costas dos outros sempre que pode: somir@desfavor.com

SALLY

O discurso padrão é que faz diferença se a pessoa que te traiu decidir te contar. Por algum motivo que eu desconheço as pessoas acreditam que quem trai e conta merece mais o perdão do que quem trai e esconde. Eu não concordo. Não me faz a menor diferença a forma como a informação chegou até mim, quem me traiu vai catar coquinho, sentirei a exata mesma raiva da pessoa que fez uma coisa dessas comigo e o relacionamento estará igualmente terminado.

As pessoas no geral partem de uma premissa com a qual eu não concordo: quem conta se arrependeu. Daí chegam a um resultado do qual eu igualmente discordo: quem se arrepende merece perdão. Já ataquei esta forma de pensar em um texto que é puro amor, um Sally Surtada chamado “Desculpa é o caralho!”. Um pedido de desculpa acaba sendo usado como chantagem barata para forçar o outro a te desculpar. Cria-se uma obrigatoriedade em aceitar este pedido de desculpas e quem não o aceita, que é a vítima da história, passa automaticamente a ser o vilão. Tô fora desse raciocínio simplório.

Vamos ser sinceros aqui? Quem, em sã consciência, trai alguém que ama e voluntariamente CONTA para a pessoa, mesmo tendo a certeza de que essa pessoa nunca teria como descobrir? Não existe, né? Não tem consciência que te faça foder desse jeito com um relacionamento. Contou porque sentiu muita culpa? Não creio. Quem conta, conta porque está com o cu piscando de medo e sabe que mais cedo ou mais tarde a pessoa vai descobrir. Isso por si só já desvaloriza o contar. Sim, eu acredito que ninguém conta apenas por uma questão de consciência. As pessoas gostam de dizer que contam porque querem fazer a coisa certa, mas se você olhar de perto, vai ver que estão querendo apenas salvar o próprio rabo.

Ainda assim, por amor ao debate, vamos supor que exista um ser humano correto o bastante para sacrificar seu bem estar em nome da verdade. A pessoa trai o parceiro em uma ilha deserta com alguém que vem a falecer minutos depois. Não há risco algum de ninguém descobrir. Mas a pessoa está com a consciência pesada e quer contar. PRA QUE, gente? Pra que uma porra dessas? Porque vai sujeitar a pessoa amada a um sofrimento desse tamanho? Só para aliviar a consciência? Grandes merda contar. Poderia ter poupado a pessoa de uma dor terrível. Em resumo, contar é uma merda.

O mais comum é que a pessoa conte quando traiu de uma forma ostensiva, onde todo mundo ficou sabendo e aquilo certamente vai chegar aos ouvidos do seu parceiro. E, convenhamos, quem trai desta forma ostensiva, é muito babaca. Depois de fazer algo desta magnitude, francamente, tanto faz contar ou não contar, a humilhação do parceiro vai ser enorme. A pessoa diz que se preocupa com o parceiro e tal, mas, a hora de mostrar preocupação não é depois de fazer a merda, é antes. É muita cara de pau de alguém que trai querer demonstrar preocupação e querer aliviar o peso que está sentindo na sua consciência. Saber por terceiros é pior socialmente, mas a cagada é tão grande, que contar ou não contar não faria diferença prática alguma para mim no que diz respeito às minhas atitudes e em como eu me sentiria sobre quem me traiu.

Acho que o que eu quero dizer é que contar é sempre desamor. Se você conta mesmo tendo a certeza que a pessoa nunca ia descobrir, a sujeita a um tremendo sofrimento desnecessário, pois não acrescenta nada contando. Se você conta quando havia um risco da pessoa descobrir, seu gesto perde o valor e você só está tentando salvar a sua pele ou tornar a situação um pouquinho menos humilhante para o corno. Indiferente para o resultado final. A motivação é escrota, logo o ato não é nobre. Quem trai vai para a mesma vala na minha opinião: contando, não contando, se arrependendo, não se arrependendo… Não faz a menor diferença. O desejo de ver o cu da pessoa pegando fogo e sendo apagado com um tamanco é onipresente.

Pedidos de desculpas são muito eficientes para coisas que fazemos sem querer, sem saber que iríamos magoar a pessoa ou ao menos sem ter a exata dimensão de quanta mágoa iríamos causar. Traição magoa pra caralho, via de regra. Todo mundo sabe disso. Então, contar e vir se desculpar depois de trair é deboche. A menos que tenha tropeçado e caído de boca em outra pessoa, melhor enfiar sua sinceridade e suas desculpas no cu. Na hora de trair não se pensou em ética, não é mesmo? Porque depois de consumar uma das maiores faltas de ética que um relacionamento comporta a pessoa é acometida de um surto ético e vai te contar? Vai tomar no cu. Queria ser ético o fosse antes e não traísse.

Suponha que alguém em quem você confia e tem intimidade entra na sua casa e mata seu animal de estimação, sabendo o quanto você o ama. Suponha que horas, dias ou meses depois essa pessoa vira e diz “Desculpa, eu matei o seu cachorro, eu _____________” (complete com a desculpa dada no caso de traição, tipo “eu estava bêbado não sabia o que estava fazendo” ou “aconteceu” ou “na hora eu não pensei” ou “estava muito puto com você” etc).Você perdoa essa pessoa por ter matado seu animal de estimação, só porque ela te contou? Você acha que contar faz alguma diferença diante de um ato tão grave? E se você não perdoa o que fazem com um fuckin´cachorro, porque merdas perdoaria quando a sacanagem é COM VOCÊ?

Vai desculpar mas esse povinho que faz merda tamanho GG e depois vem em busca de consciência tranqüila às custas do sofrimento alheio tem mais é que se foder. Quem conta sobre traição não é ético, não é herói, não merece aplausos. Quem é ético, herói e merece aplausos é quem não trai. Ninguém é obrigado a dar paz de espírito a uma pessoa filha da puta que te apunhalou pelas costas e te humilhou só porque ela resolveu confessar o que fez. Chega dessa merda! Chega dessa imposição social de achar que confissão apaga crime ou atenua a situação do criminoso! Quem pensa assim está recompensando mau caratismo seguido de cara de pau.

Traiu? Beleza. Sofra. Sofra muito. Não venha até mim buscar absolvição parcial para o sofrimento. Não venha querer parecer menos pior do que é. Não venha esperando um “ok, pelo menos você me contou”. Nada disso, é um Bosta com B maiúsculo por ter traído e nada do que faça depois vai atenuar isso.

Para pagar de burro e depreender que um posicionamento assim só pode advir de um trauma ligado à traição, para pagar de otário e concordar com o Somir, aplacando parcialmente a culpa de quem trai ou ainda para me mandar rever os meus conceitos porque fidelidade é muito anos 90: sally@desfavor.com

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Comments (56)

  • Humanos são naturalmente poligâmicos sim. Mas isso não impede que alguém simplesmente decida ser monogâmico. Assim como eu tenho uma forte tendência genética à obesidade mas me matenho no manequim 42 por opção, decisão e esforço.

  • Somir,é interessante observar q vc afirma ter aprendido sobre infidelidade,inclusive feminina, mas parece q outra pessoa não pode ter igualmente aprendido,só pode ter “tirado da cartola”. Interessante também sua afirmação d q ambos os gêneros são incentivados na busca de variados parceiros,e ambos sabemos q o incentivo para a infidelidade feminina não é cultural. O q leva à resposta d sua própria pergunta:se é claro q o incentivo não é cultural,resta o biológico. No entanto,meu aprendizado não vem puramente dessa observação lógica,vou responder sua pergunta e dizer de quais “cartolas” tirei meu aprendizado:sou formada em Biologia com Ênfase em Ciências Ambientais,possuo mestrado em Biotecnologia e Recursos Naturais, e tbm fiz iniciação científica e trabalhei como pesquisadora no INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia),onde,aliás,pode-se encontrar pessoas de todo o país e tbm de outros países realizando trabalhos d pesquisa. Garanto a vc q história e biologia evolutiva eram meu café da manhã. Comportamento reprodutivo era parte desses estudos (incluindo o instinto materno,q tem muito mais de cultural e menos d instintivo na espécie humana do q a maioria das pessoas acredita).Enfim,espero q minhas fontes d aprendizado sejam suficientemente satisfatórias p vc.

    • “trair é mais natural para a mulher,não fazê-lo vai contra a natureza dela. E o contrário é válido para os homens.”

      Se o contrário é valido para os homens, está na natureza dele não trair. Isso me leva a depreender que você está afirmando que existe uma espécie nesse mundo onde um dos gêneros é monogâmico e o outro é poligâmico. Isso soaria estranho até mesmo vindo de um Richard Dawkins da vida…

      O seu currículo não elucida a questão, embora me faça acreditar que você possa fornecer bases para o que afirma.

      E aí, vamos discutir pessoas ou ideias?

  • Neste caso fico em cima do muro, o que o Somir escreveu me parece muito lúcido para quando há traição num relacionamento já com um longo tempo, em que já se compartilhou muito da vida do dois. Assim é sempre bom sair por cima na situação, fechando uma página e sem passionalidade desnecessária. Porém, o que a Sally colocou em questão é mais uma crítica à postura de pressupor perdão a quem conta uma traição. Os textos mais se complementam do que se discordam. Então, comigo seria assim; Traição>Fase Sally>Tempinho pra ir no banheiro>Fase Somir. Agora, perdoar? Perdão de cu é rola: no meu, no do miserável ou no do outro.

  • Concordo com o Somir dessa vez, pois consigo ter o distanciamento para enxergar exatamente o que ele disse: não importa, para mim, quais foram as motivações que levaram a pessoa a confessar. Se ela espera perdão, se quer aliviar a consciência… problema dela. O que importa é em que ponto esse ato beneficia A MIM. E como eu considero como única solução nesse caso o fim definitivo da relação, saber pela pessoa, conhecer seus motivos (ou a falta deles) me ajuda a encerrar esse capítulo em paz e seguir em frente. Não me considero de forma alguma obrigada a perdoar alguém que confessa e pouco importa se era isso que a pessoa esperava de mim. Boa tentativa abordar por esse lado, Sally, mas confissão não é de forma alguma sinônimo de absolvição.

    • Para você pode não ser sinônimo, Carol, mas socialmente é. Se o sujeito te conta, aos olhos da sociedade ele fica mais bem visto “Poxa, ele foi honesto, poxa, que legal, ele teve a ética de contar” e sai mais limpinho.

      Acho isso um horror, acho que quem trai tem que sair coberto de merda da cabeça aos pés e ainda levar uma mijada de cachorro na rua. Me revolta que essas pessoas se sintam melhor, quero que se sintam péssimas!

      • Pior é que é isso mesmo Sally… As pessoas ainda ficam falando “coitado, ele se arrependeu” quando se fosse o exemplo do cachorro, diriam “filho da puta ainda teve a cara de pau de vir dizer que estava bêbado”. Também não entendo essa posição.

        Mesmo assim, e mesmo sabendo que eu iria terminar fosse ele ou fosse o Bozo me contando, preferiria saber da boca do filha da puta por dois motivos: o primeiro é que existe uma possibilidade (pequena, mas existe) de que ele tenha resolvido contar logo e eu não tenha sido tão exposta. O segundo é que, pelo menos, ele me dá a chance de me preparar para uma possível “amiga” vir contar.

  • Aí é q está,o homem deveria ser mais monogâmico. Como só produz um gameta por vez e fica com o maior ônus da reprodução (gestação e cuidados), é natural p mulher procurar o maior número d parceiros possível,pois aumenta as chances d encontrar o melhor. Para o homem,no entanto,o ideal seria ficar ao lado da parceira,tanto p inibir a aproximação de outros machos e garantir q a cria gerada seja sua,como tbm p aumentar as chances d sobrevivência dessa cria nos primeiros anos d vida ao reforçar sua segurança. Ou seja:eles é q deveriam fazer kestão da fidelidade,e estão indo contra os próprios instintos usando uma desculpa q na verdade é cultural p fazê-lo.

    • Olha… vou te falar… homem deveria ficar bem quietinho do lado da sua parceira porque homem costuma não saber cuidar de si mesmo: fode sua saúde, corre riscos desnecessários e se comporta de forma infantilóide dia sim dia também.

      Só traem porque a mulherada insiste em perdoar se enganando com o argumento de que fidelidade não é tão importante. Já vi muita mulher bem resolvida que diz perdoar traição se portar feito uma neurótica infeliz nos bastidores. Vápáporra.

      No dia em que eles tiverem a CERTEZA que se trair leva pé na bunda, que não vai ter nem choro nem vela, pensarão duas vezes.

      • ” Já vi muita mulher bem resolvida que diz perdoar traição se portar feito uma neurótica infeliz nos bastidores. Vápáporra. ”

        Já convivi com mulheres que optaram por “perdoar” a traição dos maridos. Duas realidade se desenrolaram a partir daí:
        – Uma delas realmente o perdoou e reconstruíram a relação;
        – A outra DIZ que perdoou, mas ficou neurótica. Desconfia de tudo o que ele faz, não demonstra afetividade (chega a destratá-lo) e “joga na cara”, em todas as oportunidades, o ocorrido.

        Eu, sem sombra de dúvida, terminaria o relacionamento. Agir como na segunda situação que mencionei é masoquismo (e estupidez).

        • Mary, acho que a pessoa realmente acredita que com o tempo vai conseguir perdoar e esquecer, mas na maior parte dos casos isso não ocorre. A relação nunca mais é a mesma, fica aquela cicatriz que geralmente é grande o bastante para deixar tudo cagado.

  • Complicado. Pessoalmente,prefiro q a pessoa tenha ao menos a decência d m contar,ao invés d agir comigo como s nada,enquanto corre o risco d ser descoberto. Pq não acredito em crime perfeito,mais cedo ou mais tarde vou descobrir,e o sofrimento pelo cinismo e falsidade d alguém em cujo afeto eu acreditava,somado ao fato em si,vai ser maior. Além disso,não quero q a pessoa pense q é melhor esconder d mim por causa das reações q posso ter. A relação ainda vai terminar,mas, será d forma bem mais drástica s eu demorar a descobrir e ainda for por terceiros.
    Uma das coisas q mais m irrita é essa idéia masculina q,pra eles,não é nada d+,q é “só sexo”,mas chegam a matar (literalmente)s uma mulher faz o msmo. Isso,e a filosofia d “negue até a morte”.
    Uma coisa q poucos homens sabem (e os q sabem não kerem q as mulheres saibam) é q a biologia e a evolução estão do lado da infidelidade feminina,e não da masculina,como gostam d afirmar pra justificar seus atos.História longa e detalhada,mas o resumo é: trair é mais natural para a mulher,não fazê-lo vai contra a natureza dela. E o contrário é válido para os homens. Quero deixar claro q não apoio traição d nenhum dos lados,mas homem adora o papo “instinto” ,keria ver s continuariam s soubessem como o “instinto” apoia a infidelidade feminina

    • Sim, a mãe natureza conta com a infidelidade feminina: a fêmea copula com o máximo de machos possíveis e o mais forte, mais apto, conseguirá fecundá-la, assim ela terá descendentes mais fortes e com maiores chances de sobreviver. Entretanto homem adora dizer que trai por “instinto”. Se for questão de instinto, este instinto também está nas mulheres.

    • Até onde eu aprendi, machos e fêmeas de espécies poligâmicas são incentivados a ter o maior número possível de parceiros para aumentar as chances de continuidade não só dos próprios genes, como da espécie em geral.

      Ou você tem informações que eu não tive, ou tirou a afirmação da infidelidade “biológica” feminina da cartola.

      Se tiver bases para o que afirma, favor apresentar. Fiquei curioso.

  • Além de concordar bastante com o Somir sobre o fator que diz que é mais fácil de possuir algumas certezas quando a pessoa conta, e a partir disso tomar decisões mais sensatas ou ao menos mais concretas posteriormente, tenho outras considerações:

    Por mais que contar demonstre escrotidão por parte do traidor, seja porque medo, seja por peso na consciência ou o que for, ainda assim acho que podem haver fatores que demonstrem pontos positivos no traidor. Afinal, qualquer pessoa tem receio de contar quando fez alguma merda, e penso que muitas vezes as pessoas contam seus deslizes mais por receio de alguém descobrir do que por pura decência. Então, ao meu ver, a questão principal de contar, do ponto de vista do traidor, é o que isso diz sobre ele: por mais merda que ele seja de trair, por mais que ele ainda esteja visando a si mesmo contando (o que, sinceramente, eu acho normal já que o ser humano é naturalmente egoísta), penso que ainda assim podem haver situações onde isso também denote que ele tem certa consideração pela outra pessoa ou que ao menos não é um covarde completo, pois teve coragem de ir lá e enfrentar os problemas que ele mesmo criou.

    Mas, como eu disse: podem haver. Não acho que seja regra. Acredito que a maioria das pessoas contem visando apenas a si mesmos. E alguns fatores que demonstrariam isso é o tempo que a pessoa demora pra contar, quantas vezes fez, em que circunstâncias e coisas do tipo. Mas acho que todos sabemos que é difícil ter toda essa dimensão, ainda mais quando temos a frase “Corno: sempre o último a saber” sendo constantemente utilizada para lembrar da dura realidade dessa situação.

    Agora, vendo do ponto de vista da vítima, nunca fui traída. Mas acredito que nessas circunstâncias eu levaria mais coisas em consideração sobre a traição, do que apenas a traição em si. Em especial se a pessoa me contou, por mais corno manso que isso pareça. Óbvio que tenho consciência que a pessoa está completamente errada e que isso poderia apontar uma falha de caráter séria. Mas penso também que, não dar certeza que você terminaria a relação caso ela te traísse, seria uma forma de induzi-la a contar algo caso fizesse. O que, para mim, seria bom, pois sou muito de avaliar as circunstâncias como um todo, principalmente quando estas circunstâncias envolvem pessoas pelas quais tenho demasiada consideração.

  • Eu preferiria que me contassem. Ao menos o fdp que me traísse deveria ter a coragem e ser pra contar, sem levar em consideração o motivo da pessoa contar. Como disse o Somir, eu estaria me livrando e tendo a chance de conhecer alguém melhor. Maaas, o ser humano é tão imbecil que não posso discordar da Sally em um ponto: quem conta, conta por algum motivo igualmente egoísta ao que levou cometer a traição.

    • Talento, se o motivo é egoísta, faz diferença ter contado? sendo o motivo egoista, contar nao é sinal de egoismo e escrotidao?

      • Sallyta, mesmo sendo a motivação EGOÍSTA, é melhor ouvir da própria pessoa que cometeu a traição.

        Primeiro porque ouvir de terceiros me parece mais HUMILHANTE. Te coloca numa situação duplamente vexatória: 1) Saber da traição e 2) Saber que, se essa terceira pessoa não se envolvesse na história e viesse te contar, seu “parceiro” continuaria te enganando, mentindo e omitindo o que houve.

        Segundo, te dá a oportunidade de MELHOR ENTENDER o que aconteceu e poder perguntar (se sentir necessidade) sobre o que, como e porquê aconteceu. Ouvir, da pessoa que fez isso com você e o relacionamento de vocês, o necessário para FINALIZAR a situação, sem guardar muitas dúvidas e questionamentos posteriores sobre porquê aquilo aconteceu com você.

        Somir soube expressar melhor esse entendimento no post dele. Os americanos diriam “IT’S ALL ABOUT CLOSER”.

  • Não tem nada que contar. Se contar fudeu. O que os olhos não vêem o coração não sente. Eu tenho uma vizinha de bodas do infinito, ela mesma falou que se alguma vez o marido traiu foi bem feito porque ela nunca soube. Todo mundo trai eventualmente, tanto homem quanto mulher, se for só por sexo não se justifica terminar relação.

  • [ OFF TOPIC ]

    Pelo visto o pessoal ainda tá pulando carnaval. 6 comentários, apenas…
    Só eu perdi o (pouco) tesão que tinha pelo Carnaval?

  • [ OFF TOPIC ]

    Pelo visto o pessoal ainda tá pulando carnaval. 6 comentários, apenas…
    Só eu perdi o (pouco) tesão que tinha pelo Carnaval?

  • Ó…nada haver com o texto…mas ainda não vi um “desfavor” do Islã…demorô heim? Sally, é com vc. Não que seja novidade, ao menos pra mim não é, mas tá ficando cada vez mais pior.

    http://www.youtube.com/watch?v=bC18zxCT3dQ

    to escrevendo por causa do outro post do Somir, desse chororô que ninguém comenta e talz…mas é muito redundante ficar escrevendo o óbvio: VCS SÃO ÓTIMOS!!! Os posts são excelentes…os temas…o layout…os comentários…poxa…td muito bom msm, fica difícil comentar algo relevante ou discordante ou …sei lá o que. Bom, continuem assim, já sou fã e ponto.

    Perdoar…deixa eu ver…hummm…talvez, é talvez. Reatar? Voltar? Outra chance? JAMAIS!!!

    É o que a Lichia disse, a pessoa já não valia nada, ora mais ora menos a gente descobre, e antes assim, a verdade pode doer na hr, mas depois é um alívio, e a vida segue…sempre!

    Escrevi demais.

    E viva a RID! né?

    • Esse bagulho é sério mesmo? Então o mundo será muçulmano no futuro? Eu espero já ter morrido antes disso. Tá na hora de mudar o foco então deixar de meter o pau nos crentes e enfiar o cacete nos muçulmanos?

  • Acho que saber por terceiros dá a impressão que voce foi enganada por mais gente. Tipo, vamos considerar que o FDP tenha traido e venha te contar numa tentativa de sensibilizar e ser perdoado. E vamos considerar tambem a hipótese dele ter se arrependido, o que no fim das contas não adianta de p. Nenhuma, ele traiu e ponto final. Mas, se soubermos por terceiros dá a impressão que ele, além de FDP, é um tremendo cara de pau, porque enganou na frente de muitos que, com pena, foram contar a voce.
    Mas enfim, é tudo uma merda , mas saber por ele mesmo me parece ser ‘menos pior’.

  • Contar ou não contar, não faz a menor diferença para o traído, é a mesma merda, é a mesma dor, é o mesmo ‘tudo de ruim’ que vem no pacote. O traidor quer apenas aliviar a própria consciência, pesada pela culpa, ou seja, uma preocupação nada nobre e totalmente egoísta. É lógico que as pessoas tem n motivações para justificar o injustificável, mas nada, NADA muda o fato que se fosse levado em questão o sofrimento do outro, a traição não aconteceria: ou vc termina, e vai curtir a vida, ou vc não trai, fica junto, e tenta fazer algo pra esse relacionamento ter chance de voltar a ser satisfatório. Acho trair muito pouco apreço com relação à pessoa que você diz ser de grande importância na sua vida…

  • Gentem, fiquei bege!
    Eu acho que se a pessoa se arrepende UMA VEZ merece ser perdoado, se fosse frequente seria masoquismo.
    Menos mal ter um parceiro que manda a real pra mim do que levar chifre sem saber porque dificilmente iriam me contar.
    Todo mundo errra, menos deus e assim mesmo porque nem existe nada perfeito.

  • Meu pai, um homem relativamente sábio, dizia:

    Tem homeme que é trouxa, e além de trair, ainda vai la´e conta pra mulher. Isso não se pode fazer NUNCA.

    Mesmo que ela te veja lá na hora H, negue; negue até a morte com todas as suas forças. POis mesmo que ela te perdoe, ela vai te jogar isso na cara o resto da sua vida, em qualquer situação.

    Ps.: Muié, a propósito: Se ler isto, saiba que é a opinião do meu pai. Eu nunca fiz, ou faria isso. Se eu fizesse te contava com certeza. Beijos.

    • Principalmente a mulher gosta de ser enganada. Se não fosse assim elas parariam de perguntar se estão gordas. Se a própria chega ao ponto de perguntar é porque está mas os namorados sempre falam que não e elas gostam. Todo mundo sabe que já foi traído mas se não souber oficialmente está de boa.

  • A Sally tem razão. O certo é agente trair e não contar! haha
    Brincadeiras à parte, nunca fui traído, pelo menos nunca me contaram, então não tenho certeza de qual é melhor.
    Acho que ficar sabendo da traição por terceiros, que podem garantir que aconteceu, é o melhor. Assim dá pra decidir o que fazer de forma mais racional, percebe a merda que o outro fez na hora.
    Se quem contar for a parceira, que traiu, ainda tem uma pequena chance de ficar comovido com as desculpas, tá vendo a carinha de triste que ela faz, ai pensa de forma irracional, e perdoa.

  • “a maioria das pessoas gosta de viver nesse supervalorizado carrossel hormonal da passionalidade.”
    Só achei engraçado o jeito do Somir falando, parece o Dr. Sheldon Cooper.
    E sobre o assunto: não tenho experiência de vida pra opinar, não sei o que faria realmente numa situação dessas. NEXT!

  • Se vocÊ faz uma merda, você se sentem elhor se você assume a merda. Independente das consequencias. Vcê traiu? Traiu. FOi escroto? Foi. O relacionamento acabou e ela te odeia? Sim. Mas, no meio da sua angústia pessoal de ter feito uma merda sem precedentes, você pode se levantar com menos dificuldade quando você pensa: pelo menos eu fiz o certo e assumi a porra da culpa, contei pessoalmente pra ela, em vez de ficar enganando feito um covarde.
    Externamente, não muda nada… mas internamente, eu acredite ser uma grande diferença.
    Ou seja, sou otário e concordo com o Somir.

  • Pra mim, é questão de timing e não quem conta.

    Se a traição acabou de acontecer e a primeira coisa que a cidadã faz é me contar, isso significa que ela não mentiu pra mim. Não justifica/perdoa a traição, claro que não. Trair é escroto e fim de papo, mas pelo menos a cidadã não adicionou “mentir pra mim” na lista de pecados.

    Já se é o contrário, se ela trai e passa dias/semanas/meses/anos sem falar nada, significa que ela mentiu pra mim por dias/semanas/meses/anos. Seja ela ou seja qualquer outra pessoa que me conte, vou ficar puto duplamente.

    • Concordo com você, Rorschach.

      Não que o sentimento de tristeza/raiva/frustração vá ser menos sentido por conta da pessoa te contar, imediatamente. E a consequência seria a mesma: o término do namoro.

      Mas, pelo menos, não ser enganado por tempo indeterminado preserva algo de sua dignidade numa situação como essa. Ao menos a pessoa teve este comportamento decente: a coragem de te contar e logo, evitando, assim, que você mantivesse um relacionamento agora baseado em dissimulação por sabe-se-lá quanto tempo.

    • Suellen, é escroto não contar e é escroto contar, porque TRAIR é escroto e nada do que se faça torna traição menos escrota. Com a diferença de que não contando existe uma pequena chance de que, talvez, o corno nunca descubra e nunca passe por esta humilhação e sofrimento..

      • O ético a ser feito, ao meu ver, caso haja a possibilidade, é não contar e terminar a relação. Visto que depois de transcorrido a traição, passaria a existir uma falta, uma ameaça, que apesar silenciosa, seria constante. E também, se fidelidade é um ponto importante para quem se ama, por que se engajar em um relacionamento onde não se cumpriu algo que foi prometido. Existe um mundo de diferença entre não precisar contar e não poder contar, sem causar raiva, mágoa e frustração.

  • Afff….

    Muito melodrama pra pouca coisa.
    Se a pessoa te traiu não merece choro e nem vela.

    “Só sofre de amor quem não tem dinheiro pra beber.”

    Perdoar é válido porque senão você fica carregando aquele sentimento ruim pelo resto da vida, se amargurando…o que não vai resolver o problema e nem fazer o tempo voltar.
    Eu levei um chifre, me perguntei o porque por uns 4 dias, chorei o que tinha que chorar e…NEXT!!

    Porque o mundo tem 16 bilhoes de habitantes pra você estar perdendo sua beleza por um.
    Se a pessoa cagou tudo…ótimo!! Não era pra você e antes tarde do que nunca.
    Se não esta satisfeito com a relação tem que conversar, esclarecer ou terminar…isso de trair já é consequencia de que algo nao esta bem há muito tempo ou que a pessoa nao vale nada mesmo…

    Hoje em dia trair é como espirrar… o negócio está feio…
    Difícil encontrar pessoas sinceras com elas mesmas.
    Porque quando você trai…é a você mesmo que está prejudicando antes de tudo.
    Porque quem tudo quer, nada tem.

      • ….se contar melhor porque me poupa de saber por terceiros….
        Além de ser corno ter que conviver com a dor de que vocÊ foi a ultima a saber.

        Porém quebra o cristal da confiança igual…. é muito difícil recuperar.

  • Sinceramente, o que conta realmente pra mim perde toda a importância quando envolve o que vc espera do outro, pois jamais, nesse caso, irá agir de acordo com o que espero.
    Acho que dói menos pensar assim.

    • Continuando…

      Falo isso em cima exatamente por concordar que é escroto trair, e contar ou não, no fim das contas não faz a menor diferença, pois traição dói pra caralho, principalmente quando vc gosta da pessoa e possui uma relação de, até então, confiança. Dupla traição. É muito difícil sair dessa dor, mas não impossível.

      Sally eu não acredito na possibilidade da pessoa traída nunca descobrir, a verdade sempre aparece, a anta sempre deixa um rastro. Posso te dar exemplos disso.

      O que a pessoa realmente espera é nunca ter que passar por isso, espera que no mínimo a pessoa seja digna em terminar antes, ou poupá-la ao máximo. Principalmente dando provas de que existe respeito. E aquela história de “ele/ela não podia ter feito isso comigo”… Espera-se que o outro aja de acordo com os seus próprios parâmetros. Isso não existe, essa igualdade nas relações. Acredito que precisa existir um preparo, sabia? Um preparo para a gente aprender a não se identificar com a escrotice do outro.

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