Desfavor Bônus: Plantão Esquenta Banco.

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Assim como fizemos com o caso Pistorius na semana passada, Desfavor te dá mastigadinho um belo material para você falar sobre o julgamento do goleiro Bruno, que começou ontem. Já que não dá para contar com a imprensa falando sobre direito (sério mesmo, contratem uma assessoria jurídica, jornalistas!), a gente faz a nossa cobertura por aqui mesmo. Mas antes, se vocês tiverem tempo, recomendo que leiam este texto para entender o funcionamento do Tribunal do Júri, pois como já escrevi sobre o assunto, não vou me repetir.

Como vocês devem saber, Bruno está sendo acusado de ser o mandante do assassinato de Eliza Samudio, uma moça com a qual ele teve algum tipo de relacionamento e que acabou engravidando dele. Supondo que você não saiba nada sobre o caso, afinal, temos leitores que tem a sorte de morar fora do Brasil e desconhecer o goleiro Bruno, os discursos do Bial a letra de funk “Ah Leleke, lek, lek”, aqui vai um resumão do crime.

As acusações contra Bruno são: sequestro e cárcere privado, homicídio qualificado (um homicídio considerado “mais grave” do que o normal pela forma como se dá) e ocultação de cadáver. Se for condenado em todas as acusações pode pegar mais de 30 anos de prisão. Vocês devem saber que no Brasil, por maior que seja uma condenação por um crime, a pessoa fica presa “apenas” 30 anos e pode pensar que condenar alguém a mais de 30 anos é perda de tempo, mas não é.

Uma série de benefícios que o preso tem, como por exemplo a progressão de regime (do fechado para o semi-aberto ou do semi-aberto para o aberto) são calculadas com base no tempo de condenação. Exemplo extremo para que vocês visualizem: uma pessoa condenada a 300 anos vai sair em 30, mas só vai ter direito a benefícios depois que cumprir dois terços ou dois quintos, ou três quintos da pena (dependendo do benefício). Faz as contas e vê quanto fica três quintos de 300 e vê quando é que o caboclo vai ganhar algum direito de sair da prisão nem que seja temporariamente. Portanto, o tempo de condenação importa.

Bruno era goleiro do Flamengo quando o Flamengo ganhava alguma coisa. Em maio de 2009 conheceu uma moça chamada Eliza Samudio e manteve com ela algum tipo de relacionamento que não me atrevo a classificar (só a própria Eliza poderia fazê-lo). Meses depois Eliza o procurou para dizer que estava grávida e segundo ela narrou, Bruno teria pressionado para que fizesse um aborto, se negado a reconhecer a paternidade da criança. A relação entre os dois começou a azedar. Em uma mensagem pelo celular a uma amiga ela conta que Bruno teria oferecido cem mil para que ela fizesse um aborto e ela recusou.

Em outubro de 2009 Eliza foi a uma delegacia no Rio de Janeiro contar que Bruno e seu amigo “Macarrão” a agrediram, a mantiveram em cárcere privado e a obrigaram a tomar um remédio abortivo. Estas afirmações acabaram virando um processo judicial. Um mês depois, há registros no computador de Eliza de uma conversa com um amigo onde ela diz que não quer ir a Minas, pois é a “terra do Bruno” e que se fosse, bastaria comprar uma passagem só de ida, pois matariam ela por lá. Tudo bem que a conversa é seguida pelo odioso “KKKKKKKKKKKKKKKK”, o que indica uma piada (e falta de cérebro). Eliza decide ter o filho em São Paulo e se muda para a casa de uma amiga.

Dia dez de fevereiro nasce seu filho, que ela curiosamente optou por chamar de “Bruninho”. A partir daí ela começou a pressionar Bruno de forma mais contundente para assumir a criança e ajudar financeiramente. Há diversas mensagens enviadas do celular dela, nada amistosas. Sem julgamentos morais, mas esta moça não foi muito esperta. Todo mundo sabia que Bruno não era flor que se cheire e já tinha um histórico de agressividade. Uma vez chegou a declarar em público “Quem nunca bateu em uma mulher?”, defendendo uma pessoa que teria dado uma surra na esposa. Não que isso justifique que alguém a tenha matado, nada justifica. Mas quem estava nas proximidades a mandou parar várias vezes se não quisesse morrer.

Enfim, também há registros de troca de mensagens de Eliza com amigos que mostram o tipo de pressão que ela fazia: “Falei que se ele não me ligasse de volta ia fazer barraco na porta do hotel”. Daí para baixo. Diante de diversas “ameaças” como esta, Bruno finalmente se prontificou a falar com Eliza, salvo engano, após saber que ela tinha uma entrevista marcada com um programa de televisão bem baixo nível, onde pretendia contar tudo que sabia sobre ele e seus colegas do Flamengo: suruba, drogas, traição a esposas e muito mais. Em junho de 2010 Bruno diz que quer conversar com ela para “resolver de uma vez a questão” e banca viagem e estadia dela e de Bruninho para o Rio de Janeiro.

Até aí, todos concordam. Daí para frente a coisa embola. Macarrão e um primo de Bruno teriam buscado Eliza, levando-a até a casa do goleiro Bruno no bairro da Barra da Tijuca no Rio de Janeiro. No caminho, algo saiu errado, rolou um barraco e Eliza foi agredida supostamente com duas coronhadas, vestígios do sangue da moça forma encontrados no banco do carro confirmando a história. Foram encontrados registros de cerca de 70 ligações por dia de Macarrão para o celular de Eliza no período em que ela esteve no Rio, de onde se supõe que ou ela estaria fugindo dele, ou estaria sendo monitorada.

Depois disso, todos rumaram para um sítio do goleiro em Minas. Não se sabe se Eliza foi desacordada ou não. Em um dos carros foram Macarrão, o primo do goleiro e Eliza e no outro foram Bruno, sua amante e o bebê. Sim, uma amante. Bruno tem uma namorada com a qual acho até que está tentando casar, uma dentista chamada Ingrid, que mesmo tendo ciência de que Bruno tinha esta amante (chamada Fernanda), continuou a seu lado durante todo o processo. Bem, quem tolera homicídio deve tolerar um chifre. A conheço e afirmo que não é interesseira nem má pessoa, apenas erra nas escolhas de vida.

Ingrid teria motivos para desconfiar de Bruno. Quando namoravam por mais de uma vez Bruno ligava para ela e dizia “Olha, hoje você não vem para casa não, hoje você dorme na casa da sua mãe” e ela aceitava isso. Bruno a cobria de presentes, pagou até o silicone para ela, mas, como eu disse, eu a conheço e afirmo moça não é interesseira. Aliás, seus atos comprovam isso, ela continua ao lado dele esse tempo todo e não só não recebe um centavo dele como ainda gasta: são os pais dela que pagam a pensão de Bruninho. Sim, é tudo muito estranho, foge à minha compreensão. Nem eu mesma entendo o que se passa na cabeça dela.

Prosseguindo: o grupo rumava em dois carros para Minas e faz uma parada de nove horas em um motel situado no município de Contagem. Nesta parada, o único fato relevante são os registros que comprovam que Macarrão teria feito cerca de 20 ligações para um ex-policial conhecido como “Bola”. Chegando no sítio de Bruno, Eliza teria sido trancada em um quarto e acredita-se que ela tenha sido espancada, pois havia vestígios de sangue no local. Eliza ficou vários dias encarcerada, sendo mantida nessa condição com a cooperação de Macarrão, Bruno, um primo de Bruno menor de idade e um primo de Bruno chamado Sergio Rosa Sales. inclusive em um desses dias Bruno chegou a promover um churrascão no sítio. Há relatos de que ao saber da situação de Eliza, um dos convidados teria dito: “Não mata ela não, cara” e Bruno teria respondido “Já fiz a merda, agora vou resolver”.

Para “resolver a situação”, o grupo se desloca para o sítio de Bola levado Eliza. Chegando lá Eliza teria pedido para não apanhar mais e Bola teria dito “Você não vai apanhar, você vai é morrer” segundo depoimento da testemunha mais importante do processo, o primo de Bruno. Logo depois teria estrangulado a moça. Este primo de Bruno conta que depois de matar Eliza ele se trancou em um quarto com o corpo e saiu de lá com um saco contendo partes desse corpo desmembradas. Teria dito que daria essas partes para seus cães da raça Rotweiller comer, coisa que a polícia já descartou, pois não haviam restos humanos nas fezes dos animais.

O grande problema é que a testemunha chave do caso além de ser o primo do goleiro Bruno, era menor de idade à data do fato, seria usuário de drogas, estaria apavorado com tudo e tentando salvar a pele do primo e é burro de fazer o cu cair da bunda. Esse é o grande desafio, arrancar alguma verdade desse menino. Ele já mudou seu depoimento diversas vezes. Após a primeira versão, que incriminava Bruno, ele se “desdisse” alegando que quando deu o depoimento estava sob efeito das drogas e não sabia o que estava falando. Depois mudou o depoimento novamente, se contradisse várias vezes.

É fato que esse menino está com medo (e quem não estaria?). Na reconstituição do crime ele levou policiais até a casa onde o assassinato teria sido cometido e se urinou de medo ao entrar na residência. A casa foi toda revirada, toda escavada, até paredes foram derrubadas e… nada. O sítio do goleiro Bruno também. Nada. O corpo de Eliza não foi encontrado. O outro primo de Bruno, Sergio, confirmou em depoimento à polícia que Bruno estava no carro quando transportaram o corpo sem vida de Eliza. O depoimento foi o bastante para que Bruno e cia tenham a prisão decretada, em 8 de julho de 2010. Bruno, Bola e Macarrão são presos.

Macarrão parece ser uma pessoa estranha. Fez uma tatuagem de tamanho considerável nas costas dizendo “Bruno e Maka, a amizade nem mesmo a força do tempo irá destruir. Amor verdadeiro”. Até onde eu sei, tempo fortalece e não destrói uma amizade. E vou te falar um negócio, se eu estou saindo com um sujeito e vejo um AMOR ETERNO tatuado nas costas dele destinado a outro homem que não seu pai ou seu filho, eu pego minhas coisas e vou embora.

A defesa jurídica dos acusados é sem precedentes. Nunca vi tantos equívocos sendo cometidos ao mesmo tempo. Estratégias bobas, manjadas, previsíveis. Advogado admitindo ser drogado. Advogado que dorme durante a audiência do seu cliente. Advogado tentando comprar Habeas Corpus. Advogado defendendo vários réus onde havia conflito de interesse entre eles. Teve DE TUDO, inclusive advogado destituído do caso por ser visto fumando crack. Um show de horrores. Tanto é que depois de quase 50 Habeas Corpus (ação destinada a obter a liberdade de um preso – quem falar que é recurso manda dar uma surra com um gato morto até o gato miar), continuam presos.

Agentes penitenciários confiscaram um bilhete que Bruno estaria tentando passar para Macarrão, onde se refere a um “Plano B”, onde pede que ele assuma toda a culpa sozinho: “Você me disse que, se precisasse, você ficaria aqui e que era para eu nunca te abandonar. Então, irmão, chegou a hora”. Ao que tudo indica, Macarrão até estaria disposto a se sacrificar pelo amigo, mas o advogado de Bruno, em mais uma tremenda mancada, forçou a amizade e veio com uma tese dizendo que Macarrão matou Eliza por ser apaixonado por Bruno. Convenhamos, havia outras formas de fazer parecer que Bruno não estava implicado na morte. Macarrão ficou puto, pois se normalmente fama de gay já costuma incomodar, quando se está preso pode virar um transtorno com consequências físicas. Ficou puto da vida e a acusação soube jogar com isso: bastou fazerem uma proposta interessante para “trair” o combinado que tinha com Bruno e dedurá-lo.

Para quem não lembra, foi feita uma proposta a Macarrão durante seu julgamento: “se você confessar a gente reduz sua pena para o mínimo legal. Abre a boca e se livra da cadeia” (obviamente isto foi dito com termos jurídicos). Evidente que ele topou tirar o dele da reta. Somando o que ele já cumpriu na prisão, já já ele está na rua. Não vi o processo, então não posso afirmar com certeza, mas fazendo uma rápida conta mental estimada, creio eu que em mais ou menos dois anos, dois anos e meio, Macarrão já tenha direito a progressão de regime, do fechado (preso full time) para o semi-aberto (pode sair para trabalhar). Se levasse toda a culpa sozinho poderia pegar mais de 30 anos de prisão. De 30 para 2, existe muita diferença, mesmo que ele não cumprisse os 30 anos.

No meio da confusão, uma sentença judicial reconhece a paternidade de Bruno, coisa que me chamou a atenção. Ele criou toda essa confusão sem nem ao menos ter certeza de que o filho era seu? Nem DNA ele tinha feito? Bruninho fica sob a guarda dos avós maternos. Sério mesmo, quando o filho da puta é o mais inocente da história, é porque a história é mesmo muito sórdida. Em agosto de 2012 um dos primos do goleiro Bruno, Sérgio Rosa Sales, que teria presenciado o ocorrido e inclusive prestado depoimento é executado com seis tiros em Belo Horizonte. É encontrada uma carta, escrita por ele e direcionada a seus pais, onde relata estar sofrendo ameaças para mudar seu depoimento de modo a livrar a cara de Bruno da morte de Eliza. Foi silenciado. O outro primo, aquele que era menor de idade à data do crime, tratou logo de desmentir seu depoimento também, chegando inclusive a dar uma entrevista ensaiada ao Fantástico que terminou de forma desastrosa.

Tecnicamente, os novos advogados de Bruno também comeram mosca. Havia uma brecha aí para questionar um documento importante e quem sabe até adiar o julgamento, mas, se for verdade o que vem sendo divulgado, usaram o meio errado para se manifestar. Vou tentar explicar o mais simples possível, mas não sei se vou conseguir porque é uma questão muito técnica. Vou logo avisando que minha explicação é “atécnica” e talvez um pouquinho incorreta, simplificada em excesso para tentar me fazer entender, ok? Quando uma pessoa desaparece por muito tempo e/ou existem indícios claros de que está morta, o Juiz pode declarar sua morte por decisão judicial mesmo sem o corpo, esta declaração vale como um atestado de óbito. Exemplo: pessoas que estavam nos aviões que bateram nas Torres Gêmeas. Não tem corpo, mas se sabe que estão mortas. Então um juiz emite um atestado de óbito.

Pois bem, quem deve emitir esse atestado de óbito é um juiz cível (aquele que cuida de divórcio, paternidade e outras causas que não estão ligadas a crime – simplificação mais do que grosseira). No caso do goleiro Bruno, uma juíza criminal acabou expedindo o atestado de óbito, o que até segunda ordem, é tecnicamente incorreto, pois ela não tem competência para isso. O “carro-chefe” de um Júri é o homicídio, a morte, tanto que existe até quem diga que sem corpo não pode haver condenação (o que é um erro!). Se os advogados tivessem feito a coisa certa e tivessem conseguido mostrar que esse atestado de óbito de Eliza Samudio não tem validade, poderia até ser conseguida uma proeza sensacional: a nulidade do julgamento, afinal, enquanto não se tem certeza da morte, o julgamento fica comprometido. Na dúvida, a decisão TEM QUE ser a favor do réu. Não é uma sugestão, é uma obrigação que a lei criminal impõe.

Mas não o fizeram. Parecem mais preocupados com as aparências, em agradar aos jurados. É um erro contar com bom senso de jurado, pode sair qualquer coisa daquelas cabecinhas. Reparem que agora, sob”supervisão”, se é que se pode usar esse termo, de um novo advogado a postura de Bruno está diferente. Como o Júri é algo mais teatral do que propriamente técnico eles parecem estar priorizando esse lado. Jurados são leigos em direito e não precisam justificar seu voto, então, muitas vezes, a impressão pessoal deles do réu acaba sendo o determinante para uma condenação. O novo advogado de Bruno está fazendo a coisa certa, corrigiu muitos erros que os anteriores cometeram, coisas que talvez vocês pensam que não reparam, mas reparam, só não percebem que repararam. Mas está deixando a desejar na parte técnica.

Um exemplo bobo: Bruno costumava entrar de cabeça erguida, fiquei sabendo que fazia isso seguindo a orientação de seu ex-advogado, que lhe dizia “Entra de cabeça erguida, para mostrar que você está tranquilo, que é inocente”. Erro. Isso passa uma imagem arrogante. Quem aqui já teve o (des)prazer de ver um Júri sabe que a postura padrão do réu é sempre a mesma: cabeça baixa, chorando, sem fazer contato visual. Se um dia assistirem a um Júri, reparem nisso. Porém o novo advogado de Bruno forçou a amizade, em minha humilde opinião: antes de começar o julgamento pediu ao Juiz autorização para entregar uma Bíblia a Bruno e quando ele a manuseava com pouca intimidade, o advogado se aproximou e apontou o trecho que ele deveria ler. Ele leu e começou a chorar. Não sei como é o Júri de Minas, pode ser que isso convença de alguma forma. No Rio, não creio, acho até que muito pelo contrário, provocaria uma certa irritação.

Pode ter conenação sem acharem o corpo? Pode. Não é a regra e inclusive vocês podem ler em alguns livros de direito que sem corpo não há homicídio, mas isso não é verdade. A regra, o “desejado” é que exista um corpo, até mesmo para evitar vexames, como o de um caso onde no meio do julgamento o morto apareceu vivinho da Silva. Havendo indícios contundentes que comprovem a morte, é possível uma condenação sem corpo, desde que não paire qualquer dúvida nem sobre a morte, nem sobre a autoria da morte. Se houver dúvida, o réu deve ser absolvido.

Esse foi o erro dos primeiros advogados de Bruno: formular uma tese de defesa no argumento falho de que Eliza estava viva e que sem corpo não há condenação. Quando começaram a pipocar inúmeras evidências de sua morte o argumento virou suicídio jurídico. Homicídio sem corpo mas com váááárias evidências de morte é bem diferente de homicídio sem corpo.

O que tem de provas no processo: sangue de Eliza Samudio comprovado por DNA, conversas telefônicas entre os acusados e de Eliza com amigos, mensagens de texto enviadas pelo celular, mensagens enviadas por computador, sinais captados por antenas de celular que rastreara o paradeiro dos envolvidos bem como seu deslocamento, contas bancárias com depósitos de valores elevados, uma mala com roupas e fotos de Bruninho encontrados queimados encontrados no sítio de Bruno, depoimento do primo de Bruno afirmando que ela está morta, depoimento de Macarrão afirmando que ela está morta, carta comprovadamente (por dois peritos) escrita por Bruno na cadeia falando sobre um “Plano B” pedindo que Macarrão assuma toda a culpa sozinho para que ele possa voltar a jogar futebol e sustentar a família dos dois. O advogado que, diante disso, negar um homicídio com o frágil argumento de “não tem corpo” vai se estrepar.

Aliás, depois do depoimento do primo do Bruno, Jorge Luiz Rosa, dizendo que ele não tinha como não saber da morte, também vai se estrepar com a tese atual. Conselho: sejam criativos, é hora de uma reviravolta. Quem trabalha de graça é relógio (e eu no Desfavor), por isso não vou dar de mão beijada uma tese jurídica nova, mas É POSSÍVEL absolver o Bruno. Botem a cabeça para funcionar. Se persistissem nisso Bruno vai ser condenado, vai ser condenado pra caralho, se é que essa expressão existe (não existe, mas eu gostei e vou usar).

A defesa teve que se “desdizer” e admitir de uma vez que a mulher está morta, mas cometeu um novo erro: tentar provar que Bruno não sabia dos planos para matá-la, que não teve nada com isso. A merda é: faz bem pouco tempo o primo menor de idade de Bruno, Jorge Luiz Rosa, disse em entrevista ao Fantástico que “não tinha como o Bruno não saber do plano para matar a Eliza”, cobrindo Bruno de merda da cabeça aos pés e soterrando o que a meu ver era a última chance de inocência com este argumento. A casa caiu, ou a defesa pensa rápido ou ele vai se lascar. Minha opinião para o resultado final se persistirem com esse argumento de que Bruno não sabia que matariam Eliza: condenação de Bruno. Condenado gostoso, condenado pra caralho (eu vou usar a expressão, foda-se). Cereja no Sundae: o Júri foi mal escolhido pelo advogado com CINCO mulheres e dois homens. Ele teria que recusar todas as mulheres que pudesse. Se Bruno fosse julgado por um Juiz, haveria chance de absolver mas por um Júri composto por cinco mulheres… vai ser bem complicado!

Ontem foi oferecido um “acordo” para que Bruno confesse, não sei bem em que termos, provavelmente uma redução de pena, e foi recusado. Há quem diga que a pena dele cairia de 35 para 18 anos. O “acordo” foi recusado. O julgamento estava acontecendo até o “fechamento desta coluna”(wat – sem H mesmo, é proposital, ok?) e é provável que se estenda por dias.

Estaremos aqui na cobertura até a decisão dos jurados. Mas a coisa não vai terminar com a decisão dos jurados. Muita água ainda vai correr debaixo dessa ponte. Por exemplo, essa entrevista dada pelo primo de Bruno, Jorge Luiz Rosa, ao Fantástico. Pode isso, Arnaldo? Não pode. Se os advogados forem espertos pedem a nulidade do julgamento. A tal certidão de óbito ainda pode ser contestada. Sem contar uma infinidade de pequenos detalhes ao longo do julgamento que podem acabar sendo motivo para pedir a nulidade caso a decisão seja contra Bruno.

Os advogados estão cheios de cartas na manga graças à imprensa que vazou coisas que não deveria ter vazado. Inclusive um dos advogados, Tiago Lenoir, JÁ SABENDO QUE PEGARIA O CASO, pouco antes de assumir, foi a seu Twitter falar um monte de merda e apostar uma caixa de cerveja na condenação do Bruno, DE FORMA PROPOSITAL, para, caso sua defesa dê errado, existir uma carta na manga para anular o julgamento já que o próprio advogado de defesa se manifestou contra seu cliente e o cliente não teria como saber, já que até então, pois estava preso e portanto sem ter como acessar internet.

FEIO, MUITO FEIO, FEIO E SUJO, tenho horror a gente que trabalha assim! Encare o julgamento dentro da lei, porra! Assim como disse no caso Nardoni repito agora: dá para absolver o Bruno jogando limpo. A questão é ter estômago para fazê-lo… mas já que topou defendê-lo, mostre ao menos algum brilhantismo jurídico e deixe os factóides de lado! Assim só vai afundar o cliente dele. Pelo andar da carruagem, eu aposto na condenação. Vamos ver se a defesa me surpreende.

Minha opinião? Eliza Samudio está morta sim e Bruno foi o mandante e Bola o executor. Macarrão foi o acompanhante da galera que acabou levando a culpa. Mas por sorte a justiça não se faz com base na opinião de uma pessoa e sim baseada em um complexo sistema de produção de provas com ampla defesa.

Só tem uma coisa que não fecha na minha cabeça: todos os envolvidos são cabeça de bagre, burros, limitados, que deixaram rastro de todas as merdas que fizeram. Como é que gente assim, que fez burrice em cima de burrice, teve competência para sumir com um corpo sem deixar nenhum vestígio? É muito difícil sumir com um corpo sem deixar vestígios, é o “crime perfeito”. Estas pessoas não me parecem capazes disso. E tanto os policiais como a delegada do caso estavam muito empenhados em encontrar evidências. Um colega de cela de Bola disse que o ouviu dizer diversas vezes que ele jogou as cinzas de Eliza “nas água”, mas porra, queimar um corpo não é algo que se possa fazer com tanta facilidade, não sem deixar vestígios. De dois um: ou esses três elementos deram um olé na polícia (tenhamos medo da competência da polícia, nesse caso) ou Eliza Samudio é a Rainha Troll do século e está escondida em algum lugar rindo de todos. Acredito mais na primeira opção.

Em todo caso, tiro algo de positivo dessa história. Na minha opinião, Bruno era o melhor goleiro do Brasil. Saindo de cena, a Seleção Brasileira perde uma muralha no gol e se enfraquece, quem sabe assim, permitindo que minha seleção meta um Maracanzo em plena Copa do Mundo de 2014. Vai, gente, um país que tem como mascote o Fuleco merece perder a final em casa.

Para se surpreender no quanto eu ultrapassei meu limite de páginas, para me parabenizar por ultrapassar o limite de páginas como forma de filtro ou ainda para pedir para o Somir postagem sobre física quântica de forma profilática para amanhã: sally@desfavor.com

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Comments (157)

  • Off topic/sugestão: a título de organização, tem como “enumerar” os textos?(plantão esquenta banco 1, 2,3…) pq olha… fica uma leve confusão ali no canto do site pra saber quem comentou e em qual texto!

  • Vamos torcer para os advogados dele não lerem desfavor. Sally mastigou até o trabalho dos caras…
    Sempre é bom ultrapassar o limite de páginas, principalmente de assuntos como esse.
    Mas, sem dúvida nenhuma, tem que ter muito estômago e muita falta de caráter pra defender um cara desses.

  • Sally, eu nao estou acompanhando as noticias realmente..vc diria que ela esta se colocando contra ou a favor do bruno??

    Ps: viu que a mulher do bruno agora ta depondo e contra ele ainda???

    • Tá tudo contra o Bruno, todos os que estavam no entorno dele o estão acusando de ser o mandante: Macarrão, a Dayane e seu próprio primo minou a tese da defesa dizendo ao Fantástico que não tinha como Bruno não saber do esquema para assassinar Eliza.

      Amanhã ele deve depor. Vai ser necessária uma manobra extraordinária da defesa para reverter o quadro. Mas é possível. Suspeito que amanhã ele possa confessar o assassinato mas contando uma historinha onde ter matado Eliza não se torne tão condenável no contexto, como por exemplo tê-lo feito por acidente ou por erro. Vai ter que ser uma história LINDA para os jurados acreditarem, mas… esse povo acredita até no Bispo Macedo… porque não?

  • E eu achando que estava virando analfabeta funcional por não ter conseguido terminar o texto no trajeto de volta pra casa. Que alívio.

    • Mas no caso, OS DONOS DO AR CONDICIONADO ingressaram com a ação porque se sentiram lesados com a perda da lagartixa, né? O direito não é propriamente da lagartixa em si e sim dos autores da ação. A menos que a lagartixa seja autora da ação, caso em que farei as malas e sairei do país imediatamente.

      • Se sentiram lesados com a perda do ar condicionado. O réu tentou uma excludente de culpabilidade, ao imputar aos autores uma suposta culpa ao ter permitido que a lagartixa entrasse no ar…rs

        • Então… na verdade o que o Juiz quis dizer é que os réus tem o direito de, se quiserem, ter uma lagartixa transitando em sua casa e no seu ar condicionado. Não que a lagartixa em si é detentora de direito de ir e vir, porque isso não existe. Se existir, dedetizadora vira genocídio!

          • os autores tem o direito de ter a lagartixa transitando…rs

            éé.. ele falou de sacanagem…

            segue um trecho:

            Uma lagartixa tem todo o direito de circular pelas paredes externas das casas à cata de mosquitos e outros pequenos insetos que constituem sua dieta alimentar
            1ª Turma de Recursos da Capita

            • Ele não falou de sacanagem, a frase é que está fora do contexto. Lagartixa não tem direito algum perante a lei ela não é sujeito nem objeto da lei.

  • PORRAPUTAQUEMEPARIUCARALHO!

    BRUNO DEPÕE AMANHÃ + MORREU CHAVEZ + ADIANTARAM O CONCLAVE + FERIADO NACIONAL

    Caraaaaaleoooo! Haja Plantão para dar conta! SOCORROOOOO!

  • Ah, o Feicebuque…
    Acabei de ver uma imagem de uma suposta homenagem de uma loja de tecidos para o Dia Internacional da Mulher. A mensagem dizia:
    “As mulheres dizem que Cristiano Ronaldo e Kaká são lindos de morrer, elas precisam conhecer o goleiro Bruno, ele é de matar”.
    W. A. T.

  • A mídia já o condenou. Esses casos famosos vão ao julgamento com a única certeza de condenação. Não acredito em nenhuma forma de absolvição.
    Sally, fiquei super curiosa quanto aos meios que tu disse serem capazes de absolvê-lo, e que porém, e por um motivo óbvio, não falaria. Após o julgamento nos conta?! *.*

    • Conto sim.

      Não vai nessa da mídia não, porque o tanto que a mídia condena, dinheiro absolve. Mídia só condena de forma irremediável pobre.

      Lembra do O.J. Simpson, culpado até o último pentelho do cu? Tá solto. E Pimenta Neves, que além de tudo confessou?

  • Parece que vem novidade por aí… ainda hoje ou no máximo amanhã deve ter um depoimento bombástico do Bruno

    Estou muito curiosa para saber a versão dele da história. Esse julgamento é meu reality show favorito!

  • Sally, eu vejo muita gente falando sobre o júri e como os advogados de defesa foram burros de deixar um júri com 5(!!!!!) mulheres sendo que o réu é um cara que já admitiu que bate em mulher e supostamente matou uma que teve um filho dele.
    Mas, e se eles usarem o fato de ter muita mulher para questionar a conduta ou moral da Eliza? Acho que não seria tão tiro no pé assim, você sabe como a sociedade é machista e isso inclui muita mulher também. Se o advogado de defesa meter uma que ela era uma puta, piranha, atriz pornô, que deu o golpe da barriga, muita mulher vai começar a atirar pedras nela por causa desse moralismo barato e o sentimento de pena/revolta vai gradativamente passando para ela mereceu/ela que procurou/assim aprende, etc.
    Tipo, é uma falácia, qualquer pessoa com cérebro sabe isso..mas ali, acho que os advogados de defesa podem ter selecionado exatamente essas pessoas que são influenciáveis.

    • Meg, por mais machista que seja uma mulher, eu não creio que alguém seja capaz de concluir que por uma mulher ser “puta, vadia” ou sei lá o que ela fosse merecer a morte. Além disso, a estratégia da defesa do Bruno era, no primeiro dia de julgamento, negar que ele soubesse que Eliza seria morta (coisa que não se sustenta, mas enfim, foi a escolha deles)

      Acho mais fácil homem machista se identificar com o Bruno, lembrar de cada mulher stalker que cruzou sua vida e pensar “é, realmente, dá vontade de matar essas ________” (complete com um adjetivo bem machista)

      • O problema é que eu vejo tanta mulher cagando regra sobre a vida da outra, do mesmo jeito que o homem se identificaria com uma que infernizou a vida dela, a mulher pode se identificar com aquela ‘piranha vagabunda’ que deu em cima do namorado, foi amante ou se veste provocativamente p atrair homem.
        Eu sei que realmente é mais fácil o homem acabar indo a favor do Bruno, mas não me surpreenderia se tivessem mulheres dispostas a vingar todos os rancores na Eliza.

          • Tem uma parcela significativa da população que é bem beata, sentido católico mesmo da palavra. Pensei nisso quando você mencionou o episódio da biblia no julgamento.

            Eu tirei essa conclusão depois de conviver na mesma casa 5 anos com não uma, mas 3 dessas beatas e suas respectivas famílias apareciam com frequência pra atestar minhas teorias. Quiserem jogar pedras, a vontade. E observem eu não me importar.

              • Ah, eu acho que não… conheço muitas dessas beatas (não temos como fugir delas!) e não sei se comprariam a história. Volto a bater na tecla da família. Mesmo que a “família” do Bruno não fosse tradicional, o cara matou a mãe do filho, aparentemente porque não queria assumir a responsabilidade de ser pai do Bruninho. Acho que isso “pega” por aqui.

              • Religioso é tudo tapado.
                Deve vir aquele pensamento: ele se arrependeu, ele está buscando conforto na palavra do Senhor.
                Ainda mais que deu showzinho chorando né.
                PRa relevar de imediato acho que não, mas é um começo pra demover a imagem de bruto e cruel que ele tem.

              • Infelizmente Sally, bastou aquele Guilherme de Padua conhecer o senhor (coff, coff)
                Pra chover de crente defendendo ele. Cheguei a ver gente falando que os caminhos do senhor são misteriosos, que ele cometou tamanha atrocidade para se converter.

                • ahhhhh… MARAVILHOSO, O Senhor, que de tão importante que é tira uma vida humana para angariar mais uma ovelha! Quem é devoto de um Deus desse tem que se foder muito na vida.

                • é, mas se não for crente, despreza o cara até a alma. antes de ele se converter, chegou a ser vaiado em prova de vestibular etc. mineiro é rancoroso, não perdoa (lembrando que o guilherme cumpriu a pena. se concordamos com a severidade da pena, são outros 500, mas ele cumpriu).

          • Eu sei.
            Somos machistas, retrógrados e temos em geral aquela síndrome de acusar a vítima (tipo “ah, ela estava pedindo por isso”).

            MAS mesmo assim, não acho que seja suficiente para absolver o Bruno. Afinal, ao que tudo parece (e com tanta cagada no processo todo isso só se fortaleceu) ele é o mandante do assassinato da MÃE DO FILHO DELE.

            Com certeza vai ter pelo menos uma pessoa no júri que vai defender, sobretudo, ~a família~. Já ouviram falar em “Tradicional Família Mineira”? Pois por mais que muita gente torça o nariz por fora, no fundo ainda acredita nisso. A coisa pode chegar, sim, ao nível de perdoar o Bruno porque corneou a mulher, por mais que pareça um contrassenso. Mas acho muito, muito difícil que perdoem uma pessoa que, bem ou mal, matou a mãe do filho dele. Vão chamar a moça de piranha? Não tenham dúvida. Mas nos valores mineiros isso não justifica um assassinato.

            PS: óbvio que isso é opinião minha, pessoal. Outros mineiros podem discordar.

            • Nao que eu ache que ele vai ser absolvido por isso….mas, a Sally falou que tem cinco mulheres no juri e que ficaria dificil para a defesa. Mas, do jeito que a coisa anda, essa tendencia de achar que a vitima geralmente tava procurando e que tanto fez que o cara acabou perdendo a cabeca. Por que p falar sinceramente, o povo adora julgar os outros e no brasil, pelo q eu vejo, tem um moralismo barato (mto catolico) que diminui as mulheres em geral pelo jeito de se vestir, de se relacionar com os homens, que tem que ser virtuosa, nao vulgar etc etc.
              Na minha opiniao isso nao deve depor contra ngm, eh a vida pessoal de cada um um e foda se….infelizmente nao eh isso q acontece e essas beatas sao pior ainda com alguem que atente contra a moral e bons costumes e que contribue p o ‘mundo de perdicao’ q tem se instalado.

              • ah, com certeza vão mencionar (ou pelo menos alguns membros do júri vão pensar sobre) a conduta não-exemplar da vítima. o povo adora fazer isso. bom, pelo menos aqui em minas…

                • Sim, mas a conduta do Bruno de matar a mãe do seu filho também não foi nada exemplar… e pesado os “não exemplares” na balança, creio que o dele pese mais

          • Nada justifica a bárbarie cometida contra essa menina.
            Se ele tivesse metido um tiro na fuça dela a queima roupa até acredito que ele saisse inocentado.

  • Uma vez conversei com um perito da polícia e ele me disse exatamente isso, que o crime perfeito teria sido esse (sumir com um corpo completamente, como se ele tivesse virado fumaça).
    SE não fosse com gente famosa, SE não tivessem deixado tanta coisa pra trás (testemunhas, milhões de registros telefônicos etc). Pra mim, o que faltou foi inteligência / esperteza na logística do crime.

    Agora, o que eu discordo mesmo é sobre o Bruno ser o melhor goleiro do Brasil, rs.

    • Maíra, isso que não me entra na cabeça: fizeram o difícil, que era sumir com o corpo, e se atrapalharam no fácil: bastava todo mundo contar a mesma história, ou apenas todo mundo se negar a falar e ficar repetindo “Não sei, não fui eu”. Mas não. Os “jenios” começaram a se contradizer e cobrir de merda um ao outro.

      Bom, certamente Bruno será o melhor goleiro do time do presídio… Vai ganhar todos os campeonatos.

  • Sally, na boa… impossível acreditar no “romantismo” de uma pessoa como essa Ingrid. Incosequencia sim, inocência não. E os pais dela, podem viver com o furico na mão, mas pagam a pensão do Bruninho?
    É muita coisa errada pra uma história só…
    Tenho um conhecido que trabalhava na polícia na época que estourou o “Caso Bruno”, e ele garante que o Bola realmente deu os restos da Eliza pra cachorros comerem… Sally, será que não foram outros cachorros? Cães que não eram os dele?

    • Como é que ele pode ter certeza que o Bola deu os restos para cachorros comerem?

      Certeza disso só se tem se fizer DNA do cocô do cachorro

      • Então, por isso que perguntei se não poderiam ser outros cães.
        Sei lá, ás vezes ele transportou os restos mortais dela e levou pra outro canil.

        Me intriga demais como eles conseguiram sumir com o corpo desse jeito…

        • Claro que podem ser outros cães, desde que se prove. Como é que a pessoa afirma com certeza se não fez o DNA do cocô do cachorro?

            • Mais um motivo para não acreditar: quem não quer ser pego conta mentiras para que polícia fique procurando pistas falas

              Escutar não dá certeza absoluta a ninguém

              • Sou obrigada a concordar com você. Mas eles fizeram o que com esse corpo? Teria Bola um forno para cremação num lugar escondido no recôncavo mineiro???

                • Olha… para queimar um corpo humano a ponto de não sobrar nada além de cinzas, ele precisaria de algo muito potente…

                  • Potente e rápido. Fico pensando se coisas potentes como o ácido sulfúrico dariam conta sozinho de dissolver alguém de forma completa e instantânea. Sem falar que sua compra é controlada pela PF.

                    Sei lá, fico olhando a casa onde a Eliza Samúdio teria morrido, e, inacabada, faz pensar que tenham misturado os pedaços que os cães não conseguiram digerir no concreto para finalizar alguma(s) laje(s) por aí (Cimento MORTOrantim?).

                    • A polícia andou marretando umas paredes e vasculhou os toletes dos cachorros atrás de DNA humano. Será que alguém lá de dentro adulterou os resultados?

                    • Os ácidos são controlados, mas hoje em dia qualquer um tem um conhecido que trabalha em algum laboratório de faculdade.
                      Eu mesma conheci um estudante da Unifesp que levava litros e litros de clorofórmio pra casa, pra vocês terem uma ideia de como é o controle (descontrole) desses locais.

                    • Esse povo não tem cara de que conhecia qualquer ser humano que já tenha pisado em uma faculdade, mas talvez pagando bem…

                      Mas mesmo o ácido deixa vestígios, certo? Unhas, cabelos… ou não?

                    • De qualquer forma, dissolvida pelo ácido, ter virado Bonzo sabor galinha ou cimento MORTOrantim, nem consigo pensar no quanto essa coitada sofreu ao morrer e, pior, sem saber se seu filho viraria também Baby Beef, tijolinho da Lego ou papinha em seguida.

                      E do filho dela, quando se inteirar da participação do pai na morte da mãe…

                      Com violência, assim, a Minas que conheci criança já era ou nunca foi.

                    • Não me pergunte como, mas vi uma psicóloga afirmando que Bruninho viu a mãe sendo morta. Não sei se uma criança de tão pouca idade guarda algum tipo de registro disso nem se ele de fato viu, mas o grau de crueldade de matar uma mãe na frente do filho é assustador.

                    • Olha, essa hipótese que a Suellen levantou de ácido, é uma hein?! Policiais tem contatos em TODO lugar, muito difícil perguntar algo pra algum policial e ele não comentar “ah conheço fulano de um lugar, conheço fulano de outro”… ele pode ter dissolvido tudo sim. Acho bem mais plausível.

                      Quanto ao menino ter visto a mãe sendo morta, durante algum tempo fiz uma terapia que falava muito disso: de lembranças da fase intra-uterina e de quando você é bebê, que ficam gravadas e você, sem a pessoa nem se dar conta. Fora que, o garoto é simplesmente filho do Bruno com essa Eliza, duas pessoas completamente desajustadas… não sei no que vocês acreditam, mas karminha pesadinho o dessa criança, né?!

      • Na ocasião, fizeram exames nos cães do tal do Bola.
        Analisaram o conteúdo do estômago e dos intestinos e não encontraram nenhum vestígio de material humano.
        Talvez tenham dado a outros cães, sei lá.
        Mas desde quando cachorro come gente, gente??hahaha

        • Cachorro com fome come tudo… e gente não deixa de ser carne, né?

          Olha, não é fácil nem seguro ficar se descocando com partes humanas no carro para dar para o cachorro de um terceiro, eu acho isso meio fantasioso.

  • Porque simplesmente não deram um tiro na cabeça dela e largaram o corpo em um matagal??? Pra que essa coisa toda de levar pra sítio, cagar a pau, matar, esquartejar, queimar ou sei lá eu o que? Deveriam ler mais Agatha Christie.

    • Porque se largar o corpo em um matagal, a polícia encontra e situação deles se complica. Quem quer escapar de uma condenação de homicídio, para começo de conversa, tem que sumir com o corpo.

      • Mas você acha que eles premeditaram esse julgamento? Tipo, “vão descobrir que ela morreu, vão nos acusar, mas não poderão provar”?
        Se eles tivessem matado e desovado, feito um serviço decente, sem testemunhas, ligações, digitais e etc, até poderiam serem suspeitos, mas sem provas. Já nesse mega-esquema que fizeram, onde há no mínimo 6 pessoas envolvidas, a chance de alguém vomitar tudo (o já que aconteceu) é muito maior.

        • Não, eu acho que eles foram arrogantes de achar que nunca seriam pegos.

          É bastante difícil não deixar evidências em um corpo: até pelas marcas de esganadura ou estrangulamento se pode chegar no assassino. Sempre fica um vestígio de DNA, uma gota de suor, um fio de cabelo que cai… sem contar que ao desovar um corpo sempre tem alguém que pode te ver. É de fato mais difícil do que parece. A melhor chance que um assassino tem é sumir com o corpo mesmo.

  • Obrigado pelo esforço Sally. É sempre bom ultrapassar o limite de 4 folhas por texto (quando possivel). Mas Desfavor para ler em um dia… =D

    Quando ao caso, creio que ja está resolvido. Bruno matou e sairá de lá inocente. Se a Sally descobriu um meio de inocentar o Bruno, os seus advogados tambem devem ter descoberto. Só estão deixando rolar para só no final anular a porra toda e deixar a promotoria com cara de pastel…

    • Junior, se anunar tudo ele não sai inocente, o julgamento RECOMEÇA

      Mas se recomeçar, acho que tem como inocentar sim. Eu não faria, mas sempre tem quem o faça.

  • Sério, eu jamais conseguiria ser advogada.
    Tchê, o infeliz mandou matar a mulher e vem a Sally me dizer que tem jeito de absolver o vivente baseado nos erros dos outros!

    Perdoe a minha ignorância jurídica, sei que vai muito mais além do que eu consigo imaginar mas ao meu olhar de leiga isso tudo não passa de um teatro onde quem representar melhor, leva.

    Enfim se eu pudesse dizer algo sobre este julgamento seria: “Cortem a cabeça!”.

    Sem mais.

    ps.: Um texto sobre física quântica seria bem legal!

    • Ana, tem jeito sim, mas um advogado não é obrigado a fazê-lo.

      E, calma lá, EU ACHO que ele matou, mas ele ainda é inocente. Só vamos poder afirmar que ele é culpado depois que ele for condenado. Não lembra o que aconteceu naquele famoso caso da Escola Base, onde a imprensa arruinou a vida de pessoas inocentes?

      Além disso você pode ser advogada e nunca lidar com essa área criminal, pode cuidar de áreas como empresarial, tributário, trabalhista, família, consumidor e outras

      E sim, você tem razão, Júri é assim mesmo: a melhor encenação leva. Dá uma lida no meu Desfavor Explica sobre Juri, eu faço essa mesma crítica.

  • E o menino disse na entrevista que queriam tb matar a dentista. Sally, eu acho que essa Ingrid sabe muita coisa e é tão conivente assim com tantos absurdos para que nada respingue nela.

    • Helena, a Ingrid é incapaz de fazer mal a uma mosca. Duvido que ela saiba de algo. O problema dela é ser muito inocente, muito romântica, muito boba.

      Para você ter uma noção, ela peitou o marginal do Ércio Quaresma mesmo ele tendo ameaçado ela. Isso é coisa de gente sem noção do perigo. Bem, namorar o Bruno já era coisa de gente sem noção do perigo. Fico triste pelos pais dela, que vivem com o furico na mão.

  • Enquanto isso, a Justiça paulista permitiu pela primeira vez na história a transmissão ao vivo de um júri por emissoras de televisão. A partir de segunda-feira que vem, dia 11, por proposta do juiz do caso aceita pelas partes, poderemos acompanhar o julgamento do advogado e policial militar aposentado Mizael Bispo de Souza, acusado de matar a ex-namorada Mércia Nakashima, aquela japa que pagou caro por essa má escolha.

    Empresas de TV, rádio e internet estão decidindo como as imagens serão produzidas e distribuídas, tendo em conta não expor os jurados.

    Enfim, agora o Judiciário também terá seu Big Brother…

    • Taí, não sei o que pensar disso.

      Porque se em parte é bom por permitir o controle da sociedade, por outro lado é muito ruim e expõe demais os jurados (que ficam com sua cara marcada), as testemunhas e próprio réu, que mais tarde pode ser inocentado e ficar com “fama de bandido”

      O que vocês acham?

        • Eu não gostaria de ser jurada ou testemunha em um caso importante e que o país todo visse a minha cara. Por mais que o voto seja secreto, vamos que todos votam para condenar: o réu vai saber que foi sete a zero para condenação e vai saber todos ali votaram contra ele. Quem me garante que um colega, um comparsa do lado de fora, que não foi preso, não vem atras de mim para se vingar?

          • “Quem me garante que um colega, um comparsa do lado de fora, que não foi preso, não vem atras de mim para se vingar?”

            De certa forma, já é assim. Por exemplo, quando familiares do réu que, tendo acesso a seu endereço por conta dos autos ou de alguma outra forma, podem fazer da sua vida um inferno ao acampar na frente da sua casa para te pressionar a não depor e, depois, tentar se vingar por conta do veredito (tal qual aconteceu com um conhecido que sofreu sequestro relâmpago há alguns anos)…

            Seria até a favor da transmissão se nossos julgamentos fossem como os da África do Sul, sem jurados.

            • Mas daí já requer um trabalho maior, acho que de certa forma é um dificultador.

              Mostrar a cara te expõe a uma massa raivosa no estilo “você fez texto contra mães”. Por exemplo, nesse caso do goleiro Bruno, acho que vai ter muito fã puto da vida se ele for condenado.

              • Sim, sim, justamente por isso, sou contra expor jurados nessas transmissões pela maior exposição.

                De qualquer forma, fiquei sabendo que o Tribunal de Justiça do Rio permitiu, há 40 atrás, que julgamentos de casos como esse fossem transmitidos na íntegra em programas de rádio (“Caso Doca Street”).

                De qualquer forma, é engraçado essa cultura do Júri em outros lugares. Lembro de ter assistido entrevistas com jurados do caso OJ Simpson, algumas ao vivo, nos quais eles pretendiam lançar livros, cobrar por entrevistas, enfim, capitalizar em cima da fama.

                Fico pensando em como isso pode(ria) acontecer se o julgamento do Caso Mizael tornar-se um marco para outros casos…

          • Olha, sou leiga em assuntos jurídicos, mas já li que os votos dos jurados não são todos contados. Por exemplo: se quatro, dentre sete jurados, votarem pela condenação, é encerrada a contagem, e não se sabe o que os demais votaram. Isso tudo para a segurança deles. Isso é verdade?

            • Todos votam. Mas não se divulga quem votou a favor ou quem votou contra, apenas o placar final. Ocorre que se todo mundo votar igual, o voto de todos acaba sendo identificado.

              • Sim, eu sei que todos votam. A minha dúvida era se todos os votos são contados. Pelo que eu li, se dentre sete votos, quatro votarem pela condenação, os restantes dos votos nem serão contados. Ou seja, não dá para saber se foi uma decisão unânime. Parece que é um procedimento novo.

                • Olha, faz um tempinho que eu não faço Júri, pode até ser que tenha mudado, mas se mudou, não me parece uma boa coisa.

                  É que quando se sabe o resultado do julgamento se evitam uma série de transtornos. Exemplo grotesco meramente ilustrativo: decisão 7 x 0 para absolver o réu em Júri onde mais tarde se descobre que um dos jurados não poderia ter sido jurado por alguma irregularidade. Se não fosse dito o numero de votos, poderia haver recurso querendo anular esse Júri e fazer um novo, mas ciente da contagem, sabe-se que esse voto não foi determinante e o réu teria sido absolvido de qualquer maneira. Isso evita perda de tempo e de dinheiro público com um novo julgamento. Mas já te adianto que há quem defenda o contrário: foda-se se não alterava o resultado final, tem que fazer um novo julgamento. Eu acho burrice e desperdício de dinheiro público, mas tenho a obrigação de dizer que existe quem discorde.

      • Eu não sou a favor não, Sally.
        Não apenas por medo, mas por achar que a justiça já vem dando espaço demais para as cagadas da imprensa (caso Lindemberg, caso do Datena negociando sequestro…).

        • Concordo com você. Transformar em show faz com que a coisa saia do controle, a imprensa fatalmente vai acabar atrapalhando.

          Já pensou? Jurada gostosa posando para a Playboy, reality show só com jurados… aff

          • Se bem que isso poderia ser um motivo para as pessoas se negarem a participar do juri, não??
            Ninguém deveria ser obrigado a dar a cara a tapa em rede nacional, ainda mais se for um caso que mexa com o sentimento das pessoas. Mas, como estamos no Brasil, não duvido de nada…

            • Não, não é motivo não. Os motivos são os que estão previstos na lei, fora disso não tem como se recusar. Esse é o grande problema!

            • Pode-se entrar com recurso caso seu nome saia na lista geral dos jurados(da qual, serão sorteados os vinte e cinco jurados, dos quais sairã os 7 nomes finais), publicada pela imprensa até o dia 10 de novembro de cada ano e divulgada em editais afixados à porta do Tribunal do Júri (a depender do tamanho da cidade), em até 20 dias da publicação dessa lista.

              Caso você seja funcionária pública, é quase certo seu nome estar nessa lista geral, pelo menos aqui em São Paulo.

              Ainda assim, de fato, o pedido tem que ser motivado. Bem motivado.

  • Uma excelente de uma postagem, explicando tudo mastigadinho pra pessoas desconectadas da realidade e que não acompanham notícias, tipo eu (apesar de que vi um pouco desse depoimento no Fantástico, enquanto esperava começar o BBB), e o que me vem à cabeça é:
    “Can you imagine a world without lawyers? https://www.youtube.com/watch?v=Cqk-CLxrW6s

    • Ainda não me entra na cabeça como esse povo não estudado e raivoso conseguiu esconder um corpo com perfeição. Já vi gente muito mais inteligente falhar na tentativa.

      Vai ver foi a experiência que o Bola tem como policial, ele ficou craque de tanto fazer…

        • Sejamos realistas: INFELIZMENTE tem muito policial barra pesada que “some” com várias pessoas. Eu venho do Rio, um lugar onde as favelas tem uma área específica destinada a isso, apelidada de “microondas”

          Mas porra, dá trabalho se livrar de tudo, limpar tudo. Sempre ficam restos de DNA. Além disso, outros policiais costumam saber a forma como o colega atua, onde faz suas desovas… se eles apertaram os ex-colegas de Bola e não conseguiram nada é porque o cara cometeu o crime perfeito.

          • Não. É porque provavelmente há conivência de gente DENTRO da corporação que trabalha na contrainformação. Traços de DNA é possível sim encontrar, mas a estratégia adotada no caso é a do “desapareceu, ninguém sabe, ninguém viu”.

            Se querem saber, a irmãzinha do Belfort foi a mesma coisa.

            • Mas do jeito que os advogados esculhambaram com a delegada e do jeito que o caso repercutiu, creio eu que ela tenha procurado esse corpo com todo o emprenho, ainda que houvessem dois ou três fazendo vista grossa…

              • Empenho pessoal é pouco quando você tem pouco suporte, pouco apoio e toda uma rede por trás trabalhando em desfavor da sua posição.

                Considerando que o crime tenha ocorrido em MG, desovar o corpo em algum lugar de difícil acesso com extensa vegetação (a la Maniaco do Parque) não seria algo tão problemático.

                Alguém que conheça os descaminhos de áreas rurais por aquelas bandas pode ser de grande ajuda nisso.

                • Mas mesmo quando a imprensa e a polícia estão em cima querendo mostrar serviço? Nesse caso específico acho que fica mais difícil

                  • A imprensa se interessa mais na “novelinha” para vender jornal, revista e surfar as custas da audiência do caso.

                    Cobrar uma investigação a sério é coisa de um ou outro gato pingado.

      • Sempre escuto dizer que com raras exceções, policiais tem um sangue frio acima do normal, principalmente pra esse tipo de coisa.

        • Vivenciam muita barbaridade, acabam ficando brutalizados, calejados. Mesmo quem não faz, acaba ficando menos sensível que o resto, acho eu.

  • ou esses três elementos deram um olé na polícia (tenhamos medo da competência da polícia, nesse caso)

    O mais provável, dado que quando as investigações começaram a tomar o rumo de encontrar o corpo, se começou a ter queima de arquivo entre a turma.

    • Poxa, mas conseguir esconder um corpo e/ou seus vestígios e evidências por mais de DOIS ANOS?

      Eu mesma não conseguiria. Pode não parecer, mas é algo muito difícil

      • Sally, eu sei que é difícil, mas não chega a ser impossível.

        A polícia não é aquela competência toda no que diz respeito a diligências e não obstante, tem também os rabos presos internos, sendo que geralmente os crimes nessa linha cometidos por gente de dentro ou de fortes relações com a corporação são mais difíceis de se “rastrear”.

        Para diminuir o risco de tais ingerências é que tem a separação entre polícia cívil e militar, mas isso muitas vezes não adianta dado o corporativismo dentro da área.

        Da mesma forma que o “picadinho”, presumo que não seja crime de um só executor, sendo que presumo participação de 3, 4 ou 5 pessoas no decurso da ação envolvendo a Samúdio. E pelo modus operandi, é quase certo que tem gente da corporação envolvida na parada.

        • Não é impossível não, mas me espanta que esses três cabeças de bagre que mal acertam concordância verbal tenham conseguido sumir com um corpo!

            • Também acho que tem MUITO, MUITO mais gente nisso. Nasci no interior paulista e conheço essa história: menino pobre e sofrido que vira jogador de futebol famoso. Eles colecionam ‘amigos’ e criam laços de confiança (leia-se: rabo preso). Financiam sonhos dos ‘amigos’ em troca de apoio incondicional a tudo de ruim que eles um dia cheguem a fazer, e geralmente fazem. Porque quem teve infância pobre, vida sofrida, família desestruturada, sofreu privações e humilhações severas, fica calejado e menos sensível, como já disse a Sally, e quando esses tipos se dão bem na vida e ganham muito dinheiro ficam meio pirados e sempre metem os pés pelas mãos em váááárias enrrascadas e tem sempre um bobalhão pra ou ajudar a limpar a merda ou assumir a culpa.
              Pelo que li sobre a história do Bruno em Minas é mais ou menos isso que acontece/aconteceu: o cara era popularíssimo, tinha vários afetos por lá e gente que tava com ele por puro rabo-preso e ‘gratidão’, provavelmente muitos amigos do Bruno também eram influentes e tinham sua cota de afetos por lá, formando 1 rede de contatos que pode ter sido essencial pra sumir com o corpo.

              Mais de dois anos depois esse caso ainda me dá arrepios.

              • Contatos certamente ele tinha, o problema é que para sumir com um corpo que a polícia e imprensa estão procurando com afinco é preciso que esses contatos sejam, além de influentes, inteligentes. É isso que não fecha na minha cabeça: que pessoa inteligente teria contatos com esses marginais?

                • Interior é terra de ninguém, Sally. Se já tem vários lugares ‘sumidouros’ no interior de SP, imagina no interior de Minas que é 1 estado bem maior. Só quem conhece os campos é gente antiga ou moradores com tradições ligadas a terra, por melhor que tenha sido a investigação (e não foi, na minha opinião) acho que daria pra ter sumido com o corpo no mato/florestinha/rio/buraco/poço escondido.
                  Me dá náuseas esse sangue frio, tanto por ser capaz mandar matar alguém quanto por ser conivente a isso e executar o pedido. ECA!

                  • E tem muita gente inteligente por aí sem 1 pingo de vergonha na cara, que se alia com gente ruim só pra conseguir sucesso fácil, leia-se: escolher o caminho mais fácil e menos honesto. Fora a famigerada ‘gratidão’ e a força de ‘dar a palavra’ que ainda é forte no interior.

          • Não acho tãããão improvável…

            Não acredito na teoria dos cachorros. Cachorro tem que estar passando MUITA fome para comer carne humana (o que não era o caso daqueles Rottweilers). Mesmo assim, se comessem, teriam feito uma puta sujeirada, deixando muito rastro de sangue, restos de bílis, conteúdo estomacal, cabelos, unhas, pedaços de ossos, etc. Fora o tempo que levariam para comer tudo, correndo o risco de ter um osso enterrado ou coisa assim.

            Acredito mais na teoria do microondas, já que vinham do RJ e acharam coisas queimadas (a mala dela e da criança). Isso justificaria o DNA que eventualmente ficasse no local e as marcas do queimado. O resto que sobra poderia ser jogado em um rio. Quando alguém se afoga em uma lagoa já é difícil achar o corpo, imagina em um rio (água em movimento) + corpo picotado + carbonizado, mesmo que parcialmente… Ação de movimento + peixes + desgaste com objetos, solo, água, etc. Acho o mais próvável…. CSI adotaeu.

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