Flertando com o desastre: Trabalho mole.

fd_trabalhomole

Nada melhor para comemorar esta data… Mesmo antes de entrar para o mercado de trabalho, sempre me soou conveniente demais aquela frase feita de que trabalho duro cria caráter. Essa frase e as várias outras ideias “propagandistas” sobre o valor do suor na vida das pessoas. Trabalho duro cria bolhas, calos e stress. Inteligência cria caráter.

Muita gente escrota é trabalhadora, disciplinada e esforçada. Desde famosos ditadores até mesmo o trabalhador braçal que volta pra casa para bater na mulher, o que não falta por aí é exemplo de como essa ligação entre dedicação ao trabalho e boa índole tem muito mais a ver com uma espécie de prêmio de consolação pelos muito mal pagos serviços prestados à sociedade.

Flagrado pelas câmeras de qualquer programa policial sensacionalista, bandido é automaticamente taxado de vagabundo, como se fosse essa a motivação comum para todos os marginais… Quem não escolhe a via do trabalho duro perde a presunção de membro funcional da sociedade. Vira um dos “outros”, alvos fáceis para a execração popular.

Claro que ver o criminoso é revoltante para o cidadão que acorda absurdamente cedo para sofrer o dia todo num emprego maçante e exigente. Não estou discutindo o mérito desse estranhamento para com o “vagabundo”, estou levantando a questão da utilidade dessa mentalidade de glorificação do sacrifício. Se por um lado é digno e louvável que uma pessoa escolha o caminho mais difícil para ganhar a vida, por outro há as vantagens inerentes à conformidade.

É muito comum que pessoas acabem transformando a dificuldade e a exigência (física e/ou mental) de seus trabalhos em motivos de orgulho, oras, mais do que comum, é razoável. Como seres sociais, todos nós temos um ponto fraco pelo reconhecimento alheio. Além disso, não faz mal nenhum ter a sensação de pertencimento, de ser parte de algo maior.

Vivemos numa sociedade onde a maioria das pessoas está “condenada” a exercer profissões pouco gratificantes por si só. A maioria não vai conseguir sequer descobrir o que realmente gosta de fazer, fadadas a participar do mercado de trabalho onde quer que consigam fincar raízes. Perpetuar a ideia de que fazer um trabalho difícil te torna alguém melhor é uma forma de diminuir um pouco essa frustração.

O triste é que em boa parte das profissões, a recompensa dificilmente vai passar disso. Precisamos desse sacrifício em larga escala para o funcionamento da sociedade… Alguém tem que fazer a parte chata, pesada, difícil ou estressante. Evidente que tem muita gente que gosta do que faz, mesmo que para boa parte da população seja um emprego pouco desejável. Já até escrevi sobre essa ideia de remuneração de acordo com a afinidade com o trabalho executado, não vou entrar de novo em detalhes.

Sim, é compreensível que a ideia de trabalho duro como sinônimo de caráter e contribuição positiva à sociedade ainda tenha esse alcance todo. Mas as ferramentas de controle embutidas aí não funcionam sem exigir uma contraparte. Nada é de graça nessa vida, não? Quando o esforço se torna a recompensa em si, esvazia-se o conceito de resultados do trabalho. Afinal, trabalho mal feito também pode ser fruto de grandes sacrifícios e concessões.

Incompetência pode sim andar de mãos dadas com dedicação. Basta que o esforço esteja mal direcionado: Ao invés de se preocupar com um objetivo, preocupa-se com o processo. Sabe aquele chefe que fica irritado com o funcionário porque ele não “parece” ocupado? É a ideia cretina de comprar horas da vida de uma pessoa ao invés de comprar sua participação num objetivo ou meta… É a personificação do ideal de trabalho duro como resultado desejado!

Admiro muito gente concentrada e disciplinada, mas elas que não acreditem que essas qualidades são mais do que meios para um fim. E definitivamente que não achem que isso tem grande valor por si só. Profissional competente entrega resultados, não suor. Como o mercado de trabalho adora uma “receita de bolo”, uma fórmula mágica para definir o valor de cada funcionário com o mínimo de informações possível, profissionais esforçados, mas incompetentes e/ou inúteis são lugar tão comum.

Forma-se um glorificado mercado de horas de vida humanas, péssimo para os dois lados dessa história. O patrão se frustra com falhas, atrasos e descaso; Os funcionários com desmotivação, cobranças injustas e invasão da vida pessoal. Sim, porque o cidadão é roubado de seu tempo de lazer e vida social, tendo que carregar para dentro de suas horas profissionais essas necessidades tão básicas…

Nada diz “o sistema falhou como um todo” como computadores da empresa bloqueados para redes sociais e sites externos. Tem gente folgada, claro, mas quando muita gente começa a abusar das mesmas coisas num mesmo ambiente de trabalho, está claro que tem alguma coisa faltando na vida delas, algo derivado de suas profissões.

E os donos dos meios de produção (cacete, “comunistei” de vez agora…) só conseguem empurrar medidas restritivas como essas com o apoio da noção popular de que trabalho – apenas por ser trabalho – é merecedor de tanto crédito. Conheço muita gente que enche a boca para dizer que não pode dar mole mesmo, que tem que cobrar cada porra de minuto de trabalho das pessoas sob o risco de ser feito de otário. Gente que paga e que recebe salários.

Um turno de oito horas diárias significa que uma pessoa vai gastar um terço de seus melhores anos construindo o futuro de outros (torcendo para conseguir fazer o seu). Isso é um absurdo! Uma fatia considerável dessas da curta existência de um ser humano deveria ter valor incalculável. E de forma alguma poderia ser tão “mercado do comprador” como é para a maioria das pessoas. Ninguém deveria ter que vender suas horas de existência tão barato.

A sociedade atual depende desse abuso para continuar funcionando, mas para combinar perfeitamente com a ideia por trás do valor do trabalho, o mesmo funcionamento poderia ser conquistado com menos expiração e mais inspiração. Todas as estratégias de aperfeiçoamento do trabalho atuais estão mais preocupadas em como maximizar o lucro da “hora comprada” do que de eliminar horas de trabalho da vida das pessoas. Essa ética do trabalhador honesto presente em tantas cabeças ainda é usada contra elas no dia a dia. Sim, porque isso só é possível com a chancela do trabalhador médio.

Muita gente fica até com vergonha de falar o que faz da vida se parecer fácil para outras pessoas. Omite a vitória de fazer uma jornada menor e ter mais tempo para o lazer. Quando o contrário deveria ser o motivo de celebração… Conseguir fazer o mesmo (ou mais) com menos tempo ocupado e com menos stress tem que ser o motivo de orgulho! Não se foder o dia todo.

É o que eu sempre escrevo sobre esse maldito campeonato de sofrimento que tanta gente insiste em fazer, como se alguém com a cabeça no lugar fosse achar o máximo convencer o outro que está sofrendo mais! Se esforçar para conquistar a fartura alheia não é lá grandes coisas.

Feliz dia do trabalho, mas… o que você está produzindo? É mensurável? Vai conseguir terminar? Você vai ter orgulho do que fez quando terminar? Ou simplesmente vai viver nas horas que ninguém quer comprar? Tempo livre significa muito mais do que descanso, significa aperfeiçoamento pessoal. Construir caráter é muito mais do que apanhar quieto, é ter a disponibilidade de fazê-lo.

Para reclamar que este texto está muito curto, para dizer que o texto está atrasado, ou mesmo para dizer que só vai ler amanhã porque hoje é feriado: somir@desfavor.com

Se você encontrou algum erro na postagem, selecione o pedaço e digite Ctrl+Enter para nos avisar.

Comments (35)

  • Não existe realização profissional, nem eficência, nem produtividade, nem criatividade alguma sob o jugo de uma imundície chamada assédio moral. Preocupar-se com o Trabalho e com trabalhadores sem combater essa prática é fingir (muito mal) um pseudo engajamento. Trata-se de resquício pavoroso do pavoroso escravagismo que ainda se perpetua ameaçando o principal pilar de qualquer civilização: o trabalho. CRIMINALIZAÇÃO DO ASSÉDIO MORAL JÁ !!!

      • Ainda não. Ao menos as ações de assédio que acompanho aqui em nosso sindicato são sempre ações civis. Em alguns casos há desdobramento criminal, mas é raro. A ação de assédio moral é normalmente civil. Somente e infelizmente. A criminalização do assédio faria com que a ação já nascesse ação penal e desse cadeia. A mim admira muito que o movimento negro não emcampe essa batalha, já que o assédio é reconhecidamente um resquício do escravagismo.

        • O problema, como sempre, é quem faz a lei. O art. 136-A do Código Penal vem com uma previsão RIDÍCULA de pena (um a dois anos), uma pena que gera porra nenhuma para o réu. Isso nunca vai coibir a conduta.

          Mas, francamente, acho que ter que pagar uma indenização beeeem cara assusta mais do que ir para a cadeia. O caminho para a coerção é começar a mandar pagar indenização na casa do milhão, que faça com que o chefe tenha que fechar a porra da empresa e vender tudo para poder pagar.

  • Eu concordo com o texto do Somir. Eu até que não me considero burra (hehe) mas acho que o que falta pra eu ser mais bem-$ucedida na minha vida é criatividade. E se a pessoa além de inteligente for tb criativa, ganhou o mundo.

    • Não fala isso que você vive minha mais linda fantasia! Meu sonho dourado é trabalhar para uma empresa de cosméticos. Toparia reduzir meu salário pela metade só para trabalhar no jurídico de uma grande marca de cosméticos!

      • Mas deve ganhar bem a galera que cuida da parte jurídica de uma grande empresa de cosméticos pq trabalho não deve faltar, muita gente pentelhando (PETA, concorrentes, processos sobre patentes, etc.).

  • Sinceramente, não tive estômago pra terminar de ler, justamente por ter lido algo com o qual me identifico, e o qual me emputece, tanto. Parei na hora do “um terço dos melhores anos da sua vida trabalhando pra construir o futuro dos outros” – impressão que eu tenho muito forte na minha profissão, a de que não estou fazendo (quase) nada efetivamente por mim, e ainda sou cobrada a um ponto de ter crises de me achar incompetente. Hoje, especialmente, foi muito difícil acordar para vir trabalhar, por causa justamente dessas coisas. Infelizmente, preciso do emprego (até porque ele é “de respeito” – no fundo porque ninguém sabe o quanto pode ser escroto) e a ideia é ficar por aqui mais uns dois anos, pra poder sair em grande estilo. Ou continuar insistindo na carreira acadêmica mesmo, apesar de universitários estarem a cada dia mais pentelhos (acho que é a idade chegando). Ou largar tudo e abrir uma creche pra cachorro. Tem otário que paga rios de dinheiro pra você cuidar do poodle dele, por que não? rs. Ok, tô muito amarga, vou parar.

  • Somir, concordo em muito contigo! Ahh se as empresas por aí dedicassem mais tempo no aperfeiçoamento pessoal de cada funcionário ao invés de deixa-los parados e só tendo em vista a compra da hora trabalhada…

    E o que é mais triste é ver uma espécie de “alienação” que toma conta das pessoas, na medida em que elas continuam fazendo aquilo, vivem tristes com seus trabalhos mais ou menos, desanimadas e ficam por assim mesmo.

  • Somir, concordo em muito contigo! Ahh se as empresas por aí dedicassem mais tempo no aperfeiçoamento pessoal de cada funcionário ao invés de deixa-los parados e só tendo em vista a compra da hora trabalhada…

    E o que é mais triste é ver uma espécie de “alienação” que toma conta das pessoas, na medida em que elas continuam fazendo aquilo, vivem tristes com seus trabalhos mais ou menos, desanimadas e ficam por assim mesmo.

    • Desculpa mas tenho que discordar.

      Conheço um cara que na infância, comeu o pão que o diabo amassou, foi criado sem pai, sem amor de mãe e tinha que catar cobre ( de fios ) jogados no cão a semana inteira se quisese comprar uma pipa e mais uma semana se quisesse comprar a linha. Tinha uma bicicleta sem um pedal para dividir para mais dois irmãos e quando completou o segundo grau a única opção de uma vida um pouco melhor foi o serviço militar. Entrou para a aeronautica e com menos de 2 anos já ia de recruta a soldado especial, como era dedicado foi CONVIDADO a trabalhar no serviço reservado do antigo DAC e passou a viajar pelo brasil vistoriando TODOS os aeroportos e procedimentos de segurança ( que na época eram levados a sério ). Isso tudo com 22 anos ainda.
      Quando conheceu a namorada ( que também tinha uma infancia sofrida ) se comoveu com a história dela de nunca ter conhecido o pai e de não ter a certidão de nascimento em mãos, ambos estavam no rio de janeiro mas a namorada dele nasceu no Mato Grosso do Sul, na cidade de dourados, ele foi para lá de avião ( carona ) ficou na cidade hospedado em quarteis da PM e voltou de carona com caminhoneiros em um tempo onde um rapaz fardado ainda tinha respeito e confiança do povão em geral e trouxe não só a certidão dela mas de todos os irmãos também e tudo isso sem um CENTAVO no bolso. Bem, como não precisava tirar plantão na base aéria que servia ( 3° COMAR – RJ – Santos Dumond) se matriculou em um curso noturno de Tecnico em Mecânica no SENAI de Benfica ( RJ ) e se formou como PRIMEIRO DA TURMA pediu baixa do serviço e saiu com HONRA da aeronáutica. A ÚNICA coisa que o pai dele fez por ele foi pedir a um almirante ( o pai era da marinha ) uma carta de recomendação para o nosso protagosnista trabalhar no estaleiro Ishibras ali no Caju ( do lado da grande curva na ponte rio niterói). Como foi o primeiro da turma, foi fácil entrar para trabalhar no estaleiro, em 1977 com 23 anos, começou como desenhista na parte de motores.
      Com o tempo e aperfeiçoamento foi a projetista em caldeiraria então ganhando mais um pouco, em 78 casou com aquela namorada lá da certidão. Nada de casamento grandioso foi uma festa bem simples realizada no dia 1-1-78 de propósito para não convidar muitas pessoas para o casmento não sair caro ( não tinham dinheiro na época) e foram morar de aluguel em uma casinha de um quarto em Nova Iguaçu. Ambos trabalhavam o dia inteiro, ela em um escritório de contabilidade e ele no estaleiro, não tinham muito mas eram felizes e tinham a vida pela frente. Em fevereiro de 1980 ela ficou gravida e foram morar em uma casa um pouco maior ( mas ainda de aluguel ) para acomodar o bebê.
      Depois que o bebe nasceu, o padrastro dele deu um terreno para eles construirem uma casa, não era grande mas seria deles. OS DOIS levantaram a casa do zero, sem ajuda de ninguem como trabalhava em um estaleiro ele tinha acesso a engenheiros que eram camaradas e fizeram os calculos e recomendações para a construção da casa. Todo dia depois do trabalho ambos iam pro terreno fazer o que podiam, nos fins de seman também, dois anos depois entravam em SUA casa. Como tinha um menino pequeno mas não podiam ter empregada nem pagar creche foi de comum acordo que ela parasse de trabalhar (não é vergonha ) ele continuava trabalhando mas ela fazia faculdade a noite, depois que ele chegava em casa para ficar com o menino ( apoio dos pais? Nunca. Essa geração atual não sobreviveria…). Com tudo andando direitinho, o menino quando completou tres anos ganhou de presente a notícia de que ia ganhar uma irmanzinha, e lá foi o casal começar a fazer obra na casa de novo, afinal tinha que ter mais um quarto. Ele fazia o trabalho pesado ( mencionei que ele era autodidata em tudo? ) na parte de alvenaria, enquanto ela gravida de 6 meses peneirava a areia e separava os tijolos, ainda fazia comida, cuidava do filho e do marido e da gravidez. Agora em 1984 eles tiveram uma menina e infelizmente com ela veio a crise da industria naval e ele perdeu o emprego ( foi um dos últimos a serem demitidos).
      Baixou a cabeça? Nunca! Ele foi vender picolé numa fabriqueta que conseguiu montar, ela foi para a maquina costurar e para o fogao fazer salgados sob encomenda. No ano seguinte a filha com um ano sofreu uma queimadura no braço e se não fizesse uma cirurgia plastica séria, perderia o moviemnto da mão. Eles sem pensar, venderam a fábrica e tudo mais que puderam vender, ainda pegaram imprestimos mas fizeram a cirurgias. Em 85 ele alugou duas máqinas de moer café e uma ficava em casa com ela, e outra com ele em outra cidade no açouge de um amigo. deu para se manter ( nunca faltou alimentação e escola e vestuário naquela casa) até 86 quando o estaleiro foi reativado e foram buscar ele em casa, ganhando o dobro de quando foi demitido.
      A vida seguiu, altos e baixos e hoje 27 anos depois ele é gerente de construção de um dos maiores estaleiros do Brasil e ganha um EXCELENTE salário e ela é vó, mãe e esposa em tempo integral. Nunca fizeram algo de desonesto, nunca derrubaram ninguém, nunca fingiram ser o que não eram. Trabalho não faz mal a ninguem faça o seu e esqueça o do outro, se concentre no seu objetivo e não se importe com o dos outros, assim ele sempre diz.
      Quando perguntam para o meu PAI se ele se imaginava estar hoje onde está, ele responde: “Eu só queria uma bicicleta”.

      Quando eles morrerem ai sim, para mim morreram grandes brasileiros, os únicos que tem o meu respeito.

  • Achei o texto muito inspirador, mas também acho que o conceito de trabalho duro é bem relativo. Por mais que se cobrem apenas resultados, algum nível de cobrança sempre existirá, e sempre é possível achar qualquer cobrança exagerada. Na verdade acho que o X da questão é realmente motivação, sentido, realização no trabalho. É isso o que a sociedade deveria procurar, nem que fosse por exercício antropológico, do limpador de banheiros ao engenheiro aeroespacial.

    • Também acho que seja BEM relativo viu? As variáveis principais seriam: dificuldade relacionada a esforço intelectual ou esforço braçal? Pois veja bem como exemplo, o trabalho com tradução: muita gente diz pra mim “ahh isso é fácil, tu fica só lá no pc algumas horas sentado de boa…” Aham ta! Vem traduzir pra ver! Dependendo do documento ou do tipo de texto tu até chora dada a dificuldade de organização e transposição linguistica.

  • Vc atrasou o texto, vagabundo! Tomara que teu chefe te demita.
    Eu tenho vergonha de dizer que trabalho em call center. As 6hs e 20 me matam como se fossem 12hs e 40. Quando eu desconverso ao dizer minha profissão geral pensa que faço programa. Acho melhor pensarem isso, pelo menos ganha mais e pode folgar no feriado.

  • Putz, o pior de tudo é que eu me sinto culpado por ser preguiçoso e conseguir resultados. Tem gente que rala tanto… se trabalho duro valesse os melhores resultados, o mundo talvez fosse um lugar melhor.

    • Com certeza seria !

      Ué, motivo você teve (ou ainda tem ?); pelo menos são resultados verdadeiros e não o que acham que sejam; ainda bem que estou “num posto” desses – e acho que posso estar voltando a “engrenar”, espero…

  • Entendo o ponto de vista do Somir, sintetizado na frase: “Profissional competente entrega resultados, não suor.”, mas acho que a idéia por trás da expressão “trabalho duro forma caráter” tem mais a ver com o fato de que tudo que de fato vale a pena na vida só pode ser conquistado com esforço e não com conformismo e disciplina de acordo com conceitos e valores alheios. Quem sempre tem tudo de mão beijada não sabe dar valor a nada porque nunca teve que lutar, que correr atrás, que se virar, que fazer acontecer; enfim que “trabalhar duro”. E o “formar caráter” tem a ver, para mim, justamente com entender que, se alguém quer uma coisa, vai ter que se esforçar para conseguir. Esforçar-se, claro, não é sinônimo de sofrer, pelo menos não no sentido de “viver para trabalhar” em vez de “trabalhar para viver”.

    • “Quem sempre tem tudo de mão beijada não sabe dar valor a nada porque nunca teve que lutar”
      Discordo dessa afirmação, acho que é parte da mentalidade que pobre cria para tentar se sentir superior.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Relatório de erros de ortografia

O texto a seguir será enviado para nossos editores: