Flertando com o desastre: Pequenas tragédias.

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Existem diversas dimensões de problemas na vida de um ser humano. Temos as grandes tragédias como a morte de um ente querido, sofrida e irreversível, temos tragédias de porte médio como a demissão, sofrida porém reversível e temos as pequenas tragédias, que não chegam a abalar de forma contundente a vida de uma pessoa, mas, por serem mais comuns, mais corriqueiras, chateiam bastante. Hoje venho aqui lutar pelo sagrado direito de se aborrecer por pequenas tragédias: foda-se que eu poderia estar passando fome ou ter câncer, um sapato que passa o dia todo te machucando também é motivo válido para reclamar!

Tem coisa mais sofrida do que vontade de cagar quando você está dirigindo? Já falei sobre esta pequena tragédia em outros textos, mas não custa frisar: é muito sofrido. Aqueles movimentos de acelerar e frear parece que estimulam o peristaltismo e a vontade de cagar se acentua. Você sua, você negocia com Deus mesmo sendo ateu, você faz musculação de esfíncter tentando a todo custo travar o cu e se poupar de uma humilhação. E se tiver mais gente no carro, pior ainda, pois você ainda tem que ser educado o suficiente para disfarçar o mau momento pelo qual está passando e nem pode tentar dar um peidinho para aliviar, pois o risco é duplo: perceberem que você é um peidorreiro ou, pior ainda, se cagar nas calças.

E por falar em peido, os peidos também podem ser responsáveis por pequenas tragédias diárias. Tem aquele peido dedo-duro que inicialmente sai silencioso, mas no meio do caminho resolve se fazer notar, virando um som similar ao escapamento de uma lambreta. Esse peido te humilha, esse peido tira sua dignidade caso você esteja em um local mais silencioso. Resta dar um grito inexplicável para abafar o peido ou fingir um desmaio. Tem também um peido ainda mais traiçoeiro, o peido molhado. Pois é, peido não pesa, se pesou é porque você se cagou. Tem até um termo para descrever este acidente de percurso: “merdei”, estranho fenômeno que acontece quando você ia peidar e se caga. Uma pessoa que merdou tem seu dia completamente interditado, sendo obrigada a voltar para casa, se trocar e ponderar sobre a forma mais indolor de suicídio, afinal, de que vale uma vida sem dignidade?

Vontade de fazer xixi quando se está dirigindo também é ruim, mas convenhamos, é menos pior. Até porque se você for homem pode improvisar um mictório em uma garrafa ou até mesmo parar e mijar em um canto, afinal, homens tendem a ser porcos mal educados que não se constrangem de urinar na rua feito animais. Mesmo para mulheres, a sensação de bexiga cheia é desagradável, mas não costuma gerar a mesma urgência de um intestino cheio. A vontade de cagar é campeã no quesito “protagonista de pequenas tragédias diárias”. Anseio pelo dia em que evoluiremos e aproveitaremos tudo que for ingerido, acabando de vez com esse momento inconveniente que é cagar.

Se você é mulher e se você tem alguma vaidade, já deve ter passado por isso: você fez suas unhas, em casa ou em um salão, não importa, e logo depois, com o esmalte ainda fresco, bate aquela vontade de cagar. Além dos malabarismos para abrir a calça sem borrar o esmalte, vem um momento trágico: como limpar a bunda sem estragar o esmalte? Bem, é impossível. Nem ao menos um banho pós-cagada pode ser utilizado, sob pena de estragar o esmalte. Ou fica sentada na privada, com o cu aberto, esperando quinze minutos para o esmalte secar e só depois toma uma providência, ou estraga o esmalte. Ninguém merece passar por isso. Cagar atrasa a vida de uma mulher.

Outra pequena tragédia que faz parecer que sua alma escorreu pelo pé: quando você quebra seus óculos. Só vai me entender quem usa óculos, e são cada vez menos pessoas, já que a maioria recorre a cirurgia corretiva. Mas para a pequena parcela da população que ainda usa óculos, eu escrevo esse parágrafo: quando você ouve o barulho estalando e logo depois se dá conta que significa que seu óculos quebrou, surge uma sensação de desconsolo, de arrependimento, de vontade de voltar no tempo poucas vezes vista. Dá vontade de ajoelhar e gritar aquele “NÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOO!” cinematográfico. O baque é tão forte, que a pessoa chega a passar pelos cinco estágios do luto: negação (“não acredito nisso, não acredito que quebrei meu óculos, não pode ser possível…”), raiva (“puta que pariu, quebrei meu óculos! Isso não é justo! Como isso foi acontecer? Justamente meu óculos!”), barganha (vou tentar colar, vou tentar aparafusar, deve ter um jeito…”), depressão (“fodeu… estou fodida sem óculos”) e finalmente a aceitação, que consiste em ir a um oftalmo e mandar fazer um novo óculos.

Outra pequena tragédia que costuma deixar as pessoas paralisadas por alguns segundos em estado de choque é a perigosa combinação de roupas claras com molhos, sendo o caso mais extremo a roupa branca com molho de tomate ou molho shoyu. O tecido branco atrai gravitacionalmente o molho. Apesar de não haver nenhum estudo científico que comprove isso, eu tenho certeza. Você está lá, comendo sua comida, com uma roupa clara. Do nada, um pedaço se desprende e cai na parte mais visível da sua vestimenta, ou pior, cai no prato e espirra molho para todos os lados. O choque é tão forte que a pessoa olha para si mesma com cara de quem vai chorar e permanece avaliando a situação alguns segundos em silêncio. A impotência, a raiva, a revolta chegam a paralisar. Não há palavrão que alivie a angústia de manchar uma roupa clara com molho.

Mais uma pequena tragédia que faz o cérebro formigar de nervoso: quando você recebe uma mensagem, seja via celular, e-mail, Skype ou o que for e responde para a pessoa errada por acidente. Como Deus é um sádico, geralmente essa pessoa errada costuma ser alguém que não poderia tomar conhecimento do que está sendo dito. E como o sadismo de Deus não encontra limites, ainda existe a temerosa opção “responder a todos” ou “encaminhar a todos”, que manda o que seria um recado privado para toda a sua lista de contatos. Eu já fiz isso com um dos textos mais barra pesada que escrevi aqui no Desfavor e sei bem que a sensação não é das melhores. Você chega a cogitar suicídio como uma opção, não tanto pela vergonha referente ao conteúdo do que estava escrito e sim pela vergonha da sua própria burrice. Os desdobramentos não costumam ser dos melhores.

Quero falar agora sobre sapatos que machucam. Porque existem alguns sapatos que parecem ter sido feitos por pessoas que odeiam pés. Sapatos traiçoeiros, filhos da puta e dissimulados, que na loja parecem bacanas, mas depois de comprados trucidam seu pé no terceiro passo. Sim, isso acontece. Muitas lojas colocam produtos para amaciar o couro, de modo que quando o cliente experimente, o sapato esteja flexível e moldável. Porém, chegando em casa, ele endurece a ponto de parecer que você está calçando uma Comadre. Você sai na rua para trabalhar e no terceiro passo seu pé parece ter sido colocado em um moedor de carne. Você sabe que vai ter que passar o resto do dia com esse FUCKIN´ SAPATO ASSASSINO e que o pé vai chegar só no osso em casa. Você olha para cima e pergunta: “Senhor, porque me sacaneias?” e obviamente não obtém resposta, porque se existisse um Deus, mulher bonita não cagaria. É tão óbvio…

E quando você erra a data de algum compromisso inadiável? Quando você comparece um dia antes, ok, é chato, é humilhante, passa atestado de pessoa mal organizada, mas… e quando você comparece um dia DEPOIS? Um dia depois da data do seu vôo, um dia depois da data da entrevista de emprego, um dia depois da festa de casamento? Além da raiva de si mesmo por ter confiado na sua memória de merda e não ter checado a data correta só para confirmar, tem também o prejuízo afetivo e financeiro que esta pequena tragédia pode desencadear. Fora o fato de minar sua credibilidade, fazendo com que você mesmo se desacredite e cheque dez vezes cada compromisso futuro, até o dia em que você finalmente esquece, relaxa e comete o mesmo erro novamente. Assim, sua vida se torna um círculo vicioso infernal de paranoia e esquecimento e a constante sensação de “sou um merda” cresce.

O que dizer daquela ocasião em que você quer comprar alguma coisa, qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, e depois de ver um item que preenche exatamente o que você quer, por algum retardo mental temporário você adia a compra e quando volta para comprar, a coisa foi vendida? É quase que a sensação de ser roubado, um misto de injustiça com desamparo. O desgosto somado ao péssimo hábito do ser humano de querer mais ainda aquilo que não pode ter fazem com que você se emputeça e nem ao menos consiga comprar outra alternativa, só serve aquele, que foi vendido para outra pessoa graças à sua inércia contemplativa. Esta pequena tragédia pode gerar dias de emburramento e resmungos.

E por falar em perda, o que dizer quando você se depara com algum bem seu que lhe é querido, totalmente depredado por seu animal de estimação? Pode ser um celular, um videogame ou até mesmo seu cobertor de estimação, não importa o valor econômico do bem e sim o valor sentimental. Aqui também experimentamos alguns segundo de paralisação e incredulidade, alguns chegam até a esfregar os olhos para ter certeza do que estão vendo. Depois sobe a fúria, a vontade de fazer com seu mascote exatamente o mesmo que ele fez com o seu bem. Todo aborrecimento é em vão, o dano está feito e seu mascote provavelmente vai perceber a sua putez e fugir de você. Resta se auto-amaldiçoar por não ter comprado um cactos ou uma samambaia.

Tem ainda aquela situação tenebrosa onde você está esperando algum tipo de telefonema importante e seu celular está com pouquíssima bateria. Sei que hoje em dia as pessoas andam com carregadores, e mesmo quando não andam, eles são facilmente acessíveis, mas não duvidem da Lei de Murphy. Justamente naquele dia que, por uma confluência de fatores, não houver qualquer chance de obter um carregador, será o dia em que a pessoa receberia a ligação mais importante da sua vida. Você olha para a bateria piscando, o celular apitando dando sinal de pouca bateria e pensa “Putaquepariucaralho, liga logo!”, mas a ligação não vem. Quando finalmente o celular morre, você olha com desolação para a tela preta se perguntando se a pessoa estaria ligando naquele exato segundo. Uma lágrima furtiva escorre do olho direito. Certamente a pessoa estará ligando após seu celular desligar.

Mais uma pequena tragédia: você está escrevendo um texto, um e-mail ou qualquer coisa do tipo e esquece de salvar. Obviamente algo vai dar errado justamente naquela ocasião em que você esqueceu de salvar e seu computador simplesmente vai sumir com o texto sem deixar vestígios. Ele salvou aquela receita de pizza inútil ou o último e-mail que você mandou para sua mãe, mesmo sem você pedir, mas o texto que você queria vai se perder para a eternidade. Você vai gastar horas procurando pelo texto, tentando recuperá-lo, mas por algum motivo inexplicável não haverá nem uma vaga lembrança dele. Muita negação depois, você finalmente aceita que vai ter que reescrever tudo novamente, mas a revolta não deixa. Nunca, nunca, nunca e jamais ficará tão bom como o original. Na sua cabeça, o original estava genial e esse que você está reescrevendo é um mero cosplay vagabundo. Se vocês soubessem quantas vezes isso já aconteceu comigo… eu diria que metade das minhas colunas “Ei Você” poderiam se chamar “Puta que pariu, perdi meu texto todo e agora não tenho mais ânimo de escrever sobre isso, vai tu mesmo”.

Que tal raspar o carro em algum obstáculo sem a menor necessidade disso? Porque uma coisa é arranhar o carro fugindo de um assalto ou então quebrar um farol porque passou mal ao volante, mas… e quando você não tinha pressa, tinha todo o tempo do mundo, e por culpa única e exclusiva da sua imbecilidade, faz um estrago no veículo? Aquele erro de cálculos que supostamente não deveria acontecer com gente racional te custa um retrovisor, uma pintura, um farol e cinco anos de vida graças à carga de estresse que desencadeia. O ruído seco da lataria do carro raspando em uma pilastra ou do farol de despedaçando, somados ao cálculo mental do valor do prejuízo fazem com que um olho só comece a latejar e você repita mentalmente o matra: “eu sou um merda, eu sou um merda, eu sou um merda…”.

Agora vamos falar de um clássico: quando você acaba de cagar, olha para o rolo de papel higiênico e não tem papel. Um clássico cantado em prosa e verso por Rogério Skylab e protagonizado por todo mundo que tem cu. Quem nunca? Você olha para o rolo de papel e, se ainda tiver um mísero filete, mesmo que seja do tamanho de um confete, faz malabarismos para tentar se limpar com aquilo mesmo, enganando a si mesmo que limpou a bunda. Quando não há nada, quando o rolo está careca, você pode cogitar abrir o rolo e usá-lo para se limpar, apesar da acentuada abrasão anal que irá provocar. Mas… e quando nem rolo tem? É hora do improviso forçado, de liberar o McGyver escatológico que existe em você. É hora de sacrificar a peça do seu vestuário que lhe seja menos querida. Eu costumo mandar para o abate as meias: primeiro no cu, depois no lixo. A vida é feita de escolhas.

Quinta página, o espaço acabou… Eu falaria sobre o traumatizante momento em que você dá a descarga e a bosta se recusa a ir embora, mas como já escrevi um texto de quatro páginas apenas sobre este assunto, vou deixar passar. Enfim, a lista é muito extensa, ficaram faltando diversas pequenas tragédias diárias. Quem sabe em uma segunda edição…

Para citar outras pequenas tragédias diárias, para dizer que andávamos muito sérios e estava sentindo falta de textos de humor ou ainda para pedir uma versão nerd deste texto: sally@desfavor.com

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Comments (56)

  • Eu passo vergonha direto por causa das minhas opiniões impopulares, que geralmente englobam uma crítica a algo que está relacionado a alguém que estou conversando, mas eu nem cogito isso e acabo dando bola fora.

    Minha última tragédia foi ir no posto colocar gasolina na moto, e depois de abastecida, eu ver que tinha perdido a porra dos fuckin 20 únicos reais que eu tinha. Resultado: pedir pro frentista esperar um pouquinho, ligar para casa e pedir ajuda.

  • Um dos maiores micos que paguei foi tentar kgar de pé pra não sentar no vaso de rua e na hora h ser diarréia que sujou minha calça. Tive que tirar a calça, lavar na pia e vestir ela molhada. Melhor pagar de mijão do que de kgão.
    Outra vergonha foi quando meu nariz tava entupido e fui dar uma fungada pra ver se desentupia e voou meleca longe, quase que acertou o pé duma coroa.

  • Sally, hoje tem plantão do Papa não é??

    CARA! A explicação do governo para a “falha” na segurança do Papa é algo que você pensa: “PQP, estão subestimando a minha inteligencia…”

    Fora o TROLL DO ANO que sabotou o metrô e impediu que alguns católicos não conseguissem ir a Copacabana ver o Papa…

  • Uso óculos e te entendo, Sally.
    Sobre a sanha que humano tem em querer uma coisa que não pode: fui a uma loja ano passado, vi uma blusa linda e não comprei. Dois dias depois voltei e a blusa tinha diso vendida. O que eu fiz? Fui em todas as lojas da franquia que tinha na cidade. Achei a blusa e comprei. Se usei? Ainda não…

    • Quebrar o óculos é MUITO ESCROTO. Parece que morreu um ente querido.

      Sobre a roupa: normal, super normal. Muitas vezes o desejo é apenas TER, POSSUIR

  • Quer outra?

    Derrubar comida. Mas não somente derrubar, eu falo de virar o prato no chão e derrubar TUDO!!!

    PQP!!

    Plus quando você acaba derrubando a sua bebida na confusão!
    Plus++ quando é aquele prato que você AMA DE PAIXÃO!!

    Você faz a limpeza com uma CARA….

    PQP!!

    e Sally, que texto é esse que você mencionou? Manda um link..

  • Quer uma “pequena tragédia”?

    Deletar/corromper arquivos únicos no seu computador.

    No meu caso foi um mangá que eu consegui baixar ANOS atrás e quando fui passar para um pen-drive com a intenção de manter meu mangá salvo, o pen-drive tava fudido e quando eu fui ver o arquivo inteiro estava corrompido.

    …………………………………

    Não encontro mais meu mangá em lugar algum na Internet, e olha que eu procurei BASTANTE….

    ………………………………..

    Ai ai… e nem foi culpa minha…

    • Nesse caso eu sempre escuto que a culpa é minha, pois tem que ter backup de tudo. Mas sou solidária à sua dor, já me aconteceu de perder TUDO que tinha no computador!

      • Eu sou um desastre ambulante, a lei de Murphy que diz que “se algo pode dar errado, dará errado” se aplica com perfeição à minha pessoa. Tudo que tá no texto já aconteceu comigo, dentre outras coisas mais, rs

  • Sally to rindo alto aqui do teu texto! Mas ok ok, apesar de cômico não deixa de ser trágico! Já passei por situações tensas também de ter que segurar as necessidades e ter que disfarçar… ai ai rs

    • A gente fica andando que nem um pinguim, com as perninhas juntinhas, e ainda tem que sorrir e fingir que está tudo bem. Ninguém merece!

  • email pra pessoa pessoa errada: pq sempre na sua lista de contatos tem nomes parecidos que são preenchidos automaticamente no campo destinatário quando vc digita a 1ª letra. e óbvio q uma dessas pessoas tem q ser aquela q vc conta tudo e a outra é aquela q não pode saber nada. daí vc na empolgação do momento esquece de conferir o destinatário e depois de clicar enviar fica naquele estado catatônico por alguns minutos, seguido de um “puta que pariu” repetido na sua cabeça (q no momento só tem essas 3 palavras) e depois, com os dedos trêmulos e coração disparado vc vai la na sua pasta enviados e com toda a coragem do mundo confere se mandou pra pessoa certa. após isso são duas opções: vc ta fudida se perguntando pq é tão estúpida ou vc ta só se perguntando pq é tão estúpida

    • Eu sempre quis saber se existe alguma forma, por mais complicada que seja, de “desenviar” e-mail. Será que existe?

        • Preciso aprender a fazer isso!

          Vai ser complicado, porque eu não funciono bem sob pressão… saber que só tenho 30 segundos, sei lá, medo de acabar formatando meu computador no desespero! hahaha

          • cara era tudo q eu queria, uma opção de desenviar email.
            como alguém ainda não inventou isso em plena era tecnológica?
            é tão básico!!!!!
            no meu caso isso de 30 segundos tb não funcionaria, pq como disse eu
            fico em estado frozen em situações desesperadoras

      • Tem alguns emails que tem a opção de “cancelar” na própria mensagem. Só tem um defeito: se a pessoa já abriu/ leu o email, não só não funciona, como tb chega um comunicado com um “fulana deseja cancelar essa mensagem”, o que deixa qualquer tentativa de negar que foi vc BEM pior…

    • Nossa, eu era rainha de fazer isso, já tive problemas sérios por conta.
      E sim, é sempre justamente pra única pessoa que não pode ler o e-mail.

      • Nos tempos de ICQ e MSN chegou um momento em que eu me obrigava a falar com apenas UMA pessoa por vez, porque era certo que eu iria cagar no pau em algum momento. Eu não sou multi-tarefas

        • Eu até sou multi tarefas mas confesso que já fiz isso: já fiquei perdido em meio a umas 12 janelas abertas no msn ao mesmo tempo, daí confundi as janelas e… mico detected! rs

        • faço isso até hj no chat do face hausdhaushda
          agora A pergunta: por que a gente deixa pra conferir DEPOIS de enviar?
          deus, por que?

          • Não sei, deve ser um misto de arrogância com auto-sabotagem. Pior é que muitas vezes eu confiro não penas o destinatário, como também o CONTEÚDO do que eu escrevi depois!

              • Eu sei que é mesquinho, mas me sinto melhor sabendo que mais gente comete a mesma imbecilidade que eu. Medíocre, porém sincero.

  • Outras coisas que vocês poderiam mencionar:

    – Dedinho do pé batendo no pé da cama quando a gente levanta de madrugada no escuro pra usar o banheiro ou beber água.
    – Cabeçada num poste por estar distraído com celular, papéis na mão ou mulher bonita.
    – Motoboy metendo o pé no retrovisor da gente no transito.
    – Nariz escorrendo profusamente bem na hora em que não há um mísero lenço disponível.
    – Cagada de pomba.
    – Pisar em cocô de cachorro.
    – Sujar as costas da roupa por descuido com graxa de portão ou tinta de algum lugar recém-pintado e só perceber quando alguém chama a atenção.
    – Roupa recém-lavada esquecida no varal em dia de chiva.
    – Comida esquecida no fogo até quase causar um incêndio em casa.
    – Roupa queimada pelo ferro de passar.
    – Privada entupida em que, quando se dá descarga, a merda sobe em vez de descer até transbordar aquela nojeira no banheiro todo.
    – Ventania levando papéis (importantes) embora.
    – Chuva forte (e às vezes até inesperada) quando a gente sai de casa sem guarda-chuva.
    – Gasolina do carro acabando logo depois de a gente dizer a si mesmo mentalmente “com o que tem no tanque, dá pra pelo pelo menos chegar ao posto mais próximo”. Ms não dá e aí a gente tem que largar o carro na rua, pegar uma garrafa pet ou um galãozinho e andar sob sol ou na chuva pra buscar mais gasolina.
    – Resistência de chuveiro queimando num dia frio logo depois de se começar um banho e quando se está sozinho em casa.
    – Para os nerds: A energia elétrica acaba repentinamente bem na hora em que se está quase zerando aquele jogo difícil no video-game.
    – Para as mulheres: o clima muda de repente logo depois de sair do salão e aí, adeus, chapinha.
    – Para os homens: fazer, por distração ou pressa, aquele puta talho na cara com a gilete quando se está fazendo a barba antes de uma entrevista de emprego e aparecer no local com uma marca feia na cara e a área atingida até inchada.

    • A do nariz escorrendo é pra virar ateu mesmo. Principalmente se vc está cozinhando… deixa a comida? E se queimar? Tira do fogo? E se desandar? Mete o nariz na manga? Que nojo…

      E a do chuveiro… Quando desarma a porra do disjuntor… já aconteceu quando eu estava no meio da lavagem da cabeça, com espuma até dentro do olho. E a caixa ainda fica EM FRENTE a uma janela. Ou seja: frio + sabão no olho – uma toalha limpa + sabão pela casa = puta sacanagem divina.

      • E nariz que começa a entupir e escorrer quando você está beijando outra pessoa? Além do nojo em si, como respirar quando tem a língua de outro ser humano dentro da sua boca? O que fazer? Parar e assoar o nariz, brochando tudo e todos? Como é difícil viver…

    • Já bati o carro porque chequei todos os lados mas não olhei PRA FRENTE. Passei por todos os estágios do luto, sério.

      • Nem vou falar nada sobre as merdas que eu já fiz ao volante, que é para vocês não perderem o pouco respeito que tem por mim…

        • Sally faz um Eu Desfavor: Peripécias ao volante.
          Eu dirijo há menos de 6 meses e já fiz cada uma…
          Seria um alento a todas as pessoas que cometem equívocos, dividir essas coisas faz as pessoas em situação parecida se sentirem um pouco melhor.

    • A de esquecer o guarda-chuva e chover é clássica! TODAS, todas as vezes em que eu cogito sair com guarda-chuva e esqueço ou deixo pra lá, chove. Mesmo que o céu esteja sem uma nuvem. É só chegar ao ponto mais distante da minha casa, principalmente se for um lugar perigoso, que desaba o maior toró. Nunca falha.
      Sabem o que pior? Quando isso acontece logo depois de sair do salão e ter gastado tudo o que tinha na carteira com o cabelo!
      E a vontade de ir ao banheiro justamente quando TODOS os banheiros da casa estão ocupados? Clássica também!
      Perder a chave de casa é outra. E o pior é que só acontece quando você tá com fome/frio/calor/passando mal, não tem mais ninguém em casa e você não tem dinheiro pra fazer outra. Viver é difícil demais!

  • A vontade de fazer xixi diminui se vc pensar em sexo… Matéria da super ou foi de alguma outra revista do gênero.

  • Porra sally, e quando você acabou de fazer as unhas, vem um imbecil falar com você e pisa no seu pé????
    “Putaquepariu, vai se foder seu maldido retardado, olha o que você fez!!!!!!”. Sim, foi assim que eu reagi quando um amigo que não me via fazia um ano pisou no meu pé ao me encontrar na rua, logo após eu ter feito as unhas. Sim, eu chorei. Sim, ele não fala mais comigo.

  • Estou chorando de rir. Exatamente ontem, uma amiga minha (cof cof) soltou um pum na frente do personal durante um exercício mais intenso. De acordo com ela, ela está pensando na melhor forma de morrer ou de matar o personal pra acabar com as provas… péssimo.

      • Aqui no serviço tem “ginástica laboral” 2x por semana. Putz, da última vez, não me levem a mal, não sei se relaxei demais, mas foi um festival, uns três. Foi silencioso, pelo menos, e não tinha ninguém exatamente perto de mim. Só mentalizava “não tem ninguém percebendo, não tem ninguém percebendo…” Mesmo assim eu quis morrer, é óbvio.

          • Só o prof, graças a GG. Ele só mandou o “Continua!! Só mais duas” blablabla

            Já foi constrangedor demais… Quer dizer… minha amiga achou constrangedor demais só com essa platéia, imagina se tivesse mais alguém…

            *lembrando e arrancando metade das unhas.

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