Interrupções.

É natal (essa porcaria se expande para o dia de hoje também). A gente se importa? A gente não se importa. Vou ignorar solenemente.

Mais uma vez bato na tecla da falta de respeito com o momento do outro, com o trabalho intelectual, com o silêncio. Você se emputece quando é interrompido no meio de uma tarefa? Se sim, saiba que você está certíssimo. Eu também me emputeço, e muito. Mas antes de começar o festival de xingamentos, quero gastar uma página com informações técnica.

Você sabe o que Estado de Fluxo? Estado de Fluxo é uma teoria proposta pelo húngaro Mihaly Csikszentmihaly onde se observa que em determinadas circunstâncias o ser humano entra em um estado de concentração absoluta, imerso na atividade que está praticando, de tal forma que torna a atividade espontânea e produtiva, graças a esse estado mental. Todos nós somos capazes de alcançar o Estado de Fluxo, desde que reunidas algumas condições básicas.

As pessoas que atingem o Estado de Fluxo costumam ficar tão imersas na atividade que perdem a noção do tempo, se sentem no controle total da atividade, relaxados e a realizam espontaneamente, isto é, sem precisar parar e racionalizar o que estão fazendo. Dificuldade em ligar o nome à pessoa? Jogos eletrônicos. Sejam eles videogame, computador ou um inocente joguinho de celular que te viciou. Uma das formas mais comuns de entrar em Estado de Fluxo é com jogos eletrônicos. E não por acaso. Vocês vão entender assim que eu acabar de falar nas condições necessárias.

Se uma atividade é muito fácil de desempenhar, ela causa tédio. Se é muito difícil, causa ansiedade e frustração. Porém se a habilidade é apenas um degrau acima da sua capacidade, ela é possível e requer esforço. Nosso cérebro gosta de vencer e nos dá recompensas químicas por missões cumpridas. Assim, o primeiro grande passo para entrar em Estado de Fluxo é executar uma tarefa desafiadora, pero no mucho. Claro que além de desafiadora, a tarefa tem que ser prazerosa para quem a executa, estimulante de alguma forma, atraente.

Além do conteúdo da tarefa, é indispensável, imprescindível, inegociável que não haja interrupção. É como um carro que está começando a andar: ele entra em movimento com a primeira marcha, quando já está se movimentando passa para a segunda, quando já está em uma velocidade considerável passa para a terceira, quando já está no ritmo para a quarta e a quinta é só para mantê-lo em movimento – e quase não gasta combustível.

O mesmo acontece com nosso cérebro: quando você começa a atividade, gasta 50% a mais de energia do seu corpo e os níveis de cortisol e outros hormônios do estresse estão lá em cima. À medida que você vai engrenando na atividade, vai gastando menos energia para praticá-la e o estresse dá lugar ao prazer, bem estar e um coquetel de substâncias prazerosas e benéficas para sua saúde.

É por isso que os videogames modernos são os maiores desencadeadores de Estado de Fluxo da atualidade: eles conseguem “perceber” quais são as habilidades do jogador e adequar a dificuldade do jogo de forma personalizada a ele: apenas um degrauzinho acima do que a pessoa pode. Isso acelera a entrada em Estado de Fluxo, pois promove algum desafio mas também muitas vitórias. É por isso também que jogos viciam, eles nos fazem entrar nesse estado maravilhoso. Até um inocente Candy Crush abre as pernas para você se você empacar em uma fase: pode ter certeza que na próxima atualização ela ficará misteriosamente mais fácil ou a Fada do Dente vai aparecer e te ajudar a pular a fase.

Considerando que o Estado de Fluxo quase não consome energia, não gera nenhum estresse e ainda libera substâncias que geram prazer e benefícios para o organismo, fica fácil perceber que em um mundo racional os chefes deveriam explorá-lo em seus funcionários. Pessoas que trabalham em estado de fluxo podem render até dez vezes mais em metade do tempo, são mais felizes, ficam menos doentes e muitas, muitas outras vantagens.

O Estado de Fluxo existe para todos. Talvez muitos não o tenham experimentado no trabalho por fazer algo que não gostam ou por constantes interrupções ou focos de distração: gente conversando, um whatsapp apitando ou até por iniciativa da própria pessoa, que interrompe o que está fazendo para ver Facebook ou qualquer outra coisa. Se você faz isso, está se sabotando. Não está explorando seu potencial máximo e está tornando seu trabalho mais sofrido. Apenas pare. É por isso que eu veto celular e redes sociais.

Também é por isso que muita gente rende melhor à noite ou de madrugada, já que o numero de pentelhações é menor. Está explicado o motivo de muita gente perder a hora jogando videogame mas não conseguir se concentrar no trabalho (não, não é vagabundagem), a atividade provavelmente está em desequilíbrio com suas capacidades e/ou não é atraente. O Estado de Fluxo explica muita coisa, o que eu fiz aqui foi apenas uma pincelada superficial, se você quiser saber mais, sugiro que beba da fonte e veja a palestra de Mihaly Csikszentmihaly no TED ou leia sobre o assunto. Vai te ajudar a entender muita coisa.

Terminada minha introdução civilizada, me permito começar a baixaria.

Porque merdas as pessoas não respeitam atividade intelectual e interrompem quem está fazendo algo como se nunca fosse importante, como se sempre fosse possível retomar de onde se parou? NÃO É. Se a pessoa estava em estado de fluxo, ela vai ter que passar por várias etapas para conseguir voltar a esta condição de produtividade, isso demora bastante, muitas vezes nem é possível voltar. E mesmo que a pessoa retome, ela vai perder o fio da meada, não vai conseguir dar continuidade de onde parou, não vai lembrar do raciocínio que estava desenvolvendo. Só porque uma pessoa está fisicamente ao seu lado, isso não a faz estar intelectualmente disponível.

Eu arrisco dizer que pelo menos uma vez por semana (muitas vezes mais) eu tenho que jogar fora algo pela metade, que está pela metade por causa de uma interrupção envolvendo assunto não-urgente e que não consigo retomar. Uma palavra. Basta uma palavra para me foder. Não se dirige a palavra a quem está criando, a quem está concentrado, a quem está aprendendo. Uma palavra, uma frase que tire a pessoa do Estado de Fluxo compromete todo o procedimento. Por isso, você está cientificamente respaldado para fica puto da vida quando é interrompido.

Sim, vai ter quem diga que consegue trabalhar com barulho, interrompendo, parando a cada cinco minutos para ver Facebook. Ok. Dá para trabalhar. Só não dá para entrar em Estado de Fluxo. Você não entra em Estado de Fluxo e não sabe o que está perdendo. E não adianta teimar que entra, a ciência diz que é impossível.

Em toda minha vida eu tenho a memória vívida de um filho da puta me interrompendo e me prejudicando demais com isso, até mesmo na infância. Certa vez, ainda na escola (que era uma bela bosta, por sinal) uma professora me chamou de burra (só para constar, eu era uma criança de cinco anos) por eu não conseguir realizar minhas tarefas com eficiência sendo interrompida o tempo todo. Bem, hoje eu sei que burra é ela. Mas quantas crianças não cresceram e morreram achando que de fato eram burras por isso?

É comum pessoas menosprezarem quem se irrita com interrupção, afinal, essas pessoas conseguem executar tarefas sendo interrompidas. O que elas não percebem é que elas não entram em Estado de Fluxo, por isso a interrupção não as incomoda. Os grandes nomes da humanidade relatam que só conseguiram chegar aonde chegaram, descobrir o que descobriram, pelo Estado de Fluxo, que lhes permitiu trabalhar mais e render mais em menos tempo. Então, pau no cu de quem acha frescura, faça o que for preciso para ter seu Estado de Fluxo respeitado.

O pior é que a pessoa que te interrompe quase sempre o faz para tratar de algum assunto nada urgente e totalmente desinteressante (urgente é bem diferente de importante, ok?). Fica claro que é carência, que querem conversar com alguém. Como trabalho intelectual vale merda, pegam quem está mais próximo e abordam, pois pensam que “é só um minutinho…” e depois a pessoa retoma suas atividades como se nada, de onde parou. Só que não. Não sei vocês, mas eu fico puta, mas puta de verdade e me causa um transtorno enorme. Aí eu sou grossa, sou babaca, sou exagerada, estou de mau humor, sou intolerante e outros.

Quando seu projeto de vida envolve escrita (e o meu envolve), quando você tem que produzir conteúdo em uma quantidade onde só cumpre prazos se for em Estado de Fluxo, um simples “essa caneta é sua?” ou “que cor você acha que eu pinto meu cabelo?” ou ainda um “você viu meu casaco preto?” fodem não apenas com seu dia, como muitas vezes com o cumprimento da sua meta dentro do prazo.

Ok, tem que dar um desconto pois o idiota que faz isso não percebe, se percebesse se corrigia em vez de ser um idiota. Eu me seguro o quanto posso, porque as pessoas não tem culpa de serem idiotas. Mas ao que tudo indica, quanto mais gentil você tenta ser, mais idiota a pessoa fica com você. Senhoras e senhores, se ainda não sabem eu comunico: idiota só se para na porrada. É muito triste, muito triste mesmo, mas pedindo com educação a pessoa não para. Só se levar um coice, uma patada, um esporro. Aí ela para, adestrada como um cachorro: por medo.

Talvez você ache minha afirmação um tanto quanto exagerada, mas eu te garanto, eu já tentei de tudo. DE TUDO. É desesperador! Começa assim: você está concentrado em uma tarefa, que no meu caso, no momento, é sempre escrever. O idiota se aproxima, vê você com cara séria, olhos fixos na tela do computador, escrevendo freneticamente. Ele tem semancol? Não, ele não tem semancol. Ele fica inquietado pelo silêncio, tal qual um cachorro cujo dono não dá atenção e começa a te rodear.

Quando você está no auge do seu raciocínio ou teve uma ideia brilhante que luta para passar para o papel, o idiota abre a boca: “Tá calor, né?”. CA-RA-LHO. Sério que essa é a razão de você me interromper? Me falar que está calor? CA-RA-LHO, eu moro no Rio de Janeiro, me chame quando nevar! É sempre, sempre, sempre algo muito desinteressante que não acrescenta nada, que é visivelmente carência, gente puxando assunto pelo simples motivo de querer receber atenção. Na boa? Liga para o disque amizade! Tudo isso, é claro, eu penso. Não respondo, por uma doce ilusão de que o idiota vai entender o recado. Se eu falo com alguém e a pessoa não me responde, eu presumo que a pessoa está ocupada e deixo pra lá.

Só que não. O idiota, por ser idiota, não tem essa percepção. Sua carência grita, ele precisa conversar com alguém. O silêncio não adianta nada, a pessoa não entende que se você não respondeu é por estar ocupado e/ou desinteressado no que está sendo dito. Não funciona. Em vez de passar a mão no celular e encher o saco de alguém (o que não falta no mundo é gente carente querendo conversar em vez de trabalhar), o idiota continua incomodando quem está mais próximo.

“Ontem dormi maaaal”. Na minha cabeça explodem vários “foda-se foda-se fode-se”, mas eu respiro fundo e solto um “ahãn” para ver se o idiota percebe que eu não quero papo. Não, na verdade ele nem quer que eu responda, quer ter alguém para encher o saco, e para isso basta a minha presença física. Coloco fone de ouvido para ver se resolve, mas não resolve. Sabe porque? O idiota levanta e te cutuca, te faz tirar o fone e solta coisas como: “você tem chiclete?” ou “você sabe se o Fulano já chegou?” ou ainda “Você está ocupada?”. O palavrão engala no céu da boca e eu tenho que contar até mil para não dar um soco na pessoa.

Como explicar isso para o Brasileiro Médio? Não estou certa que seja possível. Mais fácil que pensem que “Estado de Fluxo” é diarreia. Não é palpável? Não pode ser visto? É tudo frescura/mentira/desculpa. Pela via do diálogo não é possível. Meu sonho é uma empresa onde os funcionários usem coleiras e eu, com um controle remoto, possa dar um choque em quem me tira do meu Estado de Fluxo por uma imbecilidade. Não vai ser possível, pois em um país que obriga mulher a ter filho do estuprador e que deixa morrer gente na fila do hospital, ISSO seria considerado cruel.

Resta o que eu já faço: o grosso do meu trabalho é feito de madrugada, foda-se que no dia seguinte tenho que acordar cedo. Foda-se todos os males que a privação de sono me fazem. Foda-se que meu pedido por não interrupção por motivos não-urgente é cientificamente respaldado. Como já disse em outros textos, eles são maioria, então foda-se, até segunda ordem eu serei chata, fresca, histérica, exagerada, maluca ou mau humorada. Eu que me foda.

Em todo caso, era só para comunicar que se alguém aqui se emputece com interrupções e rende menos, não é maluco nem estressadinho, é uma pessoa inteligente que consegue entrar em Estado de Fluxo. Não deixem que te desvalorizem por isso.

Para se sentir aliviado por ter sua fúria legitimada, para mandar este texto de forma anônima para todos os idiotas que te interrompem ou ainda para se mancar e parar de interromper os outros por motivos não-urgentes: sally@desfavor.com

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Comments (21)

  • Lendo os comentários, percebi que sou um burro. Não consigo me concentrar em meu trabalho a ponto de entrar nesse estado de hiperprodutividade.
    Mas, pelo menos, não fico interrompendo ninguém por besteira.

    • Não é burrice, pense nas suas escolhas: você faz algo dentro da medida motivação + grau de dificuldade? Você cria um ambiente calmo e confortável para conseguir entrar em Estado de Fluxo? Você foca em uma, e apenas uma tarefa por vez em vez de ficar checando e-mail, celular etc?

  • Que alívio ler esse texto e saber que não sou louca por ser assim…Os imbecis que me cercam é que são imbecis mesmo kkkkk Quando começam com esses papos, na minha mente também explode um turbilhão de foda-se kkkkkkkkk

    • Não, muito pelo contrário, você tem um grau de inteligência que te permite entrar em Estado de Fluxo e produzir muito mais e muito melhor do que a média que faz as coisas no modo multitarefas. Você não é louca, eles é que são idiotas mal educados.

  • Hahaha adorei a mudança brusca de tom e de estilo no meio do texto!

    Nossa, Sally, me identifico tanto contigo nesse texto! Eu também quando estou trabalhando, principalmente na escrita acadêmica – seja de minha dissertação ou de algum artigo – gosto de silêncio total ou no máximo uma música baixinha, mas sempre reitero: gosto de ficar sozinho, concentração total, e espero que ninguém chegue perto, porque olha…

    Também me irrito, e já me irritei muito com essa coisa da pessoa querer conversar ou tecer algum comentário fútil justo na hora que tu está lá no auge do teu trabalho, concentração máxima, tendo uma ideia brilhante. Já perdi várias vezes “o fio da meada” em momentos de escrita, sabe? Sabe quando tu perde assim a linha de raciocínio que tu estava travando em determinado parágrafo? Isso me tira do sério. Daí quando eu vou dar algum piti me chamam de chato, mal educado, grosso, etc. Poxa, será que a pessoa não compreende que naquela hora, naquele momento, estou ocupado? Bahh

    Eu diria que isso tem a ver com disciplina, renúncia e treino/educação. No sentido de que não é lá da noite pro dia que tu vai conseguir entrar em estado de fluxo, mas treinando um pouquinho dá pra chegar lá. Aconselharia também a educar as crianças a desde cedo criar essa disciplina de concentração total, como eu tive, no caso, com a ajuda do estudo pianístico e do ballet.

    • Bom saber que mais pessoas entendem a dor que é ser retirado do Estado de Fluxo, de produtividade máxima com esforço mínimo, por imbecilidades.

  • Como é bom estar de volta ao Desfavor e ler um texto como esse!
    Odeio como as pessoas não percebem que só queremos ser deixadas em paz com nossas tarefas e ficam incomodando, enchendo o saco. Se ainda fosse por algo muito importante, vá lá. Mas interromper pra falar “nossa, acho que vai chover hoje” é de cair o cu da bunda.
    Vou imprimir esse texto e colocar na porta do quarto quando estiver trabalhando/estudando. E rezar pra se tocarem, por que né?

    • Parece que se você não estiver disponível para a pessoa que está perto de você NA HORA EM QUE ELA QUISER, você é uma escrota, antipática e exagerada. Que triste viver em um país que respeita tão pouco a atividade intelectual! Garanto que se a pessoa estivesse fazendo uma laje a gentalha ia pensar “não vou incomodar, agora essa pessoa está ocupada”.

    • Pois é, muito mais “espartanização / braçalização” do que querem admitir !
      Esse é “o influxo”…e logo nós os que mais pagamos por ele ! *suspiro*

  • Exatamente. Desfavor é tipo um diário com meus pensamentos escritos por outras pessoas hahahaha. Faz sentido?!!
    Vontade de imprimir isso e colar em um lugar próximo ao local de trabalho com aviso de: Leia antes de falar comigo.
    Mas infelizmente brasileiro médio não leria e meu estado de fluxo continuaria bugando.

  • O aborto no Brasil não é proibido em casos de estupro, má formação e risco de vida à gestante, se ela mesmo se encontrar impossibilitada de consentir o aborto nesses casos, a decisão fica a cargo de seu representante legal.

    • Aham, sei !

      E a tão intromissão até dos natalistas dos hospitais ?! Sem mencionar o ódio evanJEGUE von aquela inconstitucionalidade, e ainda “foi pelo ralo” MAIS dinheiro público só com as manobras daquilo !!!

    • Cêjura que você veio corrigir uma advogada com 15 anos de experiência? Meu bem, TENTA fazer um aborto depois de um estupro e espera 14 meses por um tribunal te dar autorização, depois você me diz se dá.

  • Eu realmente gosto do meu trabalho, e chego no estado de fluxo quase todos os dias.
    Me sinto bem no meu ambiente de trabalho (laboratório), pois é só eu, os equipamentos e os produtos para analise. Faço em meio período todo o trabalho que outros gastam o dia inteiro, ou até mais. Porém, se mais alguem trabalhar comigo, não dá, o serviço não rende tanto.

    P.S. Será que a falta de comentários na postagem de ontem e de hoje é reflexo das festividades da época? Segunda um monte de gente disse o que não gosta nesses dias, sendo as confraternizações uma das mais citadas. Será que os impopulares não conseguiram escapar e se juntaram ao lado negro do feriado?

    • Quase excluído dessa, acho que numa próxima eu finalmente vou fazer algo em outro lugar ! “Um buraco” de lugar e a mesma ordem de desleixos !

    • É sim, todo ano os comentários caem nessa época. Acho que é mais o período de descanso, muita gente está viajando, aproveitando as férias.

      • Pois é…eu até me senti “mané” de ter deixado de “curtir fora”, mas ainda conciliaria aqui; enquanto que geralmente não conciliam assim, simplesmente há outros meios e querem só algum deles…

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