Pilha na Fazenda – 7

Aconteceu muita coisa, mas eu preciso deste espaço hoje para falar apenas de uma: uma treta envolvendo o Pilha. Uma treta que ilustra bem o comportamento de um grupo de mulheres, que ninguém aponta, que ninguém critica, por medo da reação social. Eu aponto, eu critico. Mulher tem que parar de se esconder atrás da condição feminina para ter imunidade a críticas, principalmente se pleiteia direitos iguais.

Finalmente conseguiram tirar o Pilha do sério. Ele estava tentando, a gente viu que ele estava tentando. Apartou brigas, aconselhou, se manteve distante das tretas. Mas todo homem tem um limite, e o do Pilha foi uma semana.

Pilha tretou feio com uma das histéricas. A moça estava reclamando da votação para a roça daquele jeitinho bem covarde, passivo-agressivo que mulherzinha descontrolada faz: “tem gente que fez isso, tem gente que fez aquilo”. Nunca dão nomes, é sempre indiretinha. Pessoas que só querem causar discórdia, chamar a atenção e não resolver o problema. Quando você quer resolver, chama quem fez e tem uma conversa franca. Pilha ficou incomodado e disse, de boa, que ela deveria dizer nomes em vez de ficar jogando no ar “tem gente que…”. Pronto. Foi o suficiente. Quando você tira a máscara dessas pessoas, quando você as priva de fazerem seu joguinho, elas surtam.

A moça começou a falar mais alto, a se descontrolar. Como ousa desmascarar a tática passivo-agressivo dela? Como ousa contrariá-la? Como ousa tentar trazer tudo à luz e à verdade, com nomes, discutindo e resolvendo o problema com quem está incomodando? Não! Tem que pegar a coisa e ficar punhetando, usando para se vitimizar, reclamando, reclamando, reclamando, em vez de resolver. É trunfo, é material para crescer diante dos olhos do público, usando uma suposta desavença para se fazer de injustiçada.

A partir do momento em que você se sente injustiçado, sacaneado ou coisa do tipo e, em vez de resolver, na verdade, na sinceridade, na conversa, pega aquilo e fica remoendo no ouvido dos outros, você é tão errado quanto quem te sacaneou. É baixo pegar um suposto erro do outro e usá-lo para se mostrar como agredido, como coitado, como pessoa que merece apoio dos outros por ter sofrido uma injustiça. Senta e resolve como adulto, porra! A questão nem envolvia ela, era entre o Pilha e a Bonesti. Mania feia que mulher histérica tem de se meter nas questões dos outros…

“Ain, é minha amiga”. Primeiro, que ninguém ali é amigo de ninguém, são pessoas que se conhecem há uma semana. Segundo que, a menos que sua amiga sofra de algum retardo mental (não descarto) ela é plenamente capaz de resolver suas questões sem você se meter, aos berros, e criar um barraco, que por sinal, não resolve nada e ainda piora a situação. Se a amiga pediu ajuda, beleza, vai lá e ajuda como puder, caso contrário, é apenas tentar revestir a própria histeria de um motivo nobre dizendo que está dando um faniquito em nome da amiga.

Mas mulher histérica não tem jeito, tudo que ela faz é certo, é por um bom motivo e ela é a dona da razão. E enquanto ela não tira o cara do sério, entra em looping. A descompensada tanto encheu o saco com o “tem gente que…” que o Pilha desistiu do diálogo saudável que estava tentando e resolveu dar de volta na mesma moeda, para ver se a pessoa acorda: “Tem gente que se faz de burra”. Aí pronto, a coisa desandou, porque nada irrita mais uma mulher histérica do que se ver espelhada. Quando ela fez o “tem gente que…” o Pilha tinha que respeitar, ela fala o que quer, bla bla bla, mas quando o Pilha fez, começou o show.

É impressionante o quanto essa mulher é neurótica. É o protótipo, o padrão, o text book da mulher chata. Tom de voz, linguagem corporal, tudo. Ela levantou e começou a gritar com o Pilha. Dá pra ver na cara dos homens da casa a expressão de “ai que saco, ela vai dar chilique novamente”. Em determinado momento, um dos rapazes levantou e implorou para ela falar mais baixo, ao que a histérica respondeu, aos berros “MEU TOM DE VOZ É ASSIM”. Ok, além de maluca, é mal educada.

Chegou num ponto da discussão onde a neurótica estava cagando tanta regra, que o Pilha começou a debochar. Ela disse que a culpa de terem sacaneado a cicatriz dele ela dele mesmo, que se alguém fez algo contra ele foi porque ele deu liberdade. O curioso é que quando fazem algo contra ela, ele faz um escândalo, só vale pro Pilha assumir a responsabilidade pelas situações que cria para sua vida. Pilha respondeu em um tom de desânimo e desistência: “Eu não sou Princesa Isabel, eu não dou liberdade”. Eu ri. Mas a moça não gostou.

Quem já conviveu com mulher histérica e neurótica sabe que elas não desistem enquanto não arrancam a reação que querem da outra pessoa. Elas querem desestabilizar. São tão desempoderadas, inseguras e com baixa autoestima que só se sentem minimamente importantes quando desestabilizam o outro e, para isso, ficam provocando até tirar a pessoa do sério, nem que seja pelo cansaço.

No mundo real há recursos, como sair de perto, não atender telefonema (muitos virão), não permitir que a pessoa tenha acesso a você e, o melhor de todos: cortar a pessoa da sua vida de vez. Mas, em confinamento, não há o que fazer a não ser ter que escutar essa ladainha de mulher chata.

A neurótica continuou gritando e imputando suas verdades absolutas, pois gente assim sabe tudo. Pilha, sentado, visivelmente exausto, apenas disse, em voz baixa: “Você está querendo inverter as coisas? Você está maluca?”. Ela começou a dizer o que Pilha estava pensando, o que o Pilha estava sentindo, o que o Pilha estava fazendo. Pilha olhava atordoado, visivelmente de saco cheio. Complicado discutir com gente assim, a pessoa é a dona da razão, a pessoa TE diz o que você fez, como você se sente e qual foi a sua intenção. Ahãn. Obrigada por me dizer o que eu faço, o que eu sou e como eu me sinto, pessoa que eu conheço faz uma semana!

A coisa é tão louca que em determinado momento a moça gritou “FALA BAIXO QUE EU ESTOU FALANDO BAIXO COM VOCÊ”. Sério, gente, deve ser algum tipo de epilepsia desencadeada pelo estrogênio que algumas mulheres tem. Eu sou mulher, não digo que todas as mulheres sejam assim, mas tem um grupo significativo que se porta dessa forma assustadora e, o que é pior, um grupo ainda maior de pessoas que toleram isso em um pacto de sofrimento casado, achando que todas as mulheres são assim. Isso para mim é muito próxima da loucura. Pessoa que pede para o outro falar baixo aos berros passa dos limites da projeção, tem que ser internada.

Pilha, ainda calmo, disse que ELA é que estava gritando. Aí, novamente, a pessoa desmascarada parte para a agressão. Ela ficou visivelmente perturbada e disse “SE VOCÊ FOR GRITAR EU VOU TE MOSTRAR COMO É QUE GRITA”. Pense por um instante como ela reagiria se o Pilha tivesse dito essa frase a ela… Certamente como vítima. Mas mulher neurótica pode tudo, pode fazer tudo, pode falar tudo, mas jamais pode escutar de volta, que vira vítima.

Em certo ponto, Pilha perdeu a paciência, porque né, todo ser humano tem um limite. Quase dez minutos de berro no ouvido, de histeria, de acusação, de vitimização. Ele cansou e disse que ela estava se vitimizando. Pronto, a histérica conseguiu o que ela queria: material para surtar e se fazer de coitada.

Aí começa a segunda etapa do showzinho histérico. Quando a mulherzinha neurótica consegue seu primeiro objetivo, que é tirar o homem do sério, ela pega o que ela mesma causou e usa de trunfo a favor dela para espezinhar o homem e para se fazer de vítima, de modo a angariar simpatia, atenção e afeto. Ficam as amigas igualmente histéricas, à sua volta consolando, confortando e falando do quanto aquilo que o homem fez com ela é malvado, injusto e mimimi. Chega a dar pena, passar por esse desgaste emocional é a única forma que a pessoa tem de conseguir atenção, afeto e validação.

O discurso é aquele padrão. Assim que o Pilha falou que ela estava se vitimizando começou aquela conversinha em tom de indignação: “VOCÊ SABE O QUE EU PASSEI?”. Meu anjo, o Pilha não sabe o que você passou, eu não sei o que você passou, mas eu sei o que o Pilha passou na vida, e, acredite, nada do que você tenha passado, nem mesmo se tivesse sido abduzida, se tivessem introduzido uma sonda anal feita de Kit Kat ao som de Marena, você teria chegado perto de passar 1% do que o Pilha passou. Usar esse argumento do “o que eu passei” com o Pilha é muita burrice.

Além disso, é um argumento intelectualmente desonesto. Todos nós passamos por coisas ruins na vida. Todos, sem exceção. O que determina quem somos não são as coisas pelas quais passamos e sim a forma que escolhemos de passar por elas, como as resignificamos e qual lição tiramos delas. Fica parecendo que algumas pessoas tem mais mérito ou merecem um tratamento diferenciado em função do que lhes aconteceu na vida. Muito errado esse jogo de vitimização. Foda-se o que você passou na vida, transcenda o que aconteceu em vez de se apegar ao passado para justificar o seu presente.

Obviamente, ao escutar os berros de “VOCÊ SABE O QUE EU PASSEI” uma pessoa que ficou um mês amarrada em uma cama com um capacete de moto todo vomitado na cabeça perde a calma. Pilha perdeu a cabeça, com toda a razão. Começou uma gritaria generalizada onde ninguém escuta maios ninguém, eles se aproximaram e ficaram berrando um no nariz do outro, até que umas almas boas foram lá separar.

A mulher ficou chamando o Pilha aos berros de “doente mental”, “imbecil” e outras coisas. Ainda revestiu a histeria de ato nobre, dizendo que estava “defendendo as amigas”. Não, meu anjo, não estava. Estava extravasando sua histeria, sua angustia, sua insegurança. Mas tudo bem, vai colar para o brasileiro médio, afinal, tantos estão em relações com mulheres assim… e compram essa maquiagem argumentativa. Paciência. Eu sei que foi histeria dessa louca, mas, em tese, pegou mal pro Pilha.

Lamento muito por ela, pois é muito sofrido viver nesse desequilíbrio emocional, uma pessoa assim não é feliz. E lamento muito por todos os homens que se relacionam com mulheres assim acreditando que não existe nada diferente ou que isso é amor. Quem fica numa relação dessas só fica por ter um grande ganho secundário. Não é amor. É medo, carência, baixa autoestima. Talvez o sujeito pense, em algum nível inconsciente, que ele é tão ruim, tão errado (pois é isso que uma histérica planta na cabeça de um homem) que uma mulher bem resolvida não vai querer ficar com ele.

Eu quis focar nessa briga para dar esse recado: se você está em uma relação com uma mulher histérica, neurótica, desequilibrada emocionalmente que te chama para o desequilíbrio também dando piti, provocando e fazendo coisas do tipo, SAIA. SAIA HOJE. Dá para fazer diferente.

Para dizer que isso aqui já estava ruim o suficiente para que eu meta auto-ajuda, para dizer que tem tanto medo de se mexer que prefere acreditar que toda mulher é assim a tomar uma atitude ou ainda para dizer que está chocado sobre como eu consegui levar algo de profundidade a um barraco sem noção: sally@desfavor.com

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Comments (12)

  • Não aguentei e fui no youtube ver o barraco.
    Pilha todo pleno, cortando a unha enquanto a histérica sapateia. Esse é nosso herói.

  • Será que o Bom é velho Rafael despertou?Eu tava até estranhando,ele tava muito Paz e Amor.Essa Gabi Prado é uma chata do caramba.O Rafael na hora de votar deu uma justificativa válida,como todos ali.Ela só deu esse showzinho,para tentar fazer com que todos da casa se voltem contra o Rafael.Mas o brilho do nosso ídolo é maior.Ele sozinho ofusca a todos.

    • Eu acredito que sim, que ele perdeu a paciência de vez, mais barracos estão no forno.

      Achei imbecil, arrogante, ficar julgando o motivo do voto dos outros. Pilha tem o sagrado direito de escolher o motivo que ele quiser!

  • Pra mim ela é de longe a pior participante, tem todas as características que eu odeio em uma mulher. Ela é falsa, mentirosa, barraqueira, promiscua, fútil e se acha, se eu fosse o João comia e saia fora kk, na verdade ele nem deveria ter dado confiança, a esse ponto na mente doentia dela os dois já são um casal.

  • Perdi esse episódio, infelizmente.

    Essa Gabi deve pensar que é cafetina com essa história de “defender minhas meninas”.

  • “Mulher tem que parar de se esconder atrás da condição feminina para ter imunidade a críticas, principalmente se pleiteia direitos iguais.”

    Eu odeio isso…. elas desmerecem as mulheres com essa coisa de ‘ai, sou menina.”…. Se você não usa o útero para seu serviço, seu gênero é irrelevante. Deixem de ser frescas, meodeos.

    E não fala miando perto de mim… odeio mulher que fala miando, tenho vontade de chutar a garganta. Fale como adulta, minha nossa!

    Aliás, para não acharem que sou um macho opressor. Nope, sou mulher, convivo com essa raça, e ouço uma falando mal da outra no banheiro. Queria ser sem gênero…..

    • Descreveu bem o que eu sinto: vontade de chutar a garganta. Essas mulheres prejudicam mais as mulheres do que o pior dos machistas!

  • Sally, já encontrei gente como a que você descreveu no texto algumas vezes na vida, em diversos lugares e ocasiões e, claro, não foi nem um pouco agradável. Pessoas assim são tóxicas, só fazem mal e, via de regra, terminam a vida completamente sozinhas porque ninguém que seja normal e mentalmente saudável suporta ficar por perto muito tempo.

    Quando mais jovem, eu era mais estourado mas fui ficando menos beligerante com o passar dos anos. Antes meu sangue fervia fácil e eu gritava de volta. Agora, não mais. Porque percebi que era ridículo e porque já estou velho pra essas coisas. Só que, apesar de já não me exaltar tanto, eu ainda não agüento encheção de saco por muito tempo e logo acabo dizendo coisas bastante duras que a pessoinha precisa ouvir, mas tentando agora, na medida do possível, não levantar o tom da minha voz. Ou então eu só me afasto e deixo a mala-sem-alça despejar todo seu chorume verbal pras paredes.

    Tenho me desgastado menos, é verdade, mas também tem uma coisa chata aí. Pelas experiências que eu tive, parece que manter a serenidade numa discussão com quem está se descabelando por pouca bosta só piora tudo. Por que é aí que a pessoa que já está histérica e descontrolada fica ainda mais histérica e mais descontrolada. Como você disse, todo homem tem um limite. E não costuma ser algo bonito de se ver quando esse meu limite é ultrapassado…

    • Olha, eu não acho que terminem sozinhas não, tem sempre um homem idiota para aturar faniquito de mulher histérica…

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