Crise energética.

Vocês já devem ter escutado sobre a crise energética que ameaça o Brasil, mas, entendem de onde ela surgiu e o que está (ou não está) sendo feito para solucioná-la? Segue um texto para te colocar a par de tudo que está acontecendo.

No Brasil, a principal fonte de energia são as usinas hidrelétricas, usinas que produzem energia a partir da água (a pressão da água movimenta turbinas que geram energia). Funciona muito bem, exceto em períodos de seca, quando não há água suficiente. E, atualmente, o país passa pelo pior período de seca desde que as medições dos níveis de chuva começaram, em 1931.

Segundo projeções do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão estatal que coordena a geração e transmissão de energia no país, a produção de eletricidade deverá ser insuficiente para atender a demanda a partir do mês de novembro, ou seja, deste mês.

Existem diversas soluções possíveis, mas o Brasil parece ter escolhido a pior: para tentar evitar um colapso, o governo brasileiro está importando energia elétrica da Argentina, que, além de ser a opção mais cara entre todas as formas de se conseguir energia, também é arriscada, uma vez que o país está passando pelo mesmo problema e, a qualquer momento, vai parar de entregar.

O plano B foi acionar usinas termelétricas, que funcionam movidas a combustíveis fósseis (que não estão sobrando nem baratos). Não é uma boa saída por diversos motivos: é caro (cerca de cinco vezes mais caras que as hidrelétricas), é altamente poluente e não existe quantidade de termelétrica no país capaz de gerar energia suficiente para cobrir a demanda.

O plano C, no caso, é apelar para mágica. O Ministério das Minas e Energia se reuniu com representantes da Fundação Cacique Cobra Coral, onde pessoas que se dizem em contato com uma entidade mística fazem pedidos para este amigo imaginário, que teria poderes de controlar o tempo: “Por favor, amigo imaginário, faça chover”. Sim, é assim que o governo gasta o seu dinheiro.

O resultado, até agora, obviamente, é nulo. A crise energética se agrava e nenhuma entidade mística deu as caras. O resultado imediato é o encarecimento da conta de luz, mas podemos esperar ver muitos desdobramentos daí.

Esse aumento no preço da energia elétrica não é um problema por si só, ele também pode afetar a economia, uma vez que basicamente tudo que consumimos depende de energia elétrica em algum momento para ser feito. Então, além da possibilidade de blecaute e de uma conta de luz mais cara, um dos efeitos esperados é a inflação, pois tudo vai aumentar de preço.

A carne que você come precisa ser refrigerada. O macarrão que você compra precisa de máquinas movidas a energia elétrica para ser feito, cortado e ensacado. Até os legumes e verduras que chegam à sua mesa foram regados com sistemas elétricos que consomem luz. Aumenta o custo da energia elétrica, aumenta o peço de tudo. Aumenta o preço de tudo, aumenta a inflação. Percebem onde isso vai dar?

E não se trata de “segurar as pontas” e passar por esta crise, é provável que a atual quantidade de água (insuficiente) venha a se tornar a regra, uma vez que, por uma série de fatores, as secas devem continuar ou até piorar. Alguma solução deveria ter sido pensada, ou deve ser pensada urgentemente.

Nada disso apareceu de surpresa, nada disso era imprevisível. Nos últimos sete anos os reservatórios das hidrelétricas estão caindo progressivamente, até chegar na atual situação, insustentável. Os governos anteriores sabiam do problema, mas, como ainda dava para levar, empurraram a solução para os próximos.

É que essa solução não dá voto. Não é algo que possa ser feito em quatro anos e se reverta em uma conta de luz mais barata para o consumidor. É um projeto de, pelo menos 10, 20 anos, ou seja, o político que começar a fazer isso hoje, não vai colher esses frutos para as próximas eleições. E, sabemos que político não quer o bem do povo, quer voto. Assim, ninguém fez nada.

A crise energética não é exclusividade do Brasil, ela é mundial. A diferença é que países sérios conseguiram antever o problema e estão se preparando para isso faz anos, enquanto outros países mais despreparados vão passar perrengue e provavelmente causar danos à sua economia por isso. Estes danos talvez fossem mais suaves, mas, saindo de uma pandemia, podem provocar grandes impactos em uma economia já fragilizada.

Então, cientes de que sustentar um país na base da hidrelétrica não dá e provavelmente não vai dar mais no futuro, quais são as opções que temos? Por ordem, da opção mais barata até a opção mais cara temos as seguintes formas de gerar energia no Brasil: eólica, solar, termelétrica ou importar energia.

Eu não incluí a energia nuclear, pois eu espero que ela não seja uma opção. O Brasil tem a sexta maior reserva de urânio do planeta, então, poderia sim bancar uma usina nuclear, mas, para suprir a demanda do país não bastaria uma. Seria necessário construir pelo menos 15 reatores por todo o país. Quais são as chances de nunca acontecer um acidente? Não parece uma boa opção, principalmente em um país que pode explorar recursos mais seguros e mais baratos.

Se a gente pensar em energia solar, uma forma de energia barata, segura e cuja fonte não vai se esgotar tão cedo, seria necessário instalar placas solares em uma área que corresponde a 0,01% do território nacional para abastecer todo o país. Sabemos que existe muito mais do que 0,01% do território nacional livre para realizar essa instalação, mas seria algo muito caro para fazer de uma única vez. Deveria ter sido feito gradualmente, ao longo dos anos.

E não é por ser o Brasil, é caro até para quem tem uma boa economia. Mudar a fonte principal de energia de um país é algo difícil e demorado. Até mesmo os EUA, que costumam combinar recursos com eficiência, estão fazendo de forma gradual: hoje eles obtêm 4% de energia solar, mas há um plano progressivo que está sendo colocado em prática para que, em 2050, 45% da energia elétrica do país seja solar. Se para os EUA precisou parcelar em 40 anos, imagina para o Brasil.

E, não me entendam mal, apenas o gasto inicial é alto, depois, isso acaba gerando uma economia para o país, pois atenua todos os prejuízos financeiros causados pela poluição. Além disso, a tecnologia para produzir energia solar está se popularizando, o que faz com que custe cada vez mais barato (na última década houve uma queda de cerca de 80% do preço médio). É um ótimo negócio ter energia solar, todo mundo ganha. Mas de uma hora para a outra não é viável.

Hoje, menos de 2% da energia elétrica brasileira é energia solar. Porém, mesmo sendo impossível implementá-la em larga escala em poucos anos, esta transição para energia solar pode e deve ser discutida, pois certamente esta não será a última crise energética que vamos enfrentar. Quanto antes forem implementadas novas fontes de energia, menos o país vai sofrer no futuro.

Outra boa forma de se obter energia é através dos ventos: a energia eólica é barata e limpa. Porém, ela não é para qualquer país. Para que um país possa explorá-la de forma eficiente, é necessário que tenha… vento.

O Brasil está bem servido, ele tem os chamados “ventos alísios”, que sopram do Atlântico em direção ao Equador. São “bons ventos” para gerar eletricidade por serem mais constantes, com velocidade estável e não mudarem de direção com frequência. Ou seja, é uma opção boa, bonita e barata que não foi devidamente explorada, já que apenas 11% da energia brasileira vem daí.

E ainda há outra opção: energia eólica offshore, aquela gerada por turbinas flutuantes instaladas no mar. Elas são um pouco mais caras (ainda assim, mais baratas que as termelétricas) mas também produzem mais energia, uma vez que no mar os ventos costumam ser mais fortes. Mas, no Brasil, apesar de seus mais de 7 mil quilômetros de litoral, não há uma única torre offshore.

Novamente, não é algo que possa ser feito de um ano para o outro, mas merece sim atenção e um bom projeto de implementação, pois, como já dissemos, esta não será a última crise energética. O sufoco vai durar até implementarem novas formas de energia no país, por isso, o quanto antes, melhor.

Em matéria de energia, o Brasil é um país privilegiado. Tem muito país por aí que tem que se contentar com energia nuclear e olhe lá. O Brasil tem abundância de recursos para ter as formas mais baratas e limpas de geração de energia. Diante de todas essas opções, quais são os planos do Brasil para o futuro? Nenhum. Não há plano para solucionar a crise energética. Tem um presidente batendo palma e gritando “vamo lá, porra!” sem traçar nenhum plano concreto. O Brasil está fazendo mais do mesmo, do que já vem fazendo e não vem dando certo.

A primeira solução que tentaram foi ligar termelétricas. Além de ser energia cara e pouca quantidade de energia, ainda aumenta muito a poluição. Não é um bom momento para pisotear ainda mais o meio ambiente, já que o país sofreu e vem sofrendo duras críticas e ameaças de embargos econômicos pela forma trágica como vem lidando com o problema. O copo parece estar cheio, prestes a transbordar e o governo, em vez de tomar cuidado, piora a situação.

A segunda é continuar importando energia elétrica da Argentina (e um pouco do Uruguai também). Além de ser a forma mais cara de obter energia elétrica, em um momento em que o país não está no melhor de suas finanças, está comprando de quem também está passando por crise energética. Energia mais cara gera inflação (que já vem subindo antes disso) e periga de, além de pagar caro e fazer a inflação disparar, ainda acabar sem o que comprou e deixar o país sem luz.

Por fim, o governo planeja encarecer ainda mais a conta de luz, o que é uma medida igualmente questionável. Quem gasta mais luz, grandes indústrias e comércio, não vai parar sua produção por causa de crise hídrica. Isso significa que o gasto vai continuar, mas o aumento no preço da luz vai ser embutido em todos os produtos fabricados e comercializados.

Adivinha quem vai acabar pagando esse aumento? Isso mesmo, você! Cada vez que usar um produto ou serviço você estará pagando o aumento na conta de luz que viabilizou esse produto ou serviço. Você paga em dobro: sua conta de luz mais cara e todo o resto mais caro, por causa da conta de luz mais cara de quem produziu ou fabricou o que você está comprando. Parabéns aos envolvidos!

Por isso eu fico bem irritada quando vejo gente fazendo campanha pela redução do consumo de energia elétrica, como se isso fosse a solução. Não é. Acho inclusive uma canalhice sugerir que uma família restrinja sua vida quando isso, no saldo final, não vai fazer diferença. Quem gasta energia elétrica de forma significativa são as grandes indústrias e grandes comércios, não a sua casa.

Tomar banho correndo, ver menos TV ou qualquer outra medida em uma residência é irrelevante. Não deixem que coloquem esse ônus em vocês. Não precisa sair e deixar a luz acesa, mas não se imponha privações. Além disso, gastar menos energia está na contramão do mundo: querendo a gente ou não, os gastos energéticos só vão subir nos próximos anos (carros elétricos, economia digitalizada, etc.).

E ainda tem mais um ponto, que está muito à frente do Brasil, mas que precisa ser falado: não basta energia para abastecer o país, é preciso contar com imprevistos. Você pode ter a melhor forma de captação que, se acontecer algum problema, como por exemplo, um incêndio, ou uma escassez daquele recurso, deixa o país no escuro. Então, o ideal é que, além de captar energia limpa e barata, se possa armazená-la, para o caso de uma emergência.

A forma mais racional de fazê-lo, até agora, é através de baterias. Existe a opção de superbaterias com grande capacidade de armazenamento (grandes e com capacidade de armazenar energia para alimentar uma cidade) ou de baterias por unidade habitacional (baterias menores, que atenderiam a uma residência ou um prédio).

Dificilmente você vai ver alguém falando nisso agora, mas, saiba que é uma questão a se considerar. Em algum momento todos vamos ter que sentar e olhar para esse problema também e, quando isso acontecer, você não estará surpreso, pois já foi introduzido ao assunto.

O grande resumo da atual situação é: a crise energética que está chegando não pode mais ser evitada, ela vai acontecer, e não vai ser a redução de consumo na sua casa que vai fazer alguma diferença. Mas a próxima crise energética (sim, serão várias) talvez possa ser evitada.

Mas, para isso o assunto precisa ser debatido, precisa ser ventilado pela mídia, políticos precisam ser pressionados. O Brasil é um dos países com maior potencial para fontes renováveis de energia do planeta, no entanto, fontes de energia alternativas só começaram a ser implementadas depois que o país passou por sucessivos apagões, ou seja, quando já havia um problema grave acontecendo.

A hora de começar a falar sobre o assunto, de pressionar ou até de ajudar tentando encontrar soluções alternativas é agora. Não é o valor da licitação ou o quanto vai beneficiar a empresa do amigo que devem determinar a escolha das fontes de energia do Brasil e sim o que é melhor para o país.

Percebam que não é um texto pessimista: o Brasil tem fartura de recursos para reverter essa situação e ainda lucrar com ela, vendendo energia para outros países. O Brasil tem um privilégio que metade dos países do mundo não tem, que é poder ter energia de sobra. Basta saber executar as soluções. Cabe a vocês estarem vigilantes e fazer a pressão necessária. Mexam-se, é a economia do país que está em jogo.

Para dizer que o brasileiro não tem um minuto de paz, para dizer que não quer nem pensar na conta de luz com uso de ar-condicionado ou ainda para dizer que já já aparecem os negacionistas da crise energética: sally@desfavor.com

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Comments (22)

  • Ministro de desenvolvimento da RID

    Eu tenho uma solução:
    Saiu de um momento absurdamente alcoólico, na ainda assim acho que é uma das ideias mais sóbrias que a gente pode conseguir no Brasil. Resolveria pelo menos três problemas em uma única pancada.

    Vamos lá
    1) uma grande usina de dessalinização no Nordeste, usamos os maciço do sertão central (que tem relevo pra isso) como grandes lagos. Da até pra extrair pedra e minérios com vontade (galera não extrai pelo custo) fazemos um grande buraco e estocamos água.

    2) interligados essa água toda para produção de um sistema de agroflorestas, do começo da Amazônia devastada até o planalto central, pegando o oeste como um todo e criando fácil o maior cinturão de produção alimentar do mundo. (Não sei se esse sistema rola em locais com mais sazonalidade) dava pra alimentar toda a terra, enviar alimentos pra Marte, vênus e Europa, fácil.

    3) faz cobertura desses canais com painel solar, energia limpa e evita que evapore antes de passar pelas plantas. Leva essa água até Itaipu e desce ela pelo rio da prata.
    Chegou na Patagônia, congela essa água toda e mete na geleira.

    Um puta de um canal de irrigação. Espaço pra energia solar, irriga as hidrelétricas, irriga plantação, alimenta geral, e mete água (congelada) nas geleiras

    Como ta o plano de dominação mundial da RID?

  • Três fatos a se considerar:
    – energia eólica e solar são instáveis, e precisam de backup (as termelétricas);
    – é mais seguro ter energia nuclear num país sem terremotos, como o Brasil;
    – hidrelétricas com lagos artificiais viraram patinhos feios, por causa do dano ambiental que causam.

    • Tanto a eólica quanto a solar podem ser estocadas em baterias, assim em tempos de menor “produção” há margem para continuar mantendo o país alimentado. Além disso, com a quantidade de termelétricas que o Brasil tem, teria margem para eventuais períodos de baixa.

      Sim, eu sei, no Brasil não tem terremoto. Mas tem brasileiro. Esquece energia nuclear.

  • O mais triste é saber que todos os problemas daqui teriam solução mas ninguém vai resolver. Tem alguma coisa de muito errada do dna do brasileiro.

    • Não resolvem por não reverter em nada positivo (dinheiro, propina, popularidade). É isso que move político brasileiro.

        • Sempre foi assim. E temo que talvez seja assim para sempre, porque a coisa está chegando – se já não está – no ponto de não-retorno.

    • Pra quem quer mitigar isso, a alternativa é combinar fotovoltaica com as baterias já colocadas nesse post. Sem isso, você fica a mercê do monopólio existente na distribuição.

  • Infelizmente acho q tem q ficarmos muito na merda antes q aja um investimento considerável. Algo q o brasileiro fique puto de verdade. Já tenho as minhas lamparinas …

  • Um detalhe importante que precisa ser colocado e não o foi aqui é que aqui no Brasil o sistema de distribuição de energia elétrica é basicamente um esquema de “capitanias hereditárias”, onde estatais, empresas de economia mista ou concessionárias “privatizadas” detém literalmente o MONOPÓLIO da distribuição. Concorrência? Isso não existe.
    No que diz respeito a outros suprimentos, como abastecimento veicular, serviços de telefonia ou de internet, você ainda pode optar por um spot (ainda que limitado) de concorrentes, mas no que diz respeito a distribuição de energia, a única forma de tentar escapar a tal monopólio é gerando a sua própria energia de consumo.
    Inclusive há dois meses atrás peguei lâmpada de iluminação pública acesa a uma e meia da tarde, pra você ver como o pessoal dessas companhias prezam pela economia.
    Sem contar, é claro, que embutem a iluminação como imposto na sua conta e tem gente que vem querer embutir outros serviços alheios ao de energia elétrica na conta de luz.

  • Economia individual (ou familiar), se realizada de forma ampla, pode fazer diferença, por causa da escala. Mas é sempre mais fácil culpar os outros.
    O mais curioso é que em outros textos se faz questão de afirmar que a mudança está no indivíduo. Ops, esqueci que é proibido apontar incoerências.

    • Não tem incoerência, tem uma falha grave de cognição: a mudança está sim no indivíduo, que deve tentar ser melhor a cada dia. O que de forma alguma quer dizer passar privação. O que eu digo no texto é: não se sujeitem a privações, pois será inútil, uma vez que nada mais será feito.

      Se na sua cabeça ser melhor é passar por privação, sugiro que se livre dessa culpa cristã, pois esse mal-entendido é um atraso de vida.

  • Acho uma aberração um país desse tamanho não investir em energia nuclear. E pra quem se preocupa com acidentes, as chances de acontecerem são mínimas, tanto é que quando se fala de acidente nuclear as pessoas só se lembram de Chernobyl, que foi uns 30 anos atrás, e Fukushima que foi há mais de uma década.

    França está deitando e rolando em energia nuclear enquanto o resto da UE depende da Rússia, que pode simplesmente cortar o abastecimento quando quiser.

    https://world-nuclear.org/information-library/safety-and-security/safety-of-plants/safety-of-nuclear-power-reactors.aspx
    https://www.forbes.com/sites/michaelshellenberger/2018/06/11/if-nuclear-power-is-so-safe-why-are-we-so-afraid-of-it/?sh=4393c5aa6385

    • As chances são mínimas QUANDO NÃO SÃO BRASILEIROS gerenciando a usina.

      O Brasil não precisa de energia nuclear, o Brasil tem à sua disposição energia mais limpa, mais segura e mais barata.

      • Se for levar em conta as piores pessoas, a gente nunca vai pra lugar nenhum.
        “Ah parem de fabricar carros porque tem gente que dirige bêbado e causa acidentes”

        • Não, não. Não estou levando em conta as piores pessoas não, estou dizendo que poucos são os que tem capacidade, a esmagadora maioria não tem.

          E outra: quando um carro bate, meia dúzia de pessoas ficam feridas. Quando uma usina nuclear explode, pode afetar o mundo todo.

          Sem contar os argumentos anteriores: as outras formas são mais baratas e mais seguras. Por qual motivo gastar mais para ter mais riscos?

          • Não esqueçam que o Brasil tem as usinas de Angra I e II, que desde que começaram a operar são chamadas de vaga-lume: vivem piscando.

          • Sem contar os custos e os riscos de armazenar os resíduos nucleares utilizados, que podem levar até uma dezena de milhares de anos para deixar de ser radioativo. Haja território para armazenar isso tudo em larga escala.

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