Manutenção de um segundo idioma.

Quando falamos em idiomas, muita gente pensa que o grande desafio é aprender um segundo idioma. Negativo. Para aprender existem cursos, didática, métodos. Já para manter esse segundo idioma funcionando no seu cérebro pelo resto da vida… Poucas pessoas falam sobre essa manutenção e, justamente por isso, esse será nosso tema de hoje. Desfavor Explica: como fazer a manutenção de um segundo idioma.

Certamente você já passou ou conhece alguém que já passou por isso: na infância/adolescência fez um curso de outro idioma, se graduou, pegou o certificado e, dez anos depois, não se sente capaz de falar esse idioma. Aprender outra língua é uma tarefa de manutenção eterna: se você não pratica, não exercita, aos poucos o aprendizado é esquecido e se perde.

“Ai que saco, quer dizer que é trabalho para o resto da vida?”. Sim, mas muito mais agradável do que foi aprender – e mais fácil, uma vez que você descobre como fazer. Manter é sempre mais fácil do que construir do zero. Muita gente desanima por visualizar um grande esforço, do tamanho de um aprendizado de um novo idioma, mas, na verdade, é algo muito mais simples.

Inclusive, um dos principais fatores para determinar o sucesso ou fracasso da manutenção desse outro idioma está na sua motivação: impor exercícios monótonos, por obrigação, não costuma dar bons resultados. Como tudo nessa vida, só funciona se você vincular a atividade a algo que ame.

Felizmente vivemos em um mundo conectado e você tem inúmeras opções para aprender e manter um segundo idioma de forma prazerosa. E a maior parte delas é gratuita! Descubra as que mais te atraem, divertem e estimulam e coloque-as em prática.

A seguir, deixamos algumas sugestões, lembrando que não existe um “jeito certo”, o que melhor vai funcionar é o que mais te agradar: tente vincular a manutenção do idioma estrangeiro com assuntos, atividades ou coisas que te interessem muito.

O ideal seria praticar conversando nesse idioma regularmente com alguém (de preferência um nativo de um país que fale esse idioma, assim você se assegura de atualizar o vocabulário) e também ler e escrever nesse idioma. Porém, sabemos que nem sempre é possível fazer o ideal, por questões de tempo, prioridades e dinheiro. Se você pode, mesmo que de vez em quando, faça o básico. Se não, experimente nossas dicas, ou seja criativo e invente outras formas.

Mesmo quem não tem tempo para nada, em algum momento da semana, assiste algo em uma tela: um seriado, um vídeo no Youtube, um filme ou qualquer coisa no estilo. É de uma grande ajuda se você selecionar como idioma a sua segunda língua e assistir tudo neste idioma. Mesmo que não seja uma produção original nesta língua, se houver uma versão dublada nesse idioma resolve o problema. Assista todo seu lazer na língua estrangeira que você quer conservar.

“Mas Sally, já não sou tão bom, não consigo entender tudo”. Ok, coloque legendas em português e tente assistir sem ler as legendas, recorrendo a elas apenas quando não entender. E, se puder, comece com vídeos simples, como animações ou seriados com diálogos pouco complexos. À medida em que você for ganhando vocabulário e confiança, passa a assistir obras mais complexas neste outro idioma. O importante é começar.

Outra opção interessante é assistir a produções de três formas diferentes: na primeira vez você assiste no idioma estrangeiro com legendas em português, para entender a história. Na segunda vez, você assiste a mesma obra, mas desta vez com legendas no idioma original, para entender exatamente as palavras que estão sendo ditas e fixar as regras de pronúncia x grafia. E, finalmente, na terceira vez você assiste sem legendas. Pode ser que nas primeiras tentativas a coisa não flua muito fácil, mas, confie em mim, vai melhorar com o tempo. Idioma é treino.

Caso sobre qualquer meia hora do seu dia, recomendo que assista a algum noticiário local do país, por dois motivos: 1) a pronúncia dos apresentadores costuma ser melhor (e, portanto, mais fácil de entender) do que a da média das pessoas e 2) é uma imersão na cultura local, que te ajuda a entender não apenas o idioma, mas a forma como se usa esse idioma.

Também vale ler uma notícia por dia, sobre um assunto do seu interesse, publicada em uma mídia de um país que fale esse idioma. Não vai te tomar muito tempo e é gratuito. Leia no idioma original e repita para você em voz alta o que entendeu da notícia. Depois use o Google Tradutor e veja o quanto você acertou. Com o tempo, vai chegar um momento em que você não precisará mais traduzir nada.

Outra opção que não te toma tempo, pois pode ser executada até durante o banho, é escutar músicas nesse outro idioma, tentando entender o que está sendo dito e até cantar junto. Depois, uma pesquisa rápida no celular vai te mostrar a letra com a tradução e você pode corrigir seu canto. Todo mundo faz isso com o inglês, por qual motivo não fazer com outros idiomas?

“Mas Sally, eu não gosto de nenhuma música desse país”. Ok, procure músicas brasileiras ou músicas que você goste que tenham sido gravadas nesse idioma. “Garota de Ipanema” todo mundo regravou. “Mas Sally, eu não gosto de música brasileira”. Ok, procure qualquer música que você goste ou tolere que tenha sido regravada nesse idioma. Beatles, por exemplo, todo mundo regravou. Certamente você vai encontrar algo.

Mesmo sem conhecer pessoas desse outro país, você pode tentar encontrar online grupos de pessoas que tenham interesse nesse idioma e que queiram exercitá-lo. Nem que sejam brasileiros querendo exercitar esse segundo idioma. Uma reunião semanal por Zoom já será de grande ajuda. É grátis, não tem que se deslocar e você ainda conhece pessoas novas.

É importante não descuidar da escrita e, para isso, a melhor forma é ler um livro neste outro idioma. Se você ainda não tem um Kindle, tenha. Não é tão caro (o preço se paga ao nunca mais ter que comprar um livro) e você pode acessar qualquer livro conhecido de forma gratuita, te permitindo ler em outro idioma. Sério mesmo, vença essa resistência de “gostar de papel”, a tela tem a exata aparência de um papel. Baixe livros do seu interesse em outro idioma e leia, nem que seja uma página por dia.

“Mas Sally, não entendi nada”. Ok, leia quadrinhos. Leia Turma da Mônica traduzido para o país. Leia Garfield. Leia qualquer coisa que uma criança leria e, se ainda assim você não entendeu, procure pela versão em português, leia primeiro, e depois leia a versão no outro idioma, até assimilar e ganhar autonomia para ler apenas no idioma estrangeiro. Se não houver qualquer possibilidade de leitura, quando assistir a algo no idioma estrangeiro, deixe as legendas ligadas neste mesmo idioma.

Caso você tenha disponibilidade e tempo para se deslocar, uma visita semanal ao Consulado/Embaixada desse país pode ser útil. Lá você estará cercado de pessoas que falam esse idioma e, com sorte, terá uma biblioteca com material nesse idioma. Via de regras os funcionários são muito solícitos (e não tem muito trabalho), por isso não se importarão de conversar com você.

Caso você tenha disponibilidade, tempo e dinheiro para se deslocar (todos invejamos), você pode ir até um país que fale esse idioma regularmente. Nada como beber da fonte e praticar com os nativos. Aprender o idioma no próprio país é uma das formas mais rápidas de se aprender, pois não tem outra possibilidade: se você quer comer, comprar papel higiênico ou saciar qualquer necessidade, você vai ter que se fazer entender.

Para quem já está em um patamar mais avançado, vale escolher um podcast sobre um assunto do seu interesse e acompanhá-lo semanalmente. Por ser exclusivamente áudio, os apresentadores tomam um cuidado maior com o som e com a dicção. Você pode escutar no caminho do trabalho, durante o banho, enquanto lava a louça ou em qualquer momento que esteja executando uma tarefa mecânica que possa dividir atenção com este conteúdo.

Também é possível usar aplicativos de idiomas, que vão muito além do Duolingo. Tem para todos os idiomas, todos os níveis e todas as dificuldades. Tem exercícios diários de diferentes tempos de duração, de escrita, de conversação e de escuta. Pesquise, certamente você vai encontrar um aplicativo que se encaixe nas suas necessidades/possibilidades.

Também é possível exercitar o idioma de forma lúdica, através de jogos. É possível baixar de forma gratuita qualquer jogo estilo “Trivia” (salvo engano, conhecido no Brasil como “Perguntados”) e jogar dez minutinhos por dia para exercitar seu vocabulário. Podem ser jogos mais complexos, dependendo do seu tempo e disponibilidade. Inclusive jogos online, que você pode jogar com pessoas de países que falam esse idioma.

Pior dos mundos, se você não tem organização ou disciplina para reservar um tempo do seu dia para praticar outro idioma, existem cursos específicos para manutenção do idioma (diferentes dos cursos para aprendizado de outro idioma). Não é o ideal, já que você vai pagar por algo que poderia ser gratuito, mas é uma solução para quem precisa dessa dorzinha no peito de “estou pagando, logo vou me obrigar a fazer”.

“Mas Sally, não tem nenhum perto da minha casa e eu não tenho tempo para me deslocar”. Ok, também existem versões online, mas, mesmo para quem tem restrições com a modernidade, existe a possibilidade de contratar um professor particular, que vá até a sua casa e te ajude a exercitar o idioma. Só não vale focar apenas na conversação e esquecer da leitura e escrita.

“Mas Sally, eu não tenho tempo para nada disso!”. Calma aí, tempo é prioridade, se você não tem dez minutos do seu dia para algo é por não estar priorizando. Mas, tudo bem, ainda assim tem jeito.

Passe todos os seus eletrônicos para o idioma que você quer manter: celular, computador, redes sociais… tudo. Vai dizer que durante o dia você não tem tempo de mexer no seu celular? Pois bem, quando o fizer, você vai exercitar o idioma estrangeiro.

“Mas Sally, aí eu não entendo nada”. Beleza, muda para o português até achar o que você quer e depois retorna ao idioma estrangeiro. Em pouco tempo você não vai mais precisar desse recurso.

Para finalizar, queria te contar que nem mesmo com seu idioma nativo você deve descuidar, pois é possível perder a fluência no seu idioma nativo também. Vamos ver como funciona, para que você entenda quando é hora de exercitar seu idioma materno, caso esteja fora do seu país.

Ao aprender outro idioma o cérebro normalmente “pensa” no idioma nativo e só depois “traduz” as palavras para o outro idioma. Salvo raras exceções, precisamos de um idioma para aprender o outro, nosso idioma nativo serve como “ponte” para que o cérebro construa um novo idioma e, durante muito tempo, ficamos dependentes desse idioma materno para conseguir falar uma segunda língua.

Por isso temos tanta dificuldade em falar de forma fluente no começo: há um processo de tradução, palavra por palavra, que atrasa a cadência. Mas, se você se dedicar muito ao idioma novo e descuidar da sua língua materna (algo que pode acontecer se você mudar de país), o idioma estrangeiro acaba se tornando dominante e ganhando autonomia – e é aí que sua língua materna começa a perecer, pois não é mais exercitada, nem mesmo para tradução para o novo idioma.

Isso significa que, enquanto você pensar em português e tiver que traduzir as palavras para falar em outro idioma, seu português está garantido, pois ainda está em uso, mesmo que seja apenas um uso mental. Porém, em algum momento a chave vai virar (geralmente o processo começa cerca de um ano depois que a pessoa se muda para outro país) e você vai começar a pensar em outro idioma, sem a necessidade de fazer essa “tradução” mental. E é aí quando seu português começa a se perder.

Então, não tome seu idioma nativo como garantido. É possível esquecê-lo se você se dedicar muito mais a outro idioma, transformando-o no “idioma oficial” da usa vida e negligenciando sua língua materna. Todas as dicas deste texto valem também para fazer a manutenção do seu português.

Então, a mensagem final é: encontre uma atividade que te agrade, que envolva um assunto que te agrade vinculado ao seu segundo idioma e você verá que com poucos minutos por dia consegue manter e aperfeiçoar essa língua estrangeira sem o menor esforço.

Para dizer que quer um texto sobre como aprender sozinho um idioma, para dizer que adoraria perder seu português ou para me perguntar se eu já perdi meu sotaque carioca (isso é um castigo, não abandona a pessoa nunca): sally@desfavor.com

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Comments (18)

  • Uma amiga minha mantém o francês em dia porque o sonho dela é ir morar na França, curte a cultura , só vê filme francês. Eu por ex já soube muito inglês na época que eu trabalhava com isso, agora já esqueci a metade. Até português eu digito a 1 sílaba o corretor já faz, o resto, estou desaprendendo. Igual telefones dos amigos que eu sabia todos decorados, mas agora só na agenda do celular. Acredito que no futuro vamos implantar chips de idiomas pra não precisar aprender e depois esquecer.

    • Quanto mais motivada a pessoa estiver, maiores as chances de fazer o que precisa ser feito para manter o idioma. Por isso muita gente se coloca metas ou de dá recompensas quando cumpre suas tarefas.

  • Texto bem bacana esse, Sally! Me fez lembrar de algumas disciplinas que cursei nas letras que tratavam sobre o tema de aquisição de linguagem. De fato, o negócio é complexo, a gente sempre aprende mesmo primeiro pensando na nossa língua materna, pra depois ir de forma automática na segunda língua. E, ao aprender um 2o idioma estrangeiro (ou seja, teoricamente um 3o idioma) ocorrem outros processos, como a cristalização de alguns conceitos, se a língua for próxima (geralmente acontece com línguas latinas), ou mesmo o empréstimo de determinadas estruturas linguísticas de uma língua pra outra.

    Vários estudos já foram feitos sobre isso, pessoas que, por exemplo, aprenderam italiano, e se dedicam a estudar francês, sendo nativas em português, acabam que “pegando emprestado” estruturas da língua portuguesa como da italiana. Tudo isso também é devidamente explicado pela neurolinguística e psicolinguística, há estudos bem avançados por aí mostrando também como e qual neurotransmissor atua em tal ou tal parte do cérebro, e porquê a pessoa acaba que esquecendo determinada estrutura linguística por falta de uso, qual parte do cérebro é afetada, qual deixa de realizar atividade cerebral, etc.

    Para além disso tudo, há que se comentar também sobre os diferentes tipos de aprendizagem, afinal, ninguém aprende igual, e também não há fórmula mágica pra aprender um idioma, mesmo que a propaganda de uma escola de idiomas te prometa fluência em menor tempo possível. Gardner mesmo já dizia, na década de 1970, sobre as múltiplas inteligências (lógico matemática, musical, interpessoal, cinestésica…) e um efetivo aprendizado de língua passa pelo crivo não só de memorizar determinadas estruturas (no sentido mesmo de “decorar”), mas também por internalizá-las (pensando em termos de saber se comportar naquele idioma estrangeiro em determinadas situações que exigem determinados usos da língua) e saber utilizá-las no momento certo e com a devida autonomia individual.

    Exemplo na prática: não basta só decorar verbos no modo imperativo, tem que saber em que situação na vida real tu vai utilizar aquele verbo, que comportamento mais adequado se espera na determinada situação que se espera utilizar esse verbo. É por isso que grande parte das metodologias de ensino de línguas hoje usam a tal “abordagem comunicativa”, cujo propósito é criar situações de contexto real de comunicação para que o aluno aprenda, na prática, como se portar e como se comunicar efetivamente naquele idioma.
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    Mas, nessa abordagem, estão inclusas todas as habilidades (escrever, falar, ouvir e ler), e o professor tem que se dar conta também de que cada um, com sua devida inteligência, “capta” a informação de forma diferente, por isso que ninguém aprende igual, e também por isso que um determinado método utilizado por uma determinada escola, pode não dar certo para determinadas pessoas.

    • Concordo totalmente. Uma coisa é conhecer um idioma, outra completamente diferente é falar, entender, integrar ele na sua vida. Por isso eu sempre recomendo que ensinem um segundo idioma aos filhos enquanto eles ainda são pequenos: é muito mais fácil aprender e integrar um idioma à vida na infância.

  • Conselhos muito válidos, Sally. E, realmente, se a gente não treina aquilo que já aprendeu, acaba ficando “enferrujado”.

  • Totalmente de acordo com tudo que a Sally disse. Quando posso, largo a TV na NHK pra ouvir japonês, idioma pelo qual tenho paixão e do qual tenho gramáticas, dicionários (incluindo de kanjis) e dezenas de coisas escritas no idioma. Leio legal, escrevo bem (minha professora – nativa! – na época em que eu freqüentava aulas presenciais disse que eu escrevia melhor que muito japa), mas na hora de falar e ouvir é um desastre justamente por não treinar esses dois processos. É nessas horas que eu vejo o quão longe estou de dominar o idioma falado.

  • Comigo ajudou bastante os games.

    Pega um jogo que gostar, preferencialmente um que tenha diálogos ou instruções como RPGs, survival horror, ou Ages of Empires da vida, e tentar traduzir um pouquinho dele por dia, como os menus de opções, os diálogos, nomes de itens e a descrição deles, etc.

  • Comprovei em primeira mão isso de a pessoa “esquecer” seu idioma materno quando passa muito tempo morando no exterior, Sally. Uma amiga da minha mãe se casou com um italiano e, depois de alguns anos vivendo lá, ela não só quase que “desaprendeu” o seu português nativo como ainda passou a conversar com todo mundo “à italiana”, com tom de voz bem alto, gesticulando muito e se “empolgando” mais e mais à medida em que ia falando, mesmo quando contava coisas banais do dia-a-dia. Mais do que só adquirir fluência no idioma, essa mulher também incorporou certos aspectos da cultura e do “modus vivendi” de onde estava e passou a “agir como uma italiana”. Percebi essa mudança quando ela voltou brevemente ao Brasil apenas para visitar alguns parentes por uns dias e aproveitou para dar um pulinho na casa da minha mãe.

    • É uma pena perder qualquer idioma, seja ele o materno ou não. Além dos benefícios práticos de saber mais de um idioma, exercitar a fala em várias línguas ainda ajuda a evitar doenças degenerativas do cérebro.

      • Tem gente que diz que a nossa personalidade “muda” quando falamos outras línguas. Eu acho que não é bem “mudar a personalidade” o que acontece, mas algo fica sim diferente na forma como nos expressamos, talvez devido ao som desse outro idioma. Você concorda?

        • Tem vários estudos onde neurocientistas perceberam mudanças quando pessoas falavam outros idiomas. Eu não sei se muda a personalidade, mas o jeito da pessoa sim: mais alegre, mais extrovertida, mais séria, etc.

  • Você tá tendo dificuldade de escrever em Português? Esquece sinônimos, quando você vê já tá escrevendo em espanhol? E na hora de conversar com brasileiros? Tá conseguindo de boa, ou esquece palavras e frases?

    • Meu marido é brasileiro, o que ajuda muito, pois posso praticar o português dentro de casa diariamente. A parte da escrita é mais difícil, é muito comum dar uns tropeços, até aqui no Desfavor, mas tento ler tudo que posso em português para que a perda seja menor. Mas, mesmo assim esqueço palavras, frase, esqueço se uma palavra existe no português e frequentemente confundo a grafia.

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