Subdesenvolvimento.

O relatório mais recente da ONU sobre o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) coloca o Brasil no 89º lugar do ranking, com 0,760. No topo aparece a Suíça, que registrou 0,967, e em último lugar está a Somália, com 0,380. Em meio a crises e até mesmo guerras civis, alguns países chamam a atenção por aparecerem na frente do Brasil na lista. LINK


Como um país com os recursos do Brasil consegue ter números tão vergonhosos no IDH? Desfavor da Semana.

SALLY

IDH significa “Índice de Desenvolvimento Humano”, um índice que leva em conta diversos fatores para determinar a qualidade de vida de um país e de seus habitantes. Fatores como educação, renda e expectativa de vida da população são avaliados e ranqueados. Basicamente, é um índice que indica quão merda o país é e quão subdesenvolvida é sua população.

Talvez para alguns de vocês, a medida de quão merda um país é se faça pela parte financeira: o quanto o país fatura, o quanto o país exporta, o quanto o país tem de crédito internacional. Me permito discordar. O principal capital que existe é o humano, pois é ele quem gera todos os demais. Quando ele é ruim, cedo ou tarde, o declínio chega, por maior que seja a fortuna.

Pois bem, foi divulgado relatório da ONU com as novas classificações de IDH e o do Brasil, que já era baixo, conseguiu a proeza de cair, ficando na posição 89.

Para ter um ponto de partida nessa conversa, eu vou listar alguns países dos quais o Brasil ficou atrás, ou seja, tem um Índice de Desenvolvimento Humano pior do que o deles.

Na América Latina, por ordem, do melhor para o pior, o Brasil ficou atrás de: Chile, Argentina, São Cristóvão e Névis, Uruguai, Antígua e Barbuda, Bahamas, Panamá, Trindade e Tobago, Barbados, Costa Rica, Granada, México, São Vicente e Granadinas, República Dominicana, Equador, Cuba e Peru.

Se falarmos do mundo, vou ocupar meia página deste texto citando todos os países que estão melhores que o Brasil, então, foi falar apenas de países fodidos, que, por suas realidades (pobreza, guerra e outros) se encontram em situação muito mais desfavorável mas, ainda assim, conseguiram um IDH melhor que o do Brasil.

Omã, Georgia, Sérvia, Tailândia, Cazaquistão, Bielorrússia, Palau, Ilhas Maurício, Granada, Albânia, Armênia, Irã, Sri Lanka, Bósnia e Herzegovina, Macedônia do Norte, Moldávia e Azerbaijão são apenas alguns dos exemplos de países nos quais o IDH é superior ao do Brasil.

A reação do Brasil diante disso? A maior parte ignorando, por desconhecimento ou por escolha, afinal, o Brasil adora se dizer superior aos seus vizinhos, adora se achar superior e, mais importante, adora achar que está no caminho certo e alimentar esperanças.

Uma minoria está buscando culpados: “o índice é da época do governo Bolsonaro” x “uma merda desse tamanho não é culpa de uma única gestão antes teve 20 anos de PT”. Encontrar um culpado é muito importante, pois a figura do culpado opera um milagre que o brasileiro adora: retirar de si qualquer responsabilidade.

Obviamente todos os filhos da puta que comandaram esse shithole quente que se tornou o Brasil tem sim responsabilidade, mas não é só deles não. Políticos são o reflexo de um povo. A culpa também é de quem os colocou lá e de quem leva a vida à moda caralha, sem fazer a sua parte para que o país e a sociedade melhorem.

A maior parte das pessoas leva a vida sem qualquer compromisso com a excelência, com fazer o melhor e com dar o seu melhor para a sociedade. Em vez disso a prioridade é militar, evadir a privacidade, lacrar, se dar bem, se divertir e consumir bens materiais e pessoas como se fossem bens materiais.

O brasileiro não tem o menor senso de coletividade, no sentido de se empenhar para melhorar a sociedade. Faz caridade para se sentir boa pessoa ou quando uma causa dá match com alguma questão interna e o comove, mas a preocupação diária em construir uma sociedade melhor? Não tem. Se tiver que cortar na carne e fazer uma escolha que dá trabalho em nome de uma sociedade melhor, poucos vão fazer.

O brasileiro não tem preocupação com o que nós chamamos “causas invisíveis”, aquelas causas que não tem visibilidade, que não rendem likes, que não conectam com nada na vida da pessoa, que não rendem aplausos.

Fazer o bem porque pega bem, essa é a regra. Se todas as redes sociais saíssem do ar por um ano, se todos os celulares fossem impedidos de tirar fotos por um ano, quantas pessoas continuariam praticando boas ações? Se uma pessoa se tornasse invisível e não pudesse ser vista ou citada por um ano, como ela agiria?

O IDH de um país não é atribuição exclusiva de um político, o político é o maestro, mas cada cidadão é um membro da orquestra. Se a pessoa não ensaia, não busca aprender, não busca melhorar, pode ser regida pelo melhor maestro que vai tocar mal. Por sinal, pessoas que não buscam melhorar não querem bons maestros, pois não querem ser cobradas, não querem ter que cumprir as regras sem poder dar jeitinho, não querem ter que realmente executar seu trabalho com um grau de excelência.

O brasileiro quer poder subornar o guarda quando fizer merda. Quer poder passar na frente dos outros quando tiver um conhecido no local. Quer poder comprar carteira de motorista se tiver dificuldade de passar na prova. Quer poder dar sua carteirada de “você sabe com quem está falando?” quando desejar sair impune de algo. Diz que não, mas quer. Por isso mantem essa situação precária, que leva a um IDH pior do que de país em guerra.

Não dá para ficar nesse jogo de empurra culpando um político ou outro, a culpa não é de uma pessoa só. E, na real, já está feito, nem é hora de procurar culpados, é hora de 1) reconhecer o problema e 2) determinar o que será feito daqui para frente para reverter esse quadro.

E o Brasil já patina na primeira providência. Tanto o Presidente como o povo acham que o país está muito bem. Talvez a economia esteja (sinceramente, pelos preços que vejo daqui, não parece) mas o resto, o principal, o fundamental, o essencial? Está péssimo. O IDH do Brasil está abaixo do de países que eu nem saberia apontar no mapa, de países em guerra, de países reconhecidamente fodidos.

O Presidente só tem olhos para fora do Brasil, focado em promover seu nome vinculado às causas que ele acha positivas, tentando entrar para a história como um estadista famoso (pausa para rir). Sua meta é fazer tour com dinheiro do povo defendendo “democracias relativas” como Rússia, Cuba e Venezuela.

O povo, por sua vez, está preocupado com fofoca, redes sociais, estética, flerte, receber aplausos da bolha e bens materiais. Não tem IDH que melhore diante dessa realidade.
E vou além: quem quer fazer algo para melhorar o país se encontra tão sozinho, tão ignorado, tão desamparado, que fatalmente desiste. Desiste e se rende a esse modo de funcionar medíocre ou desiste e vai embora, levando seu cérebro e força de trabalho para outro lugar que o aprecie.

O brasileiro está chafurdando na merda e achando que está ótimo. A classificação do Brasil é assustadora. É indignante que um país com tantos recursos esteja em uma colocação tão horrível. E é mais indignante ainda que o brasileiro ache tudo lindo e se ache melhor dos que os vizinhos, aponte e ria.

O Brasil está na posição 89 e a Argentina, que brasileiro adora dizer que “acabou”, que “está em crise”, que adora usar como referêcia de país fodido, está na posição 48. Mais de 40 posições acima. Quem é o fodido? Sério mesmo, quem é o fodido, meus queridos? Vamos ter vergonha na cara, uma vez na vida.

Então, uma dica: querem continuar chafurdando na merda, beleza, problema de vocês, mas não passem a vergonha de tirar onda como se estivessem ótimos e melhor que os vizinhos. Não estão. E quanto mais se negarem a ver a realidade, mais demorarão a reverter o quadro.

Não tem inflação no Brasil? Eu prefiro inflação e não um estupro a cada oito minutos, uma agressão a cada 30 minutos e mais de dez assassinatos por dia, mas cada um tem suas prioridades, não é mesmo? Vai lá, paga com o cu rasgado por um estuprador (seu, da sua filha, da sua mãe, da sua esposa) sua não-inflação. E ainda acha que o país é o melhor da América Latina. Hora de acordar e olhar para o que é importante.

São o maior número de homicídios do mundo segundo a ONU, metade da população caga em vala por não ter saneamento básico, a educação é uma das piores do mundo segundo a avaliação de PISA e o IDH é pior do que o de país com guerra.

Menos tiração de onda, menos arrogância, menos apontar o dedo para o outro e mais esforço para melhorar esse chiqueiro quente que é o Brasil. Ou então, aeroporto, a saída que eu recomendo.

Para dizer que a culpa é toda do Bolsonaro, para dizer que a culpa é toda do PT ou ainda para dizer que estou fazendo apologia a estupro: comente.

SOMIR

O tema fazia sentido, afinal, é o Desfavor da Semana e o fato de um país como o Brasil continuar travado nas posições que está no Índice de Desenvolvimento Humano é um tremendo desfavor. O problema é achar um ângulo original para falar do tema. No final das contas, por mais que a gente critique, queremos ver as coisas melhorarem. Vivendo ou não no Brasil, ninguém torce para as coisas continuarem piorando eternamente.

E achar o ângulo certo tem a ver com achar um ou mais pontos de concentração de esforços para quebrar essa resistência à evolução tão comum no Brasil. Não faz sentido colocar toda sua energia para tratar sintomas se a doença continua se desenvolvendo livremente.

O meu olhar sobre o futuro é considerado otimista por muitos de vocês, embora eu chame de realismo: com o passar dos anos a tendência generalizada da humanidade é de melhora de indicadores básicos de saúde, educação e respeito aos direitos humanos básicos. É uma melhora desigual entre países e lenta para a imensa massa de miseráveis e oprimidos que temos, mas ela acontece quando olhamos para o quadro geral.

O que não quer dizer que seja ideal. É algo que acontece por compartilhamento de conhecimento e tecnologias em grandes escalas de tempo. Podemos ter resultados muito melhores se estivermos tentando ativamente ajudar a humanidade a ser mais justa e igualitária. E esses avanços mais rápidos dependem muito dos recursos disponíveis.

Muitos dos países no topo da lista do IDH usaram esses recursos para acelerar o processo. Alguns dos europeus tomaram esses recursos de colônias em outros continentes, outros utilizaram com sabedoria as riquezas naturais como alguns dos países nórdicos. Países com muitas riquezas naturais como os EUA conseguiram dar saltos utilizando esses materiais básicos para enriquecer boa parte da população.

Recursos naturais (e isso inclui população, não adianta ter toneladas de recursos se ninguém vive no lugar para usar) são essenciais para transformar a lenta evolução “orgânica” da humanidade desde o começo da vida em sociedade em qualidade de vida acima da média para seu povo. É por isso que o caso do Brasil é tão curioso. Essa combinação de riqueza acima da média global e fracasso no desenvolvimento de uma sociedade mais desenvolvida que a média é aberrante.

Ou isso é a prova que recursos naturais não são relevantes para melhorar o IDH, ou isso prova que o Brasil está fazendo algum esforço para ir no sentido oposto. Quanto tempo é tempo suficiente para colocar a culpa dos atrasos civilizatórios de um país na colonização? Eu acredito que o Brasil já passou do ponto de ser mero resultado de exploração estrangeira para ser a prova de que um povo pode sim nadar contra a corrente e atrapalhar seu desenvolvimento de forma ativa.

Pouco tempo atrás o país voltou a figurar entre as 10 maiores economias do mundo. Imagine só, ser top 10 entre quem faz mais dinheiro e ficar quase em nonagésimo lugar em índice de desenvolvimento humano? Tem dinheiro, mas não chega em quem precisa. São muitas injustiças históricas que podem explicar a tremenda desigualdade tupiniquim, mas é importante ressaltar como essa desigualdade já faz parte da nossa cultura.

E isso pode ser o ponto central da dissonância entre economia e qualidade de vida. O brasileiro parece ter internalizado a desigualdade. Não, não estou dizendo que o pobre brasileiro é masoquista, nem que acha certo não ter serviços básicos mesmo tendo uma carga de impostos enorme. Estou dizendo é que já faz parte da cultura do país afunilar recursos e mirar em riqueza ao invés de equilíbrio.

As pessoas querem ser ricas. Mas não do jeito “normal” de que ter muito dinheiro é um bônus bom de se ter na vida, é uma mentalidade de loteria onde a única chance da pessoa é passar direto de pobre para milionária em pouco tempo. Se você conversar com um brasileiro médio pobre, é claro que eventualmente vai descobrir que se ele tiver uma vida de classe média baixa já vai ficar bem mais feliz, mas no inconsciente que acaba regendo nossas atitudes, a ideia é ser jogador de futebol, influencer, cantor(a), faraó de bitcoin, etc.

A parte racional de ir subindo de vida aos poucos e dar aos filhos uma chance de subir mais um pouco acaba sufocada pela realidade cruel e injusta de uma sociedade onde o milionário vive colado na favela. Vejam bem, eu estou dizendo basicamente o mesmo que a Sally está dizendo, que o brasileiro se sabota e acaba acomodado numa posição desconfortável (vai entender), mas eu só voltei um passo para analisar o que gera essa sabotagem. Quando a pessoa se convence que o sistema não é justo e não tem mobilidade social, ela escolhe entre ser oprimida ou opressora. Miserável ou milionária. É uma espécie de polarização também.

E aí, quem conversa com essa mentalidade é o político irresponsável que promete milagres, que nem o pastor picareta que só fala de dinheiro para o fiel na igreja. Sim, o sistema é cheio de predadores que reforçam a mentalidade torta do brasileiro, mas eliminar esses predadores é enxugar gelo se o povo não começar a pensar diferente: surgem outros predadores no dia seguinte, dizendo exatamente o que essa gente desesperada por um milagre quer ouvir.

Ser uma das maiores economia do mundo e ter um IDH vergonhoso como esse são sintomas da doença que é aceitar a desigualdade como modo de funcionar do Brasil. Povo que quer riqueza primeiro e igualdade depois vai continuar sendo explorado por Lulas e Bolsonaros por sabe-se lá quanto tempo até a evolução orgânica da humanidade alcançar a região.

E isso pode demorar séculos. O Brasil tem o potencial de dar o salto, mas não tem o psicológico para fazer isso. É o povo. Não precisa ter raiva do povo para dizer que ele precisa fazer melhor, crítica não é ataque, criticar é uma forma de se importar. Nunca vai ser de cima para baixo, e não adianta procurar novos ângulos enquanto isso.

Para dizer que a culpa é de quem você não gosta, para dizer que quando ficar rico deixa de ser problema seu, ou mesmo para dizer que a Sally bate e eu assopro: comente.

Se você encontrou algum erro na postagem, selecione o pedaço e digite Ctrl+Enter para nos avisar.

Etiquetas: , , ,

Comments (8)

  • “’O brasileiro não tem preocupação com o que nós chamamos “causas invisíveis”, aquelas causas que não tem visibilidade, que não rendem likes, que não conectam com nada na vida da pessoa, que não rendem aplausos’”.

    Esse tópico me fez lembrar de outra postagem daqui, sobre Home Schooling, em que citei um artigo do Gilberto Dimenstein, sobre estudos realizados pelo IBGE que demonstraram que o IDH de judeus brasileiros era superior ao da Noruega (na época do artigo, o maior do mundo), e o IDH dos orientais brasileiros, pouco abaixo.

    Não há segredo, muito menos qualquer superioridade inata. É a disposição de querer ser uma ponte para que gerações futuras disponham de um caminho bem estruturado para prosperarem, mesmo que suas próprias vidas não alcancem (pouca ou nenhuma) satisfação nesse processo.

    Como aconteceu aqui, às custas de muito suor e lágrimas dos meus ancestrais, para superar a decepção de terem sido enganados ao chegarem aqui, de não ter mais condições de voltar e de fazer essa vinda para cá valer alguma coisa (que contei lá no tópico do Home Schooling).

  • “O Brasil tem o potencial de dar o salto, mas não tem o psicológico para fazer isso. É o povo. Não precisa ter raiva do povo para dizer que ele precisa fazer melhor, crítica não é ataque, criticar é uma forma de se importar. Nunca vai ser de cima para baixo, e não adianta procurar novos ângulos enquanto isso.”

    Essa é uma das maiores verdades sobre o Brasil. Nós somos estimulados a jogar a responsabilidade para os políticos, os empresários, os americanos malvados ou quem quer que achemos que está nos sabotando, mas raramente reconhecemos que essa responsabilidade é coletiva e que precisamos melhorar como indivíduos para fazer nossa parte.

    • O resultado final é um somatório da atitude de cada cidadão: se a maioria faz as coisas de forma precária, incompetente ou sem zelo pela excelência, não tem mágica, o resultado será ruim. Mas fica bem mais fácil culpar algum grupo por isso, né?

      • Mentalidade do brasileiro médio: “Assumir a responsabilidade pelo próprio destino? Procurar dar sempre o melhor de si no que faz? Dar e seguir bons exemplos? Nem pensar! Tudo isso dá trabalho, leva muito tempo, não chama a atenção de ninguém e demora demais pra dar resultado…” Pensamento tacanho de quem quer ir direto do “antes” pro “depois” sem ter que passar pelo “durante”.

  • A parte racional de ir subindo de vida aos poucos e dar aos filhos uma chance de subir mais um pouco acaba sufocada pela realidade cruel e injusta de uma sociedade onde o milionário vive colado na favela.

    Isso nem é o problema. O problema é que salvo se você está numa posição tida como relativamente confortável por conta de riqueza familiar, posição privilegiada no campo político ou mesmo conseguiu uma posição encastelada no alto da nossa burocracia , você é escravo dos resultados que é capaz de trazer.

    Quem está no topo da cadeia alimentar pode se dar ao luxo de errar várias vezes que dificilmente terá de arcar com as consequencias dos seus atos. Por outro lado, quem tá na base não tem nem o direito de errar.

    Pra piorar, os negocios ilegais ou na zona cinza tendem a ser vistos como atraentes por pessoas que buscam uma renda que não teriam se fosse simplesmente pelo esforço na condição de profissional.

    Por essas e outras que carreiras cuja fortuna está relacionada a exploração da imagem (onde modelo, ator, atriz, jogador de futebol, influencer, coach e até mesmo tiktokers e sugar babies dos onlyfans e privacy da vida) são tão valorizadas por aqui, em especial por serem vistas como uma forma de ganhar bem com relativamente pouco esforço, sendo que se nessa acabamos tendo os Adrianos com a saude mental toda cagada pela realidade social, bem… É parte no processo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Relatório de erros de ortografia

O texto a seguir será enviado para nossos editores: