Somir Surtado: Parceiro virtual.

O ataque de nervos da maior minoria do mundo ontem aqui na República Impopular me deixou pensando. Não no assunto da coluna de minha CARA per se, mas numa extrapolação nerd-futurística da famosa guerra dos sexos. Tenho a nítida impressão que todas essas tensões entre homens e mulheres tem data para acabar.

Não que eu acredite que estaremos vivos para presenciar esse momento praticamente utópico para nossas gerações, mas a conjuntura da evolução social e tecnológica humana parece nos carregar para esse estágio.

O meu argumento hoje passa pela probabilidade da maioria dos relacionamentos amorosos/sexuais da humanidade futura partir para o campo da virtualidade, não mais com outras pessoas, mas com inteligência artificial mesmo. Até porque não deixa de ser o que muita gente nesse mundo quer, inclusive com parceiros de carne e osso.

E se você ainda não se tocou que essa coluna (Somir Surtado) tende a ser bem chata para quem não gosta desse tipo de “viagem”, é hora. Não vai melhorar.

O ser humano JÁ tem uma tendência impressionante de formar laços afetivos tipicamente humanos com muitas outras coisas que não são outros seres humanos. Desde a pessoa (relativamente comum) que trata o bicho de estimação como alguém da família até o doido que acha que namora com uma personagem de desenho animado. Humanizar o que não é humano é uma constante de nossa mente, um exemplo “simples” é o surgimento da religião através da humanização do Sol.

Estou batendo nesta tecla agora porque quero deixar claro, logo de saída, que a base para tratar algo “não humano” como parceiro afetivo/sexual está presente em todos nós, embora isso não se manifeste dessa forma na grande maioria das pessoas. A mente humana pode funcionar assim.

Atualmente, temos um considerável grupo de pessoas percebidas como malucas por tratar objetos e personagens fictícios como interesses amorosos. E não é exclusividade masculina, por mais que pareça assim. Vou passar o link de dois documentários bacanas (mas que vão te dar um pouco de raiva/pena da humanidade), um sobre homens que mantém relacionamentos com bonecas “realistas”, outro sobre mulheres que se apaixonam por objetos aleatórios.

Para quem não teve saco ou não está com o inglês em dia, o primeiro acompanha a vida de homens que vivem com suas “Real Dolls”, bonecas de silicone de tamanho real, anatomicamente corretas. O segundo se chama “Casada com a Torre Eiffel”, e conta a história de mulheres que tem relacionamentos românticos com coisas que sequer lembram seres humanos. Como a mulher que se julga amante da Torre Eiffel. Até por falta de opção, são relações estritamente platônicas.

Evidente que em ambos os casos são pessoas com sérios problemas, que se cagam de medo de uma relação real e a possibilidade de rejeição ou decepção, mas tem um porém aí: Mesmo que de forma doentia, algumas das “qualidades” dos objetos estão nos desejos de muita gente que ainda não pirou completamente. Existe todo um fator de controle e satisfação egoísta que só mesmo os mais hipócritas diriam que não tem sua graça.

O “namorado da boneca” tem sexo (pelo menos o que ele julga como sexo) quando quiser, com múltiplas parceiras (pelo menos o que ele julga como parceira), do jeito que quiser. Ele não precisa fazer nenhuma manutenção na relação, não precisa nem mesmo tomar banho… Ele é dono da parceira e ela só existe para satisfazer o que ele quer satisfazer. A “esposa da Torre Eiffel” tem uma relação sólida (como o aço), nunca vai ser traída, nunca vai ser abandonada, nunca vai ser julgada (nunca vai ficar gorda)… Embora não sejam exatamente os mesmos desejos do cara da boneca, a questão do controle inquestionável ainda está presente.

Essas pessoas, ainda que por vias pra lá de transversas, conseguiram zerar a quantidade de conflitos de interesse em suas relações. E vamos concordar que são esses conflitos que realmente complicam os relacionamentos normais. De uma certa forma, estamos sempre tentando dirimir essa tensão, mas puxando a sardinha para o nosso lado. Numa briga de casal, sempre tem quem está certo e quem está brigando com você, não é mesmo?

Você deve estar pensando que mesmo assim, não vale a pena ter a palavra final se o custo é ser uma dessas pessoas. E eu concordo com você. Mas não podemos ignorar o fato de que a humanidade segue um caminho bem previsível de eliminar as dificuldades e pular direto para a sobremesa sempre que possível.

Estou jogando tudo isso para um bom tempo no futuro. Não imagine mais uma boneca estática. Imagine um andróide ou uma simulação de realidade virtual praticamente sem diferença (visível) de um humano real. Imagine a tentação de parceiros atraentes, obedientes e voltados exclusivamente para te satisfazer. Você pode até ser do tipo que não aceitaria uma covardia emocional dessas, mas pode botar a mão no fogo pelo resto da humanidade?

A mesma humanidade que já se rendeu a todo o tipo de vício, que está cada vez mais obesa, que está cada vez mais fútil (curtiu?)… Apesar de achar que o futuro tende a ser muito melhor para nós do que os tempos atuais, nada é de graça. A tendência de ficarmos cada vez mais orientados a buscar gratificação rápida em grandes quantidades está aí desde que o mundo é mundo. Ficamos melhores nisso, século após século.

E passar essa necessidade de relacionamento para um campo onde temos controle e aceitação em doses cavalares, sem nos esforçarmos por isso, me leva a acreditar que eventualmente a maioria das pessoas vai estar se relacionando com inteligência artificial, acabando com a maioria das tensões entre os sexos.

É tudo uma questão de quão simples e socialmente aceitável é entrar na onda. Vamos lembrar que há uns 15 anos atrás era loser até mesmo ter um computador. Hoje o estranho é aquele cara que não tem Facebook. Mudamos de opinião (como grupo) muito rápido quando as condições ficam propícias.

Hoje em dia se relacionar com inteligência artificial é vergonhoso, porque é complicado e as recompensas dependem demais de imaginação e investimento. Se a maioria das pessoas sequer conseguiria fazer, mesmo que quisesse, pode apostar que vai ter pressão social pelo conformismo. Mas os computadores estão ficando mais rápidos, menores, mais afeitos a interagir com os usuários… Os robôs estão aprendendo a enxergar, andar… Já existem vários experimentos de sistemas que conseguem ler e influenciar os impulsos cerebrais e motores… E tudo isso com uma tecnologia baseada num modelo arcaico de zeros e uns.

A tecnologia VAI chegar num modelo de parceiro romântico artificial viável para a maioria da população mundial. Não é mais SE, é QUANDO. Parceiros virtuais que podem assumir qualquer forma e topem todos os fetiches possíveis e imagináveis, esposa ou marido cibernético que estejam com o jantar pronto e ouvidos ávidos por tudo o que você quiser dizer (ou não dizer, no caso masculino) quando você chegar em casa. Várias opções, nenhuma obrigação de monogamia. Botão de desliga!

E eu imagino, nesse exercício de futurologia, que os homens vão ser os primeiros a abandonar o barco das relações tradicionais. A complexidade de uma mulher virtual que satisfaça um homem tende a ser bem menor do que o caso inverso. Cobrindo razoavelmente a parte sexual, vai começar a debandada.

Mas é claro que em pouco tempo elas começam a aderir, em peso. A tentação é forte, e com o mercado de homem ficando ainda mais difícil, logo elas estarão conectadas ou enroscadas com inteligência artificial. Vamos lembrar lá do começo do texto: A mente humana torna isso muito possível, mesmo que atualmente soe como maluquice.

Só para não perder a deixa: Provavelmente os programas para as mulheres serão BEM menos obedientes e prestativos do que os feitos para os homens, para que elas não percam o interesse. O modelo que chifra vai ser um dos mais vendidos.

E provocações baratas como essa serão coisa do passado. Sem a necessidade de entrar em conflitos para satisfazer a necessidade de conexão com alguém, homens e mulheres vão se enxergar de forma muito mais racional. Como lados da mesma moeda. Sim, são hormônios diferentes agindo de formas diferentes, mas na média, somos a mesma merda. A inteligência artificial que se vire com egoísmo, carência, insegurança e outros menos cotados.

A tecnologia vai resolvendo problemas, mas deixa suas marcas. Não precisamos mais produzir nossos alimentos, não precisamos mais passar frio ou calor, não precisamos mais nos deslocar fisicamente para todos os lugares, não precisamos mais sofrer com uma porrada de coisas que nossos antepassados não só precisavam lidar, mas também julgavam importantíssimas para formar caráter e ensinar sobre o valor das coisas.

Em muitos casos, até que tem fundamento. Começamos a desperdiçar e banalizar muitas coisas que poderiam fazer muito bem para uma pessoa. Em troca de facilidade.

Tenho a impressão, e sinceramente estou interessado em outras opiniões, de que esses relacionamentos românticos que tratamos como essenciais em nossas vidas ainda vão se tornar relíquias de um passado mais complicado. Desconfio também que um Somir da vida, daqui há muitos e muitos anos, vá chamar de hippies nojentos aqueles que ficam se encontrando para fazer sexo real e formar laços românticos com outras pessoas.

E que toda essa guerrinha dos sexos, com ambos os lados reclamando (muitas vezes sem a menor lógica, homens pra lá de incluídos) o tempo inteiro, ainda vai ser fruto de estudo de historiadores. E nem acho tão bizarro assim… Porque hormônios à parte, essa porra nunca fez muito sentido mesmo (vai dizer que não tem ninguém no seu passado amoroso que não consegue entender como foi parar lá?).

Vai ver toda essa mecânica de relacionamento amoroso entre dois seres humanos seja como uma daquelas histórias que só ficam divertidas se “você estava lá”. Estamos todos nessa realidade agora, mas eu não apostaria muito que meus possíveis tataranetos nasçam num mundo onde isso ainda será tão atrativo.

E mesmo que tudo isso soe viagem demais para você, lembre-se que só se faz uma previsão minimamente boa se você compreender como as coisas estão se desenvolvendo. Estamos caminhando para esse futuro “masturbatório”, e não é só pela tecnologia, é pelos desejos que financiam e impulsionam esses avanços.

Todo mundo está mais exigente. E nem sempre são exigências que levam em conta que nosso modelo de relacionamentos humanos atual precisa de OUTRA pessoa (conflito de interesses) para fazer sentido. Já vejo muita gente teimando que quer um parceiro “virtual”, mesmo que ainda nem sonhe com o conceito.

Para perguntar o nome da minha Real Doll, para dizer que minha previsão é estúpida e vai me esculachar no seu Facebook para os seus mil amigos, ou mesmo para dizer que estou também prevendo o fim da produção mundial de álcool: somir@desfavor.com

Se você encontrou algum erro na postagem, selecione o pedaço e digite Ctrl+Enter para nos avisar.

Comments (48)

  • Os modelos baseados em personagens de filmes e livros fariam muito sucesso com o público feminino. Imagina só a saída de um Edward (Crepúsculo) da vida…Podiam fazer uma versão “do livro” e uma atualização com a cara do ator depois que o filme fosse lançado. Ia dar muito dinheiro, mais que “personalização”, acho.

    ***

    Eu sei que todo mundo ama criticar a atual superficialidade humana, mas eu acho que no passado era pior. Por mais que existisse vassalagem amorosa em poemas, no mundo real as relações eram bastante vazias. Sério que você acha as mulheres hoje fúteis? Imagina na época em que não era feminino estudar, trabalhar, etc, e a maior preocupação era arrumar um marido?

    Só o fato de ficarmos criticando a superficialidade mostra que o assunto nos preocupa, ao contrário de antigamente, em que homem era provedor e mulher era pra fazer filho e agradar o homem, e todo mundo achava lindo. Casamento por interesse era a regra. Hoje é que tem essas viadagens de terapia de casal, idealizar menos, satisfação sexual feminina como algo desejável em uma relação, etc.

    A sua previsão é até bem plausível, Somir, mas ao mesmo tempo acho que esse nosso lado hippie nas relações amorosas tende a se desenvolver.

  • Somir, o texto é realmente interessante! Fiz uma breve reflexão sobre a hipótese levantada para, só então, opinar…

    A primeira coisa que percebi foi a dificuldade que tive em conceber uma sociedade onde os relacionamentos humanos são descartados e preteridos por um “relacionamento unilateral” – o que, por si só, é uma contradição. Cheguei, então, a conclusão de que EU e nossos pares dificilmente seríamos capazes de enxergar essa situação; mas as novas/futuras gerações pensarão de forma MUITO diversa.

    [ Off Topic ]
    Engraçado, às vezes eu fico pensando quão DIFERENTE e CONFUSO está o mundo, ou a realidade, de hoje para nossos avós, pais. Nós, inclusive, tivemos que nos adaptar à Revolução Tecnológica muito rápido, apenas pra sobreviver. Por exemplo, ainda muito garotinha, meu pai comprou o primeiro celular (aquela coisa gigantesca e deficiente); quando compramos o primeiro PC, meu irmão “sonhava” com a internet e eu achava que NUNCA iríamos ter recursos (equipamentos, dinheiro) para acessá-la… Já parou pra pensar nisso?! É incrível!

    [ Back to the post ]
    Você não acha que esse “relacionamento” com parceiros virtuais será insatisfatório e entediante, justamente por ser unilateral? É quase como um teatro: você concebe o relacionamento, você controla a parceira, você controla tudo… É um brincar de bonecas similar ao das meninas com barbie: com o tempo e o amadurecimento, o “cansar” desse teatrinho é natural e instintivo. Não acha que o mesmo ocorreria com os parceiros robóticos?

    • Mary, eu concordo com vc, não sei se a nova geração concordará. Eu já terminei relacionamento porque o cara parecia a Real Doll… Só eu decidia onde íamos, o que jantaríamos, até a roupa DELE ele queria que eu decidisse. Cansei… Precisaria ter uma doll muito parecida com um ser humano para ter graça…

      • Ai, por favor… PERSONALIDADE JÁ !

        Não tolero pessoas passivas dessa forma.
        Acho fraco, broxante. Entendo perfeitamente sua reação.

  • Isso pode acontecer mais cedo do que imagina.

    Hoje já tem gente que ama objetos…Se não acreditam, imaginem alguem as chamando de “iMulher”, “iPussy”, etc.

  • As amizades já tão virando só no facebook. Isso pra boneca é um pulo. Eu perdi minha virgindade com uma dessas e olha que na minha época elas não eram tão sofisticadas.
    Como dizem no Vlog do Fernando: homem tem 2 neurônios (o de comer e o de trepar). Eu já acrescentaria um terceio que é o de mijar na rua e na pia.
    Namorar uma boneca tem suas vantagens, não me criticam, não torcem contra meu time, não preciso pagar jantar. Me arruma uma real doll gostosinha que eu troco sem pensar pela dona Maria lá de casa e nem vou precisar buscar na rua hohoho.

  • Se me permite viajar no seu tema,eis como imagino que será: haverá a versão virtual digital, q será dividida nas seguintes categorias: básica (semelhante ao q s tem por webcam), 3d e holográfica. Como são digitais,seria fácil e mais barato produzir todo tipo q programação, e nesse caso fará mto sucesso o pacote vampiro/lobisomem/bruxo/criatura do momento,como vc citou (Adquira o pacote Harry Potter e leve incluso a frase “Não importa o tamanho da varinha e sim a mágica q ela faz!”). Com ciborgues o custo seria mais alto,e haveria a produção d acessórios q permitiriam trocar algumas configurações,como olhos e cabelos de cores diferentes (promoção acessório peniano “Big Afrodescendent 5000”! prazer garantido ou seu dinheiro d volta! Atenção,não compatível com ciborgues modelo Orient). E haveria também variados pacotes d personalidade e habilidades.
    Não sei bem como escolheria meu modelo,mas acho q iria querer um ciborgue moreno alto,bonito e sensual pra ser a solução dos meus problemas. E com a oferta d acessórios,seria mais fácil trocar as configurações do q terminar um relacionamento e começar outro. Além disso,acho q iria programá-lo p ser mais subserviente tbm. Gosto mais quando eu tenho as rédeas da situação

  • O pior das relações virtuais já existentes no nosso cotidiano (uma merda que faz a atuação do Cigano Igor parecer algo de altissíma qualidade) é justamente o fato de certas pessoas mimimizentas querendo que você seja fiel a um relacionamento superficial e a distância.

    Que horror, hein? O que explode de choração entre as meninas desesperadas na rede é de matar.

    • Não tem muita cara que esse processo tenha volta. Agora tem mil pessoas para pentelhar na sua rede de amigos! E a maioria dá para “deletar” se algo sair errado.

      Pra quem gosta de DRAMA, relacionamento virtual é prato cheio.

  • Tem logica isso. Antigamente a mulherada queria casar com o principe e hj em dia nao querem saber de se amarrar. Sexo por sexo tanto faz imaginar o Brad Pit quanto o Cristo Redentor! Ja ouvi uma mina criticar outra falando: fulana vc fica catanto homem feito uma ninfo. Ate parece q nao tem vibrador em casa!

    • Nem tanto ao mar, nem tanto á terra.

      O vibrador parece, no contexto do seu exemplo, como uma ferramenta, e não um parceiro. A questão aqui passa pela humanização do objeto, não a função dele.

    • Ainda não. Acabei de fuçar no IMDB e parece ter os predicados de filmes que eu gosto. (O que francamente, nunca fala muito bem do filme em si…)

  • Seu texto me deixou deprimida… Por concordar.

    São nas relações que nos conhecemos, nos atrito com o outro que temos a oportunidade de saber a nossa própria extensão, e mais importante, adquirimos a noção do limite do outro.

    Ter momentos de solidão é tão importante quanto saber seu relacionar. Me uno e me separo, sucessivamente…

    • Ponto MUITO interessante. O “outro” é mesmo uma forma de auto-conhecimento.

      Fugir dos relacionamentos não deixa de ser uma fuga de si mesmo. Talvez tenha uma outra motivação básica humana que eu tenha deixado passar no texto.

      • Talvez para um outro texto, Somir. Acho que não faltará oportunidade, tendo em vista como as coisas estão…
        Assisti um dos vídeos e outra questão me chamou atenção e que tem uma relação com o que vc falou: a necessidade de obter CONTROLE, o evitar frustração e decepção, pois afinal, a pessoa não pode ser feita de boba, tudo tem que ser perfeito.

    • O que me deprimiu foram os vídeos. Eu acessei pensando que ia rir mas sei lá…mó solidão.
      Credo! Vou tomar umas agora pra me descontrair.

  • Esta muito bom o texto. Parabéns Somir. A vida será assim mesmo; exatamente como descreve, em todos os casos e situações. (Desta vez falo sério, rs)

    Eu escolheria uma japonesinha amélia gostosa, mas ia acabar a traindo com uma amante real com culote e cabelo menos liso, só pra ter um pouco de surpresas e stress.

    Ps.: Quanto a guerra dos sexos, e falo por mim, sou de opinião que é ridicula e babaca. Não é questão nem de defender o genero A,B, ou qualquer outra letra. Apenas acho que em termos de defeitos, homem e mulher e bicha (ops) são tudo a mesma merda.

    • Cansado da sua mulher ideal? Nós temos a solução!

      “Você passa horas e horas com essas coisas de carne-e-osso, até parece que eu não existo!” – Pacote DRAMA!

      “Apaga essa luz AGORA, ou nada de sexo!” – Pacote CELULITE+

      “Eu estou gorda?” – Pacote CAMPO MINADO

      Todos disponíveis para download por 19,90 créditos. Sem devoluções.

  • Não tem nada a ver com o texto, mas somir sonhei com você, ta bom que eu nem sei como você é, mas sonho é sonho. E você era tão escroto quanto nos Siagos Tomir da Sally. Estava numa festa grande, em um sitio e era gratuita a entrada, mas chegaram 2 moças querendo informações sobre a festa e você cobrou entrada delas, e passou a cobrar de todos que entravam no local. O que o final te gerou um BOM lucro de uns 500 reais +-. lol (não precisa publicar porque não tem a ver com o texto)

    • Como eu achei uma ideia brilhante do meu alter-ego onírico, publico com orgulho! Se encontrar com ele de novo, diz para depositar na minha conta, que eu ando precisando mais…

  • Eu acho muito esquisito essa coisa das pessoas estarem desumanizando o “homem” e humanizando coisas e animais…

    É simplesmente triste…

    Outro dia li sobre uma multimilonaria que deixou a herança para o cachorro…
    Cara, porque não deixou para uma entidade de caridade, órfãos, crianças na Africa…mas cachorro????

    Conheço pessoas que simplesmente estão desistindo de relacionamentos…cara, mas com alguma coisa se relacionam porque não é possível!! O ser humano é um ser social por natureza. O mundo sempre teve pessoas bizarra…o problema é que agora o mundo está se tornando bizarro!!

    • Será que o relacionamento entre seres humanos já não está mais valendo o esforço? Ou, indo mais longe, será que o esforço do relacionamento já não está defasado em comparação aos nossos padrões atuais de relacionamento?

      Com tanta facilidade de conexão entre pessoas no mundo moderno, tenho a impressão que um dos objetivos principais de se relacionar começa a ficar banalizado. Pode ser a quantidade ganhando da qualidade.

      • Sabe o que eu escuto muito por aqui??

        É que começar a sai rco malguém dá preguiça…além do medo da rejeição.
        É melhor o sentimento de solidão que o de rejeição, segundo boa parte da galera.

        Em outra ponta…toda hora passa propaganda nos canais de tv falando sobre o sites de relacionamento. Eu já entrei por curiosidade…tipo, pra ver qual é o perfil da galera que está em busca de alguém.

        Eu tenho medo desse negócio de conhecer gente pela internet. Eu prefiro ao vivo e a cores…sei lá, tá cheio de maníaco por aí…enfim!! Então vi que tem uma galera que está atrás da mulherada só pra usar a carência delas e tirar proveito….

        Uma coisa que odeio são esses caras que só sabem marcar algo com você através de mensagem instantanea…Cara, porque não telefona e pergunta??? e por aí vai…

        Sei lá…eu por exemplo, ja estou começando a achar interessante o carinha garçon do pub, o porteiro da balada…que ainda são homens de verdade e não entraram nessa ainda de boneca inflavel e whatsupp.

        Tenho uma amiga que se casou com um cara que conheceu na internet….sei lá né…tem gente que acerta…mas eu tô mais por acreditar que é cheio de serial killer atrás do teclado.

        Ninguém quer fazer esforço….nem pra pedir pra você abrir as pernas….já quer chegar e encontrar tudo pronto!! Daqui a pouco irão até inventar um creme que simula ejaculaçao, pra ficar mais pratico….

        • ” Tenho uma amiga que se casou com um cara que conheceu na internet….sei lá né…tem gente que acerta… ”

          Larissa, também tenho uma amiga que casou com alguém que conheceu através da internet. Mais especificamente, através de um site de relacionamentos amorosos – que você admitiu ter conferido, quase como uma pesquisa antropológica.

          O caso dela é clássico: menina bonita, inteligente, interessante que só se apaixonava/envolvia/relacionava com caras errados – ou muito “grudentos” ou muito egoístas ou o clássico “transa algumas vezes e parte pra outra”.

          Ela se sentiu solitária e decidiu se relacionar com pessoas que buscavam o mesmo que ela: constituir uma família. Se inscreveu num desses sites e teve alguns encontros, até conhecer um homem BEM mais velho e, algum (pouco) tempo depois, se casaram. Aparentemente, são felizes juntos e agora tem 2 filhas.

          Mas eu acredito que a história dela é exceção. Não acredito nessa modalidade de relacionamento que precisa de intermediários e já nasce com a presunção de resultar em casamento ou o que valha.

          Acho temerário e artificial. PRA MIM. Mas não critico aqueles que acreditam e tentam.

  • O Somir surtado parece uma lady perto da Sally, nenhum palavrão no texto inteiro !!!

    A previsão faz todo sentido, o formato exato não dá pra saber, mas seguramente boa parte da população vai partir pra algum tipo de relacionamento virtual. Hj já é um pouco assim, com as pessoas trocando interações sociais ao vivo por redes sociais ou chats na rede. Tem gente com amigos ( ?) em outro país que nunca viram pessoalmente ! Aliás tem um filme interessante sobre isso, chama-se Catfish.

    Isso é mais forte ainda quando são pessoas mais velhas, para quem o sexo tem papel menos relevante em um relacionamento. Para esse perfil será mais fácil ainda passar para o virtual…e as pessoas seeeeeempre faz o mais fácil ( a não ser que Deus proíba…)

    Agora a parte das brigas e discussões eu discordo. Boa parte das pessoas PRECISA dessa tensão em suas vidas, se não tiver no relacionamento amoroso vai ter em outro relacionamento. Eventualmente também será no virtual, também acho que o personagem canalha vai ser sucesso de vendas com a mulherada. Já é hoje…

    • Sobre a parte da Lady: Já foi hoje?

      Sobre a parte das discussões: Tensão com riscos é uma coisa, tensão em ambiente controlado, com botão de “save” e “reload” é outra… Em tese vai continuar existindo o DRAMA! que tanta gente adora, mas vai ser um bicho completamente diferente. Tem todo o jeito de virar emoção descartável, quase que como um videogame mesmo.

  • Nada como uma insônia. Assisti ao documentário sobre essas mulheres no GNT na semana retrasada. Aquela gordinha com cabelo escovinha tendo um orgasmo só de olhar para o brinquedo no parque foi sensacional…

    (O pior foi a mulher adotar o sobrenome “La Tour Eiffel”!!! E depois trair a torre levando uma cerca para morar junto…
    http://www.telegraph.co.uk/news/newstopics/howaboutthat/2074301/Woman-with-objects-fetish-marries-Eiffel-Tower.html)

    Também conheci uma pessoa com Sindrome de Asperger. Uma irmã de um antigo rolo. Mulher de trinta e tantos anos que usava roupinhas (e chuquinhas) da Xuxa. Só que ela era mais, digamos, promíscua: gostava de várias coisas ao mesmo tempo, até porque não se poderia esperar compromisso de alguém que se comportava como uma pré-adolescente. Triste…

    • E depois dizem que homem que não presta. Trair a Torre Eiffel é muito feio.

      E eu não sabia que pessoas com Asperger podiam pirar nesse sentido. Não era um lance mais de isolamento e desinteresse nas relações sociais? Tenho que ler aquele livro da mulher que diagnosticou o primeiro caso. Já vi a animação, mas era meio chatinha…

      • Pois é, não é por ter essa síndrome que necessariamente eles vão gostar de objetos, mas muita gente acometida por essa síndrome que gosta de objetos tem essa síndrome. Esse outro artigo, que também fala do documentário, explica um pouco disso.

        http://queensjournal.ca/story/2010-02-12/supplement/its-not-fetish-its-genuine-love/
        “Marsh notes the high level of autism and Asperger’s Syndrome in respondents and encouraged further study. Another interesting fact about OS (objectum sexuality) is almost all of its members are women”.

        (De qualquer forma, Somir, obrigada pela postagem. Tenho uma priminha que foi diagnosticada autista, e, pesquisando melhor agora os sintomas, ela pode ter Asperger mesmo. Vou avisar a família).

        • Curioso, a nossa habilidade de tratar humanos como humanos pode ser apenas um processo pequeno dentro da complexidade cerebral. Uma porrada de problemas mentais passa por perder a capacidade de identificação com o grupo.

          Vale a pena pesquisar mais. Ou: Pedir para Sally escrever sobre Asperger’s. Ela faz pesquisar bacanas sobre esses assuntos.

    • ” Nada como uma insônia. Assisti ao documentário sobre essas mulheres no GNT na semana retrasada. ” – Também assisti !

      A mulher que tem um “relacionamento amoroso” com a Torre Eiffel tem uma história de vida coberta por traumas e abusos. Seus pais a rejeitaram e seu meio-irmão a violentou por anos… Talvez isso explique seu distanciamento em relação a outros seres humanos e a “preferência” por objetos inanimados.

      Mas minha racionalização não tem a pretensão de ser A JUSTIFICATIVA OU RAZÃO para o comportamento delas. Há mais pessoas assim que não dividem o mesmo histórico de violência.

      Tem um programa no Discovery, salvo engano, chamado “Amor Estranho” que trata desse tema com alguma (pouca) profundidade.

  • Esse documentário sobre as mulheres que se apaixonam por objetos aleatórios passou na TV semana retrasada no GNT, durante a insônia. Meu Deus, aquela gordinha de cabelo escovinha tendo um orgasmo só de olhar o brinquedo no parque…

    Pior que já conheci gente assim. A irmã de um antigo rolo também tinha Syndrome de Asperger. Uma mulher de trinta e tantos anos usando roupinhas (e chuquinhas) da Xuxa. Mas ela era mais promíscua: gostava de vários objetos ao mesmo tempo, até porque nunca pensava em ter nada sério por se comportar como uma adolescente de 15 anos. Triste…

  • Lembro-me de um episódio de Futurama sobre o assunto,onde ter um parceiro artificial não apenas era comum,como havia uma tentativa de reverter esse quadro,pois por mais satisfatório q esse tipo de relação fosse, colocava em risco a continuidade da espécie humana,já q os parceiros artificiais não tinham capacidade reprodutiva,e ninguém keria s dar ao trabalho d s envolver com alguém real q tivesse essa capacidade. É um assunto deveras interessante. Talvez a forma como cada parceiro artificial será programado e moldado possa dizer muito sobre seu dono. Será q a maioria do modelo feminino será d mulheres altas,esbeltas, loiras e peitudas? Somir, s tivesse a oportunidade, como seria sua parceira artificialartificial personalizada?

    • Futurama é brilhante nessas críticas “extrapolativas” sobre a sociedade atual. Mas se eu tivesse que apostar, apostaria na nossa engenhosidade limando o problema de formar relacionamentos através de inseminação artificial em larga escala. Fazer filho é de graça, e isso não é muito bom para os negócios…

      No campo da cibernética eu aposto que teríamos o padrão de beleza da mídia (do momento), lembrando que o modelo atriz pornô (ou pudim de anabolizante, como é o brasileiro atual) pode e deve mudar com o tempo. Afinal, ciborgues vão ter seus custos…

      Mas se for algo muito mais virtual, não deve ter padrão. E se for virtual com privacidade garantida, vai ter muito mais bicho, ser mitológico e crianças do que gostaríamos de imaginar…

      Eu?

      Se pudesse ficar só com uma (lembrando que monogamia vai estar obsoleta), escolheria uma gostosa clássica (peitão, bundão e cinturinha) absolutamente subserviente. Até porque eu me sentiria muito falso escolhendo uma personalidade mais complexa para ela. A graça dos relacionamentos reais também está na caixinha de surpresas dentro da cabeça da outra pessoa. Se eu posso prever como a pessoa vai reagir (programando “rebeldia), não é exatamente um desafio.

      Você escolheria quem? Aliás, excelente linha de questionamento. Queria que mais gente respondesse isso.

  • Praticamente um “admirável mundo novo” na versão atualizada.
    Eu acredito na sua futurologia, rs.
    O primeiro passo já foi dado com as pessoas humanizando seus animais, quase uma unanimidade.
    Isso já é considerado hiper normal e quem vê o exagero é julgado. **escudo**

    Claro que o pacote de facilidades emocionais só tende a crescer

    • A humanidade se amarra num fast food.

      Eu nem quis entrar no mérito, mas essa coisa de humanizar animais se estende até para o campo “romântico”. Porque as pessoas são mais piradas ainda do que tratar animal como brinquedo sexual (acontece muito), tem gente que se considera mesmo parceira afetiva/sexual de bicho.

      Não consigo lembrar o nome para passar o link, mas tem um documentário divertido (e por divertido eu quero dizer nojento) sobre pessoas que se “casam” com animais. Nunca chamar a esposa de vaca foi mais apropriado…

    • Já até escrevi uma vez sobre o SL. Aquela porra continua sendo uma das maiores comunidades virtuais do mundo, mesmo perdendo muito do hype inicial.

      Mas como a tecnologia é muito tosca, não apela para o grande público ainda.

      AINDA.

      Tenso.

      • Confesso que tenho essa merda instalada no meu pc, mas pra mim é só um MSN com bonequinhos…. O SL até teria utilidade em alguns campos, que são mal explorados, mas pra 90% do povo q tá naquilo é só putaria virtual mesmo…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Relatório de erros de ortografia

O texto a seguir será enviado para nossos editores: